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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

O SENHOR ALGORITMO - Valterlucio Bessa Campelo

O fenômeno do “ditador” que insiste na defesa da liberdade e os “democratas” que querem controlar a mídia.

Os inúmeros brasileiros que como eu já sofreram censura e punição de provedores das redes sociais, sob o argumento de “ir contra a política da empresa”, sabem que se trata-se de um evidente e inaceitável abuso de poder. Ora, se, analogamente, conforme o princípio constitucional da legalidade, inarredável no Direito, “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”, por que eu poderia ser punido com a suspensão de minha conta no Facebook, por exemplo, sem que me fosse objetivamente apresentada a causa, ou seja, apontada a regra desobedecida e a respectiva previsão punitiva?

Tá, é um contrato, uma adesão, estamos em situação típica “pacta sunt servanda”. É mesmo? Então, antes do expurgo me mostre que regras foram infringidas, que cláusulas rompi, que abusos cometi e, mesmo assim, que se cumpra o devido processo – tem que haver um. Além disso, ao agir como “juiz”, é de se esperar que a decisão seja fundamentada. A forma simplista e genérica com que são apresentadas as punições é inaceitável em um regime democrático. Lembrando o presidente Jânio Quadros, parece um “fi-lo porque qui-lo”.

Mais esquisito ainda, é saber que há nas punições um viés ideológico claramente identificável. O conservadorismo está sob ataque, ou, de outro modo, o progressismo avança sobre as nossas liberdades. Seja por suspensão, por redução de alcance das postagens, por sumiço aleatório de seguidores, por priorização em pesquisas, as chamadas big techs agem em uníssono contra abordagens e temas que vão em defesa de uma visão, digamos, para simplificar, à direita. As big techs e os tais algoritmos que comandam os acessos e as postagens tem cor, são vermelhos como o sangue das vítimas de suas ideologias assassinas.

Ocorre, contudo, que os provedores não têm esse mandato estabelecido, não é para isso que estão autorizados. Ao “ler” as nossas postagens com filtro ideológico e eliminarem o que lhes pareça inadequado, eles agem como editores, fugindo assim aos seus pressupostos. Disso, obviamente, aproveita-se a esquerda em sua clássica política de repressão e perseguição a adversários políticos. Nessa batida, chegará o dia em que pelas big techs só transitarão postagens aderentes a uma determinada ideologia. O debate estará encerrado pelo cancelamento dos contrários. Como elas são amplamente majoritárias no mercado, dominarão o conhecimento e a percepção da realidade. Quanto mais nos comunicamos por elas, mais subordinados estaremos às suas regras que, como já admitido por seus próprios donos, não são neutras, obedecem a uma determinada visão de mundo.

Pois bem, em defesa da liberdade de expressão, o governo federal editou uma medida provisória que pretendia limitar a discricionariedade dos provedores e preservar a liberdade de expressão
Os partidos de esquerda imediatamente (como de costume) foram ao Supremo defender o garrote em nossa liberdade.  
No vaivém de manifestações da AGU, MPF e STF, o presidente do senado, o Pacheco, devolveu a MP ao Executivo, alegando inconstitucionalidade. Contra o governo vale tudo. [A devolução da medida provisória, devolução que pode ocorrer sem fundamentação é aceitável. O mais grave é que a 'esquerda', de forma covarde e estimulada pelo medo que possue da verdade, também se opôs ao envio pelo Executivo de um projeto de lei, que permitiria a discussão ampla e prévia da matéria. Gritaram, uivaram, mas tudo indica que terão que engolir a discussão da matéria e até mesmo uma possível aprovação.]
 
Os argumentos são sempre em “defesa da coletividade” e do combate às fakenews. Ora, temos um dono da verdade?  
Se, por acaso, eu disser na rede social que em diversas partes do mundo estão promovendo manifestações contra o passaporte sanitário, arrisco ser prontamente suspenso, embora esteja apenas noticiando um fato público e serei execrado como negacionista, autor de “fakenews” atentatória à saúde pública etc, etc, etc. 
Se eu postar que em determinado lugar aquele remedinho contra verme continua sendo usado, fico de castigo um mês inteiro. 
Não importa que o fato seja verdadeiro, ou, se contestável, exija apresentação de prova contrária. 
O que é o silenciamento liminar, senão um filtro de opinião, ou seja, censura escancarada?

O poder das big techs é tão grande que, não esqueçamos, em 2020 silenciaram ninguém menos que o presidente americano Donald Trump, em flagrante militância pró-Biden. Durante meses de campanha as redes não permitiram que fossem expostas as traquinagens e as ações pretéritas da família Biden, que, ao cabo, sem ter que responder sérias acusações, ganhou as eleições, ainda que discutivelmente. Pudera! Perceba-se que o mesmo já estão preparando aqui no Brasil. Imagine contra quem!

Neste domingo,19/09, o Executivo mandou ao Congresso Nacional em forma de projeto de lei, uma proposta com o mesmo objetivo – proteger a liberdade de expressão. Se MP não vale, que uma Lei valha. O item principal do PL do Executivo é “... o provedor de redes sociais é obrigado a notificar o usuário, identificando a medida adotada, apresentando a motivação da decisão de moderação, as informações sobre prazos, canais eletrônicos de comunicação e procedimentos para a contestação, bem como a eventual revisão da decisão”. Parece o mínimo exigível para que não nos subordinemos ao Sr. Algoritmo, embora haja quem aceite docemente a coleira no pescoço.

Com 150 milhões de usuários de redes sociais (70% da população), não parece razoável que toda essa comunicação seja mediada/controlada por empresas segundo critérios desconhecidos e, além disso, sejam de difícil contestação no caso de insatisfação do usuário punido. A idéia é clarificar as regras e preservar o direto fundamental à liberdade de expressão que, obviamente, não pode ser usado para cometimento de crimes (disso cuida a justiça), mas não pode ser cerceada sem critérios rigorosamente subordinados aos direitos fundamentais.

É claro que a pretexto de “combater fakenews”, a horda esquerdista, seguida pelos isentões da cor vermelho-íntimo, cairá de pau em cima do projeto de lei. Para quem, como o lulopetismo e seus puxadinhos, pretende controlar a mídia de modo geral, censurar a postagem do indivíduo é fichinha, especialmente se este fica noticiando e debatendo temas contrários à agenda progressista.

Hoje alegam que há postagens “não científicas” (quem decide, se, por definição, a ciência, segundo Karl Popper, implica refutabilidade?), amanhã o alvo serão as postagens “não-democráticas” (quem decide a extensão e o conceito de democracia?), depois de amanhã serão as mensagens religiosas, ou seja, dependendo de quem decide, a comunicação entre os indivíduos, portanto, o direito à opinião, estará sob controle. Há que se controlar os controladores, daí a necessidade da Lei.

Mais uma vez, nota-se que o presidente Jair Bolsonaro, fantasiado pela velha mídia como um “ditador”, exerce com firmeza e convicção, como em seu discurso na ONU, a mais ampla defesa da democracia, da soberania nacional e das liberdades individuais, o que significa desmentir, dissolver, destruir a falácia de seus adversários. De sobra, ainda defendeu a liberdade religiosa, o que para a esquerda é atestado de atraso.

Os verdadeiros tiranetes, já identificados por suas próprias ações embora ensaboem seu palavrório fino, estão no outro lado da praça, prendendo e arrebentando por delito de opinião, sem lei prévia, na base da hermenêutica de ocasião, coadjuvados pelos donos das big techs que calam os usuários inconvenientes ao sistema, enquanto deixam livres e operantes os militantes de causas e ideologias totalitárias.

Valterlucio Bessa Campelo escreve eventualmente em seu BLOG e no site Conservadores e Liberais (puggina.org)

 

sábado, 3 de julho de 2021

POR FALAR EM PASSAR PANO - Percival Puggina

Gasto, recortado, mal iluminado e trepidante, o filme está novamente no rolo, pronto para impiedosa reexibição. Na perspectiva de muitos, de tantos, numa fé que supera todos os fanatismos, é perfeitamente normal e tudo está como deve ser.

Se George Orwell não tivesse existido, teria que ser inventado. Sua visão sobre as habilidades e mistificações do totalitarismo não teriam o roteiro de observação que sua obra antecipadamente proporcionou nos idos de 1955. Sem ele, seria bem menor a percepção dos danos causados pela novilíngua, que tanto degrada o discurso político, ainda que satisfaça paladares acostumados à mediocridade e ao uso pervertido do idioma.

Não vou perder espaço, aqui, desfiando o dicionário político que alimenta essa prática. Ficarei apenas com a expressão “passar pano”. Enquanto o STF lava e enxagua o passado criminoso de tantos, ela vem sendo usada para desqualificar os apoiadores do governo, acusados de absolver sistematicamente o presidente e, em especial, por seu acordo com o centrão para tentar formar uma base de apoio.

Ora, uma coisa foi a expectativa de formar no Congresso uma base reunindo virtuosos e bem intencionados, atentos à vontade nacional expressa nas urnas. Outra é o convívio com o parlamento eleito, mais interessado em votar verbas e leis benéficas aos membros do poder, notadamente em seus conflitos com a lei e no favorecimento das ambicionadas reeleições.

A história da República desde 1950 mostra que, em períodos de normalidade democrática, foram interrompidos os mandatos de todos os presidentes (ou vices) que não tiveram ou perderam sua base parlamentar: Getúlio Vargas suicidou-se, Café Filho foi impedido de retornar após licença de saúde, Jânio Quadros renunciou, João Goulart teve o cargo declarado vago, Fernando Collor sofreu impeachment, Dilma sofreu impeachment. Michel Temer, após o diálogo com Joesley Batista, perdeu o apoio e cumpriu curto mandato tampão sem poder governar.

A análise de tais fatos, a rotina de crises políticas com consequências econômicas e sociais, a periódica expectativa de tantos por um governo militar (como garantia de estabilidade e correção) desmascara a absoluta incompetência de nosso modelo institucional! Entre muitos outros, dele pendem, como linguiças em armazém campeiro, o custo Brasil, a composição e atuação do STF, a corrupção, a partidarização do Estado e da administração pública, a robustez dos baronatos políticos e o corporativismo resultante da eleição parlamentar proporcional.

Não ter olhos para essa descomunal tragédia brasileira, a cegueira do não querer ver traz dor à alma de quem raramente passa um dia sem perceber sua maldita sombra obscurecendo nosso futuro como nação. Dói. Dói saber que sou, talvez, o único autor brasileiro a escrever rotineira e teimosamente sobre isso. O único, talvez, a não passar pano sobre esse aleijão metodicamente reproduzido em nossas sucessivas constituições republicanas.  

A pauta dos bons brasileiros tem três etapas: agora: resistência aos que querem voltar; depois: eleição dos melhores em 2022; finalmente: conseguir de Bolsonaro e do futuro Congresso as reformas institucionais em 2023. [reformas que,  com as bênçãos de DEUS, serão implementadas na primeira metade do segundo mandato do presidente Bolsonaro.]

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 22 de março de 2021

A única defesa do impeachment ou cassação de Bolsonaro está no artigo 142 da CF - Sérgio Alves de Oliveira

Os “valentões”, políticos e militares, que rodeiam o Presidente Bolsonaro, frequentemente utilizam o argumento da viabilidade do decreto de “estado-de-defesa”, ou de “sítio”, para que seja possibilitada a execução de um governo “normal”, sem os embargos, embaraços, percalços, boicotes e sabotagens contra o governo a partir dos órgãos superiores dos Poderes Legislativo e Judiciário.

Num eventual impeachment contra Bolsonaro, a competência para afastá-lo do governo, como já fizerem com Collor de Mello e Dilma Rousseff, se for o caso, pertence privativamente às Duas Casas do Congresso Nacional. E mais da metade desses congressistas não têm qualquer formação jurídica, ou “operaram” o direito, motivo pelo qual esses julgamentos de impeachment nem precisam ter qualquer suporte jurídico, e sim exclusivamente político. Basta a tal “vontade política” para afastar um presidente, e nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode se “intrometer”, como foi com Collor e Dilma. Mas no impeachment de Dilma, o Supremo se intrometeu,mas para favorecer Dilma, através do seus Presidente, Ricardo Lewandowski. Ela foi favorecida pela “arapuca” de Lewandowski, que presidia a sessão. O Ministro do STF teve a ideia “genial” de “fatiar” a condenação de Dilma, contrariando a Constituição,não cassando os direitos políticos da Presidente impichada, como deveria ser. [erro corrigido pelo povo mineiro que cassou, pelo voto = melhor, FALTA DE VOTO  = a escarrada ex-presidente - eleições 2018]

Essas sugestões “frouxas” que andam por aí de Bolsonaro decretar o Estado de Sítio, ou o Estado de Defesa, esbarra no fato de que nenhum desses mecanismos constitucionais daria a força necessária que o presidente deveria ter para neutralizar as manobras criminosas contra o seu governo. Mas o pior de tudo é que em ambos os casos, antes,no Estado de Sítio, e logo após decretado, no Estado de Defesa, Bolsonaro teria que ir de joelhos e pedir o “amém” do Congresso,o que,pelas razões que já se sabe, seria praticamente impossível conseguir.  Bolsonaro não teria qualquer outra saída que a não a sua “renúncia”,como já foi com Jânio Quadros, em 1961.

Tudo isso significa que o Presidente Jair Bolsonaro só poderia recorrer ao disposto no artigo 142 da Constituição, vulgarmente chamado de “intervenção,militar ou constitucional, e seus poderes, nessa situação, seriam iguais, ou até superiores, que o poder do Congresso em decretar o seu impeachment, ou negar-lhe o direito de decretação do Estado de Sítio,ou de Defesa, e do próprio Supremo em cassar-lhe o mandato por alegados crimes comuns.

Mas o que precisa ficar muito claro é que dessas 5 (cinco) alternativas constitucionais (impeachment ou cassação do mandato do Presidente, decretação do Estado de Sítio,ou de Defesa,pelo Presidente,a ser homologado, ou não, pelo Congresso,ou acionamento do artigo 142 da Constituição), sem dúvida essa última alternativa seria a mais simplificada de adotar, bastando a vontade política e decisão do Presidente,que acumula a função de Chefe Supremo das Forças Armadas, e o necessário “aval” dos chefes e comandantes militares.   Seria a única maneira correta de fazer a “faxina” que o Brasil precisa para desmanchar o “aparelhamento” do estado, das leis e das instituições públicas, implantados pela esquerda, assim que retomou o poder político, em 1985. E tudo com uma medida plenamente constitucional.

Bolsonaro tem que tomar consciência de uma vez por todas que os outros Dois Poderes Constitucionais que o enfrentam sem trégua jamais titubearão em derrubá-lo na primeira oportunidade que tiverem. Mas também deve ter consciência que o poder que ele na mão é maior que os dos “outros”,somados. Ou ele usa, ou tomba !!!

Sérgio Alves de Oliveira  -  Advogado e Sociólogo

 

quarta-feira, 10 de março de 2021

O Supremo acaba de eleger lula presidente - Sérgio Alves de Oliveira

Seria sem dúvida alguma uma ingenuidade sem precedentes duvidar da capacidade eleitoral de Lula da Silva eleger-se pela terceira vez Presidente da República do Brasil, mesmo após os desastrados e corruptos governos anteriores que patrocinou. É claro que uma pessoa “normal”, cônscia dos seus deveres cívicos e políticos com a pátria e com o povo brasileiro,jamais poderia cogitar dessa absurda hipótese,de uma possível nova vitória do encantador de burros.

Mas estamos falando de um eleitorado de milhões de pessoas, jamais se podendo garantir que dentre eles os idiotas, os “burros”, os esquerdistas, e os deficientes de caráter político de toda espécie não constituam a maioria decisiva dos eleitores, capazes de cometer um desatino dessa envergadura, elegendo qualquer “coisa”. O  Brasil é cheio desses “desatinos” no seu passado politico mais recente, começando com o “destrambelhado” Jânio Quadros,que governou o país de 31 de janeiro de 1961 até 26 de agosto de 1961, quando renunciou, e foi substituído pelo Vice-Presidente ,João Goulart,que acabou deposto pelo Regime Militar, em 31 de março de 1964.

Mas algo muito pior que Jânio Quadros estava reservado,na sequência, para o desatento povo brasileiro, após o encerramento do Regime Militar,em 1985. Fruto das chamadas “diretas já”,tão reclamadas pelos políticos opositores dos militares,acabou sendo eleito Fernando Collor de Mello, que governou o país de 15 de março de 1990 a 29 de dezembro de 1992,quando foi impichado, e substituído pelo Vice-Presidente Itamar Franco.

E foi no Governo de Itamar Franco que criaram o “monstro” chamado Fernando Henrique Cardoso,”onde tudo começou”,que às custas do Plano Real ,na qualidade de então Ministro da Fazenda,conseguiu “faturar”, injustamente,os méritos da relativa estabilização da economia,o que lhe valeu a candidatura presidencial e a vitória em 1994,governando de 1995 até 2003,após ter conseguido,com muito “toma-lá-dá-cá” junto aos políticos, uma emenda constitucional que lhe garantiu a reeleição.

Foi exatamente nesse período de Ministro da Fazenda de Itamar Franco, ”responsável” pelo Plano Real, que FHC fechou um acordo com a esquerda,ele representanto o “Diálogo Interamericano”,com Lula da Silva, pelo então Foro San Pablo,acordo esse denominado “Pacto de Princeton”,assinado em 1992, nos Estados Unidos,pelo qual a esquerda adotou a chamada “estratégia das tesouras”,com base nas ideias desenvolvidas por Hegel e adotadas por Karl Marx, pela qual a esquerda sempre competiria nas eleições com um candidato de esquerda “radical”,e outro mais “moderado”,mas sempre assegurando a sua vitória,ao final. E assim foi feito. FHC ,começou a “política das tesouras”,governando de 1995 até 2003,prosseguindo com Lula, de 2003 a 2010, e Dilma/Temer ,de 2010 a 2018.

O Supremo Tribunal Federal,em habeas corpus deferido monocraticamente pelo Ministro Edson Fachin,ontem,dia 08.03.21, e cuja maioria dos ministros sabidamente são “obra” do PT, ficou “cozinhando-em banho-maria” a soltura e a anulação completa dos processos contra Lula durante mais de 2 anos,de modo a permitir-lhe concorrer novamente à Presidência da República em outubro de 2022. Tudo feito às pressas, e praticamente na “última hora”. E pelo visto nenhum recurso contra essa decisão que anulou os processos contra Lula terá oportunidade de ser julgado antes das eleições de 2022,ficando por conta das urnas eletrônicas “suspeitas” do TSE a indicação do vencedor das eleições.

Ora, depois de tanto “lixo” político que foi eleito a partir de Jânio Quadros/João Goulart, Collor de Mello/Itamar Franco, FHC (2 vezes),Lula (2 vezes), Dilma (1,5 mandatos), e Temer (0,5 mandato),teria alguma surpresa uma nova eleição de Lula em 2022 ? É claro que não !!!  Chega a me passar calafrios pela espinha dorsal quando recordo das sábias palavras de Nelson Rodrigues: (1) “A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”; e, 
(2)”Os idiotas vão tomar conta do mundo,não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.


Significa dizer que se não forem tomadas as medidas drásticas e urgentes que sejam requeridas, logo, talvez dentro do permissivo contido artigo 142 da Constituição, o desastre político novamente baterá às portas do país, com a possível eleição de Lula, e muitas gerações de brasileiros acabarão pagando essa conta por conta da corrupção que voltará a reinar sem freios. E infelizmente tudo se passará nas “barbas” dos guardiões da pátria,segundo o citado artigo 142 da CF: as Forças Armadas.

Sérgio Alves de Oliveira  -  Advogado e Sociólogo

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Piada numa hora dessas? - Carlos Alberto Sardenberg

Coluna publicada em O Globo - Economia 12 de novembro de 2020

Todo mundo sabia que Jânio Quadros era meio doido. Parecia, na maior do tempo, um doido manso, pra lá de inteligente e muito esperto na fala. São famosas suas tiradas, como aquela em uma entrevista na tevê. O jornalista, tentando ser mais esperto, fez um preâmbulo para introduzir uma pergunta difícil: presidente, o senhor não pode imaginar minha ignorância nesse assunto para perguntar assim tão direto… Jânio interrompe: posso, sim, senhor jornalista, posso sim.

Desconfiava-se que algum dia Jânio poderia fazer uma grande doidice, algo que o tirasse do cargo onde estava. Então, acabou fazendo. Claro, estamos pensando nas falas mais recentes do presidente Bolsonaro. A questão é: - será que ele algum dia vai falar (ou fazer) algo com consequências irreparáveis para ele e seu mandato? - Ou será que encarnará cada vez mais o papel (lamentável) do falastrão? Café com leite, Odorico Paraguaçu, motivo de chacotas.

A ameaça – ameaça? – de tacar pólvora contra o Biden caiu nesta última categoria. As pessoas se lembraram do exército de Brancaleone, do rato que ruge (filme de 1959), dos trapalhões do Didi. Os memes abundaram nas redes. O mercado financeiro não deu a mínima. Quer dizer, falou o tempo todo do assunto – e foi uma mina de piadas naquele estilo leve dos operadores. E por falar nisso, o mercado também nem ligou para as declarações absolutamente do ministro Paulo Guedes. Em circunstâncias normais, o mercado deveria ter entrado em pânico quando o ministro falou na possibilidade do Brasil não conseguir rolar sua dívida e isso gerar uma hiperinflação. [alguém já disse que o mercado é sábio; honrando o que foi dito, faz tempo que sacou ser o estilo de Guedes lançar balões de ensaio e comentários diversionistas. Assim, mais vale o que ele não diz e faz ou tenta fazer em silêncio = tipo desmoralizar a caderneta de poupança, acabar com ela enquanto muitos pensam na nova CPMF.]

Calote e disparada do dólar – era disso que Guedes falava. E o que aconteceu? O dólar subiu um pouco, a bolsa caiu um pouco, tudo dentro dos conformes. Mais: o pessoal até sentiu pena do ministro quando ele se declarou frustrado por não ter conseguido vender uma estatal sequer em dois anos de governo. Logo ele, que, na campanha, dizia que era moleza levantar R$ 1 trilhão com a venda de ativos. E ainda em junho último anunciava quatro grandes privatizações em 90 dias.

Será que vai (foi?) pelo mesmo caminho da irrelevância?  Guedes disse que privatizar era o mandato de um governo liberal democrata eleito para isso. E aqui já revela uma distorção de imagem e conteúdo. Bolsonaro liberal e democrata? Se Guedes acredita mesmo nisso, está cometendo o mesmo equívoco de Sérgio Moro quando foi para o governo imaginando que poderia escalar a guerra contra a corrupção. Assim como a legislação proposta por Moro foi aguada pela própria base, a privatização não passa na turma de Bolsonaro, onde todos ali estão sempre ávidos por uma boquinha.

Aliás, essa é a diferença entre o governo dos Bolsonaro (das rachadinhas e dos cheques de 89 mil reais) e os do PT (dos bilhões da Petrobras e empreiteiras). [sempre bom lembrar: todos os eventos citados ainda estão, quando muito, na fase de denúncia = faltando apurar, com provas,  se ocorreram e se nos que ocorreram houve alguma ilegalidade.]Nesse aspecto, o PT foi muito mais eficiente, tanto que exportou sua tecnologia para toda América Latina.

Se bem que, incorporando o Centrão, o governo Bolsonaro ganha mais força nesse departamento. O Centrão sempre encontrou nas estatais um modo de acomodar os correligionários e os bons negócios. Sei que muitos dirão: fazer piada numa hora dessas? E a resposta é: “Ridendo castigat mores”.

Mas só até aqui. Não tem graça nenhuma chamar de maricas os que temem a pandemia e celebrar a interrupção dos testes de uma vacina que pode salvar milhões de pessoas. Sem nenhuma evidência – como faz Trump ao declarar fraude nas eleições – Bolsonaro ligou a “vacina do Doria a morte, invalidez e anomalia”.
E que a [uma] vacina pode salvar milhões de vidas não é força de expressão. O governo paulista já tem contratada a compra de pelo menos 120 milhões de doses. [todos esquecem, ou fingem, que Doria acumular as funções de governador com as de adido comercial (ainda que oficioso) da República Popular da China é algo no mínimo estranho.

Outro fato é que Doria não tem planos - se os tem,  talvez configurem uma ilegalidade, se e  quando executados - de distribuir vacinas para outros estados =  São Paulo possui população inferior aos 50 milhoes de habitantes, considerando duas doses por habitante e que todos sejam vacinados, sobram mais de 20.000.000 de dose. 

Em tempo: Ibaneis Rocha, governador do DF, teve como um dos motes de sua campanha assumir que se faltasse dinheiro para governar usaria do próprio bolso. Assumiu, e ao que consta  mudou de ideia - o que já era esperado - mas, retirou insumos hospitalares dos hospitais públicos do DF para doar para município do PI - estado onde passou a infância. Agora os produtos da generosidade do governador estão fazendo falta no DF,só que o governador ainda não colocou a mão no bolso para devolver o que usou indevidamente.

Pelo andar da carruagem, logo a Justiça terá que obrigá-lo a ressarcir os cofres públicos.]

Por outro lado, o papelão da Anvisa, que suspendeu os testes da Coronav na calada da noite e suspendeu a suspensão no dia seguinte, nos coloca de novo no campo da piada. Foi patética a entrevista coletiva em que seus diretores tentaram explicar a suspensão. (Estranho, aliás, que Bolsonaro não tenha demitido o pessoal que voltou a liberar os testes). E assim voltamos ao exemplo de Jânio. Bolsonaro fica café-com-leite ou algum dia desses falará ou fará algo irreparável? Não esquecer que Jânio era muito mais inteligente, embora, é verdade, bebesse muito uisque em vez de guaraná Jesus ... .

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista