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domingo, 10 de dezembro de 2023

Cristina Kirchner é vaiada ao chegar à posse de Milei, na Argentina, e responde com gesto obsceno

 GESTO OBSCENO - a única coisa que a "p" de luxo e a esquerda tem a oferecer  

Cristina Kircher faz gesto obsceno após ser vaiada por apoiadores de Javier Milei ao chegar à sede do Congresso argentino

Vice-presidente compareceu à cerimônia vestida de vermelho, cor que remete à esquerda política na América Latina

A vice-presidente Cristina Kirchner foi vaiada ao chegar à sede do Congresso da Argentina neste domingo, onde está sendo realizada a cerimônia de posse do novo presidente da República, Javier Milei. Vestida de vermelho, cor que remete à esquerda política na América Latina, ela respondeu com um gesto obsceno, mostrando o dedo do meio para os apoiadores do líder ultraliberal.

Cristina Kircher responde apoiadores de Milei com gesto obsceno

Cristina Kirchner responde apoiadores de Milei com gesto obsceno

Mundo - O Globo 

 

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

EVENTO IMPORTANTE = ELEIÇÃO JAVIER MILEI

A importância, a magnitude da data impõem a suspensão por alguns minutos do nosso recesso temporário para:

- PARABENIZAR o valoroso cidadão e líder argentino JAVIER MILEI,  por sua vitória contra a corja esquerdista que está destruindo a Argentina; e, 

Javier Milei - presidente eleito argentino

- Alertar o Vencedor MILEI e o Povo Argentino para o risco dele não ser empossado.

COMENTANDO: Não podemos esquecer que sua estrondosa vitória NÃO FOI RECONHECIDA pelo maior de todos os estadistas = o estadista-mor Da Silva, que preside o Brasil.

Não podemos desprezar o entendimento dos seguidores do Da Silva de que sem o reconhecimento do estadista Da Silva, nenhum governo ... .

Feito o registro,  expressando os PARABÉNS  ao Milei e ao Povo Argentina, por sua VITÓRIA, voltamos ao nosso recesso.

Blog Prontidão Total 

20 novembro 2023 - Dia do inicio da reconstrução da Argentina 


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Argentinos terão de decidir entre um projeto desconhecido ou o desastre confirmado - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES     

Javier Milei
Javier Milei, candidato à presidência argentina.| Foto: Enrique Garcia Medina/EFE

A Argentina vai para o segundo turno das eleições presidenciais com uma escolha incômoda: apostar numa proposta desconhecida ou ficar com um desastre confirmado. É o velho “ser ou não ser”. O que é melhor, ou o que seria pior: tentar um bem que não foi testado antes, ou optar pelo mal que já se conhece?

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Javier Milei, o candidato liberal que propõe uma Argentina radicalmente nova, prega o rompimento com quase tudo o que os governos têm feito pelo menos nos últimos 80 anos.  
Sergio Massa, o candidato do peronismo, se propõe a fazer tudo o que os seus antecessores sempre fizeram: manter a Argentina Cuesta Abajo, como no tango imortal de Gardel, e garantir que aquele que já foi um dos países mais ricos do mundo continue sua descida rumo à pobreza, o atraso e a velhice.

O que é melhor, ou o que seria pior: tentar um bem que não foi testado antes, ou optar pelo mal que já se conhece?

A Argentina, um país que o Brasil deve se orgulhar de ter como vizinho, é um mistério dentro de um enigma cercado por uma charada. É realmente um fenômeno sobrenatural a obsessão dos governos argentinos em tomar sempre, sem exceções, as medidas mais erradas entre todas as possíveis – e, pior que isso, a disposição perene da maioria da população em apoiar com paixão religiosa exatamente os políticos que vem destruindo seu país há quase um século.

Talvez ninguém tenha feito um resumo tão claro desta patologia quanto o ex-presidente do Uruguai, José Mujica – um homem de esquerda, e profundo conhecedor das realidades do seu vizinho. “Como se explica, num país que tem uma inflação como a da Argentina, que o ministro da Economia seja candidato à presidência da República?”, perguntou ele às vésperas da eleição. “A Argentina é uma coisa indecifrável”.

O candidato do peronismo, mais uma vez, recebe a maior votação no primeiro turno por causa das mesmas promessas que se faz desde os anos 40 do século passado: vai “garantir” os “direitos” da população, e inventar mais alguns ainda. Nunca se tratou de direitos – e sim de criação de privilégios para as castas que mandam na máquina de governo.

A maior parte dos argentinos fica com o pouco que sobra desta privatização gigante dos recursos do país em benefício do consórcio peronistas. Sempre se dão por satisfeitos com isso, dentro da ideia geral de que é melhor ganhar as esmolas de um Bolsa Família do Estado do que trabalhar por um salário incerto e frequentemente só um pouco maior. É impossível uma economia avançar nesse sistema; é impossível gerar renda, bem-estar social e oportunidades. Mas milhões de argentinos preferem isso. Deram um terço dos votos para o candidato peronista no primeiro turno – o que leva a uma segunda votação. Os dois terços que não querem que seu país continue a naufragar terão, aí, a oportunidade de mudar a Argentina.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos
 
 

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 
 

sábado, 21 de outubro de 2023

Governo brasileiro não quer vitória da direita na Argentina - Alexandre Garcia

 Gazeta do Povo - VOZES

Eleição no domingo

Javier Milei, candidato à presidência da Argentina.

Javier Milei, candidato à presidência da Argentina.| Foto: EFE/Tomás Cuesta /POOL
 
Estamos em vésperas de eleição para presidente da República no vizinho do sul, na Argentina. São três os candidatos principais, um candidato de esquerda e dois de direita – desses dois, um mais à direita, outro mais ao centro
Sergio Massa é o atual ministro da Economia, economia que está um desastre, com inflação imensa e peso desvalorizado; ele é o candidato do atual presidente argentino, Alberto Fernández, e do presidente Lula
Na centro-direita temos Patricia Bullrich; e, mais à direita, Javier Milei.
 
Milei recebe deputados brasileiros nesta sexta. Uma pequena comitiva de três parlamentares Eduardo Bolsonaro (PL), Marcel van Hattem (Novo) e Rodrigo Valadares (União) – vai levar uma nota assinada por 69 deputados federais brasileiros, de apoio a Milei, que está com 26% nas pesquisas, contra 30% de Massa e 24% de Bullrich. 
Somados os dois de direita, eles já têm 50%. 
A eleição só se decide no primeiro turno se alguém receber 45% de votos; se a direita não estivesse dividida, já ganharia neste domingo, mas talvez a definição fique para o segundo turno, em 19 de novembro, certamente entre Milei e Massa.

Outro dia, jantando com um embaixador sul-americano, ele me perguntou: “será que o governo brasileiro está preparado para o resultado da eleição na Argentina?”. Na quinta o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu que o governo brasileiro teme o resultado da eleição na Argentina. Mesmo que as pesquisas não estejam mostrando, Milei é favorito, diante da situação caótica da economia argentina.

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Imprensa ignora retiradas forçadas na Amazônia, que já resultaram em morte

Aqui, no Brasil, tivemos nesta quinta mais um episódio triste na Amazônia. Aldo Rebelo, nacionalista e ex-ministro de Lula e Dilma – foi até ministro da Defesa –, disse que é uma tragédia humanitária: brasileiros sendo retirados de território que é brasileiro, forças nacionais brasileiras, forças do Estado brasileiro. 
Primeiro foi na Vila Renascer, onde a retirada forçada continua. 
[SAIBA MAIS, AQUI:  Faz semanas que fervem os espíritos de brasileiros da Vila Renascer, resultado de um assentamento do Incra em 1994, “indevido”, segundo a Funai, na reserva Apyterewa, de 980 mil hectares, onde em 1998 viviam 218 índios Parakanã. [em um cálculo rápido, pouco mais de 4.000 hectares para cada indígena.] ]
Agora é uma reserva que criaram para abrigar os indígenas que saíram da hidrelétrica de Belo Monte. 
Na quinta houve confrontos de paus e pedras contra spray de pimenta e balas de borracha. Já houve uma morte. 
Uma nota oficial afirma que o morto havia agredido um oficial da Força Nacional, tentando tirar a arma dele, e isso resultou na morte. O advogado da comunidade diz que houve um confronto entre os dois, e que um tenente-coronel atirou em Oseias Ribeiro, um produtor rural de 37 anos.

É terrível o que está acontecendo, e mais terrível ainda é a omissão da mídia brasileira, que parece querer jogar sobre nossos olhos e nossos ouvidos fatos que estão acontecendo a mais de 10 mil quilômetros daqui, para não percebermos o que está acontecendo na Amazônia.

A questão da Amazônia é simples: ela só será brasileira se for ocupada por brasileiros. Mas, segundo Aldo Rebelo, as ONGs estrangeiras é que pressionaram o governo federal a tirar os brasileiros de lá, porque aí fica mais fácil o domínio. A posse do nosso território começou em 1500; continuou sobre Tordesilhas, com a construção de Brasília, com a saída do litoral, só terminaremos de conquistar essa terra quando chegarmos lá na Cabeça do Cachorro, no Amazonas. 
Por enquanto, como me disse um militar outro dia, lá na Cabeça de Cachorro existe apenas uma colônia brasileira. 
Só é Brasil se tiver estrada até lá, se um caminhão puder chegar e continuar, dali entrar em outros países. 
É assim que se forma uma nação.
 
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 
 
 
 

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Milei vai enfrentar Perón - Luiz Philippe de Orleans e Bragança

         Javier Milei, candidato da direita, está à frente na disputa das eleições presidenciais na Argentina.  
Adepto da Escola Austríaca de Economia, é contra intervenções estatais e prega estado mínimo. É católico, pró-vida e contra pautas globais. Qualquer observador da Argentina sabe que o país precisa de um reformador para desmontar o modelo criado por Perón, que dura quase um século, gera instabilidade e pobreza históricas.  
Mas Milei conseguirá vencer esse fantasma?

A história política da Argentina divide-se em antes e depois do Peronismo. Em 4 de junho de 1943, um golpe militar deu início a um novo governo, e Juan Domingo Perón assumiu a Secretaria do Trabalho e Provisão, depois elegeu-se presidente por dois mandatos com um discurso para as massas e trabalhadores, Ações como ampliação do regime de aposentadorias, criação do salário-mínimo e 13º salário o fizeram ascender na  política, mas foram fatais para as contas públicas. Ao mesmo tempo, Perón abrigava nazistas alemães, torturadores e criminosos de guerra. A maioria viveu muito bem e morreu impune na Argentina. Ele voltou ao poder em 1973 mas faleceu no ano seguinte, deixando em seu lugar Isabelita, sua esposa, que foi deposta dois anos depois, por outro golpe militar. Seguiram-se seis anos, sete presidentes e 30 mil mortos. Peronismo.  

As mesmas políticas ocorreram  no Estado Novo de Getúlio Vargas,  aqui no Brasil. Caráter assistencialista de altos gastos desvinculados da arrecadação, são a marca indelével que torna esse modelo insustentável até hoje, e assim como no getulismo, lá também as políticas peronistas se institucionalizaram como modelo de estado social permanente. Nunca mais a Argentina atingiu o patamar de desenvolvimento da era pré-peronista.

Em 1983, Raúl Alfonsín, um advogado de esquerda ligado à Internacional Socialista, venceu as eleições presidenciais. Mesmo de oposição a Peron, adotou medidas semelhantes. Ficou famoso por criar o Plano Austral, mas não conseguiu conter o desemprego de quase 10% e a inflação de quase 209%

A solução foi ir ao FMI, que exigiu cortes nos gastos públicos e vendo a inércia do governo, o Fundo negou créditos adicionais. Alfonsin ainda tentou congelar preços e salários, interromper a impressão de dinheiro, organizar cortes de gastos e criar nova moeda, o Austral. [o atual presidente do Brasil, tenta agora ser o FMI para os argentinos e criar o 'sur', moeda única do Mercosul - felizmente, o chinês enquadrou o presidente brasileiro,  tratando-o como um estadista de araque, devolvendo-o a sua insignificância = se considerar um estadista é um dos muitos devaneios do atual ocupante do Planalto.] 
Os sindicatos se opuseram ao congelamento de salário, e os empresários, ao congelamento de preços. 
Acuado, o presidente não conseguiu conter a inflação e agora também os grandes exportadores se recusaram a vender dólares para o Banco Central. O Austral foi desvalorizado e a inflação alta se transformou em hiperinflação.
 
A eleição presidencial de 1989 ocorreu durante essa crise, quando o  justicialista/peronista Carlos Menem venceu as eleições. Alfonsín transferiu o poder para Menem cinco meses antes do previsto, pois não suportava mais a crise. 
Menem, então, resolveu solucionar o problema econômico com a dolarização da economia, uma fórmula ainda não testada mas já uma prática não institucionalizada na Argentina desde os anos 80. 
Menem foi mais um que não não reformou o estado peronista, e no final do século 20 a crise econômica e instabilidade estavam de volta. 
Cinco presidentes assumiram o poder e logo renunciaram em menos de três anos!
 
Eis que em 2003  assume o poder Néstor Kirchner, também pelo partido peronista, com promessas de reformas profundas que não aconteceram, Em vez disso, contratou obras governamentais, o que não conseguiu conter a pobreza, que chegou a 25%
Ele  e sua mulher aumentaram seu patrimônio pessoal e foram campeões em escândalos de corrupção, sendo que por um deles Cristina foi condenada a seis anos de prisão.

Os Kirchner só conseguiram governar protelando a crise, rolando dívidas para o futuro, que chega hoje, na forma de hiperinflação. [prática já adotada pelo petista que governa o Brasil, mantendo artificialmente - a Petrobras bancando - os preços dos combustíveis em baixa. Logo virá a conta e a Petrobras tentará bancar.] Desgastado também pela crise de 2008/2009, o peronismo parecia finalmente derrotado por Maurício Macri, candidato da direita. Só que não.

Macri assumiu o governo com as contas no vermelho, crise de desconfiança do público, dos investidores, poucas reservas federais, a inflação a 30% ao ano
O governo Macri resolveu estabilizar o peso, dando mais liberdade de câmbio. 
Cotas de exportação sobre commodities foram reduzidas, mas as medidas de austeridade foram tímidas. 
A estratégia de reformar aos poucos não gerou resultados nem conteve a oposição.  Assim, a inflação, o desemprego e o assistencialismo continuaram altos, Em 2019, a inflação bateu recorde chegando a 56% ao ano, os índices de desemprego subiram de 8% para 10% e a porcentagem de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza subiu de 29% para 35%. Sem o peronismo, Macri acabou derrotado pelo candidato socialista Alberto Fernández. O atual presidente é a imagem de todos os problemas do país: o peronismo. Participou dos governos Menem e Kirschner. Sua vice é Cristina.
 
Fernández encontrou a mesma crise e anunciou  medidas dobrando a aposta no peronismo, e como resultado, obteve o dobro do desastre
O índice de inflação, pelo último registro do Indec, foi de 115,6% em junho de 2023, mais que o dobro de quando assumiu. 
As medidas socialistas de seu governo também afugentaram empresários, com a pobreza atingindo mais da metade da população. 
Atormentado por sua baixa popularidade, Fernandez foi sensato e desistiu da reeleição.
 
Este cenário peronista será o palco de Milei, mas a maior tragédia deste modelo cruel é sufocar quem surge para reformá-lo. 
Os argentinos ainda esperam um final feliz que só pode acontecer por meio de reformas do Estado. Terá Milei, se vencedor das eleições, maioria no congresso para suas reformas? 
O povo quer mesmo essa mudança ou está disposto a aceitar qualquer opção?  
A saída é dolarizar de novo? 
Acabar com o banco central?  
Não perca a  resposta a essas e outras questões nos próximos capítulos desta novela Argentina!

Conservadores e Liberais  -  Luiz Philippe de Orleans e Bragança

 

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Louco e despreparado? - Gilberto Simões Pires

LOUCO, DESPREPARADO E FASCISTA???

Tão logo o candidato Javier Milei foi declarado vencedor nas eleições primárias da Argentina, muitos brasileiros correram para as redes sociais para festejar a vitória do libertário enquanto outros tantos, fortemente influenciados pela preocupada MÍDIA-COMUNISTA, trataram de demonizar o candidato dizendo, resumidamente, que além de LOUCO E NÃO TER EXPERIÊNCIA EM CARGOS PÚBLICOS, Milei é uma AMEAÇA FASCISTA. Que tal?

INÍCIO DE CONVERSA

Pois, para início de conversa o que se sabe até agora, para desespero da mídia, é que MILEI ganhou as PRIMÁRIAS.  

Como tal ganhou o direito de disputar a ELEIÇÃO PRESIDENCIAL marcada para 22 de outubro próximo. 

 CANSAÇO

Mais: O resultado das PRIMÁRIAS nada mais é do que uma clara manifestação, através do VOTO, de que grande parte do povo argentino CANSOU do POPULISMO e, por consequênciada fantástica, duradoura e excessiva MÁ ADMINISTRAÇÃO misturada com DOSES EXAGERADAS DE MUITA MÁ FÉ. 

 SANIDADE MENTAL

Quanto aos INSATISFEITOS BRASILEIROS, do tipo que afirmam que MILEI É LOUCO, fica a pergunta: - No Brasil a grande maioria dos políticos, assim como o presidente da República e ministros do STF são EQUILIBRADOS? 

 Por tudo que fazem e/ou decidem são dotados de BOA SANIDADE MENTAL?  

 FALTA DE EXPERIÊNCIA

Já no tocante à FALTA DE EXPERIÊNCIA DE MILEI, a pergunta é a seguinte: - No Brasil, os EXPERIENTES POLÍTICOS dão demonstrações de que tomam decisões acertadas? 
A EXPERIÊNCIA tem sido capaz de produzir algo positivo, notadamente nas questões que envolvem DESPESAS PÚBLICAS, IMPOSTOS E REFORMAS? Estou ansioso para saber as respostas...
 
Gilberto Simões Pires - Ponto Critico  
 

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Argentina eleva dólar oficial em 22%, trava câmbio e sobe juros, após vitória da extrema direita nas primárias - O Globo

Um dia após as urnas mostrarem vitória inesperada do candidato de extrema direita, Javier Milei, nas prévias das eleições argentinas, o Banco Central (BC) do país decidiu elevar em 22% o dólar oficial, que passa a valer 350 pesos. Segundo fontes do La Nación, o governo vai travar o câmbio até as eleições de outubro. Em paralelo, o BC elevou a taxa básica de juros em 21 pontos, para 118% ao ano, o mais alto patamar em 20 anos.[elevar os juros é o único caminho eficaz e o menos demorado para conter a inflação.]

A Argentina, que atravessa uma forte crise, tem várias cotações de dólar. No mercado paralelo, o mais conhecido é o chamado dólar blue, que chegou a 680 pesos nesta manhã. A expectativa é que a desvalorização do dólar oficial afete as demais cotações.

Após anúncio do BC argentino, o dólar turista estava cotado a 731 pesos por volta de 11h30 (horário de Brasília). Há filas para comprar moeda estrangeira.

Desde que foi anunciada a revisão dos termos do acordo entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o governo argentino, no fim de julho, o Banco Central mudou sua postura e começou a desvalorizar diariamente o dólar.

Inflação atingiu nível mais alto em 30 anos.
Hoje, a moeda estrangeira foi desvalorizada em 18% - ou seja, ela subiu 22%. A decisão de uma desvalorização grande e repentina hoje é reflexo do resultado nas urnas. No domingo, foram realizadas as Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso). Nesse pleito, são definidos os candidatos que disputarão o primeiro turno da eleição presidencial de outubro.

Bolsa cai 14%

Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, obteve 30,06% dos votos, ficando à frente dos dois candidatos da direita tradicional e da aliança governista, que obtiveram 28,27% e 27,24%, respectivamente.
 Javier Milei vence eleições primárias na Argentina — Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP
Javier Milei vence eleições primárias na Argentina — Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP

Milei tem como plataforma econômica dolarizar o país e fechar o banco central. Sua vitória nas prévias argentinas causou um rebuliço no mercado nesta manhã, com a disparada do peso, o que levou o BC argentino a anunciar medidas duras numa tentativa de conter o alvoroço no mercado.

A Bolsa caía 14% por volta de 11h40, maior queda no intraday desde as primárias de 2019, quando o atual presidente do país, Alberto Fernandez, também venceu as urnas inesperadamente, contra o seu adversário político Mauricio Macri.- No curto prazo, a incerteza sobre o plano econômico de Milei e a palavra dolarização faz o dólar subir no mercado paralelo. E há incerteza sobre o que vem por aí ainda. O Banco Central poderá intervir para conter o dólar paralelo, venderá dólar futuro. Teremos que digerir a surpresa - disse Fernando Marull, economista da FMyA.

(...)
 
O que dizem os analistas?
Especialistas de Wall Street ouvidos pela agência de notícias Bloomberg explicam que, além das propostas extremas de Milei para a economia (como dolarizar o país e fechar o banco central), os analistas se preocupam com a incerteza criada pela sua vitória nas primárias, que pode agravar a turbulência social e econômica do país.

Veja, abaixo, as avaliações sobre o resultado das eleições e seu impacto nos mercados:

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Em Economia - Jornal O Globo - MATÉRIA COMPLETA