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quinta-feira, 12 de março de 2015

Até o PT defendeu Eduardo Cunha. Deputados transformam o depoimento de Cunha em sessão de desagravo ao Presidente da Câmara dos Deputados



Depoimento de Cunha se transforma em sessão de elogios na CPI da Petrobras
Até o PT, atual adversário político, saiu em defesa do parlamentar, que foi incluído na lista de investigados da Operação Lava Jato
Após mais de 50 minutos lendo e atacando a petição da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu cumprimentos e manifestações de solidariedade dos membros da CPI da Petrobras. Em desagravo a Cunha, os deputados enfatizam que não há provas contra o peemedebista.

Parabenizando o presidente pela "brilhante fala", o líder do Solidariedade Arthur Maia (BA) disse que quem faz delação premiada tem obrigação de comprovar as denúncias e que o peemedebista não tem "nada a ver" com o episódio. "Parlamentar não indica presidente de Petrobras, não nomeia diretor de Petrobras, não autoriza compra de Pasadena. Cadê o chefe?", discursou.

O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse que a atitude de Cunha de vir espontaneamente à CPI foi "cidadã" e que ele não fugiu dos esclarecimentos. Ele falou em "fragilidade" dos indícios apontados pela PGR contra o colega de partido. "Vossa excelência usa oportunidade como esclarecimento muito importante para nós do PMDB. O PMDB não indicou Nestor Cerveró (ex-diretor da Petrobras), o senhor Fernando Soares não é e nunca foi operador do PMDB. Não temos restrições às investigações", afirmou.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) disse que não se pode permitir que a crise "atravesse a rua" e criticou a tentativa "espúria" de criminalizar doações legais para atingir a Casa. "O senhor vem aqui mostrar qual é a jogada por trás disso", comentou. ()

Pérolas
Ao ler a petição da Procuradoria-Geral da República (PGR), o peemedebista apontou supostas contradições, fraquezas da peça, ridicularizou e falou em "pérolas" do procurador-geral, Rodrigo Janot. "Isso é realmente uma piada", disse.  Atacando o que chama de politização do processo, Cunha mandou um recado ao Palácio do Planalto. "Não vamos aceitar transferir a crise para o outro lado da rua". Ao final do "monólogo", Cunha foi aplaudido por parte dos que acompanham a reunião.




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