É
patética a tentativa do PT e de seus aliados na rede midiática
financiada pelo governo de confundir alhos com bugalhos, colocando na
mesma cesta os políticos financiados pelo dinheiro corrupto desviado da
Petrobras e outros, também financiados pela empreiteira UTC de Ricardo
Pessoa.Como
as doações foram feitas para políticos de vários partidos, querem
fingir que todos deveriam ser criminalizados ou absolvidos, o que é uma
besteira. Os políticos de qualquer partido que tiverem recebido dinheiro
do caixa 2 para suas campanhas eleitorais merecem punições da
legislação eleitoral.
Pode ser o caso do senador do PSDB Aloysio Nunes Ferreira, que nega
ter recebido R$ 200 mil em dinheiro, mas declarou R$ 300 mil de doações
da Constran, uma subsidiária da UTC. Como Aloysio na ocasião das doações
tinha nas pesquisas 2% de intenções de votos e estava em sétimo lugar
nas pesquisas para Senador em São Paulo, candidato por um partido de
oposição, as doações certamente só poderiam ser feitas por amizade, e
não por interesse em sua atuação. Em nota, ele atribuiu as doações à
amizade com um executivo da Constran.
Outro caso é o do deputado Júlio Delgado, do PSB, que teria recebido
R$ 150 mil da UTC para ajudar a melar a CPI da Petrobras. Além de se
sentir um otário, pois, segundo delação premiada do ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa o ex-presidente do PSDB já falecido,
Sérgio Guerra, teria recebido R$ 10 milhões para o mesmo fim, Delgado,
se ficar provado que agiu de má-fé nesse sentido, merece punição grave
da Câmara, até mesmo ser cassado por falta de decoro.
O fato de os dois pertencerem a partidos de oposição que aparecem na
lista não anula as acusações contra os petistas e os aliados do governo.
O que é preciso buscar é a razão por que candidatos receberam dinheiro
da empreiteira, legal ou ilegalmente. O caminho mais simples é
identificar quais políticos teriam condições de ajudar a UTC a ter
vantagens no governo petista ou, mais especificamente, na Petrobras. Certamente políticos de oposição não podem entrar nesta lista, o que
faz com que a seleção natural dos culpados por desvios de dinheiro dos
contratos da Petrobras e suas subsidiárias leve aos candidatos do PT e
dos aliados do governo.
Por isso, não tem a menor importância que a UTC tenha dado milhões de
reais para a campanha de Aécio Neves a presidente. É claro que o
interesse nesse caso era o de garantir simpatia, caso a oposição
vencesse as eleições. Aliás, essa distribuição de dinheiro sem critérios
programáticos é uma das correções que devem ser feitas na
regulamentação do financiamento privado das campanhas eleitorais. Não é
possível permitir que a mesma empresa doe para diversos partidos e
candidatos na mesma eleição.
A mesma lógica torta aparece para tentar desqualificar o processo do
Tribunal de Contas da União (TCU) contra a presidente Dilma. Na delação
premiada de Ricardo Pessoa, ele revelou que deu uma mesada de R$ 50 mil
ao filho do presidente daquele órgão Aroldo Cedraz para receber
informações privilegiadas sobre os processos que interessassem à
empreiteira. Ora, mesmo que se prove verdadeira a acusação, ela não invalida o
trabalho dos técnicos do TCU sobre as contas do governo Dilma, nem tem o
condão de desfazer as “pedaladas” fiscais e os crimes contra o
Orçamento realmente praticados.
Esse raciocínio de má-fé leva a que, no extremo, chegue-se à
inviabilização de um eventual processo de impeachment da presidente
Dilma por que há políticos notoriamente corruptos no Congresso. Talvez
seja mesmo esse o objetivo. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra
coisa. Todos os corruptos, seja de que partido forem, merecem punições
de acordo com o que praticaram. Na corrupção da Petrobras, não há como retirar do PT a culpa
original, e dos partidos aliados do governo uma coautoria com direito a
altas somas. Basta lembrar que Ricardo Pessoa declarou em sua delação
premiada que o grupo do senador Fernando Collor recebeu nada menos que
R$ 20 milhões de comissão por uma obra na BR Distribuidora.
Fonte: Merval Pereira - O Globo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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domingo, 28 de junho de 2015
terça-feira, 16 de junho de 2015
TCU, mostra a sua cara!
Pedaladas para falsificar resultados fiscais e esconder rombo que já existia nas contas públicas somaram R$ 37,1 bilhões
A música “Brasil”, composta
por Cazuza e George Israel, é considerada uma declaração de amor ao
país. Surgiu na mesma linha de outro sucesso do rock nacional, “Que país
é este?”, de autoria de Renato Russo. Ambas são verdadeiros hinos das
manifestações populares. À época, acreditava-se que a maior ameaça ao
Brasil era o imperialismo americano. Hoje, sabe-se que o nosso maior
inimigo é a corrupção. A ótica mudou, mas a indignação é a mesma:
“Brasil, mostra a sua cara, quero ver quem paga pra gente ficar
assim...”
Lembrei-me das canções ao perceber que o governo Dilma tem, no momento, duas enormes preocupações: como livrar da inidoneidade o clube de empreiteiras corruptas flagradas na Lava-Jato e como salvar a si próprio da rejeição das contas de 2014.
No primeiro caso, o “acordão de leniência” (ou conveniência) negociado na Controladoria-Geral da União (CGU) — que atravessa e prejudica as investigações em curso — já começou a dar com os burros n'água. Os próprios advogados das empresas perceberam a sua inutilidade se todas as pontas não fossem amarradas. O arranjo com a CGU não elimina a possibilidade de as empreiteiras serem denunciadas pelo Ministério Público Federal, que, de fato e de direito, está à frente das investigações. Além disso, todos os procuradores da força-tarefa que apuram os desvios da Lava- Jato assinaram documento manifestando-se contra a forma como tais acordos foram concebidos pela CGU. Agora, como o plano inicial murchou, alguns deputados federais irão propor mudanças na Lei Anticorrupção. Será a Lei Pró-Corrupção?
O argumento que o “país irá parar” se as empresas forem punidas é mera falácia. No ano passado, as empreiteiras envolvidas na Lava-Jato representaram apenas 6,3% dos investimentos da administração direta da União. Nos canteiros das empresas estatais, quem toca efetivamente as obras são, em sua maioria, empresas terceirizadas, que continuarão a prestar serviços às eventuais substitutas. Ademais, o que gera empregos são as obras e não as empreiteiras, que, mesmo declaradas inidôneas, terão os contratos mantidos, tal como acontece com a Delta Construções, que recebeu R$ 134 milhões em 2014. Na verdade, a ânsia de proteger as empresas decorre é da promiscuidade que elas mantêm — há anos e há vários governos — com políticos e autoridades.
Nas eleições de 2014, por exemplo, as empreiteiras envolvidas doaram R$ 400 milhões, inclusive a 15 parlamentares que integram a CPI da Petrobras, enquanto receberam R$ 3,6 bilhões da União. A generosa Camargo Corrêa já havia doado R$ 3 milhões ao Instituto Lula e pago R$ 1,5 milhão a uma empresa do ex-presidente por quatro palestras. Na semana passada, diplomata sugeriu tornar secretos os documentos solicitados por jornalista que, em uma matéria anterior, relacionou os negócios da Odebrecht a Lula.
Aliás, é no mínimo cuspir no prato em que está comendo o petista criticar “as elites” enquanto parte delas o patrocina. Em relação às contas de 2014, o relatório técnico que embasará a decisão dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que as diversas pedaladas — para falsificar os resultados fiscais e esconder no ano das eleições o rombo que já existia nas contas públicas — somaram R$ 37,1 bilhões. A meu ver, além de crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, deveria ser crime eleitoral.
Para que o país mostre a sua cara, é essencial que as instituições mostrem as suas faces. A Polícia Federal e o Ministério Público têm demonstrado autonomia e aversão à leniência e aos conchavos. Nesta semana, o TCU também poderá cumprir o seu papel e honrar a sua história. Em 1893, a Corte considerou ilegal uma nomeação feita pelo então Presidente da República. Indignado, Floriano Peixoto mandou redigir decretos que retirariam a competência do colegiado para impugnar despesas ilegais. O ministro da Fazenda, Serzedelo Corrêa, que deveria redigir os textos, demitiu-se do cargo. O tribunal saiu fortalecido no seu primeiro embate.
Amanhã, às 9h, o tribunal terá nova oportunidade para reafirmar que não cede às pressões do Executivo. Afinal, se a Corte tiver independência apenas para punir prefeitos corruptos, será melhor fechar as portas. Sob o ponto de vista técnico, não há como aprovar contas com irregularidades tão flagrantes. Ao contrário do que diz o governo, a perda da credibilidade do país advém do crime e não da condenação dos criminosos. Plagiando Israel e Cazuza, a frase atual é: TCU, mostra a sua cara!
Por: Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas
gil@contasabertas.org.br
Lembrei-me das canções ao perceber que o governo Dilma tem, no momento, duas enormes preocupações: como livrar da inidoneidade o clube de empreiteiras corruptas flagradas na Lava-Jato e como salvar a si próprio da rejeição das contas de 2014.
No primeiro caso, o “acordão de leniência” (ou conveniência) negociado na Controladoria-Geral da União (CGU) — que atravessa e prejudica as investigações em curso — já começou a dar com os burros n'água. Os próprios advogados das empresas perceberam a sua inutilidade se todas as pontas não fossem amarradas. O arranjo com a CGU não elimina a possibilidade de as empreiteiras serem denunciadas pelo Ministério Público Federal, que, de fato e de direito, está à frente das investigações. Além disso, todos os procuradores da força-tarefa que apuram os desvios da Lava- Jato assinaram documento manifestando-se contra a forma como tais acordos foram concebidos pela CGU. Agora, como o plano inicial murchou, alguns deputados federais irão propor mudanças na Lei Anticorrupção. Será a Lei Pró-Corrupção?
O argumento que o “país irá parar” se as empresas forem punidas é mera falácia. No ano passado, as empreiteiras envolvidas na Lava-Jato representaram apenas 6,3% dos investimentos da administração direta da União. Nos canteiros das empresas estatais, quem toca efetivamente as obras são, em sua maioria, empresas terceirizadas, que continuarão a prestar serviços às eventuais substitutas. Ademais, o que gera empregos são as obras e não as empreiteiras, que, mesmo declaradas inidôneas, terão os contratos mantidos, tal como acontece com a Delta Construções, que recebeu R$ 134 milhões em 2014. Na verdade, a ânsia de proteger as empresas decorre é da promiscuidade que elas mantêm — há anos e há vários governos — com políticos e autoridades.
Nas eleições de 2014, por exemplo, as empreiteiras envolvidas doaram R$ 400 milhões, inclusive a 15 parlamentares que integram a CPI da Petrobras, enquanto receberam R$ 3,6 bilhões da União. A generosa Camargo Corrêa já havia doado R$ 3 milhões ao Instituto Lula e pago R$ 1,5 milhão a uma empresa do ex-presidente por quatro palestras. Na semana passada, diplomata sugeriu tornar secretos os documentos solicitados por jornalista que, em uma matéria anterior, relacionou os negócios da Odebrecht a Lula.
Aliás, é no mínimo cuspir no prato em que está comendo o petista criticar “as elites” enquanto parte delas o patrocina. Em relação às contas de 2014, o relatório técnico que embasará a decisão dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que as diversas pedaladas — para falsificar os resultados fiscais e esconder no ano das eleições o rombo que já existia nas contas públicas — somaram R$ 37,1 bilhões. A meu ver, além de crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, deveria ser crime eleitoral.
Para que o país mostre a sua cara, é essencial que as instituições mostrem as suas faces. A Polícia Federal e o Ministério Público têm demonstrado autonomia e aversão à leniência e aos conchavos. Nesta semana, o TCU também poderá cumprir o seu papel e honrar a sua história. Em 1893, a Corte considerou ilegal uma nomeação feita pelo então Presidente da República. Indignado, Floriano Peixoto mandou redigir decretos que retirariam a competência do colegiado para impugnar despesas ilegais. O ministro da Fazenda, Serzedelo Corrêa, que deveria redigir os textos, demitiu-se do cargo. O tribunal saiu fortalecido no seu primeiro embate.
Amanhã, às 9h, o tribunal terá nova oportunidade para reafirmar que não cede às pressões do Executivo. Afinal, se a Corte tiver independência apenas para punir prefeitos corruptos, será melhor fechar as portas. Sob o ponto de vista técnico, não há como aprovar contas com irregularidades tão flagrantes. Ao contrário do que diz o governo, a perda da credibilidade do país advém do crime e não da condenação dos criminosos. Plagiando Israel e Cazuza, a frase atual é: TCU, mostra a sua cara!
Por: Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas
gil@contasabertas.org.br
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quarta-feira, 13 de maio de 2015
Lula continua a salvo - o diabo o protege
Por
ora ou para sempre, Lula pode descansar em paz
Ainda não foi dessa vez
que conseguiram envolver Lula diretamente no mensalão 2. Ou melhor: no escândalo de corrupção da Petrobras. Ontem, em Curitiba, o doleiro Alberto Yousseff, que
negociou com a Justiça a delação premiada, disse
que o Palácio do Planalto sabia da corrupção. Admitiu, porém, não ter
provas disso.
Paulo Roberto é outro delator da roubalheira na empresa. Pedro apresentou provas? Não. Afirmou que obteve a informação junto ao ex-deputado José Janene, que já morreu. Por ora ou para sempre, Lula pode descansar em paz.
Fonte: Blog do Noblat
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quarta-feira, 6 de maio de 2015
Governo Dilma amarga um dia infernal
Está bem, exagero. Certamente foi um dos piores dias.
O que o governo amargou em menos de 12 horas:
1. Foi adiado o início da votação das Medidas
Provisórias 665 e 665 do ajuste fiscal;
2. O PMDB
anunciou que não tem mais compromisso de
aprovar o ajuste devido à posição do PT;
3. Por sua vez, o PT
recusou-se a garantir
os votos dos seus 64 deputados para aprovação do ajuste;
4. A Câmara
aprovou em definitivo a Proposta de
Emenda à Constituição conhecida como PEC da Bengala, que aumenta a idade limite
da aposentadoria compulsória de 70 para 75 anos no caso de ministros de
tribunais superiores. Com isso, Dilma perderá a chance de indicar cinco novos
ministros do Supremo Tribunal Federal e, pelo menos, mais 15 de outros
tribunais;
5. Um ruidoso
panelaço recepcionou em 18 capitais o
programa de propaganda eleitoral do PT no rádio e na televisão;
6. Na CPI da Petrobras,
Paulo Roberto Costa,
ex-diretor da empresa, disse que dinheiro da corrupção alimentou a campanha de Dilma
em 2010. Apontou a política do governo de defasagem do preço dos
derivados como principal responsável pelo prejuízo de R$ 60 bilhões da Petrobras;
7. Em depoimento
à Justiça Federal do Paraná, Nestor Cerveró, ex-diretor
da Petrobras, revelou que foi convidado
para o cargo pelo então presidente Lula e sua ministra das Minas e Energia,
Dilma. Negou que o PMDB tivesse tido algo a ver com
isso;
8. Este ano, segundo admitiu a Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), cerca de 35 mil a 40 mil empregos serão extintos na indústria
automobilística, que atravessa uma de suas piores crises.
Fonte: O Globo – Blog
do Noblat
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sábado, 2 de maio de 2015
Dissintonia perigosa
A diferença de ritmo entre os processos que estão correndo em
Curitiba, sob a batuta do Juiz Sérgio Moro, e os que subiram para o
Supremo Tribunal Federal por terem os envolvidos foro privilegiado por
serem políticos chama a atenção desde o início do processo. A
estratégia de Moro e dos promotores do Ministério Público que trabalham
na investigação foi desde o primeiro momento o de colocar em destaque a
atuação dos empreiteiros, considerando o financiamento a partidos
políticos como uma consequência da cartelização das licitações na
Petrobras.
No organograma divulgado no site oficial do Ministério Público sobre o processo do petrolão não há lugar de destaque para os políticos, por que se fosse orientar as investigações a partir deles, os resultados teriam que ser enviados para o STF. Desde as primeiras delações premiadas, o Ministério Público em Curitiba tinha a preocupação de proibir a denúncia de políticos por parte de empreiteiros, limitando-se a investigar a atuação do cartel.
Esse procedimento impediu até agora que o presidente licenciado da UTC, Ricardo Pessoa, considerado como o chefe do "clube das empreiteiras", fechasse acordo de delação premiada, por que ele tem interesse em especificar o papel dos políticos e até mesmo do Palácio do Planalto no esquema, e os procuradores querem detalhes novos sobre a ação do cartel, se possível em outras áreas da economia como, o setor elétrico.
Os empreiteiros têm interesse, ao contrário, de definir que eles foram achacados pelos políticos, e refutam a tese da cartelização. Esse impasse já transparece nas ações desencontradas das investigações, que estão andando muito mais depressa na parte de Curitiba do que em Brasília. Agora mesmo o relator do processo no Supremo, ministro Teori Zavascki, concedeu mais prazo para as investigações dos envolvidos que serão julgados pelo Supremo, os detentores de mandato parlamentar pela 2 Turma do STF, e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, pelo plenário do Supremo, por serem presidentes de Casas Legislativas.
Na disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público para ver quem controlaria as investigações, houve até mesmo tentativas de acordos com os políticos por parte de membros da PF, que ao mesmo tempo em que acenavam com facilidades para o interrogatório dos políticos, faziam lobby para aprovar um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que dá autonomia à Polícia Federal. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está se sentindo com tanta força que já anunciou que não dará novos depoimentos sobre seu caso, pois já foi à CPI da Petrobras e deu sua versão para o caso.
Com a aparição de novos documentos que confirmam que foi ele mesmo a origem das pressões contra uma empresa envolvida no Lava Jato, sua situação ficou fragilizada.
Só se entenderá a atuação do senador Renan Calheiros, de repente transformado em grande defensor da moralidade administrativa e investindo sem medo contra a presidente Dilma, se verificarmos que ele está em situação delicada na investigação do Lava-Jato, e procura fortalecer-se institucionalmente para adiar possíveis sanções criminais. Como seus interesses atuais combinam com os do ex-presidente Lula, que procura se diferenciar do governo de Dilma para poder surgir como uma alternativa do PT para 2018, os ataques ao governo fazem parte da estratégia dos dois, momentaneamente unidos, por objetivos distintos.
O perigo do viés que o Ministério Público está tomando na investigação dos fatos que envolvem o petrolão é levar a uma impunidade dos políticos, fazendo com que os empreiteiros paguem a maior parte da culpa, como aconteceu no mensalão, que condenou empresários a penas muito mais duras que as dos políticos.O governo está satisfeito, por seu lado,com essa tendência, pois considera que enquanto os empreiteiros forem os alvos preferenciais, as ramificações políticas, que são da maior gravidade, ficam em segundo plano. E eles terão interesse em fazer acordos de leniência com a Controladoria Geral da União (CGU), livrando de culpa o governo.
O importante no petrolão não é apenas desmanchar o cartel das empreiteiras, nem mesmo definir se o que houve foi achaque político ou combinação entre as partes, que tinham interesses convergentes: os empreiteiros queriam ganhar mais e os políticos queriam dinheiro para si e para as campanhas eleitorais. O grave é que foi montado um esquema político dentro da Petrobras para financiar o PT e seus aliados com dinheiro desviado pela corrupção.
E as investigações podem chegar mesmo ao financiamento da campanha presidencial de 2014.
Fonte: O Globo - Merval Pereira
No organograma divulgado no site oficial do Ministério Público sobre o processo do petrolão não há lugar de destaque para os políticos, por que se fosse orientar as investigações a partir deles, os resultados teriam que ser enviados para o STF. Desde as primeiras delações premiadas, o Ministério Público em Curitiba tinha a preocupação de proibir a denúncia de políticos por parte de empreiteiros, limitando-se a investigar a atuação do cartel.
Esse procedimento impediu até agora que o presidente licenciado da UTC, Ricardo Pessoa, considerado como o chefe do "clube das empreiteiras", fechasse acordo de delação premiada, por que ele tem interesse em especificar o papel dos políticos e até mesmo do Palácio do Planalto no esquema, e os procuradores querem detalhes novos sobre a ação do cartel, se possível em outras áreas da economia como, o setor elétrico.
Os empreiteiros têm interesse, ao contrário, de definir que eles foram achacados pelos políticos, e refutam a tese da cartelização. Esse impasse já transparece nas ações desencontradas das investigações, que estão andando muito mais depressa na parte de Curitiba do que em Brasília. Agora mesmo o relator do processo no Supremo, ministro Teori Zavascki, concedeu mais prazo para as investigações dos envolvidos que serão julgados pelo Supremo, os detentores de mandato parlamentar pela 2 Turma do STF, e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, pelo plenário do Supremo, por serem presidentes de Casas Legislativas.
Na disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público para ver quem controlaria as investigações, houve até mesmo tentativas de acordos com os políticos por parte de membros da PF, que ao mesmo tempo em que acenavam com facilidades para o interrogatório dos políticos, faziam lobby para aprovar um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que dá autonomia à Polícia Federal. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está se sentindo com tanta força que já anunciou que não dará novos depoimentos sobre seu caso, pois já foi à CPI da Petrobras e deu sua versão para o caso.
Com a aparição de novos documentos que confirmam que foi ele mesmo a origem das pressões contra uma empresa envolvida no Lava Jato, sua situação ficou fragilizada.
Só se entenderá a atuação do senador Renan Calheiros, de repente transformado em grande defensor da moralidade administrativa e investindo sem medo contra a presidente Dilma, se verificarmos que ele está em situação delicada na investigação do Lava-Jato, e procura fortalecer-se institucionalmente para adiar possíveis sanções criminais. Como seus interesses atuais combinam com os do ex-presidente Lula, que procura se diferenciar do governo de Dilma para poder surgir como uma alternativa do PT para 2018, os ataques ao governo fazem parte da estratégia dos dois, momentaneamente unidos, por objetivos distintos.
O perigo do viés que o Ministério Público está tomando na investigação dos fatos que envolvem o petrolão é levar a uma impunidade dos políticos, fazendo com que os empreiteiros paguem a maior parte da culpa, como aconteceu no mensalão, que condenou empresários a penas muito mais duras que as dos políticos.O governo está satisfeito, por seu lado,com essa tendência, pois considera que enquanto os empreiteiros forem os alvos preferenciais, as ramificações políticas, que são da maior gravidade, ficam em segundo plano. E eles terão interesse em fazer acordos de leniência com a Controladoria Geral da União (CGU), livrando de culpa o governo.
O importante no petrolão não é apenas desmanchar o cartel das empreiteiras, nem mesmo definir se o que houve foi achaque político ou combinação entre as partes, que tinham interesses convergentes: os empreiteiros queriam ganhar mais e os políticos queriam dinheiro para si e para as campanhas eleitorais. O grave é que foi montado um esquema político dentro da Petrobras para financiar o PT e seus aliados com dinheiro desviado pela corrupção.
E as investigações podem chegar mesmo ao financiamento da campanha presidencial de 2014.
Fonte: O Globo - Merval Pereira
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quarta-feira, 15 de abril de 2015
Mais um petista preso por corrupção - como de hábito o bandido preso faz parte da direção do PT = Perda Total = é tesoureiro
Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é preso em São Paulo
Detido será levado a Curitiba, em uma nova fase da operação Lava-Jato, informou a Polícia Federal
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso nesta quarta-feira na 12 ª fase da Operação Lava-Jato.
A informação foi confirmada pela Justiça Federal do Paraná. A Polícia Federal convocou para às 10h, em Curitiba, uma entrevista coletiva para anunciar os detalhes da prisão. O PT também confirmou a detenção de seu tesoureiro. Vaccari foi preso em sua casa em São Paulo e será levado ainda nesta quarta-feira à superintendência da PF em Curitiba.
Mais um bandido petista preso
Na semana passada, em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-tesoureiro do PT deu respostas evasivas e repetidas para defender a legalidade das doações eleitorais recebidas pelo PT e negou ter tratado sobre finanças do PT com o doleiro Alberto Youssef e ex-gerente da estatal Pedro Barusco. Os dois são delatores da Operação Lava-Jato e o acusam de ter recebido recursos decorrente de propinas pagas por empreiteiras contratadas pela Petrobras.
Estão sendo cumpridos um mandado de prisão temporária, um de preventiva, um de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e outro de busca e apreensão. Todos os mandados serão cumpridos em São Paulo. A Operação Lava -ato foi deflagrada pela PF em março e 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A última fase da operação foi deflagrada na última sexta-feira e prendeu sete pessoas. Entre elas três ex-deputados federais: André Vargas, Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE).
Fonte: O Globo
sábado, 14 de março de 2015
13 e 15 de março: massas rebeladas
13 de março = manifesto dos desesperados por medo de perder a boquinha que desde 2001 os mantém pendurados nas tetas da viúva
15 de março = manifestação de milhões de brasileiros direitos que querem um Brasil livre da corrupção, livre dos esquerdopatas ladrões, da falta de ética, da falta de vergonha na cara, dos atentados contra a FAMÍLIA, a MORAL, os BONS COSTUMES, da incomPTncia, de pseudo trabalhadores que marcam uma manifestação para uma sexta-feira dia útil
Onde há poder há resistência, mesmo nas microrrelações de poder (Foucault). Quando não concordamos com um determinado governo, nada mais legítimo que protestar (e desejar sua mudança pela via democrática). Mas é de se lamentar quando a luta do povo (ainda que hercúlea) fica pela metade. Se sabemos (pela história e pelos indicadores sociais) que todos os governos fazem sempre praticamente a mesma coisa (preservação dos interesses das classes sociais dominantes, ou seja, das relações de domínio e de exploração, incluindo anomalamente muitas vezes a cleptocracia – a ladroagem crua e nua), nossos protestos não deveriam ser dirigidos apenas contra o governo plantonista (do PT no plano federal e do PSDB em alguns estados: SP, PR, GO, MS e PA), sim, contra o sistema de dominação que é cruel no Brasil: em 1960 nosso Gini (índice que mede a desigualdade) era de 0,50; chegou a 0,64 em 1988 (fruto da ditadura) e voltou para 0,51 em 2014 (número que significa extrema desigualdade). Os países europeus, para se ter uma ideia, possuem Gini médio de 0,30; os EUA, de 0,45.Somos um país extremamente desigual e severamente cleptocrata (porque dominado pelo patrimonialismo, pela “compra” do poder político pelo poder econômico e pela roubalheira generalizada). Quando o poder jurídico aperta o controle do poder político-econômico (em momentos raros), todos os partidos “comprados” pelo dinheiro se aliam e mandam o povo às favas. No dia 5/11/14, a anterior CPI da Petrobras (que morreu de anemia) votava requerimentos para quebrar o sigilo das empreiteiras e convocar larápios da roubalheira. PT e PSDB fizeram um “acordão” e impediram qualquer medida que pudesse buscar a verdade. Os partidos estão se lixando para a população, quando atuam para salvar a pele deles e dos que os financiam.
Continuar lendo.................................13 e 15 de março: massas rebeladas - Luiz Flávio Gomes
quinta-feira, 12 de março de 2015
Até o PT defendeu Eduardo Cunha. Deputados transformam o depoimento de Cunha em sessão de desagravo ao Presidente da Câmara dos Deputados
Depoimento
de Cunha se transforma em sessão de elogios na CPI da Petrobras
Até o PT, atual adversário político, saiu em defesa
do parlamentar, que foi
incluído na lista de investigados da Operação Lava Jato
Após
mais de 50 minutos lendo e atacando a petição da Procuradoria-Geral da
República (PGR), o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu cumprimentos e manifestações de solidariedade
dos membros da CPI da Petrobras. Em desagravo a Cunha, os deputados enfatizam que não há provas contra o peemedebista.
Parabenizando
o presidente pela "brilhante
fala", o líder do Solidariedade Arthur Maia (BA) disse que quem faz
delação premiada tem obrigação de comprovar as denúncias e que o peemedebista
não tem "nada a ver" com o
episódio. "Parlamentar não indica
presidente de Petrobras, não nomeia diretor de Petrobras, não autoriza compra
de Pasadena. Cadê o chefe?", discursou.
O líder
do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse que a atitude de
Cunha de vir espontaneamente à CPI foi "cidadã" e que ele não fugiu dos
esclarecimentos. Ele falou em "fragilidade"
dos indícios apontados pela PGR contra o colega de partido. "Vossa excelência usa oportunidade como
esclarecimento muito importante para nós do PMDB. O PMDB não indicou Nestor
Cerveró (ex-diretor da Petrobras), o senhor Fernando Soares não é e nunca foi
operador do PMDB. Não temos restrições às investigações", afirmou.
O
deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) disse que não se pode permitir que a
crise "atravesse a rua" e criticou a tentativa "espúria" de
criminalizar doações legais para atingir a Casa. "O senhor vem aqui
mostrar qual é a jogada por trás disso", comentou. ()
Pérolas
Ao ler a
petição da Procuradoria-Geral da República (PGR), o peemedebista apontou supostas contradições, fraquezas da peça,
ridicularizou e falou em "pérolas"
do procurador-geral, Rodrigo Janot. "Isso
é realmente uma piada", disse. Atacando
o que chama de politização do processo, Cunha mandou um recado ao Palácio do
Planalto. "Não vamos aceitar
transferir a crise para o outro lado da rua". Ao final do "monólogo", Cunha foi
aplaudido por parte dos que acompanham a reunião.
sexta-feira, 6 de março de 2015
Inflação surpreende e fica em 1,22% em fevereiro, acima da previsão de analistas - a dos ultimos doze meses alcança 7,7%, maior taxa desde maio de 2005 - CPI da Petrobras vai investigar Lula e Dilma
Inflação surpreende e fica em 1,22% em fevereiro, acima da previsão de analistas
Globo OnLine
No acumulado em 12 meses, IPCA subiu para 7,7%, maior taxa desde maio de 2005
A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 1,22% em fevereiro, informou o IBGE nesta sexta-feira. Em fevereiro, o indicador havia avançado a 1,24%. No acumulado em 12 meses até fevereiro, o IPCA registrou forte alta, para 7,7%, ante 7,14% no mês anterior. A taxa é a maior desde maio de 2005, quando foi de 8,05%, e é muito superior ao teto da meta do governo, que é de 6,5%. Nos primeiros dois meses do ano, o índice já sobe 2,48% — o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.
O resultado veio acima da mediana das projeções de analistas do mercado financeiro, que esperavam que o índice desacelerasse a 1,08%. Em relatório enviado a clientes, o Bradesco informou que previa desaceleração a 1,1%. No comunicado, o banco avaliou que o impacto dos reajustes de preços administrados, como transporte público e energia, já teria se dissipado no mês passado. Além disso, previa menor pressão dos preços de alimentos.Continuar lendo..............................
Presidente da CPI da Petrobras diz que Lula e Dilma serão investigados. A conferir...
O deputado Hugo Motta (PMDB-PB), de 25 anos de idade, presidente da nova CPI da Petrobras, disse à TV VEJA que “investigará o que for necessário” para jogar luz sobre a roubalheira na Petrobras.
A entrevistadora perguntou se a investigação poderia alcançar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Ele respondeu que sim.
Ela quis saber se donos de empreiteiras também seriam ouvidos. Outra vez ele respondeu que sim.
Vamos devagar.
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