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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Por que Bolsonaro não vai para o segundo turno

O candidato representa tudo o que a maioria dos seus seguidores odeia: a desordem, o desmando, a violência

O que querem aqueles brasileiros que apoiam Bolsonaro? Não é preciso fazer uma pesquisa para saber. Eles querem ordem e respeito às leis. Os homens e mulheres, muito mais homens, é verdade, que carregam nos ombros em aeroportos e shoppings aquele que chamam de “mito”, querem justiça. Que os corruptos, os ladrões, os assassinos sejam presos e permaneçam presos. Querem Segurança, Saúde e Educação. Como querem todos os demais. [Bolsonaro é o ÚNICO CANDIDATO com propostas viáveis - à viabilidade das propostas se soma a firme decisão de efetivar tudo o que o for proposto (Bolsonaro não terá a pouca sorte de ter um Janot para atrapalhar seu governo, praga da qual o Temer não conseguiu se livrar)]
Eles estão cansados da classe política e se embruteceram. Se de um modo geral os brasileiros não confiam nos políticos, estes que seguem Bolsonaro não conseguem vislumbrar alternativas. [eles já seguem a única e viável alternativa: BOLSONARO.]  Os outros sabem que a saída é eleitoral. A eleição de 2018 será a mais importante do país desde a indireta de 15 de janeiro de 1985, que elegeu Tancredo Neves, empossou José Sarney e pôs fim à ditadura militar. Se errarmos em outubro, patinaremos pelos próximos 10, 15 anos.

A solução para a crise política, econômica e administrativa que o país enfrenta atende por alguns nomes, como democracia, eleição direta, respeito à vontade popular e às instituições, responsabilidade fiscal, tolerância e generosidade. Essa turma que apoia Bolsonaro acabará se dando conta de que ele é o oposto a isso tudo suficientemente cedo. Falta a ela um pouco de luz sobre o que o seu candidato representa. E essa luz já está sendo feita. Bolsonaro é o contrário do que querem seus seguidores. Bolsonaro não irá para o segundo turno em outubro porque os seus eleitores vão minguar à medida que sua personalidade ficar mais evidente. [é normal e esperado uma grande campanha contra JAIR MESSIAS BOLSONARO tentando impedir sua vitória; mas, os eleitores de BOLSONARO sabem que quanto mais o político se aproxima da vitória, mais oposição lhe fazem e mais acusações - sem provas - são assacadas. BOLSONARO tem grandes chances de não ir para o segundo turno e por uma razão simples: NÃO HAVERÁ SEGUNDO TURNO, BOLSONARO GANHA NO PRIMEIRO.] Embora o brasileiro seja conservador, ele não é fascista. Ele não apoia injustiças. Ele não tolera a brutalidade e não aceita a tortura. Refiro-me ao brasileiro médio, não estou falando dos idiotas e dos boçais, que ficam com Bolsonaro, mas estes são minoria e não contam. Ou não elegem ninguém para cargo majoritário.

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quinta-feira, 23 de junho de 2016

A onça e o mico

Antes de Olimpíada começar, pódios já estão cheios de micos pagos pelo Brasil para o mundo

O presidente em exercício Michel Temer não fez questão nenhuma de esconder que o déficit de R$ 170 bilhões nas contas públicas tinha embutido um mimo aos vendilhões dos Estados, quando lhes destinou um terço do total. Como bem disse o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, do mesmo partido dele, quem fez o dever de casa pagou a conta e quem esbanjou o dinheiro do contribuinte, inchando folhas de pagamento e gastando a rodo, recebeu o prêmio pela própria desfaçatez.


O que talvez nem ele esperava foi a esperteza de Francisco Dornelles, seu colega vice em exercício do poder provisório, decretando estado de calamidade pública justamente no Estado mais estroina e mais ostensivo espertalhão da Federação: o Rio de Janeiro. Foi a deixa para um dos anspeçadas do chefe federal, o ex-governador fluminense Wellington Moreira Franco, genro do genro (o célebre almirante Alzirão, justa homenagem à consorte, Alzira, filha favorita de Gegê Vargas), sapecar uma frase digna de substituir o lema Ordem e Progresso na bandeira, agora emprestado ao governo provisório por ideia providencial do marqueteiro do chefão, Elsinho Mouco. “O Brasil não pode pagar esse mico”, disse Moreira. O gato angorá (apud Brizola) não teme a esperteza engolir o dono quando demasiada, como alertava Tancredo Neves, com quem o marinheiro Amaral Peixoto convivia muito no “raposário” do PSD.

Pelo visto, ninguém avisou ao ex-marido de Celina Vargas do Amaral Peixoto Moreira Franco que os pódios da Olimpíada do Rio, que já foi Cidade Maravilhosa e agora virou o Paraíso do Pó (cocaína ou calcário), ainda nem foram montados, mas já estão invadidos pelos malfeitos dos campeões da má gestão nesta Pátria Incompetenta.  Em agosto de 2015, o velejador sul-coreano Wonwoo Cho, da classe RSX, passou mal num evento-teste na Baía da Guanabara e foi levado ao hospital. Antes do réveillon de Copacabana, foi a vez do holandês, campeão olímpico em Londres 2012, Dorian Rijsselberghe, vencer uma competição e sair maldizendo os riscos das águas da baía cantada por Cole Porter na letra do standard De-Lovely. Ele vaticinou: “Ninguém fez nada. Todos os alarmes tocaram, mas nada mudou.”

Inaugurada em janeiro, a ciclovia Tim Maia, parte do “legado olímpico”, não resistiu a uma ressaca no Vidigal e desabou em março. Todas as evidências de negligência no planejamento e na realização da obra desastrada foram negligenciadas pelo prefeito e seus subordinados. Foi dito até que as ondas violentas, que desde o Gênesis sazonalmente se chocam contra as pedras à margem da Av. Niemeyer, surpreenderam gestores e técnicos. 

Laudos sérios e isentos deram conta de deficiências estruturais de sustentação da pista. Mas entre as desculpas esfarrapadas dadas por figurões que desprezam a inteligência e o senso comum dos cidadãos só faltou uma: a de que a ciclovia foi feita para voar sobrevoar o mar, como aqueles teco-tecos que arrastam publicidade sobre as praias da Zona Sul nos meses de verão.

Os recordes dos astros olímpicos ainda não assombram o mundo, mas os reis da malandragem têm incorporado novos feitos à crônica policial, além de cenas de violência explícita transmitidas nos noticiários do planeta perplexo com a irresponsabilidade da escolha da sede pelo Comitê Olímpico Internacional. Os últimos protagonistas foram a paratleta australiana Liesl Tech e a fisioterapeuta Sarah Ross, assaltadas à mão armada  no Aterro do Flamengo domingo. Tiveram a sorte de sobreviver para contar. E o Comitê Olímpico Australiano fez o que devia: exigiu segurança dos organizadores brasileiros.

O vigilante Ronaldo Luiz Marriel da Silva não teve a sorte delas. Naquele domingo foi ao hospital citado na propaganda da Olimpíada como modelo de atendimento ao público, o Souza Aguiar, buscar socorro e saiu num ataúde. Baleado na invasão do hospital por cerca de 15 bandidos armados de fuzis e granadas para resgatar o traficante  Nicolas Labre Pereira Jesus, vulgo Fat Family, morreu imediatamente. Mais três ficaram feridos. Avisada antecipadamente da ação dos delinquentes, a autoridade (ir)responsável só agiu a posteriori: o comandante da Polícia Militar, coronel Edson Duarte, exonerou dois dias depois o tenente-coronel Wagner Gaurci Nunes, comandante do 5º BPM (Praça da Harmonia), responsável pelo policiamento da área onde fica o hospital. Aí, o mundo ficou sabendo que a única providência que se toma no território minado da sede da Olimpíada é instalar na porta arrombada um ferrolho frouxo.

Assim como a Copa da Fifa em 2014, a Olimpíada do Rio foi anunciada e programada como uma espécie de quarup para cultuar a personalidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disposto a mostrar ao mundo que o Brasil elegeu um operário braçal presidente e que ele próprio estava à altura de repetir Hitler, Mussolini, Stálin, Mao e Pol Pot. Deu no que deu. Respondendo a inquéritos policiais por haver assistido inerme o assalto também programado da organização criminosa à qual entregou chaves e segredos dos cofres públicos, o ex-dirigente sindical não sobreviveu sequer à condição de símbolo da riqueza ostensiva da nova classe dirigente brasileira, que saiu da periferia pobre, frequentou palácios e morre de medo de terminar na prisão. Enquanto aguarda a polícia bater à  sua porta, Lula vê evaporar até o status de símbolo dos Jogos que consagram atletas pelo suor e governantes pelo oportunismo. O lugar foi tomado por uma mártir de verdade: depois de acorrentada para ser fotografada cercada de soldados do Exército fardados e com metralhadoras em riste, a onça-pintada Juma, mascote do Centro de Instrução de Guerra na Selva, Centro Coronel Jorge Teixeira, foi abatida por um tiro de pistola para não ferir, machucar e talvez até matar um garboso soldado.

A fotografia, publicada na página 16 do Estadão de hoje, é, ao mesmo tempo, pungente e lastimável: dois sujeitos fantasiados de guerreiros da paz erguem uma tocha olímpica, objeto cênico usado para fingir uma harmonia que o país deixou de viver há muito tempo. O animal à frente, evidentemente irritado, serve de símbolo de uma nação espoliada por um bando de canalhas que, além de roubá-la, ainda sai pelo mundo afora a ostentar o produto de sua rapina. Com a cumplicidade tácita de um bando de exibicionistas que põem a própria vaidade acima de tudo na vida, inclusive a vergonha alheia.

Por enquanto, a Olimpíada do Rio só serviu mesmo para mostrar que os colonizadores de antanho tinham razão quando advertiam que feras selvagens vagueiam pelas ruas de nossas favelas. Enquanto paspalhos exibem seus tacapes com a borda superior em chamas.

Fonte: Blog do Nêumanne

domingo, 15 de maio de 2016

Ordem e progresso

A marca “Ordem e Progresso” não apenas prestigia o lema positivista da bandeira brasileira como contém uma comparação entre o governo que entra e o governo que sai, por ora, temporariamente. A intenção de Michel Temer é dar “ordem” à bagunça na administração direta, nas estatais, nos fundos de pensão e nas agências, além de tomar medidas duras, mas necessárias, para interromper o ciclo de recessão e retomar um ritmo de “progresso”.

Foi nessas duas direções que Temer montou um ministério que em muitos casos não faz nenhum sentido para a opinião pública em geral (e já apanha de corporações e nichos), mas faz sentido quando ele tem de enfrentar com coragem o problema mais urgente: o rombo das contas públicas. A redução de ministérios, o enxugamento da máquina e sinais de austeridade são apenas sinalizações, mas, quando Temer tenta fazer, a gritaria é ensurdecedora.

Muita calma nessa hora. Itamar, Fernando Henrique, Lula e Dilma tiveram uma trégua ao assumirem a Presidência. Por que não dar uma trégua a Temer, que chega em circunstâncias muito mais difíceis, em meio a um somatório inédito de crises? Criticar, sim, mas jogar contra, neste momento, extrapola para a irresponsabilidade. A estreia do homem forte da economia, Henrique Meirelles, mobilizou o mundo político e empresarial e o que ficou claro é que a situação fiscal do governo, já dramática, é ainda pior do que se imagina. Vem aí uma auditoria nas contas, para ver o tamanho real do buraco.

Aliás, um dos ralos visados pela equipe de Temer é nos programas sociais, não só para identificar o “mau uso” por incompetência, como disse Meirelles, mas também para descobrir como, quanto e para quem flui, ou pode fluir, o financiamento de CUT, MST, UNE e MTST, que ameaçam infernizar a vida do novo governo. A intenção é secar a fonte, mas distinguindo o que é “programa social” e o que é gás para “grupos articulados” (e inimigos). Um terreno pantanoso.

Em seu derradeiro discurso, enquanto militantes agrediam jornalistas, Dilma acrescentou um novo item na lista para minar a imagem e as chances do presidente interino. Antes, ela dizia que Temer acabaria com os programas sociais e bombardearia a Lava Jato. Na saída, disse que ele também iria “reprimir os movimentos sociais”. Foi uma casca de banana para o sucessor e uma senha para a militância petista.

O governo não pode se expor a cenas de batalha campal, mas também não pode assistir passivamente a um punhado de gatos pintados, numa nova versão dos black blocs, queimando pneus, bloqueando estradas e prejudicando milhares de cidadãos que precisam ir e vir para escolas, fábricas, lojas e escritórios, além de caminhões carregados de mercadorias. Nem pode ser truculento, nem pode ser omisso. Dilma e os militantes trabalham para que seja truculento.

No fim, ela também lançou outra senha: o marketing contra o impeachment “no mundo”. Lula, primeiro, e Dilma, depois, foram lenientes com Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. Essa brincadeira acabou. Já na sexta-feira, José Serra iniciava o resgate do Itamaraty e a guinada da política externa, lançando notas em tom diplomático, mas duras, contra a ingerência indevida e atrevida desses “bolivarianos” e da Unasul em questões internas.

O grau e a forma da “repressão aos movimentos sociais” podem ser discutíveis, mas a reação brasileira à acusação ou insinuação de “golpe” é inquestionável. E, com certeza, sob aplausos da esmagadora maioria da população, que está cansada dessa lengalenga da esquerda falida da América Latina. A Unasul e os bolivarianos que cuidem da Venezuela, país estraçalhado, onde as pessoas nem têm o que comprar e comer. Aliás, o que anda faltando por lá é um bom, legal e saudável impeachment...


Fonte:  O Estado de São Paulo - ELIANE CANTANHÊDE



sábado, 14 de maio de 2016

A falácia da legitimidade

O principal argumento de Dilma Rousseff e do PT para repudiar o “golpe que afastou provisoriamente do cargo a chefe de governo mais impopular da história é a legitimidade de um mandato conquistado com o voto de 54 milhões de brasileiros. 

Legitimidade que, para os petistas, não se estende ao vice-presidente eleito na mesma chapa, com o mesmo número de votos. Legitimidade que os petistas negam ao Supremo Tribunal Federal para estabelecer o rito a ser seguido pelo processo de impeachment no Legislativo. Legitimidade que o PT nega igualmente ao Congresso Nacional para deliberar, por ampla maioria de votos, sobre a admissibilidade do processo de impeachment e, em consequência, transferir provisoriamente ao sucessor constitucional de Dilma o comando do governo.

Legítimo, no Brasil, só o PT. E isso explica o fato de os petistas terem anunciado que não reconhecerão a investidura de Michel Temer na Presidência interina, farão oposição radical a seu governo “ilegítimo” e recusar-se-ão até mesmo a examinar, no Congresso, toda e qualquer medida proposta pelo “usurpador”. [os petistas, o idiota do Lula à frente, se negaram a assinar a Constituição de 1988 - mesmo assim, ela entrou em vigor e mantém o Brasil nos trilhos da democracia. As vezes ocorre excesso de democracia o que não é necessariamente bom para o Brasil e os brasileiros.]

A disposição de radicalizar ao extremo a oposição ao governo cuja legitimidade não reconhecem foi anunciada por parlamentares petistas logo após a decisão do Senado de dar sequência ao processo de impeachment. Enquanto os senadores debatiam a questão, na madrugada de quinta-feira, deputados petistas e seus aliados do PC do B se reuniam na Câmara para discutir a melhor maneira de reagir à derrota considerada inevitável. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) foi um dos primeiros a anunciar o lançamento do movimento intitulado “Temer jamais será presidente, será sempre golpista” ou, opcionalmente, apenas “Temer, o golpista”:   “Nenhum documento assinado por Michel Temer tem qualquer valor, são todos nulos”. E por isso, explicou, a bancada petista não levará em consideração nenhuma proposta enviada pelo novo governo.

A petista gaúcha Maria do Rosário [a inestuprável; apesar de ser estuprada ser algo pavoroso, hediondo, ser mulher e não merecer ser estuprada é tão pior quanto o próprio estupro.

Diz um ditado popular que toda mulher merece uma ...... - tão horrível quando alguém dizer que determinada mulher não merece uma ........ é dizer que ela é inestuprável.
Repudiamos o estupro e defendemos para o autor a pena mínima de castração química.
Mas, ao mesmo tempo, não podemos ser hipócritas, e desprezar o quando é humilhante para uma mulher não despertar desejos nem em um famigerado estuprador.] negou legitimidade às decisões do Congresso sobre o impeachment: “Nem sempre a maioria tem razão. A maioria desse Parlamento é golpista”. Ou seja, quem legitima a atuação de senadores e deputados não é o voto popular: é o discernimento dos petistas. Linha auxiliar do lulopetismo, a deputada Luciana Santos (PC do B-PE) compartilha do peculiar entendimento do PT a respeito de quem tem ou não tem direito de falar em nome do povo: “Vamos ter dois presidentes, uma eleita com 54 milhões de votos e outro, ilegítimo, sem voto nenhum”. Raciocínioou absoluta falta deleque escamoteia o fato de que, em eleição para chefe de Executivo, o voto é dado não apenas a quem encabeça a chapa, mas também a seu parceiro.
Essas manifestações de indisfarçável rancor de petistas e aliados diante da adversidade dão a exata medida da mentalidade autoritária, antidemocrática, do grupo político que se julga dono da verdade e durante mais de 13 anos manipulou a opinião pública, particularmente os segmentos menos informados da população.


 Apresentam-se como monopolistas da defesa do bem comum, protetores dos fracos e oprimidos contra a sanha segregadora das elites impiedosas. Derrotados, fazem-se de vítimas e não têm a dignidade de assumir erros, cuja responsabilidade transferem a inimigos – alguns imaginários –, como fez Dilma Rousseff em todas as oportunidades que teve desde o início da tramitação do processo do impeachment.

Diante disso, pode-se prever que o lulopetismo não terá o menor escrúpulo de sabotar o governo Temer em tudo que estiver a seu alcance, agora mais restrito. No Congresso, está praticamente isolado, sem votos suficientes para se opor à maioria parlamentar que está sendo construída em torno do novo governo. Nas ruas, certamente continuará contando com a militância das entidades e movimentos como CUT, UNE, MTST, que gravitam em seu entorno e dos cofres públicos que certamente lhes serão fechados. O que indica que o País provavelmente terá que se habituar às “manifestações legítimas” de grupelhos de vândalos que infernizarão a vida dos brasileiros nas ruas e estradas. [no governo Temer, sob o lema - Governo Federal: Ordem e Progresso", baderneiros é assunto de polícia.]


Fonte: O Estadão

quinta-feira, 10 de março de 2016

O governo contra a lei



O mineiro Artur Bernardes entrou para a História como um presidente autoritário, que governou grande parte de seu mandato sob estado de sítio. A ele é atribuída uma sentença que não deixa dúvidas quanto a isso: “Aos amigos, tudo; aos inimigos, o rigor da lei”. O gaúcho Getúlio Vargas, que derrubou a República Velha, adotou-a e empregou-a como palavra de ordem de comandante da Revolução de 1930, presidente provisório, escolhido de forma indireta em 1934, ditador do Estado Novo e eleito pelo povo, em 1950. 

Esse lema poderia até substituir o dístico da Bandeira Nacional, inspirado no positivismo de Augusto Comte: “Ordem e progresso”.

Neste instante em que o retrocesso traz, como “nunca antes na História deste país”, a perspectiva assustadora do caos, pois a presidente da República se mantém no poder, mas não governa, e a economia desaba no buraco do passado, a garantia da prosperidade pela ordem parece mais uma anedota de humor negro. E à sociedade desamparada, aflita pela queda de produção e consumo, que gera o desemprego crescente, resta apegar-se à recente conquista de um Estado Democrático de Direito de verdade, cujo objetivo é a igualdade de todos diante da lei, agora ameaçada por quem comanda a máquina pública federal por delegação da maioria dos cidadãos, consultados em eleição.

Uma nesga de esperança raiou no céu da Pátria quando recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a Ação Penal (AP) n.º 470, conhecida vulgarmente como Mensalão, esquema de corrupção assim definido pelo delator Roberto Jefferson. Nele o governo corrompia o Poder Legislativo para garantir apoio a suas decisões. Sob a presidência de Carlos Ayres Britto e, depois, de Joaquim Barbosa, a mais elevada Corte de Justiça processou e condenou altos dirigentes do governo e do partido de Luiz Inácio Lula da Silva. E atingiu pioneiramente maganões da República corrompida, negando o axioma ancestral de que cadeia é exclusividade de pretos, pobres e prostitutas.

Mas a força-tarefa da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), sob a égide do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, dissipou essa ilusão otimista ao investigar como funcionava o propinoduto da Petrobras e também de outras empresas e autarquias federais para enriquecer companheiros e beneficiar aliados. Uma série de coincidências afortunadas, iniciada com a devassa de lavagem de dinheiro de burocratas e políticos corrompidos pelas maiores empreiteiras do país, revelou evidências de que não eram descabidas as denúncias de malversação de dinheiro do povo na contratação de obras públicas. O caixa 2 de um posto de gasolina em Brasília virou uma cornucópia inimaginável.

Isso só foi possível por uma série de acasos inesperados. O primeiro deles foi a volta do juiz que mais conhece lavagem de dinheiro no país à primeira instância no estado onde nasceu, viveu e prosperou o doleiro reincidente Alberto Youssef. A repetição da impunidade garantida na Operação Castelo de Areia tornou-se mais difícil depois da morte do mago das causas vitoriosas em tribunais de terceira instância para cima, Márcio Thomaz Bastos.
 
E a devassa ficou mais consistente e ágil por causa da competência e da lisura dos agentes e procuradores federais e da obediência ao acordo internacional que incorporou o Brasil ao Primeiro Mundo no combate à corrupção. Isso se completa com o aprimoramento da contribuição de réus confessos à Justiça, erroneamente definida de forma pejorativa como delação premiada, que dá aos investigadores o caminho das pedras para obterem provas.

A pusilanimidade da oposição foi compensada pela labuta diligente e corajosa dos meios de comunicação, que têm informado à sociedade fatos relevantes revelados em delação. E também pela histórica decisão do STF de autorizar ordens de prisão contra condenados em segunda instância.  O assassínio do autor do programa de governo na primeira vitória de Lula à presidência, Celso Daniel, a rapina na Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), o Mensalão, o Petrolão, a compra de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e a concessão de privilégios a “compadritos” pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não são casos estanques. Mas constituem um escândalo só.

Delitos comprovados e passeios de burocratas e dirigentes de partidos do governo, em especial o PT, pelo Código Penal e entre vários processos mostram que o assalto a estatais foi planejado, organizado e cometido após a ocupação de altos cargos na máquina e nas empresas públicas. Do noticiário pode-se concluir que os gestores da União nestes 13 anos, ao contrário do que imaginavam seus adversários, não seguiram as diretrizes do marxismo-leninismo, do stalinismo, do foquismo cubano, do socialismo, peronismo, bolivarianismo, sandinismo ou qualquer ideologia de esquerda.

A ruína econômica de Cuba e Venezuela foi construída pelos tiranetes de esquerda Fidel e Raúl Castro, Hugo Chávez e Nicolás Maduro. E estes inspiram seus asseclas brasileiros por saberem tirar proveito do acesso sem fiscalização a orçamentos públicos. É o caso do comunista angolano José Eduardo dos Santos, pai de Isabel, a mulher mais rica da África. Mas seus reais inspiradores são, de fato, assaltantes comuns, como Tião Medonho e Fernandinho Beira-Mar. A retórica populista é só pretexto.

A visita de Dilma ao antecessor em solidariedade por sua condução coercitiva pela força-tarefa da Lava Jato não deixa dúvidas de que a chefe do governo apoia o líder dos investigados na operação policial. E não os investigadores. Seu desgoverno presta serviço à impunidade e ao privilégio e fica contra agentes do Estado que tentam garantir a igualdade de todos diante da lei e devassar o maior escândalo de corrupção da História, para puni-los.


Publicado no Estadão - José Nêumanne

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O BRAÇO FORTE E A MÃO AMIGA... ESPERANÇA DO BRASIL




Meu querido Brasil, tua ordem e progresso estão ameaçados por filhos bastardos que te dilapidam, traem e enganam. Vis e ardilosos, não constituem a maioria de tua brava gente, mas aparelharam teu Estado de tal forma que a liberdade, a moralidade, os bons costumes, a dignidade e as instituições equilibram-se à beira do precipício. Digo-te, contudo, que a Nação sobreviverá aos inescrupulosos que assaltaram desde as riquezas de teus verdes mares até os rincões mais longínquos de teu imenso território.
O braço forte e a mão amiga salvar-te-ão. 

A mão amiga é honesta e disso já te deu inúmeras provas durante tua vida de nação soberana. São as mãos de Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo que te governaram e mostraram ao mundo, como nunca, tua pujança. Foram eleitos pelo Congresso Nacional e, honestamente, tomaram decisões orientadas pelo bem comum. É fato que te preocupas com a desonestidade de tantos de teus atuais homens públicos, cujos índices de credibilidade jamais foram tão baixos. Tua história reserva para eles o ostracismo dos que já estão condenados ao fogo eterno.

A mão amiga é leal ao lema de tua bandeira, “Ordem e Progresso”. Ela sabe que à Pátria tudo se dá, nada se pede, nem mesmo compreensão. Sinto muito, meu querido Brasil, mas caíste na armadilha dos que são leais à ideologia satânica que afastastes em 1935 e 1964. Estes são fiéis e leais aos companheiros do maldito “Foro de São Paulo” e ao ditador cubano que os amestrou outrora e a quem pedem frequentemente a bênção. Veja o quanto teus filhos bastardos maculam tua gente boa, ordeira, simples, amiga, hoje justamente irritada com tal quadrilha desleal. Acredita, porém, os leais haverão de vencer e aos desleais restará a masmorra de satanás.

A mão amiga é solidária, como tua Marinha, teu Exército e tua Aeronáutica. Essas instituições fazem-se presentes onde faltam as mãos dos poderes públicos municipais, estaduais e federal. Manifestam solidariedade ao povo a que pertencem não apenas nas catástrofes naturais, mas diuturnamente, pois são as únicas de tuas instituições a levar esperança, saúde, educação, segurança, água e alimentação às populações ribeirinhas e sofridas de teu interior. Move-as tão somente o ardor de servir. Conte com tuas Forças Armadas, hoje e sempre. Elas têm mãos amigas sustentadas por braços fortes.

A mão amiga educa e valoriza o mérito dos que se esforçam, leem e varam madrugadas estudando. São as mãos de tantos dos teus filhos que vencem pelo valor próprio e crescem na vida sem pedir privilégios àqueles que os distribuem fartamente em troca do voto de cidadãos que se encantam pelo canto da sereia. A que ponto chegaram alguns de teus filhos: elegeram e reelegeram um Senhor que nunca estudara, assinava documentos relevantes sem os ler! Nada via, nada ouvia e de nada sabia. O discurso enganador daquele Senhor levou a minoria a eleger e reeleger uma sucessora, tão ardilosa, maquiavélica e despreparada quanto seu mestre. Entretanto, meu Brasil, o bem vencerá o mal, o mérito haverá de se impor pela qualidade e robustez dos que o praticam.

A mão amiga é privilégio dos que falam a verdade. Ah, a verdade, que falta tem feito a tantos de teus homens públicos! Que pena! Os que praticam a verdade serão salvos e os que mentem do alto dos palanques cedo ou tarde serão desmascarados. E não é este o cenário que tu vês nos dias que correm? Que filme repetitivo, hein? Já o mentiroso anterior foi desmascarado, mas logrou sobreviver por força do aparelhamento desonesto de tantos nichos. O mentiroso é corrupto, o homem da mão amiga é impoluto, probo, imaculado. Creia-me, ó Brasil, há muitos e eles estão trabalhando para afastar os infiéis dos postos que maquinam ocupar hereditária e perenemente.

A mão amiga aplaude espontaneamente os que reconhece como iguais. Tu testemunhaste o Presidente Médici ser aplaudido no Maracanã e no Morumbi. E como não lembrar, testemunhaste, também, aquele Senhor ser vaiado na abertura dos Jogos Pan-americanos. Neste caso, as vaias foram tais que o dito Senhor sequer logrou pronunciar as palavras de abertura oficial e, óbvio, não teve a coragem moral de comparecer à cerimônia de encerramento daquele evento internacional. E pior ainda, testemunhaste episódio que envergonharia qualquer de tuas mulheres e homens de bem. Lembras que tua primeira mandatária foi xingada com palavras de baixo calão ao comparecer à abertura da Copa do Mundo? Lembras que ela não teve a dignidade de pronunciar as palavras de encerramento desse evento de repercussão mundial? Que vergonha! O povo é sábio: aplaudiu Médici e vaiou os dois outros.

A mão amiga assina, publica e sustenta a palavra empenhada. É confiável como a palavra do ilustre jornalista Roberto Marinho que, em 1985, publicou em “O Globoo editorial “O Julgamento da Revolução”. Eis a prova cabal, isenta e irrefutável de que o período 1964-1985 foi o da Revolução e não como repetem, ensinam e alardeiam os atuais detentores das máquinas midiáticas, editoriais e educacionais curvadas ao senso comum modificado. Como deve se envergonhar o famoso jornalista. Ele tinha a mão amiga e, por isso, sustentava a palavra empenhada.

A mão amiga está presente na família, como definida pelo Papa Francisco [i]: “O primeiro âmbito da cidade dos homens iluminado pela fé é a família; penso, antes de mais nada, na união estável do homem e da mulher no matrimônio. Tal união nasce do seu amor, sinal e presença do amor de Deus, nasce do reconhecimento e aceitação do bem que é a diferença sexual, em virtude da qual os cônjuges se podem unir numa só carne (cf Gn 2, 24) e são capazes de gerar uma nova vida, manifestação da bondade do Criador, da sua sabedoria e do seu desígnio de amor”. Que as palavras do Santo Padre iluminem tuas famílias e não as deixe arrastar-se pelos bolivarianistas para o ateísmo e o relativismo que tanto as ameaçam. A mão amiga é sustentada pelo braço forte de teus marinheiros, soldados e aviadores. E daqueles teus diplomatas que se espelharam e espelham em Rio Branco. E de toda a tua brava gente, que em ti confia para garantir que a Terra de Santa Cruz possa permanecer livre, cristã, soberana e independente. A mão amiga está por toda parte, minha Pátria. Há brasileiros honestos, leais, solidários, que valorizam o mérito, falam a verdade, sustentam a palavra empenhada e constituem famílias cristãs. Têm coragem moral e sabem a quem aplaudir e a quem vaiar e xingar.
 
Indignados, eles estão reagindo e expressando repúdio absoluto a teus filhos bastardos que naufragarão nas águas tempestuosas que ajudaram a agitar e turvar.
Brasil, creia-me, há esperança no braço forte e na mão amiga. 

Paulo Cesar Castro é General de Exército e professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME)

Transcrito do: A Verdade Sufocada