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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Nas ruas, rir é resistir - José Casado

O Globo

A sátira transborda pelos blocos

Está nas ruas uma nova e bem-humorada devassa política. Resulta das desilusões coletivas com os “vigários” de gravata, como canta a São Clemente: “Brasil, compartilhou/ viralizou, nem viu!/ E o país inteiro assim sambou/ Caiu na fake news!”

É um salve-se quem puder, avisa a União da Ilha, ao relatar a anarquia no Rio de tiroteios, intercalados pela “solidariedade” de governantes aos baleados: “Esse nó na garganta, vou desabafar/ O chumbo trocado, o lenço na mão/ Nessa terra de Deus dará... Eu sei o seu discurso oportunista/ É ganância, hipocrisia/ Seu abraço é minha dor, seu doutor.”

Na cidade de Marcelo Crivella, lembra a Unidos da Tijuca, só resta a súplica aos céus: “O Rio pede socorro / É terra que o homem maltrata / Meu clamor abraça o Redentor.” Virou zona de intolerância, protesta a Grande Rio: “Pelo amor de Deus/ Pelo amor que há na fé/ Eu respeito seu amém/Você respeita o meu axé.” Foi esse Rio que deu ao país Jair Messias Bolsonaro, evocado pela Mangueira na saga de Jesus da Gente, filho de carpinteiro desempregado com Maria das Dores Brasil: “Favela, pega a visão/ Não tem futuro sem partilha / Nem Messias de arma na mão.”

A sátira transborda pelos blocos (pura ironia num país cujo Congresso analisa mais de 60 projetos para restringir a liberdade de expressão). Não se esquece o governador Wilson Witzel vendendo bactérias Cedae: “Tem dó de nós, governador/ Tem dó de nós, governador/ Água amarela e com cheiro de cocô (bis).”

Inesquecível, também se tornou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele caiu na rede dos Marcheiros: “Se eu contar, ninguém acredita/ Tive um sonho e acordei passando mal/ O meu insider trader virou parasita/ E o boletim não chegou na ‘pactual’... Fugi pra Disney, pra escapar desse BO/ Eu de doméstica ali na imigração/ O americano, veja só.../ Falou, tchuchuca, tenha dó/ Não tem escola de Chicago ou tubarão/ Pode algemar e manda pra deportação!/ ... Ai que baixo astral/ Que foi o meu pesadelo liberal/... E o pibinho, ó...”
“Sorrir é resistir”, ensina o Salgueiro em reverência a Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil.


José Casado, jornalista - Coluna em O Globo

 

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Morte à vista do pedido de vista - O Globo

Ascânio Seleme

Iniciativa do TCU estabelece prazo máximo de 30 dias para a devolução de um processo ao plenário [medida certíssima, desde que tenha validade para o Supremo e seja obedecida pelos supremos ministros]

Uma excelente iniciativa do Tribunal de Contas da União pode mudar o absurdo protelatório que atende pelo nome de “pedido de vista”. Comum em todos os tribunais, a vista de um processo tem o poder de adiar o seu julgamento pelo tempo que bem entender o juiz que fez o pedido. Houve casos de vistas que duraram anos no Supremo Tribunal Federal. A iniciativa do TCU, apoiada pelo atual e pelo próximo presidente, além de ter a simpatia da maioria dos ministros da Casa, estabelece prazo máximo de 30 dias para a devolução de um processo ao plenário com o voto do ministro que pediu a vista. Se o magistrado não votar, mesmo assim o processo volta para a apreciação e vence o que determinar a maioria.

Uma vista é concedida quando o juiz que fez o pedido alega não ter se inteirado completamente do teor do processo. Eventualmente esta pode ser a verdade, mas rotineiramente não é. Os desembargadores ou ministros pedem vista que interrompe o andamento do processo por diversas razões, inclusive para tentar pacificar um plenário dividido. O fato é que são raras as vezes que um pedido de vista serve para o solicitante se debruçar com mais cuidado sobre o caso. Quando chega ao plenário para sentença, um processo já tramitou por alguns anos, ou por muitos anos naquela instância e nas instâncias inferiores. Tempo suficiente para que todos os ângulos do processo sejam mais do que conhecidos por todos. Além disso, os processos que tramitam em tribunais estão disponíveis digitalmente.

Se acabar cristalizada, a iniciativa do TCU criará uma nova regra que os demais tribunais poderão ser compelidos a seguir. Quem ganha com isso é a Justiça. Quem perde é a famosa lentidão da Justiça. Com o auxílio do pedido de vista, que pode ser acionado nos tribunais regionais, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, um processo demora de 15 a 20 anos para ser julgado, a ponto de permitir a prescrição de eventual crime antes dele conhecer sua sentença final. O pedido de vista acabou virando instrumento protelador de decisões judiciais.

Há inúmeros casos em todos os tribunais, inclusive no STF, de pedidos de vista feitos depois de um processo ter alcançado maioria. O que isso significa? Significa que a decisão já tomada a favor de um dos lados da causa em questão ficará sem execução até que o ministro que pediu a vista devolva o processo ao plenário para que o acórdão seja enfim proferido. Trata-se de uma vergonhosa manipulação do processo penal que os ministros de todas as cortes tomam sem o menor constrangimento. Uma descarada protelação de uma decisão colegiada que um juiz solitário toma por ter sua posição contrariada. Ou por outras razões ainda menos nobres. [outro absurdo é os ministros do Supremo terem liberdade para mudar de voto até a proclamação definitiva de um resultado, mesmo que formada maioria para uma das partes.
Tem processos pendentes no STF, com placar de 6 a 4, ainda provisório, aguardando o retorno de um ministro - a principio, providência que parece meramente protelatória, haja vista que o ministro que voltar, quando proferir seu voto, qualquer que seja, em nada mudará o lado vencedor.
Só que a faculdade dos ministros mudarem o voto até a proclamação do resultado, permite que outro ministro decida após o novo placar (repetindo: que não alterou nada em relaçãoao escore anterior) mudar de voto.
Mais grave ainda é que, ocorrendo alteração do placar,  um ministro peça vista.

Nós, eleitores comuns, quando votamos nas eleições não podemos mudar o voto - demore o que demorar a proclamação do resultado.
Os cidadãos que servem no Tribunal do Júri não podem mudar seu voto.]

A proposta do TCU é terminativa. Depois de 30 dias o processo em vista por um ministro é devolvido automaticamente ao plenário e entra na pauta. O regimento do Supremo também estabelece um prazo de 20 dias para que um processo com pedido de vista seja devolvido para a pauta. Mas trata-se de um dispositivo ridículo, já que o prazo estabelecido não é obrigatório. Os ministros da Corte ignoram solenemente este prazo, e o instrumento acabou virando chacota de advogados, que o apelidaram de “perdidos de vista”.

A frase correta
Ao contrário da barbaridade que pronunciou, Guedes poderia ter dito o seguinte: “Com o dólar muito baixo, os brasileiros deixavam US$ 2 bi por ano na Flórida, a maior parte em Orlando. A então candidata Hillary Clinton chegou a dizer, na campanha de 2016, que poderia dar atenção especial ao brasileiro. A nossa é a segunda nacionalidade a mais frequentar a Disney, perdemos apenas para os americanos”. 
Mas, em se tratando de câmbio, com certeza ficar calado seria a melhor opção.


Ascânio Seleme, colunista  - O Globo


 



segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

“Cadeia verde-amarela” e outras notas de Carlos Brickmann


Todos os governadores eleitos do Rio nos últimos 20 anos foram presos. Dois ex-governadores de São Paulo foram delatados. Ninguém se salva?


A Rádio Bandeirantes, potência maior do rádio paulista, montou uma rede nacional de emissoras afiliadas, que retransmitiam sua excelente programação de esportes. Era a Cadeia Verde-Amarela Norte-Sul do Brasil. Com a TV nos estádios, permitindo que rádios menores transmitissem o jogo a partir das imagens, dissolveu-se a Cadeia Verde-Amarela.

Mas o mundo gira. Hoje, a Cadeia Verde-Amarela Norte-Sul do Brasil está de volta, com autoridades sendo presas em todo o país. O esporte é o mesmo de antes: atuar em estádios, receber boladas, montar boas jogadas e sempre seguir a máxima de um grande técnico, Gentil Cardoso: “Quem pede recebe”. Alguns deram o azar de fazer o que não deviam na hora em que o juiz estava olhando, e a torcida, irritada, exigiu o cartão.
Resultado: todos os governadores eleitos do Rio nos últimos 20 anos foram presos. Um, Sérgio Cabral, está condenado a mais de cem anos. Os dois Garotinhos, Anthony e Rosinha, passaram pela cadeia, mas foram logo soltos. E Pezão foi o primeiro dos quatro a ser preso ainda no exercício do mandato. Perto de Cabral, Pezão é argent de pôche, dinheiro de pinga: falam em mesada de R$ 150 mil, mais 13º, eventualmente algo a mais, mas nada que se compare, ao menos por enquanto, ao anel de R$ 800 mil que Cabral recebeu como propina de um empreiteiro para dar à esposa.
Dois ex-governadores de São Paulo foram delatados. Ninguém se salva?

A hora das vaias
Atenção: o que se discute no Supremo é uma questão constitucional, não partidária, se o presidente da República tem ou não o direito de conceder indulto a presos que se enquadrem em certas normas. Este colunista, do alto de sua ignorância em Direito, acha que, seguidas as normas legais (sem mexer no que está escrito), indultar é direito do presidente. Siga-se a lei.  Se o STF mexer nas normas, interferirá em outro poder. Indulto não é jabuticaba, existe mundo afora. Quando o presidente Nixon renunciou, seu vice Gerald Ford o perdoou, livrando-o de processos. Sem promessa de perdão, renunciaria? Ou lutaria na Justiça, tumultuando a vida do país?

É sério, mas não é
O Governo paulista destinou no Orçamento à Linha 18 do Metrô um total de R$ 40,00 (sim, quarenta reais). A Linha 18 terá 15 km de trilhos, com 13 estações, e deve ligar as sete cidades do Grande ABC, uma das regiões mais importantes do Estado, à capital. Aliás, já deveria estar em funcionamento, porque a inauguração era prevista para 2018, A obra está parada há quatro anos ─ mas, com R$ 40 para gastar no ano, como andar? Esta verba só tem uma vantagem: não sobra espaço para nada errado.

Erramos 1
Esta coluna se equivocou ao noticiar a empresa na qual Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, está trabalhando em São Paulo: a firma é a CSN, do empresário Benjamin Steinbruch. Perillo se mudou para São Paulo depois de ser derrotado na eleição para senador.

Erramos 2
Nos anos mais duros da ditadura militar, o Painel da Folha de S. Paulo chamou o ministro Júlio de Sá Bierrenbach, do Superior Tribunal Militar, de “almirante de esquerda”. Erro, claro: Bierrenbach era almirante de esquadra, a mais alta patente da Marinha. Houve a reclamação, a habitual chuva de protestos, e no dia seguinte o Painel publicou algo como “houve um erro na referência à patente” do almirante Bierrenbach. “O correto é almirante de esquerda”. Não é que esta coluna cometeu o mesmo tipo de erro? Ao publicar esclarecimentos sobre vida e obra do ex-ministro Roberto Campos, errou o nome de quem gentilmente nos corrigiu. O nome correto do professor e diplomata é Paulo Roberto de Almeida.

Nosso herói
Mickey Mouse completa 90 anos: em 1928, estreou no desenho animado Steamboat Willie, em que trabalha num navio e tem como inimigo João Bafodeonça. Mickey fez sucesso no cinema, nos quadrinhos, na área de entretenimento ─ os parques da Disney o têm, ao lado de Pateta, como o grande chamariz de turistas. Mickey e seus companheiros de Disney são também grandes exemplos internacionais. No Brasil, por exemplo, velhos ratos estão sempre próximos do poder. Nem dão bola para os Patetas e, graças ao jeitinho brasileiro, ficaram muito amigos de João Bafodeonça e dos Irmãos Metralha, hoje seus companheiros em tantas aventuras. Essas mudanças no perfil dos personagens lhes fizeram bem: nossos ratos, mesmo não sendo atrações turísticas, ganham muito mais que o Mickey.

Aberje
O arresto e penhora de bens da Aberje, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, foram suspensos: a Aberje está pagando a dívida trabalhista que havia motivado o processo. Tudo em ordem.

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann
 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Vovó Estela não levará o netinho à Disney?



Recordar é preciso. No Brasil, existia uma empresária brasileira chamada Stella Oliveira de Barros. Empresária pioneira no turismo no Brasil, desde 1957, liderou a venda de pacotes para os parques da Disney, nos EUA. Trabalhou até os 88 anos de idade. Só parou por causa do mal de Alzheimer. Partiu para sua viagem final em 7 de dezembro de 2004, aos 95 anos. Seu apelido, Vovó Stella, é imortal.
 O sucessor da Dilma que trará vantagens para o Brasil: mais um poste - Mercadante - ou um jumento?

Por isto ela não pode ser confundida com outra Estela. Justamente aquela que, nas décadas de 60/70 do século passado, com este codinome estelar, planejava ou praticava ações de terror, assassinatos, sequestros e assaltos a banco para tentar implantar o comunismo no Brasil, sob a desculpa de combater a ditadura dos militares sanguinários. Abrigada no partido da estrela vermelha, a Estela é Presidenta do Brasil no segundo mandato. A imagem da Estela foi transformada pela marketagem eleitoreira em "Coração Valente" - também nome de uma heroína de desenho animado da Disney.


‘ficha da Dilma no DOPS’

Semelhança entre a Stella e a Estela? Ambas são Vovós. Diferenças da Stella para a Estela? A primeira foi uma grande gestora e empreendedora. A segunda é um desastre gerencial. Só não consegue quebrar o Brasil, porque a potencialidade econômica da nação e infinitamente maior que a incapacidade dela. Enquanto viveu, a Stella levou os netos dela e de todo mundo para a Disney. Já a Vovó Estela, muito em breve, corre o risco de não poder mais levar o dela para lá.

Vovó Estela correrá o risco de ser presa, caso acabe condenada no Tribunal de Nova York - que deve unificar várias ações judiciais de investidores lesados contra diretores e membros dos conselhos administrativo e fiscal da Petrobras. Advogados norte-americanos apostam que Dilma Rousseff e demais companheiros da diretoria da Petrobras não escaparão do rigor do judiciário nos EUA. Além de condenados a pagar multas milionárias, tendem a pegar alguma pena de prisão. Lava Jato lá fora é Car Wash: lava de verdade...

A máquina de contrainformação nazicomunopetralha andou plantando notinhas nos veículos de comunicação aliados e nos blogs amestrados por gordas verbas de publicidade que "jamais os Estados Unidos  vão processar e condenar uma chefe de Estado estrangeira". Pois é bom saber que tal tese não existe. Não confunda o ânus com o ônus. Além disso, a ação judicial contra o Petrolão, lá fora, só deve ter alguma denúncia formalizada para julgamento daqui a uns cinco até 10 anos. Ou seja, durante o mandato que acaba oficialmente em 2018, Vovó Estela ficará apenas sob pressão na Presidência. Mas, depois, o bicho pode e tende a pegar para ela nos States.

Se tiver de levar o netinho para a Disney, que a vovó Estela o faça agora, antes de não poder mais fazer, sob o risco de acabar presa pelos "injustos norte-americanos". Um consolo a Vovó Estela já tem. O netinho dela já foi à Disney com os pais... Portanto, talvez nem ligue de voltar lá, no futuro, sem a avó aposentada do cargo público supostamente mais poderoso do Brasil. Até porque ninguém gostaria de ver sua avó fazendo companhia aos irmãos metralha na Disneylândia...

Enquanto não sabe ainda se a Disney lhe será proibida, Vovó Estela comete mais uma bobagem histórica, em nome de uma pretensa defesa dos direitos humanos. Resolveu ontem se proclamar "indignada" com o governo da Indonésia porque o judiciário de lá condenou à morte e executou o brasileiro Marco Archer. O instrutor de voo foi fuzilado pelo hediondo crime de tráfico de drogas. A indignação de Dilma é uma afronta ao bom senso. Vale repetir por 13 x 13: Aqui no Brasil, os traficantes não têm pena de ninguém e já praticam a pena de morte posta em vigor pela conivência de um governo corrupto e de uma sociedade omissa.

A notinha oficial solta pelo Palácio do Planalto é digna do mais sem graça Palhaço do Planalto: “A Presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às 15:31 horário de Brasília na Indonésia. Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a Presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país. A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo. O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países. Nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada. O Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.”

Um desejo para Vovó Estela, também conhecida como Coração Valente: a partir de agora, a oposição e os cidadãos de bem deveriam exigir que seu governo solte uma nota oficial de pesar para uma família enlutada cada vez que brasileiros inocentes forem vítimas de crimes violentos e hediondos praticados pelas diferentes organizações criminosas que atuam impunes no Brasil. No Brasil, mais de 50 mil pessoas são vítimas, anualmente, de assassinatos violentos. Nesta guerra civil não declarada, ninguém vê a "indignação pública" da Presidente da República - que deveria dar bons exemplos, e não maus exemplos. Dilma é tão ruim politicamente que consegue ampliar seu desgaste inutilmente. Ainda bem que Dart Vader já conspira, nos bastidores, para substituí-la em 2018... 

Fonte: Blog Alerta Total – Jorge Serrão


domingo, 9 de novembro de 2014

Atenção reservistas



A lição de BuzzLightyear aos Generais do Brasil

País sede do Instituto Tavistock de Relações Humanas - instituição especializada em técnicas de lavagem cerebral, guerra psicológica e engenharia social -, a Inglaterra costuma nos brindar com resultados bizarros de pesquisas. Anos atrás, uma delas revelou que 5% dos britânicos alegavam comungar da religião (?) "Jedi" (a seita do Bem da série de ficção científica Star Wars, da Disney, cujo bordão é "que a força esteja com você"...

Semana passada, uma outra inusitada enquete inglesa da Radio Times nos brindou com outro resultado curioso sobre a indústria cultural. A maioria dos pesquisados elegeu aquela que seria a frase mais marcante da História do Cinema. A vencedora, com grandes méritos, foi o bordão do herói intergaláctico da série Toy Story, também da Disney, o poderoso BuzzLightyear: "Ao infinito e além...". No bom inglês: "To infinity... and beyond"...

Se fosse nacional, o herói não poderia fazer tal referência ao País do Pibinho. A economia do Brasil não está crescendo. E, quando tiver chances de crescer novamente, não vai crescer como deveria. Nossos erros conceituais básicos nos inviabilizam e tiram a chance de nos tornarmos uma potência, apesar do grande potencial e das riquezas naturais. O modelo capimunista em vigor, com gastança pública, desperdícios, corrupção sistêmica, precária infraestrutura e, o mais grave de tudo, um sistema de ensino desqualificado, nos coloca na vanguarda do atraso em relação ao resto do mundo.

Nem nas tragédias estamos aprendendo nada. Aqueles 7 a 1 que tomamos da Alemanha não serviu de lição para mudarmos nosso modelo - não apenas do futebol -, mas cultural, civilizatório e educacional. Os alemães continuam investindo em seus centros de formação esportiva que vão muito além da atividade fim. Seu foco não é apenas formar atletas de qualidade, mas sim cidadãos com instrução qualificada em todas as áreas básicas do conhecimento. Por isso, ainda vamos tomar muitas "goleadas" deles em várias áreas.


(. . . ) 

 VÍDEO: Atenção reservistas- A REALIDADE MILITAR

Vídeotexto crítico que faz sucesso entre os militares no Brasil, baseado em artigo do General Paulo Chagas.

Esta elite moral parece tirar férias permanentes em Miami, Las Vegas, Punta del Este ou na paradisíaca PQP. Até os militares, categoria com a formação educacional mais sólida do País, claramente, não têm mais vontade política de indicar rumos. O ideal positivista-tenentista, que por quase um século direcionou os rumos da Nação, parece envergonhado pelo massacre ideológico pós-1964. A culpa é dos próprios Generais que falharam em seu projeto de poder. Atacaram o inimigo errado, e acabaram engolidos pelos agentes ideológicos do verdadeiro inimigo da soberania do Brasil. Azar deles e, maior ainda, infortúnio nosso.

Uma intervenção militar hoje só seria eficaz para melhorar a qualidade da parada de 7 de setembro. A cúpula de Generais sabe perfeitamente disto. Do contrário, diante de tanta corrupção institucional, com a tomada do poder estatal pelo crime organizado, já teriam tomado uma providência em nome do artigo 142 da Constituição Federal. Os militares sabem que uma intervenção não seria bem sucedida na forma de uma tomada institucional de poder reivindicada por muitos setores nas ruas e nas redes sociais. O motivo é simples: Faltam pré-condições psicossociais. A população, induzida pela mídia, entenderia a ação como um golpe. E a "ditadura" já está demonizada na opinião pública - que reagiria contra ela, junto com a bandidagem que aproveitaria a onda de reação.

Sem quarteladas, os militares do Exército, Marinha e da Aeronáutica deveriam cumprir a missão cívica de demonstrar para a sociedade brasileira que suas instituições conseguem praticar um modelo ensino de extrema eficiência, custo compatível e resultados objetivos. Infelizmente, ocorre um movimento em direção e sentido contrários.

O sistema do crime organizado, ideologicamente, trabalha para desmoralizar tudo que venha do mundo militar - inclusive o ensino de altíssima qualidade - associando, na cabeça das pessoas idiotizadas, o papel militar com o "autoritarismo militarista" (arbítrio, abuso de poder, tortura, desrespeito aos direitos humanos e violência).

Novamente, os generais brasileiros da ativa e da reserva devem se comportar como Samurais (como bem prega o General Santa Rosa em suas palestras) - e não como dóceis gueixas que se comportam como meras funcionárias públicas fardadas. Samurai tem coragem, honra e sabedoria para lutar e vencer.  A pacificação e o redesenho federalista da União do Brasil, ambas pela via do aprimoramento educacional (escola + família) são o maior desafio para nossos estrategistas militares. Eles precisam enxergar tal realidade, ou vão continuar permanentemente assombrados pelos ataques assimétricos dos fantasmas do comunismo, em uma guerra irregular na qual sempre estarão em desvantagem.

O Brasil tem de dar um golpe fatal no governo do crime organizado. Oficiais Generais das Forças Armadas brasileiras são tecnicamente preparados para tal missão. Precisam, agora, aprimorar a estratégia política. Em vez de investir em intervenções como as do passado, devem reconquistar o teatro de operações da sociedade servindo como exemplos de resistência e reação imediata ao sistema que tenta - e está quase conseguindo - inviabilizar o Brasil como nação soberana, através da desmoralização gradual da imagem dos militares, linkando-os com a palavra mágica "ditadura".

Os Generais precisam mudar o foco da batalha. Uma sugestão bem prática seria que a turma fardada liderasse uma grande campanha pela educação - inclusive exigindo que a sociedade force o legislativo e o executivo e darem mais verbas para a reprodução do modelo de ensino dos colégios militares. As instituições militares, através de seus comandantes, são hoje as figuras institucionalmente mais indicadas e preparadas para assumir tal responsabilidade social.

Se as Forças Armadas não adotarem tal estratégia de comunicação em defesa intransigente do ensino de qualidade vão terminar como mera guarda nacional para operações de Garantia da Lei e da Ordem no enxugamento de gelo do combate à narcoguerrilha. Eis uma sugestão mais sensata que propor "golpes" e quarteladas (que não têm condições de ocorrer na conjuntura mundial atual), para colocar o Brasil no caminho do infinito e além pela via da Educação...    

(. . .)      

E vamos em frente, ao infinito e além...

Ler a íntegra no Blog Alerta Total - Jorge Serrão