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quinta-feira, 13 de julho de 2017

Ameaça real! O fim do Estado Islâmico?

Um teste bem-sucedido com míssil de longo alcance mostra que a Coreia do Norte não é só bravata. A ditadura de Kim Jong-un tem mesmo poder de fogo para atacar os EUA, seus aliados e iniciar uma guerra

“Os bastardos americanos devem ter ficado muito infelizes depois de ver o presente que mandamos para eles no Dia da Independência.” 

Com essas palavras, o excêntrico líder norte-coreano, Kim Jong-un, comemorou, às gargalhadas, o teste balístico mais bem-sucedido da história da ditadura comunista. Em pleno 4 de julho, o regime declarou que lançou com sucesso o míssil intercontinental Hwasong-14, capaz de chegar até o território dos Estados Unidos. A informação foi confirmada por Washington, que descreveu o exercício como uma “nova escalada” que ameaça todo o mundo. O armamento é perigoso porque pode ser capaz de levar uma bomba atômica a boa parte do planeta em questão de minutos. Ou seja, as declarações dadas pelo histriônico mandatário deixaram de ser bravata e viraram realidade. “O risco de guerra entre EUA e Coreia do Norte ficou alto”, diz Gunther Rudzit, coordenador do curso de Relações Internacionais das Faculdades Rio Branco. “Para os militares americanos, é inaceitável que os coreanos tenham mísseis intercontinentais e ogivas nucleares.”


A Coreia do Norte declarou, exageradamente, que o novo foguete pode alcançar qualquer parte do globo. Não restam dúvidas, porém, que o dispositivo pode cobrir uma distância de 6,7 mil quilômetros. O teste feito na terça-feira não chegou tão longe, mas o míssil foi a 2,8 mil quilômetros de altura, subindo mais do que avançando. Caiu a 930 quilômetros do local de lançamento, no mar do Japão. Essa trajetória permite saber que o mesmo foguete, fazendo um caminho mais horizontal, chegaria ao estado do Alasca. Os mísseis servem para carregar bombas atômicas, que Pyongyang já possui. É impossível saber quantas. No entanto, o Instituto dos EUA para Ciência e Segurança Internacional estimou em junho de 2016 que o número está entre 13 e 21. Ainda há incerteza se eles seriam capazes de fabricar armas nucleares compatíveis com os foguetes, mas uma fronteira foi claramente quebrada.

Os EUA possuem poucas opções. Uma delas é manter a política de “paciência estratégica”, que consiste em sanções econômicas e pressões diplomáticas. A tática vinha dando certo porque os norte-coreanos não representavam uma ameaça real. O cenário mudou desde o teste, porém. Até 2020, é provável que eles sejam capazes de atacar a costa oeste americana, que inclui cidades como Los Angeles e São Francisco. A outra possibilidade dos EUA é partir para o ataque, caminho que pode causar pelo menos 1 milhão de mortes. O regime não possui chances de derrotar os americanos, que desfeririam um assalto avassalador. Porém, só a artilharia comunista voltada para a metrópole de Seul, na Coreia do Sul, causaria centenas de milhares de baixas em poucos dias. É improvável que os EUA usem armamento atômico sem que sejam agredidos dessa forma primeiro. “Autocontrole é a única coisa separando o armistício da guerra”, afirmou o comandante das tropas americanas na Coreia do Sul, general Vincent Brooks, na quarta-feira 5.

A reunião do G20, iniciada na sexta-feira 7 na Alemanha, reuniu os líderes dos países mais ricos do mundo, incluindo duas nações diretamente relacionadas ao conflito, Rússia e China. Ambas fazem fronteira com a Coreia do Norte e condenaram os testes, mas possuem uma relação de antagonismo com os EUA. Apesar disso, é pouco provável que tomem medidas concretas. Os chineses possuem forte relação comercial com Pyongyang e não parecem interessados em enfraquecer o regime comunista e deixar a região para ser tomada pela Coreia do Sul, consolidando um aliado americano no quintal de casa.

O MMA de Trump
Do esperado encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, com o da Rússia, Vladimir Putin, pouco deve sair para aliviar a tensão. Pelo contrário, é muito provável que o estilo boquirroto do republicano coloque mais lenha na fogueira. Na mesma semana da crise, o presidente arranjou uma briga com o canal de notícias CNN após publicar um vídeo com uma montagem em que ele aparece socando um homem com o logotipo da emissora no lugar do rosto. A mensagem foi vista como um ataque a toda a imprensa, além de uma apologia à violência contra jornalistas. “Trump adiciona essas falas intempestivas”, diz Geraldo Zahran, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). “No entanto, os principais problemas permaneceriam com qualquer outro presidente.”


Se de um lado há Trump, do outro está Kim Jong-un, dono de uma reputação ainda pior do que a do colega americano. Suas atitudes são baseadas na frágil posição internacional da Coreia do Norte. O país é inimigo da única potência global da atualidade, mesmo sendo paupérrimo e com poucas fontes de influência externa. Parece improcedente, porém a saída encontrada foi ladrar o mais alto possível para garantir a sobrevivência. O plano vem dando certo, e Pyongyang pode ter se tornado um risco muito grande para ser ignorado. “Kim Jong-un não abrirá mão das armas atômicas por causa do exemplo de Muammar Gaddafi”, diz Rudzit. “O líder líbio abriu mão de seu programa nuclear para não ser o próximo Saddam Hussein, mas, quando o Ocidente achou que precisaria removê-lo, assim o fez.” A memória está fresca na mente de Kim. Ainda não se sabe se isso será sua salvação ou seu fim.

O fim do Estado Islâmico?
Reprodução

Enquanto os novos inimigos dos Estados Unidos ganham poder, outros, velhos, dão mostras de que estão chegando perto do fim. É o caso do Estado Islâmico, grupo terrorista que anunciou a instalação de um “califado” no Iraque e na Síria em 2014, mas que no período de pouco mais de dois anos encolheu 80%, de acordo com uma pesquisa feita pela consultoria internacional IHS Markit. O número se refere às perdas financeiras dos radicais, que viram desaparecer suas principais fontes de renda, a venda de petróleo e o contrabando de antiguidades, como consequência de uma perda territorial de 60% no mesmo período. 

O faturamento caiu de US$ 81 milhões em janeiro de 2015 para apenas 16 milhões em junho de 2017. Infelizmente, é provável que os terroristas aumentem o número de atentados na Europa, com integrantes que vivem no continente, para compensar a derrocada. “O Estado Islâmico provavelmente vai quebrar antes do fim do ano, reduzindo seu projeto de governo a uma série de áreas isoladas que serão retomadas no curso de 2018”, diz Columb Strack, analista para o Oriente Médio da IHS Markit.  

 Fonte: Isto É

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Coréia do Norte: a brutal perseguição comunista contra os católicos

Ninguém conhece o destino dos bispos católicos da Coréia do Norte, informou a agência AsiaNews. No Anuário Pontifício eles figuram como titulares de suas dioceses, porém os considera “dispersos”, um eufemismo por “desaparecidos”.  Para o regime comunista, trata-se de “perfeitos desconhecidos” e desde os anos 80 funcionário algum fornece qualquer informação sobre eles.

A Coréia do Norte esta subdividida em três diocesesPyongyang, Chunchon e Hamhung além da Abadia Territorial de Tomwok.  Nos anos 50, 30% dos habitantes da capital Pyongyang professavam a fé católica, mas no resto do país atingiam só o 1%.
Durante a Guerra de Coreia (1950-1953) as tropas comunistas massacraram missionários, religiosos estrangeiros e católicos coreanos. O regime norte-coreano, satélite de Rússia e da China, tentou varrer toda presença cristã.

No Norte foram destruídos todos os monastérios e igrejas, e os monges e sacerdotes foram condenados à morte.  Naquela guerra o delegado apostólico no país, Mons. Patrick James Byrne foi condenado à morte. A execução não teve lugar, porém o representante Vaticano foi deportado a um campo de concentração onde faleceu em virtude das privações.  Desde aquela época não se têm mais notícias dos 166 sacerdotes e religiosos presentes no país pelo fim da guerra. “São perfeitos desconhecidos” respondem sempre os burocratas socialistas.

Oficialmente não ficou nem clero nem culto. Fontes de AsiaNews no país afirmam que os “verdadeiros” católicos que restam, não são mais de duzentos, na sua maioria idosos.  O regime autoriza apenas a igreja de Changchung na capital Pyongyang. Na realidade, é mera “vitrina” de propaganda do regime.  Os fiéis devem professar a fé em secreto. Se forem descobertos numa missa podem ser presos, torturados e condenados à pena capital. O simples fato de possuir uma Bíblia é crime punível com a morte.

Mons. Hong Yong-ho foi nomeado Vigário Apostólico de Pyongyang em 24 março de 1944 pelo Papa Pio XII.  Em 10 março de 1962, a Santa Sé elevou o Vicariato à condição de diocese em protesto contra a perseguição do regime comunista. Mons. Hong tornou-se um símbolo da resistência católica, mas hoje está “desaparecido”.  Se ele estiver vivo teria mais de cem anos, e o Vaticano julga que “não pode se excluir que ainda esteja prisioneiro em algum campo de reeducação”.  Enquanto isso, na Coréia do Sul, num regime de liberdades, os católicos aumentam continuadamente e já superaram a barra de 10% da população total, segundo a agência UCANews.

Luis Dufaur
edita o blog Pesadelo Chinês.


quinta-feira, 4 de maio de 2017

O Brasil lulopetista financiou a Coreia atômica

A receita das exportações para um grotão que precisa de tudo ficou bem abaixo da despesa com importações desnecessárias

A abertura da embaixada brasileira em Pyongyang, em 2009, foi a evidência imobiliária de que Lula estava mesmo decidido a incluir a Coreia do Norte, massacrada por uma ditadura totalitária transmitida de pai para filho desde os anos 50, no grupo dos comparsas internacionais da potência emergente de araque. A afinidade ideológica entre o governo lulopetista e a abjeção liberticida consolidou a parceria que logo se desdobrou em suspeitíssimas relações comerciais.

Entre 2009 e 2015, o Brasil consumou uma façanha espantosa: a receita das exportações para uma Coreia do Norte que precisa de tudo perdeu de longe para a despesa com importações de um país que nada produz de essencial. O prejuízo por pouco não chegou a 250 milhões de dólares. Lula e Dilma torraram em adjutórios engolidos por cúmplices sórdidos o dinheiro que sempre faltou ao Brasil.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA  

 

 

Coreia do Norte ameaça a China - seu único aliado

Coreia do Norte faz ameaça à China por ‘comentários imprudentes’

Segundo Pyongyang, a atitude dos chineses pode motivar “graves” consequências

A Coreia do Norte emitiu um raro comunicado criticando o recente posicionamento da China em relação ao seu programa nuclear. O regime de Pyongyang afirmou que os “comentários imprudentes” de Pequim sobre seus recentes testes militares estão testando sua paciência e poderiam motivar “graves” consequências.
Kim Jong-un durante exercício militar na Coreia do Norte (KCNA/Reuters)

A China, principal parceira comercial da Coreia do Norte e uma das únicas nações que cultivam relações diplomáticas com a nação, suspendeu as importações de carvão norte-coreano após a intensificação das sanções da ONU. Pequim também pediu em várias ocasiões que seu aliado tradicional interrompesse suas atividades nucleares e testes de mísseis devido à pressão dos Estados Unidos.

O comunicado divulgado na quarta-feira pela Agência Central de Notícias Coreana dizia que “uma série de comentários absurdos e imprudentes são ouvidos da China todos os dias, apenas para tornar a atual situação ruim ainda mais tensa”. Além disso, Pyongyang acredita que Pequim está tentando transferir toda a culpa pela deterioração das relações bilaterais para os norte-coreanos.

“A China não deve mais tentar testar os limites da paciência da República Popular Democrática da Coreia”, dizia o texto. “A China deve refletir melhor sobre as graves consequências que seus atrevidos atos de cortar as relações implicam. ”

É bastante incomum que a Coreia do Norte critique a China. Normalmente, sua reprovação se dirige somente a “países vizinhos”. A imprensa estatal chinesa, por outro lado, tem criticado regularmente a posição da Coreia do Norte no conflito com os Estados Unidos.

O Global Times, um jornal estatal nacionalista publicado pelo Partido Comunista, afirmou em um editorial nesta quinta-feira que as ações norte-coreanas estão violando uma tratado de não agressão assinado pelas duas nações em 1961. “A China não permitirá que a região nordeste seja contaminada pelas atividades nucleares da Coreia do Norte”, declarou o Global Times.

 

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Trump diz que Kim Jong-un é “muito esperto” e não exclui opção militar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou  o líder norte-coreano Kim Jong-un como “um cara muito esperto”, e reforçou que a opção militar continua sobre a mesa diante das contínuas provocações de Pyongyang. As informações são da Agência EFE.  “Mesmo muito jovem, foi capaz de assumir o poder. Muita gente, tenho certeza, tentou tirá-lo do poder”, disse Trump em uma entrevista ao programa Face the Nation da emissora CBS.

“E foi capaz de mantê-lo. Portanto, obviamente é um cara muito esperto”, acrescentou o presidente norte-americano.

Sobre os testes de mísseis balísticos do regime da Coreia do Norte, Trump ressaltou que está trabalhando com o presidente chinês, Xi Jiping, um dos poucos interlocutores que Pyongyang escuta, para diminuir as tensões. “Se ele preparar um teste nuclear, não ficarei feliz. E não acredito que Xi, que é um homem muito respeitado, fique feliz”, afirmou Trump, que completou neste fim de semana cem dias no poder. Sobre a possibilidade de que os EUA recorram a uma solução militar contra as ações do regime norte-coreano, o presidente americano foi lacônico: “Não sei, já veremos”.

Pyongyang realizou  um novo teste de um míssil balístico, que, aparentemente, explodiu minutos depois de seu lançamento, segundo fontes militares sul-coreanas e dos EUA.

Washington pediu ajuda à China para levar Pyongyang de volta a uma mesa de negociação, mas sem descartar uma ação militar. No início deste mês, Pequim pediu “prudência” a todas as partes após outro lançamento de míssil balístico por parte da Coreia do Norte. 

Fonte: Agência Brasil 
 

terça-feira, 11 de abril de 2017

Força das armas

Coreia do Norte diz estar disposta a responder aos EUA ‘com a poderosa força das armas’

Os Estados Unidos possuem poder militar suficiente para destruir a Coreia do Norte várias vezes, desde que utilizando bombardeio aéreo e misseis; o que não pode sequer ser cogitado é tropas americanas invadir  território norte-coreano - seria uma das maiores derrotas americanas

A Coreia do Norte denunciou nesta terça-feira o envio “insensato” da Marinha americana à península coreana, advertindo que o governo está preparado para responder com “a poderosa força das armas” se for necessário.  O envio por parte de Washington de um porta-aviões e sua frota para a região “vem provar que os movimentos insensatos dos Estados Unidos para invadir a República Democrática Popular da Coreia alcançaram uma fase grave”, disse um porta-voz do Ministério norte-coreano das Relações Exteriores, segundo a agência oficial de notícias KCNA, o primeiro comentário de Pyongyang desde a manobra americana no domingo.

Menos de 48 horas depois de bombardear a Síria, o presidente americano Donald Trump anunciou o que foi interpretado como uma advertência à Coreia do Norte. O grupo aeronaval americano, que inclui o porta-aviões “USS Carl Vinson”, dois destróieres e um cruzeiro (todos equipados com mísseis) cancelou uma escala programada para a Austrália e seguiu para o Oceano Pacífico ocidental de Cingapura, em uma demonstração de força diante das crescentes ameaças do governo norte-coreano.

Trump já ameaçou adotar ações de forma unilateral contra Pyongyang se Pequim não conseguir deter o programa nuclear do país vizinho. “A República Democrática Popular da Coreia está preparada para reagir a qualquer forma de guerra desejada pelos Estados Unidos”, afirmou Pyongyang, segundo a KCNA. “Tomaremos as medidas (…) mais severas contra os provocadores para nos defendermos com a poderosa força das armas”, completou o porta-voz da Chancelaria norte-coreana, segundo a KCNA.
– Sexto teste? –  As especulações sobre um iminente teste nuclear crescem com a proximidade do sábado, dia do 105º aniversário do nascimento do líder fundador da república norte-coreana. Essa data costuma ser celebrada com uma demonstração militar. O primeiro-ministro sul-coreano e presidente interino alertou nesta terça-feira sobre o risco de uma “grave provocação” do Norte, que também poderia acontecer em 25 de abril, dia do aniversário da criação do exército do país.
“Existe a possibilidade de que o Norte incorra em provocações mais graves, como um novo teste nuclear, para celebrar distintos aniversários”, declarou Hwang Kyo-ahn.

As tensões coincidem nesta terça-feira com uma sessão da Assembleia Legislativa da Coreia do Norte, que se reúne uma ou duas vezes por ano para votar o orçamento do Estado e ratificar as decisões tomadas pelo partido único da Coreia do Norte. Pyongyang busca desenvolver um míssil de longo alcance capaz de chegar aos Estados Unidos com uma ogiva nuclear e até agora realizou cinco testes nucleares, dois deles no ano passado.
A análise de imagens de satélite sugere que Pyongyang estaria preparando um sexto teste, enquanto a Inteligência americana adverte que os norte-coreanos podem estar a menos de dois anos de conseguir a capacidade de atacar o continente americano.  Ao mesmo tempo, Seul e Washington estão realizando treinamentos militares conjuntos, um exercício anual que é visto pelo Norte como uma preparação para a guerra.

China e Coreia do Sul concordaram na segunda-feira sobre a necessidade de adotar novas medidas contra o regime norte-coreano em caso de um sexto teste nuclear.
“Concordamos que devem ser adotadas duras medidas adicionais, baseadas nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, se o Norte seguir adiante com um teste nuclear ou o lançamento de um míssil balístico intercontinental, apesar das advertências da comunidade internacional”, declarou Kim Hong-kyun, enviado de Seul para questões nucleares, após uma reunião na capital sul-coreana com o representante chinês para o tema, Wu Dawei.

O encontro aconteceu pouco depois de Trump ter recebido o presidente chinês Xi Jinping para uma reunião durante a qual pressionou Pequim a atuar para conter as ambições nucleares norte-coreanas. O conselheiro de Segurança Nacional H.R. McMaster advertiu no domingo que a desnuclearização de Pyongyang “tem que acontecer”. Em caso contrário, disse, o presidente Trump solicitou uma “série de opções para eliminar a ameaça” nuclear norte-coreana, em referência aos assessores da presidência.  Um ataque de curto alcance dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte poderia ser efetivo, mas também poderia colocar em risco a vida de muitos civis na Coreia do Sul e iniciar um grande conflito militar, segundo analistas.


Fonte: AFP

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A bomba norte-coreana



A bomba norte-coreana
Há cerca de dez anos comecei a ler um livro apaixonante, mas abandonei a leitura depois de algumas páginas porque era aterrorizante. Fora escrito por um grupo de cientistas que, depois de estabelecerem, na medida do possível, o número de armas nucleares existentes no planeta, o que deve ter aumentado neste intervalo de tempo, abordavam as consequências para o mundo se, num ato de loucura ideológica ou mero acidente, essas armas de destruição em massa começassem a explodir.

Os dados eram alarmantes, tanto em número de mortos e feridos como no tocante à contaminação da atmosfera, das águas, da fauna e da flora. Isso chegaria a tal extremo que, no curto ou longo prazo, o processo levaria à extinção de toda a forma de vida no planeta que habitamos. Se a informação for correta, e suponho que seja, não é incompreensível que uma questão tão transcendental – a preservação da vida – chame a atenção da sociedade apenas em determinadas ocasiões? Por exemplo, nesta semana, quando Kim Jong-un, o insano ditador da Coreia do Norte, anunciou que o país acabava de explodir sua primeira bomba de hidrogênio, o que foi comemorado por toda a população, técnicos dos Estados Unidos e Europa se apressaram em dizer que era um exagero, que a última ditadura stalinista do planeta somente conseguira fabricar até agora uma bomba atômica.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas, a União Europeia e vários governos, entre eles o da China, condenaram o teste anunciado por Kim Jong-un. Haverá novas sanções contra o regime norte-coreano? A princípio, sim, mas em termos práticos, não fará diferença, pois o país vive totalmente isolado, como se dentro de uma proveta, e sobrevive graças ao punho de ferro que submete seus infelizes cidadãos ao contrabando e à demagogia delirante.

Oficialmente, há seis países no mundo possuidores de armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. E apenas dois,  Estados Unidos e Rússia, testaram bombas de hidrogênio, artefatos que possuem uma capacidade de destruição sete ou oito vezes maior do que as bombas que destruíram Hiroshima e Nagasaki. Somente uma décima parte do arsenal nuclear já acumulado é suficiente para acabar com todas as cidades do globo e fazer desaparecer a espécie humana. Devemos estar todos muito loucos neste mundo para chegar a uma situação como essa sem que ninguém reaja e continuar observando, à nossa volta, como esses arsenais nucleares vêm aumentando, à espera de  que, a qualquer momento, algum fanático no poder acenda a chama que provocará a gigantesca explosão que nos exterminará.
Sei que há organizações pacifistas que procuram, sem muito sucesso, mobilizar a opinião pública contra este armamentismo suicida. Governos e instituições protestam cada vez que um novo país, como o Irã há pouco, tenta ingressar no clube exclusivo de potências atômicas. Mas o fato é que, até agora, o desarmamento tem sido mera retórica sem consequências práticas e, a começar dos Estados Unidos e Rússia, os planos para acabar com tais arsenais não avançam. Os depósitos de armas de destruição em massa continuam aí, como um aviso permanente de um cataclismo que porá fim à história humana.

Devemos nos resignar, esperando que a situação se prolongue, ou é possível fazer alguma coisa? Sim, é possível e é preciso, e fazendo exatamente o contrário do que eu fiz há dez anos com aquele livro aterrador. Temos de nos inteirar do horror que nos cerca e enfrentá-lo, difundi-lo e inquietar um número cada vez maior de indivíduos com a sinistra realidade, de modo que as campanhas pacifistas deixem de ser uma tarefa de minorias excêntricas e atinjam tal magnitude a ponto de mobilizar de modo efetivo as organizações internacionais. Nada disso é utópico; quando existe vontade política é possível trazer para a mesa de negociação os adversários mais implacáveis, como ocorreu com o Irã, que concordou em frear seu programa atômico em troca da suspensão das sanções que paralisavam sua economia.

E se a negociação for impossível? Em raros casos isso pode ocorrer e, sem dúvida, um desses casos seria o regime de Pyongyang. A ditadura da família Kim não só condenou a população coreana a viver na miséria, na mentira e no medo. Com sua busca frenética da arma nuclear que, acredita, garantirá sua sobrevivência, o país coloca em risco seus vizinhos da península e a Ásia inteira.

A comunidade internacional tem o dever de agir e utilizar todos os meios ao seu alcance para por fim a um regime que se converteu num perigo para o restante do planeta. Até a China, um dos poucos defensores da ditadura norte-coreana, parece ter compreendido o risco que representam para sua própria sobrevivência as iniciativas dementes de Kim Jong-un. E o modo de agir mais eficaz é cortar na raiz a possibilidade de o regime continuar com testes nucleares que constituem, de imediato, uma gravíssima ameaça para a Coreia do Sul, China e Japão.

Ação. A comunidade internacional pode dar um ultimato ao regime norte-coreano por meio das Nações Unidas, estabelecendo um prazo definido para Pyongyang desmantelar suas instalações atômicas sob pena de começar a destruí-las. E efetivar a ameaça se não for ouvida. Não acredito que haja um caso mais evidente em que um mal menor se impõe sobre o risco de a Coreia do Norte provocar uma catástrofe com centenas de milhares de vítimas na Ásia, e talvez no mundo inteiro.

Em um desses lúcidos ensaios com os quais atacou o messianismo ideológico a que sucumbiram tantos intelectuais do seu tempo, George Orwell se perguntou se o progresso científico devia ser comemorado ou temido. Porque esses extraordinários avanços do conhecimento ao mesmo tempo que criaram melhores condições de vida – nas áreas da alimentação, saúde, coexistência, direitos humanos – desenvolveram também uma indústria da destruição capaz de produzir massacres que nem mesmo a imaginação mais doentia poderia prever.

Em nossos dias, o avanço da ciência e da tecnologia semeou pelo planeta alguns artefatos de morte que, no melhor dos casos, podem nos levar de volta ao tempo das cavernas, e no pior, fazer este planeta retroceder àquele passado remotíssimo em que a vida ainda não existia e estava para nascer, não se sabe se para o bem ou para o mal.
Não tenho resposta para essa pergunta. Mas o que farei de imediato será buscar aquele livro que abandonei e lê-lo até a última linha.

Mario Vargas Llosa -  Publicado no Estadão


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Coreia do Norte anuncia teste bem sucedido de bomba de hidrogênio

O anúncio foi recebido com grande ceticismo por especialistas e por condenações imediatas em todo o planeta. 

O Conselho de Segurança da ONU realizará na manhã desta quarta-feira uma reunião de emergência após o anúncio de Pyongyang

Seul, Coreia do Sul - A Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira (6/1) que realizou com sucesso o primeiro teste com uma bomba de hidrogênio, muito mais potente que a atômica, em uma demonstração de que o regime prossegue com o programa nuclear, apesar da proibição da comunidade internacional. O anúncio foi recebido com grande ceticismo por especialistas e por condenações imediatas em todo o planeta.

A Coreia do Sul condenou "com força" o teste. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, citou um "grande desafio" e o governo dos Estados Unidos prometeu uma reação apropriada às "provocações" norte-coreanas. O Conselho de Segurança da ONU realizará na manhã desta quarta-feira uma reunião de emergência após o anúncio de Pyongyang. A reunião, durante a qual acontecerão consultas a portas fechadas entre os 15 membros do Conselho, foi solicitada por Estados Unidos e Japão, afirmou o porta-voz da missão americana na ONU, Hagar Chemali.

O anúncio do teste de uma bomba H foi uma surpresa. Pyongyang afirmou que foi ordenado pessoalmente pelo dirigente norte-coreano Kim Jong-un dois dias antes de seu aniversário. "O primeiro teste com bomba de hidrogênio da República foi realizado com sucesso às 10H00 (23H30 Brasília) de 6 de janeiro de 2016, como base na determinação estratégica do Partido dos Trabalhadores" no poder, anunciou a TV estatal norte-coreana. "Após o pleno sucesso da nossa bomba H histórica, nos juntamos ao grupo dos Estados nucleares avançados", disse o apresentador da TV estatal, precisando que o teste envolveu um dispositivo em "miniatura".

Uma bomba de hidrogênio, ou termonuclear, utiliza a técnica da fusão nuclear e produz uma explosão muito mais potente que a da chamada bomba atômica, que utiliza a fissão nuclear, gerada apenas por urânio ou plutônio. Pyongyang testou em três oportunidades a bomba atômica A, que utiliza a fissão nuclear, em 2006, 2009 e 2013. Os testes resultaram em várias sanções internacionais. Kim Jong-un deu a entender no mês passado, em uma inspeção a uma unidade militar, que seu país havia concluído a montagem de uma bomba de hidrogênio, uma declaração que provocou muitas dúvidas entre os especialistas internacionais.

O ceticismo não foi menor nesta quarta-feira. "Esta arma tinha provavelmente a dimensão da bomba americana de Hiroshima, mas não era uma bomba de hidrogênio. Se trata de fissão", afirmou à BBC Bruce Bennett, analista e especialista em defesa da Rand Corporation. "A explosão que teriam obtido seria 10 vezes superior ao que conseguiram", completou".

Atividade sísmica incomum
As primeiras suspeitas sobre um novo teste norte-coreano foram formuladas por sismólogos que detectaram um tremor de 5,1 graus de magnitude perto da principal zona de testes nucleares da Coreia do Norte, no nordeste do país. A organização responsável pela aplicação do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, com sede em Viena, afirmou ter detectado uma atividade sísmica "incomum" na Coreia do Norte.

Críticas da comunidade internacional Muitos especialistas consideravam que Pyongyang precisava de muitos anos para desenvolver uma bomba termonuclear, mas se mostravam divididos sobre as capacidades do país de miniaturizar a arma atômica, etapa decisiva na produção de ogivas nucleares.

Uma bomba H ou não, o quarto teste nuclear norte-coreano constitui uma afronta flagrante aos inimigos e aliados do regime norte-coreano, que haviam advertido o país sobre a continuidade do programa nuclear. As condenações nesta quarta-feira foram imediatas. A Coreia do Sul condenou o teste e prometeu "adotar todas as medidas necessárias" para que Pyongyang "pague". "Condenamos com força o quarto teste nuclear norte-coreano, que é uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, apesar de repetidas advertências por nossa parte e da comunidade internacional", afirma Seul em uma nota oficial. "Tomaremos todas as medidas necessárias, incluindo sanções adicionais do Conselho de Segurança da ONU para que o Norte pague por este teste nuclear", completou o governo sul-coreano.

Washington, que destacou não ter condições de confirmar até o momento o teste com uma bomba de hidrogênio pela Coreia do Norte, prometeu uma resposta apropriada a qualquer "provocação" de Pyongyang. "Sabemos da atividade sísmica na península coreana nas proximidades de uma conhecida instalação de testes nucleares da Coreia do Norte e ouvimos as afirmações de um teste nuclear", disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Ned Price. "Estamos monitorando e continuamos avaliando a situação em estreita coordenação com nossos sócios regionais", completou. "Enquanto não podemos confirmar no momento as afirmações, condenamos qualquer violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e pedimos à Coreia do Norte que respeite suas obrigações e compromissos internacionais", disse Price.

A China, principal aliado da Coreia do Norte, condenou o teste nuclear, realizado "apesar da oposição da comunidade internacional". Pequim apelou a Pyongyang que "cumpra o seu compromisso de desnuclearização e a abster-se de qualquer ação que agrave a situação", em uma declaração da porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying. Hua informou que Pequim convocará o embaixador norte-coreano para apresentar um "protesto solene". Também afirmou que o governo chinês não estava a par de que Pyongyang procederia um novo teste nesta quarta-feira.

A porta-voz completou que o país avaliará se o teste envolveu uma bomba de hidrogênio, como alega Pyongyang, ante o ceticismo dos especialistas. Vários edifícios de uma área da China próxima da fronteira com a Coreia do Norte foram evacuados após o teste nuclear de Pyongyang, segundo a imprensa oficial. "Os moradores sentiram claramente os abalos", anunciou o canal público CCTV. As zonas afetadas incluem Yanji, Hunchun e Shangbai, na província de Julin, as mais próximas ao centro de testes nucleares norte-coreano.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, chamou o teste norte-coreano de "grave desafio" aos esforços mundiais de não proliferação nuclear e "séria ameaça" ao Japão. "Condeno com veemência o teste. O teste nuclear é uma séria ameaça contra a segurança de nosso país e não podemos tolerá-lo em absoluto", completou. O governo da França também condenou o teste, que considerou uma "violação inaceitável das resoluções do Conselho de Segurança da ONU" , e pediu uma reação forte da comunidade internacional.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, chamou de provocação e violação grave das resoluções da ONU o anúncio norte-coreano. "Caso as informações sobre um teste de bomba H norte-coreana estejam corretas, se trata de uma violação grave das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e uma provocação que condeno sem reservas".

Fonte: Agência France Presse


 

Coreia do Norte realizou teste nuclear com bomba de hidrogênio

Anúncio na televisão estatal ocorreu após detecção de terremoto

A Coreia do Norte disse ter realizado com êxito um teste de um dispositivo nuclear de hidrogênio miniaturizado às 10h desta quarta-feira (horário local), dois dias antes do aniversário do ditador norte-coreano, Kim Jong-un. Se confirmado, seria o primeiro teste nuclear com uma bomba de hidrogênio que é mais poderosa do que uma arma atômica — e o quarto desde 2006. A União Europeia (UE) e a Coreia do Sul não demoraram a reagir, classificando o ensaio nuclear de uma "grave violação e provocação". Segundo fontes diplomáticas, o Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião de emergência nesta quarta-feira para discutir o caso. "Se confirmado, esta ação representaria uma grave violação da (Coreia do Norte de) das obrigações internacionais de não produzir ou testar armas nucleares, como determinado por várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, em um comunicado, acrescentando que também seria "uma ameaça para a paz e para a segurança da região Nordeste da Ásia"
 
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O anúncio da Coreia do Norte na TV estatal ocorreu após a detecção de um "terremoto artificial" de 5,1 graus de magnitude perto de onde se encontram as principais instalações nucleares do país. Nos tornamos um estado nuclear que tem a bomba H — afirmou a apresentadora na TV.
  Especialistas internacionais dizem que ainda não há confirmação da realização do teste, mas o anúncio foi rapidamente criticado por líderes mundiais, com a Coreia do Sul classificando-o de "uma grave provocação à nossa segurança nacional". A França, por sua vez, pediu uma "forte reação da comunidade internacional".

O teste nuclear é o quarto realizado pelo país mais isolado do mundo, que está sob sanções dos EUA e da ONU por seus programas nucleares e de mísseis. O país declarou que tinha armas nucleares em 2003, e realizou testes em 2006, 2009 e 2013.

No mês passado, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, disse que Pyongyang tinha desenvolvido uma bomba de hidrogênio. A notícia foi recebida com ceticismo por muitos especialistas que duvidam da capacidade do país de fazer uma arma nuclear pequena o suficiente para caber em um míssil.


A Coreia do Norte, porém, garantiu em maio de 2015 que tinha a capacidade de miniaturizar armas nucleares, um desenvolvimento que lhe permite implantar armas nucleares em mísseis. Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos respondeu na época que acreditava que os norte-coreanos tinham essa capacidade.
David Albright, ex-inspetor de armas da ONU, afirmou à CNN no ano passado que Pyongyang já poderia ter de 10 a 15 armas nucleares, e que poderia aumentar esse montante em várias armas por ano.

Ele disse ainda que acreditava que Pyongyang tinha a capacidade de miniaturizar uma ogiva para os mísseis mais curtos, mas não ainda para mísseis balísticos intercontinentais capazes de atingir os Estados Unidos.

 Fonte: AFP