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terça-feira, 28 de março de 2023

"Armação" [do Lula] - Pneumonia de Lula evita que ele tenha de explicar o inexplicável - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES     

O presidente Lula ainda fica no mínimo até terça no Palácio do Alvorada, se recuperando. 
O tratamento agora é via oral; antes disso, ele estava com antibiótico na veia. 
Pneumonia na idade dele é um susto muito grande. E eu levei susto maior ainda quando eu vi o médico que veio de São Paulo dizer que ele podia viajar para a China, ficar 30 horas dentro de um avião com pneumonia e com aquele ar condicionado frio de avião. 
Mas Lula teve juízo e ficou no Alvorada; está recebendo ministros lá, segundo informações do ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, ou seja, o “ministro da política” do governo, que também é médico e deu entrevista no cercadinho do Alvorada – aquele um que diziam que ia acabar, que era coisa do Bolsonaro...
 
Que Lula se recupere, não? Até porque está sendo boa para ele essa ausência, assim não tem de explicar essa história de contrariar o ministro da Justiça, a Polícia Federal, o Ministério Público e a juíza de Curitiba, dizendo que estavam todos combinados com o PCC, numa armação de Sergio Moro. Foi uma coisa inexplicável. 
E, como ele não vai conseguir explicar, esse isolamento no Alvorada, sem poder falar com os jornalistas, é bom para ele.

Promessas de ministra batem de frente com sinais ruins da economia
Enquanto isso, a ministra do Planejamento fala em “arcabouço fiscal”, palavra inventada que substitui o óbvio, que todo mundo sabe, que é “fura-teto”.  
A lei do teto de gastos foi uma das melhores leis feitas no Brasil nos últimos tempos, para impedir que o governo gaste além do que arrecada. Se o governo gasta além do que arrecada, tem déficit, tem de tomar dinheiro no mercado, tem de pagar juros e fica dependendo de uma dívida imensa; então, usam outros termos, como “arcabouço fiscal”. E, como a mídia não tem mais crítica, todo mundo aceita.
Simone Tebet disse que o déficit vai acabar a partir do fim do ano que vem. Mas o que isso quer dizer de verdade? É lá para 2026. Temos de traduzir esses eufemismos. 
Não podemos esquecer que no fim de 2022 tivemos superávit de R$ 52 bilhões, mas as coisas não estão bem neste trimestre, tem muita coisa ruim acontecendo.[é pacífico que o SUPERAVIT de 2022 foi resultado da ADMINISTRAÇÃO BOLSONARO = produtora de superavit até durante a pandemia (confiram: Até mesmo na pandemia, tomados os anos de 2020 e 2021, o saldo do PIB foi positivocaiu 3,9% em 2020, mas avançou 4,6% em 2021); já o desgoverno Lula, desde sua eleição em outubro passado tudo cai, só sobem a inflação, o desemprego, o dólar e o descrédito do governo do ex-presidiário.]
 
Vejam só as montadoras parando. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciou que a previsão de produção de caminhões para este ano é 20% menor. 
Isso é uma péssima notícia; significa que haverá demanda 20% menor para transportar riquezas. 
O principal transporte desse país, cerca de 70% do total, é caminhão. 
Se o país vai precisar de 20% a menos de novos caminhões, isso é preocupante
Para os veículos leves, estão prevendo ainda uma alta, mas de apenas 4%. São sinais abundantes neste trimestre. 
O governo que entrou simplesmente quis destruir o que estava dando certo, e aí deu errado.
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

sábado, 30 de outubro de 2021

Conclusões da CPI da CPI - Revista Oeste

A Controladoria de Pilantras e Impostores resume verdades que Renan e seus parceiros tentam esconder. 
 
No mesmo dia em que foram escalados titulares e suplentes da Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Senado para investigar delinquências ocorridas durante a pandemia de covid-19, a direção de Oeste entendeu que aquilo merecia atenções especiais. 
A lista de convocados parecia chamada oral em pátio de cadeia. 
 
A surpresa virou espanto com a escolha do relator: Renan Calheiros, um notório prontuário ainda em liberdade.  
Sim, no faroeste à brasileira produzido pela Era PT é o vilão que persegue o xerife. 
Mas incumbir Renan de investigar patifarias é algo como instalar Marcola, o chefão do PCC, no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Uma CPI desse calibre exigiu a montagem na redação desta revista de uma Controladoria de Pilantras e Impostores, formada por jornalistas que nunca tratam a verdade a socos e pontapés. Assim nasceu a CPI da CPI.  
 
A orientação repassada aos investigadores limitou-se a dois lembretes: 
1) ver as coisas como as coisas são;
2) contar o caso como o caso foi. 
Honrado com o cargo de relator, tive a missão facilitada pelo esforço dos engajados na força-tarefa e, sobretudo, por constatações feitas por J.R. Guzzo e Silvio Navarro. O resumo das conclusões traduz o bom trabalho da CPI da CPI. Aos fatos.

A origem
Os inimigos de Jair Bolsonaro jamais aceitaram o resultado das eleições de 2018. Assim que a apuração dos votos terminou, os devotos do derrotado tentaram impedir a posse do vitorioso, com o pretexto de que teria feito mau uso das redes sociais durante a campanha. De lá para cá, o governo federal não conheceu um só minuto de sossego. Mesmo nos fins de semana, feriados e dias santos, continua a luta da tropa formada pela esquerda parlamentar, por políticos que só têm compromissos com os próprios interesses, por figurões do Judiciário que enxergam um imperador quando contemplam o espelho e por uma imprensa que vê na derrubada do presidente da República a razão de sua existência. Os conspiradores fazem o diabo para impedir que o governo funcione. 
A mais recente ofensiva ficou por conta da CPI instaurada pelo Senado, por ordem do Supremo Tribunal Federal, para provar que o vírus chinês, no Brasil, não matou ninguém. Os mais de 600 mil mortos foram vítimas do genocídio praticado por Jair Bolsonaro.
 
O G7
Os partidos que deveriam defender o governo conseguiram quatro vagas no time titular. Apenas Marcos Rogério, de Rondônia, soube enfrentar com competência a ferocidade dos sete oposicionistas, escolhidos entre o que há de pior no Senado. Já na sessão inaugural, o relator Renan Calheiros, de Alagoas, o presidente Omar Aziz, do Amazonas, e seu vice Randolfe Rodrigues, do Amapá, deixaram claro que o parecer estava pronto e as conclusões estavam concluídas. 
Mas ficariam seis meses em campo para que a torcida brasileira conhecesse melhor os integrantes do que ficaria conhecido como G7. Má ideia
Quem ainda ignorava o caso ficou sabendo que Aziz foi anexado à fila de investigados no Supremo Tribunal Federal por ter tripulado um desvio de verbas destinadas à saúde que somaram R$ 260 milhões. Envolvidos no mesmo caso de polícia, foram presos a mulher e dois irmãos do agora conselheiro. Em julho, Arthur Virgílio Neto afirmou que Aziz só escapou de uma CPI da Pedofilia instaurada pela Assembleia Legislativa graças à interferência do ex-senador e ex-prefeito de Manaus. “A pedido de sua mãe, respeitável e querida senhora, livrei-o de uma dura condenação penal e da desmoralização completa”, contou Virgílio. [senhor  Arthur Virgilio, bandido não se livra, ao contrário se condena, especialmente se pedófilos - que deveriam ter como pena adicional, porém de aplicação obrigatória, a castração quimica por no mínimo  dez anos.]

O Brasil que pensa e presta foi apresentado aos chiliques e faniquitos de Randolfe, uma voz de castrato à procura de ministros do STF interessados em aumentar a confusão. A plateia entendeu também que as semelhanças entre o relator e o presidente não apareceram agora. Faz tempo que os dois são casos de polícia. Ganharam notoriedade ou voltaram ao palco outros integrantes do G7. (Nada a ver com o grupo das equipes que lideram o campeonato brasileiro de futebol. Esse G é de Gangue, com maiúscula.) O senador Otto Alencar, da Bahia, é médico formado, mas não veste um jaleco há muitas décadas. [ele é do tempo em que sanguessugas eram utilizadas nas medicina - agora apenas o nome é usado e serviu para denominar uma operação da Policia Federal, que justificou que o então ministro da Saúde do governo Lula, o petista Humberto Costa, ganhasse o codinome de 'drácula'.]  Para mostrar que ainda lembra que o antibiótico chegou depois da sulfa, resolveu animar o auditório com pegadinhas. Por pouco não perguntou a alguma Vossa Senhoria se sabia a diferença entre um vírus e um ovário. O senador Humberto Costa, de Pernambuco, mostrou-se tão preparado para socorrer algum doente quanto Otto Alencar. Mas meio mundo lembrou que o mais aflitivo soprano do PT foi aquele ministro da Saúde que se meteu no escândalo dos sanguessugas e acabou ganhando do Departamento de Propinas da Odebrecht o codinome Drácula.

O covidão
O G do G7 foi escancarado já na largada pela demarcação das fronteiras do território a ser devassado pela CPI. Na linha de tiro estavam Bolsonaro e todos os que se moveram desde março de 2020 nas cercanias do presidente da República. Ficaram fora os 27 governadores e mais de 5.500 prefeitos do Brasil. O alto comando da CPI fez de conta que estava na China, combatendo o inimigo no berço, quando o Supremo Tribunal Federal resolveu que caberia aos administradores estaduais e municipais a montagem e a execução da estratégia para a guerra contra a pandemia. Cuidariam da missão como bem entendessem e com plena autonomia. Nenhuma decisão tomada por governadores e prefeitos poderia ser modificada, muito menos vetada, pelo governo federal.

Cabia ao Planalto arranjar a verba e pagar auxílios de emergência a quem perdeu emprego e renda por causa da repressão ao trabalho, à produção e à atividade econômica imposta pelas “autoridades locais”. Previsivelmente, juntaram-se aos estragos feitos pelo coronavírus surtos de incompetência, desperdício de bilhões de reais e uma ladroagem explícita de dimensões amazônicas. A decretação do estado de calamidade pública é uma gazua que, graças à dispensa de licitações e concorrências públicas, permite queimar e embolsar dinheiro até com a polícia por perto. As “autoridades locais” receberam ao longo do último ano, em verbas federais, cerca de R$ 60 bilhões para cuidar da epidemia. Cuidaram do que acharam mais urgente. Aumentar o patrimônio da família, por exemplo.

Entre março de 2020 e julho de 2021, registraram-se bandalheiras bilionárias em todos os Estados. Provas robustas acumulam-se nos porões de centenas de prefeituras. Ainda assim, a CPI pilotada por sete senadores que viravam oito, nove ou dez quando se tornava necessária a solidariedade de suplentes negou-se a enxergar a portentosa onda de saques. Wilson Witzel conseguiu a proeza de ser despejado do governo do Rio antes de chegar à metade do governo. Pousou na CPI como “convidado”, berrou um falatório de inocente injustiçado, combinou com os anfitriões uma “sessão secreta” e foi dispensado de explicações sobre o caso dos hospitais de campanha que foram pagos sem terem existido. Intimados por uma CPI de verdade, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, talvez reencontre na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte seu “irmão de alma” Carlos Gabas, que por decisão do Consórcio Nordeste chefiou o combate à pandemia e o ataque às verbas federais. Fraternalmente, foram poupados pelos detetives de picadeiro que até o começo desta semana agiram em Brasília. Será mais difícil driblar a CPI potiguar, que sabe como tratar fabricantes de álibis mambembes.

O relator
Em 2007, ao tropeçar em outra pilha de patifarias, Renan Calheiros era presidente do Senado. 
Encorajado pelo acervo de dossiês que coleciona e, segundo a lenda, guardam um colosso de deslizes protagonizados por dezenas de políticos, propôs um acordo aos colegas: toparia renunciar se o mandato não fosse cassado. Escapou por pouco da aposentadoria precoce, atestam trechos de um bate-boca com o cearense Tasso Jereissati ocorrido quando a degola ainda lhe ameaçava o pescoço:

— Renan, não aponte esse dedo sujo pra cima de mim! Estou cansado de suas ameaças.
— Esse dedo sujo infelizmente é o de Vossa Excelência. São os dedos dos jatinhos que o Senado pagou.
— Cangaceiro, cangaceiro de terceira categoria!
— Seu merda… — rebateu Renan.

Nesta semana, lá estava a assinatura de Tasso, representante do PSDB na CPI, endossando o palavrório que ergue um monumento à pilantragem e à impostura. O senador cearense não pode ter esquecido o que Renan fez antes daquele duelo verbal em 2007 — nem ignora o que andou fazendo nos últimos 15 anos. Mas também Tasso parece achar que o Grande Satã a exorcizar é Jair Bolsonaro, e que essa tarefa patriótica justifica as mais repulsivas tessituras. Alianças do gênero exigem prodigiosas acrobacias. Deve-se esquecer, por exemplo, que a CPI passou ao largo dos governadores larápios para evitar que a relação de depoentes incluísse Renan Filho, candidato à reeleição em Alagoas, ou Helder Barbalho (filho do suplente Jader Barbalho), também em busca de um segundo mandato no Pará.

Tentativas de intimidação mais de uma vez provocaram, em vez de temor, gargalhadas nacionais

Dez inquéritos em tramitação no Supremo Tribunal Federal atestam que Renan ainda é o recordista na modalidade bandidagem com direito a foro privilegiado. Outros três correm em sigilo ou sob segredo de Justiça. A marca seria ainda mais impressionante se o reincidente compulsivo não tivesse conseguido arquivar dez inquéritos por falta de provas, por decurso de prazo ou por amizade incestuosa entre réu e juiz. “É falso que sejam 17 os inquéritos em tramitação no Supremo Tribunal Federal que envolvem Renan Calheiros. São nove, comunicou há poucos meses uma agência de checagem. 

A subserviência da imprensa velha e suas agências natimortas induziu Renan a dar um passo bem maior do que a perna. O relator pediu a quebra do sigilo bancário da rádio Jovem Pan, de uma produtora de documentários e de alguns sites conservadores, sob a acusação de que disseminavam fake news sobre a pandemia. 
Causou estranheza a abrangência da devassa nas contas: Renan queria que fosse examinada a movimentação financeira a partir de 2018, quando ninguém podia prever a aparição do vírus chinês. A reação dos próprios aliados aconselhou-o a transferir para Drácula a ideia de jerico e a conformar-se com os agrados do jornalismo euforicamente submisso.

Tentativas de intimidação mais de uma vez provocaram, em vez de temor, gargalhadas nacionais. Foi assim ao comparar o Brasil de Bolsonaro à Alemanha de Hitler. Ao dissertar sobre Hermann Goering, divertiu a plateia ao pronunciar em cangacês castiço o nome do temido nazista: “Góringue”. Durante o depoimento do empresário Luciano Hang, resolveu emparedar o depoente com a interpelação fulminante: perguntou-lhe se também lidava com “creptomoeda” e “biticóio”. Hang replicou com o jab na testa: “Nem sei o que é isso”

Mas nenhuma ousadia resultou tão desastrosa quanto a ideia de transformar Bolsonaro em “genocida”. Na véspera da apresentação do relatório, Renan foi alertado por advogados: seria mais fácil para o relator provar que é um homem honrado do que convencer qualquer juiz da pertinência da acusação
A retirada da sandice que julgava suficientemente grave para garantir o impeachment transformou o senador alagoano no disseminador da mais desprezível fake news registrada desde o começo da pandemia.

Ansioso por safar-se da desmoralização, Renan piorou as coisas. Colocou na cabeça — e no relatório — que Bolsonaro deveria pelo menos ser punido por “epidemia com resultado de morte”. O Código Penal informa que só se enquadra nesse crime quem causa um surto de bom tamanho “mediante a propagação de germes patogênicos”. Teria Bolsonaro capturado num laboratório chinês um bando de vírus responsáveis pelo maior desastre sanitário dos últimos 100 anos, e saído pelo mundo contaminando amigos e inimigos?

Ouça o conselho amparado nas conclusões da CPI da CPI, senador: agora sossegue. Melhor curtir enquanto é tempo a liberdade inexplicável. E leve junto Omar Aziz. Os dois, como o resto da turma, devem desculpas aos homens e mulheres agredidos e afrontados numa CPI que, como constatou J.R. Guzzo, nunca se dispôs a apurar com honestidade erros eventualmente ocorridos no combate à pandemia. O G7 não investigou coisa alguma. O que fez foi ocultar crimes.  
Comportou-se nos interrogatórios como uma delegacia policial de ditadura; ofendeu, perseguiu e pisoteou os direitos das testemunhas como cidadãos e como seres humanos. 
A seita dos insolentes e a tropa de choque arrogante só acusaram, como se os interrogados fossem criminosos comprovados e já estivessem condenados antes que pudessem abrir a boca. 
A CPI da CPI concluiu que, ao fim dos interrogatórios, os inquisidores é que deveriam ouvir dos depoentes a merecidíssima voz de prisão.

Leia também “A insolência dos farsantes”

 Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste 

 

quarta-feira, 3 de março de 2021

"O Estado não consegue tudo sozinho"

Alexandre Garcia

"Na segurança, somos agentes e pacientes; na saúde, apenas tutelados pelo Estado"

O artigo 144 da Constituição estabelece que segurança pública, sendo dever do Estado, é direito e responsabilidade de todos. Por sua vez, o artigo 196 diz que “saúde é direito de todos e dever do Estado”. Ou seja, a Constituição nos dá responsabilidade pela segurança, mas não pela saúde. Na segurança, somos agentes e pacientes; na saúde, apenas tutelados pelo Estado. Delfim Netto, no curso da Constituinte, me disse, ironizando, que, quando tivesse diarreia, ia responsabilizar o Estado. É o que se está vendo nesta pandemia.
 
Para garantir nossa segurança, de nossa família e de nossa propriedade, usamos tranca, cadeado, alarme, câmera, armas de defesa — o Estado não está sozinho no seu dever. Mas, para garantir nossa saúde, a Lei Maior deixa o Estado como único responsável. 
Não será essa a explicação para as aglomerações em festas, bares, praias, eventos? 
Fica o Estado responsável único pela prevenção e tratamento da covid, pois assim diz a Constituição.
Boa saúde significa resistir a doenças com alimentação saudável, preparo físico, exposição ao Sol e ar puro, higiene corporal, cabeça boa — é a nossa parte. O Estado não consegue tudo sozinho. Agora mesmo, tive um caso que deve explicar por que tanta gente é hospitalizada e vai para a UTI. 
Uma auxiliar minha, trabalhando a distância, levou cinco dias para procurar o posto de saúde, com todos os sintomas da covid. 
O médico fez o teste e a mandou para casa para esperar o resultado.  
Nesse quinto dia, ao sabermos, providenciamos a medicação conhecida.  
Ao terceiro dia de tratamento, ela já estava quase sem sintomas e recuperando o olfato e o gosto. 
E só sete dias depois do teste é que saiu o resultado. Positivo.
 
Dependendo só do Estado, ela esperaria 12 dias, talvez com o pulmão já inflamado e em risco de vida. 
Fico imaginando quantos milhares de casos que se agravaram têm esse histórico. 
Quantos milhares são mandados para casa, já na fase 2, por falta de leito, sem a necessária medicação oral de corticoide e antibiótico, para cuidar dos pulmões. 
O triste é que boa parte da população não tem meios de libertar sua saúde quando a tutela falha.
 
Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Positivo para Covid-19, Kalil recebe alta e defende hidroxicloroquina

O medicamento foi um dos utilizados durante o tratamento do cardiologista do Hospital Sírio-Libanês. Ele recebeu alta nesta quarta-feira (8/4) 

O cardiologista do Hospital Sírio-Libanês Roberto Kalil Filho recebeu alta, na manhã desta quarta-feira (8/4), após ficar 10 dias internado com o Covid-19. “Estou chegando em casa, vou almoçar e descansar um pouco”, confirmou ao Correio.

Ele foi submetido a tratamento com hidroxicloroquina e, em entrevista ao Jornal da manhã, da Rádio Jovem Pan, defendeu o uso da medicação nos pacientes com a doença, desde que seja uma opção médica debatida com cautela. “Sempre quando é proposto um tratamento, isso é discutido entre médico e paciente. Quando me propuseram o uso de hidroxicloroquina, óbvio que aceitei", afirmou.

“Tudo que eu não quero, pela ética médica, é influenciar outros tratamentos. Se estou falando para milhares de pessoas, muitas vão querer, inadvertidamente, usar cloroquina. Isso é uma responsabilidade muito grande”, ponderou. Kalil disse, ainda, que o uso da hidroxicloroquina foi apenas um dos medicamentos que contribuiu para a recuperação. Foram propostos corticoide, antibiótico, anticoagulante e oxigenoterapia pelos médicos. 

O uso da cloroquina e da hidroxicloroquina vem sendo defendido publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro como tratamento para a Covid-19 e alternativa para justificar a flexibilização de medidas de contenção social. A substância está sendo usada de maneira controlada para tratar pacientes infectados pelo novo vírus, mas, segundo o Ministério da Saúde, por enquanto  “como uma alternativa terapêutica”. 

Para o cardiologista, as alternativas que minimizem os danos à população e que possam evitar mortes devem ser consideradas. “Embora todos saibam que não há grandes estudos comprovando o benefício, uma situação em paciente mais grave, acho que tem que ser ponderado sim”. 

Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA


"Coronavírus já tem partido e ideologia aqui no Brasil" - Alexandre Garcia

O mundo inteiro está combinando esse remédio contra a malária com antibiótico ou antiviral, mas aqui não pode, opõem-se os que têm o caos como alvo


Se você é contra Bolsonaro, não precisa ser contra a cloroquina

O coronavírus, que nem brasileiro é, já tem partido e ideologia aqui no Brasil. Como partido, por ser estrangeiro, é inconstitucional e não pode, por exemplo, ter atividade política com intenções de reeleger ou derrubar presidente nem pode, pela lei eleitoral, ter candidatos a prefeito, governador ou presidente da República. Esse estrangeiro oportunista, no entanto, está fazendo política e conseguindo matar brasileiros, empresas, empregos e renda.
Será que não percebemos que a politização e a ideologização do vírus são o que nos torna reféns desse perigo para a nossa saúde física, mental e financeira? 
E que o bate-boca ideológico só agrava a situação?  

Enquanto nos mandam cobrir nosso nariz e boca com máscara, na verdade quem se mascara para não ser reconhecido na sua personalidade política e ideológica é o corona. Superando a perplexidade do pânico que imobiliza o pensamento e a ingenuidade passiva de massa-de-manobra, é tempo de perceber que não se pode permitir que esse estrangeiro seja usado na disputa do poder. Politizar o vírus é potencializar seu poder de destruição. A manipulação a que temos sido submetidos por razões políticas é o velho truque de tirar vantagem no caos. E quem tem o caos como meta pouco está ligando para a sobrevivência dos brasileiros.

Veja uma questão óbvia. Descobriu-se que um velho conhecido remédio contra a malária é capaz de combater com êxito a Covid-19, desde que aplicado logo nos primeiros sintomas, sem sequer esperar o resultado do exame. A contraindicação é mínima, que o diga a ex-senadora Marina Silva, 62 anos, que já passou por cinco malárias. Em São Paulo, em alguns hospitais, a aplicação da hidroxicloroquina com azitromicina tem salvado vidas e recuperado rapidamente os doentes. Mas há resistências políticas, pois poderia significar uma vitória sobre o vírus e um antídoto contra o caos. O mundo inteiro está combinando esse remédio contra a malária com antibiótico ou antiviral, mas aqui não pode, opõem-se os que têm o caos como alvo. [para os que defendem o caos como uma consequência aceitável para tentar derrubar o presidente Bolsonaro, pouco importa que morram muitos brasileiros.
São pessoas que não aceitaram a vitória do presidente Bolsonaro, por quase 60.000.000 de votos - eles aguardam um terceiro turno que não existe.
E o desespero,  que acaba com os limites da ética e da decência, domina os inimigos do presidente Bolsonaro - também inimigos do Brasil - quando pensam na possibilidade de sanada a pandemia, a economia reiniciando o processo de crescimento - bruscamente sustado, em todo o mundo, pela Covid - 19, Bolsonaro ser reeleito em 2022 eles se tornam disposto a tudo. E esse tudo inclui a morte de inocentes.
Tem pacientes com Covid - 19 em fase terminal, nada restando a não ser aguardar a morte, exceto se houver uma intervenção de DEUS. Pacientes em tais condições são eleitos, até mesmo por questões humanitárias, para tratamento experimental com as drogas tão criticadas.]

Já se sabe que o vírus perde força no calor e num corpo jovem e saudável. 
O nosso país tropical tem 80% de brasileiros abaixo dos 50 anos. 
São quase 170 milhões de pessoas. 
Tirando dessa faixa doentes e primeira infância, ainda temos uma população de mais de 140 milhões que está sendo paralisada. Protegendo os de saúde debilitada, poderíamos segurar as duas pontas da crise: a doença e o despencar da renda. Em ambas, estão vidas. 
Mas se associaram ao corona, os subvírus da política, do ódio, da vingança, do egoísmo, da vaidade. Se nos isolássemos disso, cedendo espaço à razão, ao método, à união, amanhã estaríamos mais fortes.

Alexandre Garcia, jornalista - Correio Braziliense