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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Caso Santander: opiniões, direito, Antonio Obá e a resposta de Felipe Diehl

O caminho normal da formação de opiniões passa por três fases: partimos de um SÍNTESE CONFUSA de várias impressões, em seguida procedemos à sua ANÁLISE e por fim chegamos a uma SÍNTESE DISTINTA.

Esse trajeto, no Brasil, tornou-se proibitivo. Incapaz de análise, cada um se apega à sua síntese confusa inicial e a defende com unhas e dentes, batendo no peito com o orgulho sublime de ser um paladino da verdade e da justiça.

Isso acontece EM TODO E QUALQUER DEBATE PÚBLICO DE QUALQUER ASSUNTO QUE SEJA.
Tudo palhaçada, teatro, pose e, no fim das contas, loucura.
O caso Santander não poderia ser exceção.
A eventual IMORALIDADE de uma obra artística ou literária pode ser absorvida e transcendida pela sua forma estética, porque a finalidade dela está na forma e não no mero assunto representado. Por isso é que uma mesma obra pode ser interpretada segundo valores morais, políticos e religiosos opostos entre si, sem que seja possível alegá-la, conclusivamente, em favor de uns ou dos outros. Por isso há um Dostoiévski marxista e um Dostoiévski reacionário, o mesmo acontecendo com Balzac. Por isso há um Baudelaire cristão e um Baudelaire anticristão, e haverá sempre.

Também por essa razão é que qualquer obra de real valor estético tem o direito de ficar imune ao julgamento da censura de diversões públicas.
Totalmente diferente é o caso de uma obra que infrinja, não os meros códigos morais majoritários (ou a censura de diversões públicas, o que dá na mesma), mas a LEI PENAL VIGENTE. Nesse caso a qualidade artística não exime o artista de culpabilidade, mas, ao contrário, a agrava. É o que acontece com o ultraje a culto (art. 208 do C.P.). Se o próprio conteúdo da obra constitui um vilipêndio a objeto de culto em vez de simplesmente representar esse vilipêndio, absorvendo-o e neutralizando-o na forma estética, a qualidade artística dessa obra já não constitui a sua FINALIDADE, mas apenas o INSTRUMENTO usado para a prática do crime, instrumento que configura e prova o intuito deliberado e doloso com que o artista a produziu. Tanto mais deliberado e doloso quanto mais aprimorada a forma artística.

Tanto os críticos quanto os defensores da exposição do Santander se mostraram incapazes de fazer essa distinção, os primeiros oferecendo aos segundos o subterfúgio capcioso de alegar-se vítimas de “censura”, os segundos aproveitando-se gostosamente desse subterfúgio.
*
O que DEFINE o caráter estético de uma obra é justamente a impossibilidade prática de julgá-la conclusivamente por um critério fora do estético, toda tentativa nesse sentido resultando em conclusões mutuamente contraditórias.

No caso das obras do Antonio Obá, no entanto, não existe a menor possibilidade lógica de interpretá-las num sentido pró-cristão, como se pode fazer, por exemplo, com os poemas de Baudelaire, cujo satanismo jamais se saberá se é literal ou irônico, ou com os livros de Henry Miller, que são imorais sob certo aspecto e altamente moralizantes por outro.

Os quadros do referido pintor não desfrutam dessa ambiguidade característica da obra estética: são decididamente e conclusivamente anticristãos. O ultraje a culto, quando neles se manifesta, não é simplesmente o seu assunto, mas a sua finalidade.
*
Nesse sentido, o Obá é um pintor, mas não um artista. Ele é um propagandista de idéias, que usa a habilidade artística como mero instrumento.
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Até as peças de Bertolt Brecht, que na intenção eram pura propaganda comunista, podem ser apreciadas fora e contra essa finalidade, o que prova que, boas ou más, são obras de arte. Mas tire o anticristianismo dos quadros do Obá. e eles ficarão totalmente esvaziados de sentido.
A finalidade dos quadros desse pintor é ofender o mais artisticamente possível a sensibilidade cristã. Nada mais.
*
Se o intuito de estimular a pedofilia é difícil de provar, de vez que a mera representação pictórica não configura tomada de posição em favor do objeto representado, o crime de ultraje a culto é um dado objetivo, inegável e mais que demonstrado no caso do Santander, e é também uma constante nas obras do Antonio Obá. Se o ultraje é “artístico” ou não, é uma questão que pode ser debatida, inconclusivamente, até o fim dos tempos. Esse debate faria sentido no caso de um ato de censura, nas não na qualificação puramente penal do episódio. A exposição do Santander não está sendo enquadrada em nenhum Código de Censura de Diversões Públicas, e sim no Código Penal Brasileiro. O Art. 208 do Código Penal não admite nenhuma ressalva artística e não tem NADA a ver com considerações estéticas. Se o próprio Michelangelo Buonarotti saísse do túmulo e pintasse um quadro de hóstias com a inscrição “cu”, ele talvez não merecesse ter a sua obra censurada, mas sem a menor sombra de dúvida estaria enquadrado no Art. 208. 

Mesmo porque o quadro não seria a mera representação de um ultraje, e sim o próprio ultraje em ação, exatamente como no caso presente: O artista, nesse episódio, não pintou alguém escrevendo palavrões nas hóstias, mas ele mesmo tomou a iniciativa de escrevê-los. Ele não está “representando” um crime, mas cometendo-o. Isso é tão óbvio e patente que qualquer tentativa de desconversa só pode ser canalhice ou estupidez.
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No caso do Santander, não são só os defensores da exposição que confundem, como verdadeiros retardados mentais, censura de diversões públicas com enquadramento penal. Os próprios líderes do movimento CONTRA a exposição já entraram em cena confundindo essas duas coisas, dando margem, portanto, a que os santanderistas devotos posassem de vítimas de censura.

O Roberto Campos dizia que a burrice, no Brasil, tinha um passado glorioso e um futuro promissor. O FUTURO JÁ CHEGOU.
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Oconfirma honestamente o que eu disse a seu respeito. Parabéns pela sua franqueza, Felipe.
NOTA DE ESCLARECIMENTO Nunca declarei, seja para a Época, seja para qualquer outro veículo de imprensa, ser aluno do Prof. Olavo de Carvalho. Não declarei, primeiro porque seria mentira (nunca me inscrevi no COF), segundo porque sei o meu lugar e teria vergonha de me equiparar com isso a amigos que são infinitamente mais inteligentes, capazes e dedicados do que eu. No mundo olavético, sou um admirador genérico do professor como outros tantos milhares que se limitaram a ler o Mínimo e compartilham seus posts. Sei o meu humilde lugar.

De fato, afirmar que eu seja “devotado ao ideário” (seja lá o que isso signifique) do Olavo de Carvalho não é a única imprecisão da matéria da Época. Ela também atribui a mim uma camiseta que jamais usei e reproduz a mentira mil vezes repetida da esquerda de que o Rafinha BK teria agredido a Dep. Juliana Brizola (só se tiver sido com perigosas perguntas), entre outras coisas.

Peço perdão ao Prof. Olavo se, ainda que involuntariamente, fui motivo de constrangimento para ele. Tudo o que faço de bom ou de ruim, de útil ou contraproducente, faço exclusivamente em nome deste grosseirão de Uruguaiana aqui.

Fonte: Mídia Sem Máscara - Diário Filosófico - Prof. Olavo de Carvalho

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Caixa Economica, o pior atendimento - precisa ser dividida em imobiliária (ficando com o Governo) e Banco - a ser vendido a bancos privados

Caixa continua liderando ranking de reclamações de clientes, diz BC

A Caixa Econômica Federal continuou liderando o ranking de reclamações de clientes em setembro e outubro, de acordo com o resultado divulgado nesta quarta-feira, 16, pelo Banco Central. Entre as instituições financeiras com mais de 4 milhões de clientes, a Caixa registrou um índice de queixas de 17,20 pontos, superior ao indicador de 16,69 pontos de julho e agosto. 

O índice calculado pelo BC leva em conta o número de reclamações a cada bimestre, dividido pelo número de clientes de cada banco e multiplicado por 1 milhão. Segundo essa metodologia, o Bradesco passou a ser o segundo banco com mais reclamações entre as maiores instituições do País. Em setembro e outubro, o índice do Bradesco ficou em 14,59 pontos, inferior ao resultado de 15,75 pontos do bimestre anterior, mas superior ao índice de queixas do Santander, que caiu de 15,86 pontos em julho e agosto para 12,96 pontos. 

Na sequência do ranking de setembro e outubro aparecem Itaú (11,08), Banco do Brasil (10,86), Votorantim (6,90), Banrisul (5,48), Midway (1,96), Pernambucanas (0,47) e Banco do Nordeste (zero).  Entre as reclamações mais frequentes no bimestre estão a oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada, além de outras irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços. Problemas com cartões de crédito e a realização de débitos não autorizados pelos clientes também estão entre as principais queixas no setor. [o maior problema da Caixa Economica é o péssimo atendimento aos clientes;
- por telefone, nem se fala. Ligar para a Caixa é ser atendido e aguardar a linha cair ou um silêncio sepulcral seguir ao tradicional 'aguarde um momento';
- atendimento presencial, os funcionários da CEF são capazes de ficar vários minutos tentando convencer o cliente a desistir de um atendimento presencial, optar pelo atendimento nos 'caixas automáticos', mesmo quando o cliente alega que ele atendimento não lhe convém na ocasião.
A impressão que se tem é que ao final do dia, os funcionários que prestarem o pior atendimento receberão um bônus.
Só não se consegue entender qual a razão do Banco do Brasil não estar dividindo a posição com a Caixa. Com certeza os dois merecem o 1º lugar em PIOR ATENDIMENTO.] 

Fonte: Isto É



quinta-feira, 9 de junho de 2016

A tal da letra ‘a’

Alguém viu nas manifestações contra a 'cultura do estupro' cartazes pedindo segurança além dos que diziam 'fora Temer'?

Valentina de Botas

Lidiane Alves Brasil (jovem presa numa cela masculina no Pará); Patricia Acioli (juíza emboscada e assassinada com 21 tiros, no Rio); Sinara Polycarpo Figueiredo (analista demitida do Santander a pedido de Lula pelo prognóstico realista do desastre que sobreviria com a reeleição de Dilma); Danielly Rodrigues (vítima fatal do estupro coletivo de quatro moças no Piauí). Essas mulheres não integraram os governos funestos de Dilma Rousseff, nem nominal, claro, nem simbolicamente.

Só pelo caminho da demagogia na atuação entre preguiçosa e delinquente de auxiliares implausíveis em qualquer governo que, digno, não se orientaria pelo sexismo – que precisa ser entendido não só como desfavorecer, mas também favorecer alguém pelo critério do sexo. Sinara se distingue do grupo por ter sido punida por Lula, como ele puniu Francenildo Pereira, demonstrando que o jeca só diferencia homens e mulheres no escritório da presidência da república nos tempos concupiscentes de Rosemary Noronha. Diferenças suspensas quando assediou o menino do MEP, que resistiu ao charme que o caudilho não tem. [o jeca quando esteve preso tentou estuprar o menino do MEP - quando a história da tentativa de estupro começou a circular o jeca estava no apogeu do prestígio, mas, mesmo assim não teve coragem de processar nenhum dos blogs que publicou matéria sobre - inclusive este.
Lula além de chefe da maior organização criminosa das Américas, quiçá do mundo, tem o péssimo hábito de "faltou mulher vai homem mesmo", desde que ele seja o 'ativo' - por isso a tal de 'ideologia de gênero' tem o apoio integral da corja lulopetista.]

As demais mulheres não se constituíram em preocupação que merecesse algum tipo de política pública; não motivaram uma nota do governo inventor do populismo de gênero; não arrancaram uma palavra da presidente que se pronunciou até a respeito da mandioca e valoriza tanto a letra “a” do detestável “presidenta”. Aquelas mulheres também não despertaram o interesse dos fanáticos defensores de Dilma Rousseff que submetem todas as complexidades do mundo à escuridão ideológica, numa compreensão desidratada ao restringi-las à sentença única e multiutilitária: é tudo cultural.

Calados por 13 anos, berram na militância oportunista contra certa cultura do estupro que iguala a um ato brutal a saborosa e eterna cantada, numa atitude opressora e castradora em nome de uma causa que, de resto, é sempre a gema de todas as opressões. Eis um modo de não resolver coisa nenhuma, além do frêmito publicamente secreto de mostrar os seios na multidão como um ato pretensamente libertário num mundo em que algum recato ou alguma pudicícia tornam-se a verdadeira revolução.

Ocupam-se da jovem estuprada no Rio porque o crime aconteceu sob o governo de Temer, então suspendem a indivisibilidade do indivíduo para fragmentá-lo na ideologia que satisfaz a si mesma no cio insaciável de enfraquecer o inimigo que não é o estuprador, o assassino, o ladrão, o sequestrador reais, pois essa militância não sabe lidar com as realidades que revelam a mixuruquice dela.

O inimigo é o dissidente dessa irracionalidade configurado também em qualquer homem porque percebido como um potencial estuprador. Só consigo compreender o gozo perverso dessa fantasia se ela for pensada como potência realizada no imaginário em contraste com a impotência frente ao agressor real. Contudo, é evidente que assim nem se combate o machismo renitente na nossa sociedade, nem o cotidiano de violência.

De todo modo, contra o inimigo potencial, vale mostrar os peitos na multidão, mas não vale pedir cadeia para os criminosos. Ou alguém viu nas manifestações contra a tal cultura do estupro cartazes pedindo segurança além dos que diziam “fora Temer”? Enquanto se deleitam nessa miragem, a população – sobretudo a parcela mais pobre – padece sob a violência e a criminalidade reais. A reportagem de VEJA a respeito da jovem carioca que sofreu o estupro coletivo mostra a paisagem catastrófica da segurança pública que é indissociável da administração inepta e indiferente do PT quanto às políticas públicas de segurança que deveriam contemplar um plano de ação juntamente com os estados e o patrulhamento decente das fronteiras para coibir a entrada de armas e drogas.

Na construção do pesadelo, o Rio de Janeiro se destaca desde a gestão desastrosa de Leonel Brizola também quanto à criminalidade, inspirada num esquerdismo sempre leniente com a bandidagem, vista como expressão de incerta brasilidade, de uma malandragem libertária e outras miragens bacanas-tipo-descoladas, numa antropologia tropicaloide fronteiriça com a idiotia. A garota carioca tinha 3 anos quando o PT chegou ao poder e, por 13 anos, ele se empenhou, pela omissão fanática, em aumentar as probabilidades do horror descrito na revista sob a vigência da lei dos criminosos, a ausência do Estado, a impotência das famílias, os jovens fazendo escolhas erradas num contexto socioeconômico que lhes esfrega na cara um punhado delas.

Em meio à desolação, Dilma e a confraria que ela inspira só enxergam a dita cultura do estupro e só depois do afastamento da presidente para, de modo repulsivamente hipócrita e manipulador, atrelar aquela brutalidade a um recém-inaugurado governo só de homens. É a tal da letra “a”. Essa contribuição dos romanos ao mundo, alfa na versão grega, aleph como abertura do alfabeto hebraico com que Borges nomeou seu magnífico conto em que o particular e o universal se condensam para abrigar todo o conhecimento, a letra “a” nos deu presidenta – a condensação acanalhada da nossa tragédia.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes

 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A conta do aparelhamento de fundos de pensão

Lideranças petistas começaram a avançar sobre entidades no início da década de 90, para usá-las no que viria a ser o projeto lulopetista de poder. 

Não tem dado certo

Grandes investidores institucionais no mercado financeiro e também com participação direta em empresas, os fundos de pensão de empresas estatais têm uma história antiga. O maior e mais tradicional, o Previ, surgiu em 1904 como Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil. Outros, menos longevos, como Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica) são da década de 70, mas têm, mesmo isoladamente, elevado calibre financeiro. Somados, constituem uma forte musculatura no mundo dos altos negócios.

Reportagens do GLOBO, publicadas domingo e segunda, relatam como o PT teve esta percepção e, por meio do seu braço sindical, a CUT, idealizou e executou, a partir do início da década de 90, um plano de ocupar fundos de estatais, para usá-los como instrumento de governo. A iniciativa partiu do então presidente do Sindicato dos bancários de São Paulo, Luiz Gushiken, já falecido, à época futuro ministro da Secretaria de Comunicações de Lula. Nenhuma novidade nisso, porque o tucano Fernando Henrique Cardoso mobilizaria fundos de pensão no programa de privatizações do seu governo. Mas, sob Lula, aconteceu algo bem mais amplo: um enraizado e abrangente aparelhamento dos principais fundos, em que, de resto, a CUT já dava as cartas.

Resultado disso é que se somam aos prejuízos derivados da conjuntura de crise aqueles causados por operações temerárias influenciadas por interesses políticos e ideológicos do PT e aliados, além de perdas provocadas por malfeitos.  Um negócio emblemático, símbolo de gestão temerária, inspirado em atos de vontade sem pé na vida real, é a Sete Brasil, criada em 2011 pela Petrobras, bancos privados (Bradesco, BTG, Santander), além do fundo de investimentos do FGTS, de Previ, Petros e Funcef. Estimularia estaleiros a montar plataformas no Brasil, e as compraria para alugá-las à Petrobras. Um programa típico do “Brasil Grande” da ditadura. Não deu certo. Ainda não se sabe quanto do prejuízo caberá aos fundos. Esta é uma operação que só se viabilizaria com o aparelhamento dos fundos, sem falar no BNDES.

Há pelo menos uma grande intercessão entre fundos e esquemas do caixa dois petista, ainda a ser conhecida à medida que avancem as investigações da Lava-Jato. Eles também aparecem na famigerada cooperativa habitacional Bancoop, dos bancários de São Paulo, fundada quando o agora ministro Ricardo Berzoini presidia o sindicato, e também por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, preso em Curitiba.

Em agosto do ano passado, o conjunto de Petros, Funcef e Postalis (Correios) acumulava um déficit de R$ 29,6 bilhões. Parte terá de ser coberta por aumento da contribuição dos associados. Outra parcela será empurrada para empresas “mantenedoras”, um rombo que no final baterá no Tesouro. E assim os contribuintes em alguma medida pagarão pela aventura, iniciada na década de 90, de tomada de assalto de fundos pelo PT.


Fonte: Editorial - O Globo



quarta-feira, 29 de abril de 2015

A farra dos Bancos – Santander lucra R$ 1,16 BI e Cielo lucra 911,8 MI



Santander anuncia lucro de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre
Valor é 15% maior do que o mesmo período do ano passado, diz banco
O Santander Brasil encerrou o primeiro trimestre com lucro liquido de R$ 1,6 bilhão, valor 15% superior aos ganhos do mesmo período de 2014. O resultado, classificado pelo banco como lucro gerencial, não considera o impacto de despesas com amortização de ágio. Se incluído esse gasto, o lucro líquido ficou em R$ 683,8 milhões, um aumento de 31,9% frente ao mesmo trimestre do ano passado considerando a mesma base de comparação (lucro societário).

A carteira de crédito do Santander alcançou saldo de R$ 258,23 bilhões ao final de março, o que representou um avanço de 15,3% em relação à posição de um ano antes. Frente ao saldo de dezembro de 2014, o aumentou foi de 5,2%.

O índice de inadimplência para operações vencidas a mais de 90 dias caiu 0,4 ponto percentual em relação a março de 2014, para 3,3%. O resultado da operação do Santander no Brasil representou 21% do lucro global do banco, que foi divulgado nesta terça-feira e alcançou 1,7 bilhão de euros nos primeiros três meses do ano.

Desaceleração do mercado de cartões pesa no resultado da Cielo

Empresa tem lucro 14,9% maior, mas volume de transações sobe apenas 5,8%

A companhia anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de R$ 926,17 milhões no período, alta de 14,9% sobre um ano antes. Considerando apenas o resultado atribuído a acionistas da companhia, o lucro de R$ 911,8 milhões foi 13,6% maior, também na comparação anual.

Na esteira da menor atividade econômica do país, o volume de transações com cartões de crédito e de débito processado pela Cielo subiu apenas 5,8% em 12 meses, a R$ 126,5 bilhões, distante do crescimento de dois dígitos que caracterizou esse mercado no Brasil nos últimos anos.

Em número de transações, o aumento foi de 8,1%, revelando também uma queda do tíquete médio das operações.

Fonte: G 1

Fundos de pensão e PT usaram gráfica de Vaccari



Com CNPJ do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Bangraf embolsou R$ 10 milhões para imprimir informativos da Previ, Petros e Funcef. Gráfica também serviu para imprimir propaganda política do PT e aliados

A descoberta pela Lava-Jato do uso de serviços gráficos da editora “Atitude” para mascarar propina ao PT pode arrastar, veja só, os fundos de pensão para dentro do escândalo do petrolão. ISTOÉ descobriu que Previ, Petros e Funcef usaram durante anos a fio os serviços de outra gráfica umbilicalmente ligada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Bangraf. Ela foi contratada no início do governo Lula para imprimir os informativos das três maiores caixas de previdência pública do País. Estima-se que tenha embolsado mais de R$ 10 milhões com o negócio. Mais preocupante que a possível suspeita de contratação dirigida está o fato de que a mesma Bangraf foi usada pelo PT para imprimir material eleitoral para campanhas do PT. Ou seja, o dinheiro que pagou a propaganda política petista se misturou com os recursos dos fundos de pensão destinados a bancar a impressão dos boletins oficiais.

Como os esquemas do PT não param de surpreender, a Bangraf não tem CNPJ próprio. Ela usa o do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Na verdade, a Bangraf nunca existiu formalmente como pessoa jurídica, sendo apenas uma espécie de “departamento gráfico” do sindicato. Isso quer dizer que os fundos de pensão contrataram, não a Bangraf, mas o próprio Sindicato dos Bancários.

De 2004 a 2011, a Bangraf imprimiu 70 edições da Revista Previ, cuja tiragem informada oficialmente é superior a 150 mil. Já o Jornal da Petros, foram mais de 100 números produzidos pela Bangraf entre 2003 e 2012 com tiragem média de 140 mil exemplares. No caso da Revista Funcef, ao todo foram produzidos 74 números desde 2004, com 120 mil exemplares de tiragem média. O contrato entre o fundo de pensão dos servidores da Caixa com o Sindicato dos Bancários está ativo até hoje, sendo renovado seguidamente. Segundo a Funcef, “em função da apresentação de menores preços”. A Previ informou que contratou a Bangraf por processo de “tomada de preços com empresas de mercado reconhecidas, tendo vencido por apresentar capacidade técnica e menor preço”.

Contas eleitorais
Levantamento da ISTOÉ nas contas da campanha do ano passado revela que a Bangraf, ou melhor, o Sindicato dos Bancários embolsou R$ 2,8 milhões com a impressão de propaganda política, majoritariamente para os diretórios paulistas do PT e do Solidariedade (SD). Dentre os candidatos que tiveram santinhos impressos pela Bangraf está o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino, que fracassou na disputa por uma vaga na Câmara Federal. Em sua campanha, Marcolino recebeu gordas doações das empreiteiras enroladas na Lava-Jato. O sindicalista já dirigiu a Editora Gráfica Atitude, apontada pela força-tarefa como destino de propina do petrolão. Outro petista que usou os serviços da Bangraf foi Mario Reali, ex-prefeito de Diadema. Ele também não foi eleito e hoje trabalha como assessor especial da Prefeitura de São Paulo. No Solidariedade, a Bangraf imprimiu propaganda política do deputado eleito Paulinho da Força.

Em 2012, a Bangraf embolsou na campanha R$ 1,45 milhão em serviços prestados aos diretórios do PT de São Paulo, Diadema e Embu das Artes. O Diretório do PDT também imprimiu vasta propaganda política. Na época, Paulinho da Força ainda era do PDT e concorreu a Prefeitura. Em 2010, a Bangraf obteve mais R$ 2,7 milhões em serviços para as campanhas de Paulinho e de candidatos petistas, como Ricardo Berzoini, oriundo do Sindicato dos Bancários e hoje ministro das Comunicações; José Di Filippi, hoje secretário de Saúde do prefeito Fernando Haddad; além do deputado federal Ricardo Zarattini. Em 2006, a Bangraf trabalhou apenas para o PT. Ao todo, consumiu R$ 2 milhões em propaganda eleitoral para a campanha de reeleição de Lula à Presidência. A gráfica do Sindicato dos Bancários também imprimiu propaganda de Antonio Palocci, Vicentinho e Berzoini.

Bancoop
No inquérito que investiga desvios da Bancoop, o laranja Hélio Malheiro contou que João Vaccari Neto, quando dirigia a Bangraf, pressionou seu irmão Luis Eduardo Malheiro, então presidente da cooperativa, a “emprestar dinheiro da Bancoop para a Bangraf”. Segundo Hélio, o empréstimo depois foi pago, embora não saiba dizer como. Na CPI da Bancoop, a ex-diretora Ana Maria Ernica disse que a gráfica era “um departamento do sindicato” e prestava serviços regularmente para a cooperativa, imprimindo boletos de mensalidade, além de informativos e a revista da Bancoop. A Bangraf também imprime informativos da CUT, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da ONG Travessia e do Banesprev, o fundo de pensão dos servidores do Banespa, adquirido pelo Santander.

Fonte: IstoÉ OnLine

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

PORNOGRAFIA EXPLÍCITA, À MODA PETISTA

O MOMENTO DE PORNOGRAFIA EXPLÍCITA DO CAPITALISMO — OU DO SOCIALISMO — À MODA PETISTA: Dilma quer que bancos públicos socorram empresa privada do setor naval com R$ 10 bilhões. 

O probleminha é que há alguns réus na Lava-Jato no meio do caminho…

Está em curso um troço realmente do balacobaco, que a Folha traz em sua manchete de hoje. Eu poderia dizer que é a cara do PT. E é. Mas também é a cara das piores práticas da ditadura militar. E o PT, como é sabido, mimetiza muitos procedimentos daquele período. O emblema talvez seja Delfim Netto, guru econômico da linha dura fardada e de Lula. Mas vamos ao ponto, que sintetizo em tópicos.
1: O governo petista decidiu estimular a indústria naval brasileira. Que bom!  A companheirada é assim mesmo: executa uma política econômica que liquida os setores competitivos para estimular aqueles em que o país não conseguirá ser eficiente.

2: Sob os auspícios de Lula e Dilma, criou-se a Sete, empresa para construir e alugar 28 sondas de perfuração, um projeto orçado em US$ 25 bilhões. São sócios do empreendimento a Petrobras, o Bradesco, o BTG Pactual, o Santander e os fundos de pensão das estatais.

3: Se a Petrobras recorresse a empresas estrangeiras para esse serviço, corrupção à parte, o país sairia ganhando porque gastaria menos. Mas sabem como é: é preciso lustrar o nacionalismo brucutu.

4: A Sete está em apuros, informa a Folha. A dívida, em setembro, era de R$ 800 milhões, e a empresa parou de pagar os estaleiros.

5: Aí Dilma teve uma ideia. É, isso é sempre um perigo. Não é fácil, leitores, sustentar esse nacionalismo chulé. Custa caro. A presidente chamou os presidentes do BNDES e do Banco do Brasil — Luciano Coutinho e Aldemir Bendine, respectivamente — para viabilizar um empréstimo de, atenção, R$ 10 bilhões à Sete.

6: Informa a Folha: “A reunião de Dilma com Coutinho e Bendine ocorreu no fim da tarde de quarta (14), no Planalto, para analisar principalmente como ‘resolver pendências’ referentes a empréstimo de US$ 3,5 bilhões (cerca de R$ 9,2 bilhões) para contratação de oito sondas.” Vale dizer: sem uma solução, não há sonda.

7: Mas não só: a presidente quer que o BB lidere um consórcio de bancos para emprestar outros R$ 800 milhões à empresa para resolver seus problemas imediatos de caixa.

8: Viram como essa política de desenvolvimento da indústria naval é boa para os brasileiros que são escolhidos para… desenvolver a indústria naval? Esse é o capitalismo à moda da casa: socialização do prejuízo.

9: Ocorre que há algumas dificuldades: a: o primeiro diretor de operações da Sete foi Pedro Barusco, aquele ex-gerente de serviços da Petrobras, que fez acordo de delação premiada e aceitou devolver a fantástica soma de US$ 97 milhões; b: a maioria dos estaleiros contratados pela Sete pertence a empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato; c: tanto o BNDES como o Banco do Brasil querem que a Petrobras e os estaleiros enviem uma carta afirmando que não houve atos ilícitos nos processos de licitação. Considerando as personagens envolvidas…

10: Vejam, então, que coisa fabulosa: o governo decide incentivar a indústria naval, e a empresa criada, tendo a Petrobras como sócia, vai quebrar se não receber a injeção de alguns bilhões de bancos públicos, a juros módicos.

11: A operação de socorro tem esbarrado em algumas dificuldades porque parte das personagens envolvidas na história está sendo investigada pela Polícia Federal.

Assim se fazem as coisas na República petista: incentiva-se a indústria naval nativa batendo a carteira dos brasileiros, e os escolhidos para a empreitada têm a garantia, claro!, de que não vão quebrar. A única atrapalhação é haver nesse meio alguns réus do maior escândalo de que se teve notícia no país até agora.

Não obstante, Joaquim Levy está de olho naqueles que, tudo indica, são os verdadeiros inimigos do Brasil: os trabalhadores que hoje são pessoas jurídicas. O ministro quer a carteira deles.

É o capitalismo à moda petista — ou socialismo, tanto faz — na sua fase de pornografia explícita.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo