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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Petrobras a companhia do não está cumprindo, não está em condições, não tem condições e está atrasada

É nosso, mas não dá para pegar 

Brasil perdeu a chance de licitar campos de petróleo no momento em que óleo apresentava os melhores preços da História 

A Petrobras não está cumprindo os índices de nacionalização nos equipamentos que opera.  A Petrobras está atrasada na exploração de campos do pré-sal na Bacia de Campos, sofrendo por isso reclamações da Agência Nacional do Petróleo.  A companhia não está em condições financeiras de pesquisar e explorar novos campos, por isso vai se concentrar nos poços já em produção.  A estatal não tem condições de assumir novas responsabilidades na exploração do pré-sal.

Não é campanha do contra. São comentários feitos pelo presidente da empresa, Aldemir Bendine, em depoimento no Senado.  E deles se conclui que a Petrobras está simplesmente bloqueando novos investimentos no pré-sal. Assim: a legislação atual exige que a estatal seja dona de 30% de todos os poços do pré-sal e a única operadora de todos eles. Isso exige dinheiro, coisa em falta na companhia.  Como admitiu Bendine, se a ANP lançasse agora uma rodada de concessões no pré-sal, a Petrobras teria “dificuldades”, modo elegante de dizer que não tem recursos para fazer novos investimentos no que quer que seja, de poços a refinarias. O caixa “não é confortável”, explicou.

Perguntaram a ele se apoiaria a mudança na legislação, de modo a aliviar as obrigações da Petrobras e permitir que outras empresas, nacionais ou estrangeiras, comprem e explorem novos campos do pré-sal. Disse que não cabia a ele iniciar esse debate.  Mas está na hora de se iniciar, pois a situação é clara: ou se muda a regra atual, abrindo o pré-sal à exploração privada completa, ou não haverá novos investimentos ali até que a Petrobras se recupere, o que vai levar tempo.

Tudo considerado, verifica-se que a mudança na legislação do petróleo patrocinada por Lula e Dilma não cumpre nenhum de seus objetivos.  Deveria fortalecer a Petrobras, reservando para ela o filé do mercado. A companhia não tem nem para o picadinho de segunda.  Deveria acelerar a exploração da riqueza do pré-sal. Está travando.  Deveria nacionalizar os equipamentos. Produziu uma imensa confusão, e possivelmente corrupção, pois não há regras claras de como verificar a nacionalização de equipamentos complexos. Além disso, empresas locais não têm condições de atender às necessidades do setor, o que encarece e atrasa a entrega dos equipamentos.

Isso sem contar os cinco anos sem novos rodadas de concessão, de 2009 a 2014, enquanto se tratava de mudar a legislação. O Brasil perdeu a oportunidade de licitar campos de petróleo no momento em que o óleo apresentava os melhores preços da História. Quando apresentou seu balanço, a Petrobras colocou R$ 44 bilhões como perdas em consequência de ineficiência, má gestão e mudanças no mercado. Pois parece que o país perdeu muito mais que isso.

CRISE MORAL
Foi há poucos dias: o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Lee Wan-Koe, renunciou em consequência de denúncias de corrupção. A denúncia: teria recebido fundos ilegais em sua campanha para deputado, no valor total de R$ 80 mil — dinheiro que os promotores da Lava-Jato nem levariam em consideração.  O denunciante: um empresário que diz ter feito os pagamentos.

O empresário suicidou-se. No bolso de seu paletó, a polícia encontrou uma lista de nomes de políticos que haviam sido subornados. O primeiro-ministro, que estava nessa lista, alegou inocência, mas disse que não tinha mais condições éticas de permanecer no cargo. Afinal, ele havia assumido o cargo prometendo “guerra à corrupção”.

Dois anos atrás, outro primeiro-ministro renunciou, ao assumir a responsabilidade pela ineficácia dos órgãos públicos na prevenção e no resgate às vítimas do naufrágio de um barco lotado de estudantes. Reparem: ele se considerou responsável pelos erros de funcionários de vários escalões abaixo e sobre os quais não tinha controle direto. Mas estava certo: ele tinha, digamos, o domínio do governo.

Por aqui, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, são investigados no Supremo Tribunal Federal, e acham que isso não tem nada demais. Não largam o cargo porque certamente lá têm mais força para fugir das acusações. E todo mundo vai deixando por isso mesmo.

Os conflitos se multiplicam. Renan, por exemplo, comanda o processo de aprovação de um novo ministro para o Supremo — ministro que irá julgá-lo. Tem gente que acha isso moralismo. Mas está na cara que tem uma grave crise ética no país.

Por: Carlos Alberto Sardenberg é jornalista

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Balanço, mas não caio



O panorama em torno do fosso moral e financeiro da Petrobras não é alentador
O balanço da Petrobras, a “joia” das estatais brasileiras, é uma confissão pública da abissal incompetência da presidente Dilma Rousseff. Bastaram dois anos, 2013 e 2014, para que 23 anos de lucros e distribuição de dividendos da Petrobras fossem abortados pela mãe do PAE (Programa de Aceleração do Endividamento). O lucro de R$ 23,6 bilhões virou prejuízo de R$ 21,6 bilhões. Os desvios das propinas foram de R$ 6,2 bilhões. A desvalorização de ativos da Petrobras chegou a R$ 44,6 bilhões. Perdão pelo enfileiramento de bilhões que nenhum de nós consegue sequer visualizar. Mas a divulgação do balanço foi tão elogiada como início de um novo ciclo de transparência e profissionalização da Petrobras que os números precisam ser trombeteados.

Dilma Vana Rousseff não concluiu os cursos de mestrado e doutorado em ciências econômicas na Unicamp, apesar de constarem em seu currículo (ela já admitiu o erro). Mas sua vida foi pautada por números. Seu primeiro cargo executivo foi como secretária municipal da Fazenda em Porto Alegre, em 1985, há 30 anos. Ao deixar a Secretaria, em 1988, tentou convencer seu substituto a não assumir o cargo: “Não assume não, que isso pode manchar tua biografia. Eu não consigo controlar esses loucos e estou saindo antes que manche a minha”.

Dilma começou a escalar o setor de Minas e Energia. Foi dona da Pasta no ministério de Lula. E presidiu o Conselho de Administração da Petrobras até 2010, quando se elegeu presidente. Seu fiador era Lula. Ela foi a escolhida com base nos seguintes quesitos: era especialista em energia, eficiente como “gerentona” (gerente durona), mulher e mãe. Sua escolha não contou com o apoio do Partido. Dilma foi imposta por Lula. Era considerada um poste. E um poste sem luz própria, sem flexibilidade, sem gosto pela conversa e sem dom de oratória. Por tudo isso, Dilma é hoje presa fácil dos políticos profissionais, que fazem dela gato e sapato.

O balanço da Petrobras revela o imenso desastre de uma presidente perdida em seu primeiro mandato e, mais ainda, no segundo. Percebam que não dá para aceitar sem ressalvas o balanço divulgado. Quem diz que a propina foi de “apenas” R$ 6,2 bilhões? Ah, os delatores, que confessaram uma percentagem tal sobre os contratos. Quem diz que o prejuízo foi de “apenas” R$ 21,6 bilhões em 2014? Ah sim, o balanço foi auditado.

O balanço não foi aprovado por unanimidade.
Dois dos cinco conselheiros fiscais não assinaram o documento. Eles representam acionistas minoritários e trabalhadores. Só para refrescar a memória, a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, caiu porque havia calculado a perda total da Petrobras em R$ 88,6 bilhões, o dobro do que foi admitido agora, de R$ 44,6 bilhões. Graça – ou “Graciosa”, o apelido dado pela chefe – era, segundo o staff do Palácio da Alvorada, a única assessora que podia dormir na residência oficial de Dilma quando ia a Brasília. Caiu em desgraça por querer divulgar números mais catastróficos que os revelados agora. Por que, então, eu ou você devemos crer no balanço?

Devemos crer porque queremos que o Brasil passe a dar certo. O brasileiro não quer perder o otimismo, quer ver uma luz no fim do túnel. Mesmo que a reconstrução leve anos. Essa é uma boa razão. Mas não é alentador o panorama em torno do fosso moral e financeiro da Petrobras. O novo presidente, Aldemir Bendine, pede desculpas e se diz envergonhado pelo que encontrou na estatal. Desmandos, corrupção, roubalheira, péssimas decisões de investimento, interferência política. Só que Bendine acabou de entrar. Ele não tem nada a ver com isso. E Dilma? E Lula? Nada, nada mesmo?

Precisamos crer na boa intenção de Dilma. Ela não quer ficar na História como a pior presidente do Brasil. Suas ações são, no entanto, claudicantes. Típicas de alguém que não sabe mais o que fazer. Dilma insiste em manter 38 ministérios. Isso não tem desculpa, não tem perdão. Ela está paralisada. Com receio de retaliação do Congresso, Dilma triplicou o Fundo Partidário para R$ 868 milhões neste ano, a pedido do senador Romero Jucá, do PMDB. As raposas esfomeadas do Congresso querem compensar a perda de doações empresariais. O presidente do Senado, Renan Calheiros, tirou proveito para alfinetar sua ex-amiga Dilma. Criticou-a por esbanjar em momento de ajuste. Ela tentou se defender. Disse ter cedido a um apelo do Legislativo. Tá ruço, Dilma. Não é mais “ou dá ou desce”. É “dá e desce”. Por tudo isso, pela carestia da vida e pelas mentiras desmascaradas, as panelas fazem estardalhaço nas janelas. Não é só pela Petrobras.

Fonte: Ruth de Aquino – Revista Época

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Quem deve desculpas



Se Aldemir Bendine vem a público pedir desculpas pelo que aconteceu na Petrobras nos últimos anos, ele que chegou à presidência da estatal há pouco tempo e nada tem a ver com o que se passou (tem a ver, sim, com os repasses do Banco do Brasil, que presidia, para pagamentos de programas sociais do governo, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei do Colarinho Branco), [Bendine tem também a ver com a autorização especial de empréstimos que ele concedeu a favor da amiga, socialite Val Marchiori, que na época apresentava registro negativo em todos os órgãos de crédito do Brasil] o que dizer da presidente Dilma ou do ex-presidente Lula, responsáveis diretos pelo descalabro de corrupção e má gestão, uma consequência da outra, que dominou a empresa nos últimos 12 anos?

"Sim, a gente está com sentimento de vergonha por tudo isso que a gente vivenciou, por esses malfeitos que ocorreram. Não temos muito claro se foi de fora para dentro ou de dentro pra fora. Sim, faço um pedido de desculpa em nome dos empregados da Petrobras porque hoje sou um deles". A frase de Bendine reflete bem o clima em que a Petrobras está envolvida, depois de ter que anunciar 50,8 bi de baixa contábil por corrupção e má gestão.

O número que a ex-presidente Graça Foster queria anunciar era de R$ 88 bilhões, o que provocou a ira da presidente Dilma e apressou a entrada de Bendine em seu lugar. Mas se voltarmos no tempo, e com a internet isso ficou mais fácil, vamos ver diversos discursos tanto de Dilma quanto de Lula justificando o que hoje está demonstrado terem sido erros em sequência no planejamento da Petrobras, a começar pela decisão de construir uma série de refinarias pelo país, todas com motivações políticas, hoje ou desaparecidas ou responsáveis por prejuízos sem recuperação.

Há o registro de um discurso de Lula anunciando o plano das refinarias, que é por si só uma explicação da má gestão que dominou a maior empresa brasileira nos anos petistas. Lula tem a desfaçatez de citar até mesmo questões técnicas com rigor científico para justificar o plano, que defenderia o meio-ambiente e agregaria valor ao nosso petróleo. 

Tudo lorota.
As refinarias do Ceará e Maranhão não saíram nem sairão do papel e gastaram bilhões de reais na compra de terrenos e planejamentos preliminares que ficaram pelo caminho. A de Abreu e Lima, em parceria com a Venezuela de Chavez que nunca colocou um tostão na obra, foi superfaturada e tornou-se um dos grandes focos de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

Já a presidente Dilma, como fez na recente campanha eleitoral, mentiu sobre a gestão da empresa na campanha de 2010, referindo-se à Petrobras como grande conhecedora de suas entranhas, tudo para evitar uma CPI que estava para ser instalada.“ Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa-preta… “
Ela pode ter sido uma caixa-preta em 97, em 98, em 99, em 2000. A Petrobras de hoje é uma empresa com um nível de contabilidade dos mais apurados do mundo. Porque, caso contrário, os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa-preta desse tipo. Agora, é espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras. Ninguém vai e abre ação na Bolsa de Nova York e é fiscalizado e aprovado sem ter um nível de controle bastante razoável”.

Enquanto isso, os diretores nomeados pelo governo Lula e mantidos por seu governo até 2012 faziam funcionar a pleno vapor a máquina de corrupção em que transformaram a Petrobras, sob a supervisão da própria Dilma, que foi a responsável pela área de energia até chegar à presidência da República e, sobretudo, presidente de seu Conselho de Administração durante anos.

O balanço apresentado na quarta-feira pela Petrobras, mesmo se ainda incompleto, é uma demonstração do descalabro administrativo que dominou a Petrobras nos anos petistas, propiciando a devastadora corrupção que está sendo investigada pela Operação Lava-Jato.

Fonte: Merval Pereira – O Globo
 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Balanço da Petrobras = tiro pela culatra



Mercado recebe mal o balanço da Petrobras e ações têm forte oscilação 

Na abertura, as ações da estatal chegaram a cair mais de 7% e figuraram entre as maiores baixas do Ibovespa, mas no fim da manhã as perdas eram menores
Se havia dúvida sobre como o mercado receberia o balanço da Petrobras, que mostraram uma perda de R$ 6,2 bilhões com corrupção, agora elas acabaram.  

As ações da Petrobras abriram com queda expressiva nesta quinta-feira, 23 após a empresa ter anunciado ontem que encerrou 2014 com prejuízo de R$ 21,587 bilhões. No fim da manhã, porém, a queda já era menor.  Às 10h25, o papel preferencial (PN) cedia 7,39% e o ordinário (ON) recuava 5,03%, ambos no topo das maiores baixas do Ibovespa

Às 11h10, porém, a ON já subia 0,30% e a PN recuava 3,73%. O principal índice da Bolsa, no mesmo momento, registrava desvalorização de 0,68%, aos 54.245 pontos. Um bom sinal veio hoje com a elevação, pelo HSBC, da projeção de preço-alvo para ações PN da Petrobras de R$ 7 para R$ 9. Ainda assim, a maioria do mercado se desfaz das ações da companhia.

Para calcular as perdas com corrupção, a Petrobras considerou a a aplicação de um porcentual fixo sobre o valor total de todos os contratos entre 2004 e abril de 2014. Os mesmos 3% que foram indicados nos depoimentos do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, que depois de preso pela Polícia Federal, revelou o esquema em delação premiada.  A Petrobras reconheceu em seu balanço financeiro de 2014, divulgado com atraso, a perda de R$ 6,194 bilhões por causa de gastos relacionados à corrupção, feitos de 2004 a 2012, e identificados nas investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. Outros R$ 44,636 bilhões foram registrados como perdas após revisão no valor de ativos. Com isso, registrou prejuízo de R$ 21,587 bilhões em 2014, o primeiro resultado negativo anual desde 1991. A estatal pontuou que as investigações internas e externas ainda estão em andamento, mas que já toma medidas jurídicas necessárias perante as autoridades brasileiras para buscar ressarcimento pelos prejuízos sofridos, incluindo aqueles relacionados à sua reputação. A Petrobrás espera inclusive, entrar com ações cíveis contra membros da Lava Jato.

Dívida da estatal cresce e bate recorde
O endividamento total da Petrobras aumentou 31% em 2014 e atingiu R$ 351 bilhões
, um recorde no setor de petróleo mundial. O presidente da companhia, Aldemir Bendine, reconheceu que a delicada situação da estatal é o "desafio central" para a retomada do crescimento. Outro indicador que aponta a capacidade da empresa de pagar suas dívidas, a alavancagem subiu 36% na comparação com 2013, expondo a urgência da estatal em conseguir novos recursos.

A alavancagem é medida pela relação entre o total de endividamento líquido e a sua capacidade de geração de caixa (Ebtida) para pagar o que deve. Nesse indicador, a estatal ultrapassou a marca de 4,7 vezes. Um nível considerado adequado pela própria estatal, por meio de seu conselho de administração, seria de 2,5 vezes. Para efeito de comparação, a Exxon, maior petroleira do mundo, registrou alavancagem de 0,48 em 2014. "A companhia passou por um período de dificuldade onde foi a mais prejudicada. Hoje, a gestão de dívidas é um dos desafios centrais da Petrobras. Passada a limpo, retomará a capacidade enorme de geração de valor para os acionistas e toda a sociedade brasileira", afirmou Bendine. Segundo a estatal, a alta no endividamento se deve a uma depreciação cambial de 13,4%.

A viabilidade do pagamento das dívidas da companhia está ligada ao prazo contratado. De acordo com o balanço, nos próximos três anos, a companhia deverá amortizar cerca de R$ 45 bilhões por ano. Nos anos seguintes, o nível se elevará até atingir o volume de R$ 208 bilhões em 2020. Esses prazos estão relacionados à expectativa da companhia de aumentar sua produção. De acordo com o último Plano de Negócios, de 2014, a estatal prevê dobrar a produção atual, de 2,6 milhões de barris por dia para 4 milhões de barris. Ontem, a diretoria informou que está revisando o Plano de Negócios, para parâmetros mais realistas, de acordo com o atual cenário mundial.

Piora
A situação da Petrobras começou a se deteriorar a partir de 2010, quando adotou uma política de preços de combustíveis ajustadas à política macroeconômica do governo. Por três anos, a companhia represou reajustes de preços e sacrificou seu caixa para evitar uma alta da inflação. A estatal estima que as perdas chegaram a R$ 80 bilhões no período.  Segundo os dados divulgados ontem, o endividamento líquido da companhia ficou em R$ 282 bilhões, descontadas as disponibilidades de caixa e financiamentos contratados no último ano. Mesmo com esses descontos, a Petrobras ampliou em 27% seu endividamento.

A alavancagem é um dos itens fundamentais na análise da segurança financeira da companhia para as agências de classificação de risco, por exemplo. A Moody´s atribuiu à fragilidade do indicador o motivo de retirar da empresa, em fevereiro, a nota de grau de investimento. Essa nota indica aos investidores que a empresa representa um risco muito baixo. As outras duas agências globais, a Standard & Poor’s (S&P) e a Fitch sinalizaram que poderiam também rebaixar a Petrobras.

Diante do grande desafio, Bendine informou que vai detalhar as estratégias para reduzir o endividamento no Plano de Negócios e Gestão para os próximos cinco anos, em um prazo estimado de 30 dias. Segundo ele, será preciso "controlar a ansiedade para entender a companhia daqui para frente".  "A melhora do endividamento se dará com a melhor geração de caixa, com a nossa financiabilidade. Já demonstramos que temos credibilidade com os organismos financeiros, como os recentes financiamentos obtidos. E se houver demanda com nosso plano de desinvestimentos", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Balanço Petrobras divulga R$ 6,19 bi de perdas com corrupção e prejuízo de R$ 21,58 bi em 2014

O resultado é praticamente o inverso ao apurado em 2013, quando a estatal teve lucro de R$ 23,6 bilhões

A Petrobras registrou prejuízo R$ 21,58 bilhões no ano de 2014, impactada por perdas de R$ 44,63 bilhões em função da desvalorização de ativos e de outros R$ 6,194 bilhões relativos a valores desviados no esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato. O resultado é praticamente o inverso ao apurado em 2013, quando a estatal teve lucro de R$ 23,6 bilhões

De acordo com o balanço auditado divulgado nesta quarta-feira, os pagamentos adicionais indevidos atingiram contratos que, no total, somaram R$ 199,6 bilhões. A baixa contábil provocada por corrupção ficou concentrada no resultado do terceiro trimestre de 2014, "em função da impraticabilidade de se determinar os efeitos específicos em cada período no passado".

O prejuízo foi calculado usando a aplicação de percentual fixo de 3% sobre o valor de contratos — número citado nos depoimentos da Lava-Jato. Para definir o período e montante de gastos adicionais, a Petrobras levantou todas as companhias citadas como membros do cartel e concluiu, com base nos depoimentos, que o período de atuação do esquema de pagamentos indevidos foi de 2004 a abril de 2012  Segundo o balanço, 55% das perdas com corrupção foram detectados na área de Abastecimento, que foi controlada por Paulo Roberto Costa, num total de R$ 3,42 bilhões. Já a área de Exploração e Produção provocou perdas de R$ 1,97 bilhão, equivalente a 32% do total. O restante do gasto com corrupção foi diluído pelas áreas de Distribuição, Internacional e Corporativo.

A petroleira informou ainda que seu balanço considera uma perda de R$ 44,63 bilhões por causa da desvalorização de ativos no período, o chamado "impairment". Deste total, R$ 30,9 bilhões foram provocados pela avaliação dos projetos do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), "tendo em vista a postergação desses projetos por extenso período, motivada por medidas de preservação do caixa e problemas na cadeia de fornecedores oriundos das investigações da Operação Lava-Jato", observou a empresa. O Comperj, sozinho, representou perdas de R$ 21,833 bilhões. Já Abreu e Lima gerou perdas de R$ 9,143 bilhões.

'A gente está com sentimento de vergonha', diz presidente da Petrobras

Ao final da entrevista coletiva, na noite desta quarta-feira, na sede da empresa, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que a estatal foi vítima "de tudo o que ela passou". Ele afirmou que há um "sentimento de vergonha". Segundo Bendine, a companhia não espera fazer novas baixas relativas à corrupção por conta da Operação Lava-Jato. A Petrobras registrou prejuízo R$ 21,58 bilhões no ano de 2014, impactada por perdas de R$ 44,63 bilhões em função da desvalorização de ativos e de outros R$ 6,194 bilhões relativos a valores desviados no esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato. O resultado é praticamente o inverso ao apurado em 2013, quando a estatal teve lucro de R$ 23,6 bilhões. 

terça-feira, 3 de março de 2015

“Homem sem Visão”, de fevereiro



Bendine conquista o título de fevereiro e dedica o troféu a uma amiga misteriosa
“Dedico o troféu a uma amiga muito querida, cujo nome prefiro manter guardado na gaveta que abriga as coisas do coração”, emocionou-se a alma de poeta de Aldemir Bendine ao saber oficialmente da conquista do título de Homem sem Visão de Fevereiro. “Sou eternamente grato ao presidente Lula, que descobriu o que eu seria capaz de fazer no Banco do Brasil, e à presidenta Dilma, que sabe o que serei capaz de fazer na Petrobras do Petrolão”.

O sucessor de Graça Foster estreou com pinta de campeão ao enxergar em Valdirene Aparecida Marchiori a cliente dos sonhos de todo banqueiro. E cresceu na campanha ao reiterar que não viu Val Marchiori sentada na poltrona ao lado no jatinho que o levou para uma missão oficial em Buenos Aires. “Hello!!!”, vibrou a empresária-socialite com o triunfo do parceiro. “O Al merece até mais que isso. Já combinamos um encontro casual no Ritz de Londres, patrocinado pela Petrobras, para planejar a campanha para o HSV do Ano”.

Com 2.990 votos (33% do total de 9.114), Aldemir Bendine estabeleceu uma vantagem de quase 10% sobre Neguinho da Beija-Flor (2.166 votos). “Ele ficou decepcionado com a medalha de prata”, confidenciou um passista da escola que venceu na Sapucaí por transformar em paraíso democrático uma ditadura de dar inveja a um Fidel Castro. “Mas já estamos prontos para fazer bonito na Sapucaí em 2016″, afirmou a fonte. “Só falta decidir se o tema do enredo será a liberdade no Estado Islâmico ou a canonização do Osama bin Laden”.

A medalha de bronze ficou com Aloizio Mercadante (1.611), seguido por Rui Falcão (1.502). João Pedro Stédile (852) amargou um humilhante último lugar. “Quando soube da lanterninha, o chefe começou a gritar dizendo que ia invadir a sede do HSV com o exército que o Lula convocou”, revelou um militante do MST que no momento estuda a diferença entre um pé de alface e uma mangueira. “Desistiu porque até ele pegou no sono no meio da discurseira”.

Foi uma eleição de tirar o fôlego, leitores-eleitores! Mais uma  admirável  demonstração de civismo e discernimento!  A disputa pelo troféu de março já começou! Mande um comentário com o nome do seu candidato! Que vença o pior!

Fonte: Blog do Augusto Nunes - VEJA