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terça-feira, 23 de agosto de 2022

Thaméa Danelon critica ação contra empresários autorizada por Moraes

'Pessoas que não têm foro privilegiado perante o STF têm de ser investigadas e processadas na primeira instância', observou 

A procuradora Thaméa Danelon criticou a ação da Polícia Federal (PF) contra empresários pró-governo nesta terça-feira, 23, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo se tornou alvo da Justiça depois de vazadas mensagens com suposto teor golpista. “Pessoas que não têm foro privilegiado perante o STF têm de ser investigadas e processadas na primeira instância”, explicou Thaméa Danelon. “Alguém que não tem foro no STF poderá ser processada perante a Corte, desde que comprovado seu envolvimento em crime praticado por indivíduo sem foro.”

A procuradora lembrou que o artigo 102 da Constituição estabelece quem tem foro privilegiado na sociedade: presidente da República e vice-presidente, parlamentares, ministros de Estado, Ministério Público Federal, membros do STF e do Superior Tribunal de Justiça, ou seja, os empresários estariam fora. [pergunta motivada pela postagem do ilustre articulista Sérgio Alves de Oliveira: e os ministros do TSE, os que não são ministros do STF, que não é um "tribunal superior", possuem, ou não foro privilegiado?E ops do TST?do ST


Eis os alvos da ação: Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu).

Além das buscas nos endereços ligados aos empresários, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a Polícia Federal a ouvir os investigados. O ministro do STF também determinou o bloqueio das contas bancárias dos envolvidos, o bloqueio de contas nas redes sociais e a quebra de sigilo bancário.

Leia também: “O custo da ineficiência”, reportagem publicada na Edição 126 da Revista Oeste

 


segunda-feira, 4 de julho de 2022

O ['Deslize'] vacilo em foto de Lula que virou munição do bolsonarismo contra o PT

Campanha admite erro técnico na foto de ex-presidente em Salvador na qual há pessoas duplicadas [fraude agora se chama, na quadrilha petista, de 'erro técnico'; denunciamos por ser nosso DEVER alertar que o descondenado Luladrão, que sempre foi mentiroso e também ladrão, continua mentindo empenhado em voltar à cena do crime para continuar roubando o Brasil.]  

Uma foto publicada pela assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a caminhada que fez em Salvador, na Bahia, no último sábado, 2, vem sendo utilizada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) para acusar a campanha petista de fraude.

Isso porque a foto, que à primeira vista parece mostrar uma rua lotada, conta com algumas pessoas duplicadas. Foi o suficiente para a acusação de que o PT estaria fazendo montagens para exagerar no apoio popular que Lula recebe nas ruas.[é a conclusão que se chega quando se percebe (foto em O Globo, jornal lulista, comprova ao apontar exemplos.) muitas pessoas duplicadas - ou saíram espalhando gêmeos idênticos ao acaso. Lula e o perda total foram, continuam sendo e sempre serão fraudes.]

O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das Lojas Havan, compartilhou no domingo, 3, um vídeo no qual um homem que se diz especialista em fotografia aponta erros técnicos que comprovam que a foto não é o que parece.

Os mesmos erros foram reforçados pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também no sábado. Se fazem isso publicamente para enganar a população de que tem apoio popular, imagina o que não fazem longe das câmeras?”, questionou o parlamentar no seu Twitter.

Outro militante da direita bolsonarista, o influenciador bolsonarista Kim Paim criticou até o fato de a TV Globo ter noticiado que a foto de Lula continha pessoas duplicadas, o que ele chamou de “cortina de fumaça”. Vocês acham que a Globo está criticando a foto manipulada do PT à toa (sic)? Isso é uma cortina de fumaça para as pessoas começarem a criticar o PT pela foto e esquecer o escândalo do PCC, argumentou ele, fazendo referência à delação do publicitário Marcos Valério.

O autor da foto, Ricardo Stuckert, que há anos é o fotógrafo oficial de Lula, explicou ao Portal G1 que fez nove fotos com um drone para montar a imagem panorâmica de 180 graus e, como as pessoas estavam se mexendo, algumas apareceram duplicadas. “Foi uma sobreposição”, disse o fotógrafo petista.  “Tem a outra foto que não é panorâmica, que é uma foto só, no mesmo ângulo, na mesma hora. Se fosse pra falar que tem Photoshop ou qualquer coisa, tem o vídeo que é também na mesma hora onde o drone estava. Não tem absolutamente nada de Photoshop”, se defende ele. [Pessoal, se vocês acreditarem no fotografo oficial do descondenado, lembramos que no inicio de dezembro devem escrever para Papai Noel pedindo presentes.]

Blog Maquiavel - Revista VEJA


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Show de infâmias - Revista Oeste

O empresário Luciano Hang e o senador Omar Aziz, durante sessão da CPI da Covid | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O empresário Luciano Hang e o senador Omar Aziz, durante sessão da CPI da Covid | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

10 horas — Propaganda gratuita
Tão logo lhe foi dada a palavra para suas considerações iniciais, Luciano Hang sacou da manga uma cartada genial: pediu que fosse exibido um vídeo curto sobre a história de sua empresa, mas cujo conteúdo os senadores não imaginavam que se tratava de publicidade explícita da marca
A CPI promoveu a Havan em rede nacional e o circo pegou fogo.  
Houve alvoroço, e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), só conseguiu falar meia hora depois. Diante dele, sentou-se Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho mais velho do presidente, seu desafeto declarado, que já o xingou de “vagabundo” ao vivo na TV Senado.

11 horas — Suas Excelências

Hang irritou os congressistas logo nas primeiras falas por chamá-los pelo nome, dispensando a soberba forma de tratamento que lhes enche os olhos: Vossa Excelência. Os petistas Rogério Carvalho (SE) e Humberto Costa (PE) não suportaram ver o empresário tratar o presidente da comissão de inquérito simplesmente por… Omar.
— Omar, não! É senador! — esbravejou Carvalho.
— Vossa Excelência! — gritou Humberto Costa.
Marcos Rogério (DEM-RO), de longe uma das poucas vozes sensatas naquele picadeiro, aplacou os ânimos em tom de ironia:
— É melhor chamá-los de Excelência. Isso incomoda muito…[o petista Costa prefere ser chamado de 'drácula', codinome que ganhou na 'operação sanguessuga', quando era especialista em bancos de sangue - que apesar da importância para a vida o sangue foi alvo da corrupção petista.]
 
12 horas — Dá-lhe campainha!
Foi por volta do meio-dia que a CPI mais uma vez quase terminou em cenas de pugilato. Muito exaltado, com as mãos trêmulas envergando o microfone, Rogério Carvalho cobrou a expulsão do advogado de Hang e reclamou que o depoente o provocava com gestos para manter a calma.

O senador precisa de uma água — cutucou Flávio Bolsonaro.

Não é exagero afirmar que uma das coisas que tiraram Omar Aziz (PSD-AM) do sério foi o figurino do dono da Havan, contra quem fez questão de usar o rótulo da moda cunhado pela imprensa tradicional: “negacionista”.

— Esse patriotismo é da boca para fora; o senhor se vestia com outras roupas! Depois, como o senhor preencheu o seu ego, passou a se vestir de verde e amarelo — afirmou, enquanto exibia fotos antigas de Hang trajando uma tradicional camisa xadrez.

Mais uma vez, coube a Marcos Rogério perguntar o óbvio: “Afinal, o que a roupa do depoente tem a ver com a covid?”

Com o ego inflado, ele passou a defender o tratamento precoce! — respondeu Aziz.
Ninguém entendeu nada.
 
Hang colocou um ponto final no assunto:
— Tem gente que gosta de vermelho, não? Eu não uso nem cueca vermelha. É uma opção.

13 horas — CPI do Fim do Mundo
Para levar o empresário à CPI, o chamado G7 chefiado por Renan, que tem a maioria dos votos, argumentou que investiga a suspeita de financiamento de fake news durante a pandemia.  
Preparou uma verdadeira videoteca, exibida com intervalos para apontar supostos crimes cometidos em lives nas redes sociais. 
Acusou o depoente de comprar medicamentos (cujos nomes passaram a ser proibidos pela patrulha da covid) para tratamento precoce. 
No limite da ética, exibiu o atestado de óbito da mãe de Hang, alegando que teria sido propositalmente adulterado para camuflar o contágio pelo coronavírus — o que ele nega veementemente e afirma ter sido um erro (depois corrigido) do plantonista da Prevent Senior. 
Como a rede de hospitais está na linha de tiro da comissão, até que esse poderia ter sido o foco dos principais questionamentos. Mas não.
A dupla Aziz e Renan teve tempo para usar suas picardias e tentar avançar sobre as finanças da Havan. O primeiro queria saber se a empresa, que tem mais de três décadas, fez operações de crédito com bancos públicos (BNDES, Banco do Brasil e Caixa), o que foi prontamente respondido pelo empresário. 
Ele confirmou que tomou financiamentos e disse, inclusive, ser cliente dos bancos. 
A Havan desembolsa R$ 100 milhões por mês só com o pagamento de salários dos 22 mil empregados.[aquela boiada do relator Calheiros, que em encrencas passadas era movimentada entrando e saindo das Alagoas, usou apenas três vaqueiros.]

 CPI da Pandemia ou do BNDES? A oposição fez uma devassa na vida de Luciano Hang para saber se ele pegou empréstimos do BNDES, tentando criminaliza-lo por uma ação empresarial legitima. Numa clara perseguição política, por causa de manifestações feitas em apoio a Bolsonaro. pic.twitter.com/jDnCCWQHXK

Já Renan Calheiros estava interessado em negócios com um tipo de moeda que o tradutor de libras da TV Senado teve dificuldades para decifrar (veja se consegue entender no vídeo abaixo).

— Nem sei o que é isso — respondeu Hang.

Virou piada nas redes sociais.

14 horas Exército de robôs bolsonaristas
Em dia inspirado, o senador Rogério Carvalho interrompeu o questionário do relator para fazer um comunicado urgente à nação. Segundo ele, a Polícia Legislativa deveria ser acionada, porque sua conta no Twitter e a de outros integrantes da CPI estavam sendo bombardeadas em massa pelo “gabinete do ódio” bolsonarista.— Claramente, houve um ataque sistemático de robôs às nossas redes, xingando, ofendendo e agredindo senadores da República! Uma ação orquestrada!

Nem Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que substituía Aziz naquele momento, levou o colega a sério e determinou:

— Prossiga, Renan.

15 horas Lista de chegada
Uma das estratégias mais manjadas em qualquer CPI é escalar um assessor para chegar o mais cedo possível à sala da sessão para garantir um lugar privilegiado na fila de inscritos. Quando a planilha é disponibilizada, o funcionário avisa o parlamentar pelo WhatsApp, que imediatamente segue até o local para registrar sua assinatura. Foi isso que o G7 fez na quarta-feira, numa jogada para que aliados do governo e até amigos de Hang, como o catarinense Jorginho Mello (PL), ficassem para o final. O cálculo é simples: dominar o “horário nobre” da sessão significa exposição intensa em emissoras de televisão e sites, e quem fica no rodapé da lista ainda corre o risco de não fazer suas perguntas por causa do início da Ordem do Dia — o regimento interno determina a suspensão das atividades para que os senadores votem no plenário.

Ao longo de sete horas, as notas taquigráficas da sessão registraram 15 vezes a expressão “tumulto no recinto”

A obsessão em seguir essa cartilha foi tamanha que Randolfe chegou a anunciar que não daria tempo para que todos fizessem suas perguntas duas horas antes do encerramento do depoimento, enquanto consultava o relógio insistentemente.

16 horas Recreio e resenha
Como é praxe, depois da artilharia contra os convocados, o G7 tradicionalmente deixa a sessão mais cedo — Aziz e Randolfe se revezam para apagar a luz. 
 Na antessala da CPI são servidos sanduíches com frios, frutas, suco, café  água, mas há também reuniões paralelas com quitutes regionais e almoço delivery
Em ambiente privado, são feitas as avaliações de desempenho e combinados discursos para as entrevistas no apelidado “cercadinho” para as coletivas de imprensa — às vezes feitas em conjunto. No cerrar das cortinas, os senadores que não integram o grupo usam os minutos restantes sem holofotes nem manchetes à espreita.
 
17 horas — Extras
Ao longo de sete horas, as notas taquigráficas da sessão registraram 15 vezes a expressão “tumulto no recinto”, usada pelos datilógrafos não só para descrever o clima de balbúrdia, como por não conseguir captar todas as falas simultâneas. O termo “campainha”, uma espécie de alarme quando já não há controle, aparece dez vezes — e “interrupção do som”, 14.

Foi um show de horrores. Mais difícil é pensar que essa CPI pode permanecer em cartaz até novembro.

Leia também “A insolência dos farsantes”

Silvio Navarro - Revista Oeste

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Relator Calheiros, "sua" comissão já é um circo.

[Circo Parlamentar de Inquérito = Covidão - A médica e o monstro - Guilherme Fiuza]

Renan Calheiros sobre Hang: "Estamos acostumados com esses bobos da corte" [relator Calheiros, lembre-se que exerce um cargo público e tem a OBRIGAÇÃO, o DEVER de respeitar as pessoas.

Se sua nomeação para a Comissão, assim como a do Aziz e do Rodrigues, foi um desrespeito, tal fato não autoriza o senhor ou quem quer que seja desrespeitar as pessoas.]

Relator de CPI rechaça que comissão possa virar um "circo" por intervenções do governo e do depoente bolsonarista. Senador afirma que dono da Havan tem envolvimento em fake news

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 afirmou em entrevista coletiva antes do início da oitiva desta quarta-feira (29/9) que o depoente do dia, Luciano Hang, era um “bobo da corte” e que esse tipo de personagem não é novidade na história do Brasil. A resposta de Renan Calheiros (MDB/AL) respondeu questionamentos dos jornalistas sobre possíveis tumultos causados pelo empresário bolsonarista e por membros da base governistas durante a comissão. “É um depoimento normal como qualquer outro. Ele vai ter que se adequar às regras da CPI. Esse tipo de personagem sempre existiu na história do Brasil. Não é incomum que exista hoje. É uma espécie de bobo da corte que vive da ‘xabuzisse’ eterna para prestar serviços ao poder e ganhar dinheiro”.


(crédito: Leopoldo Silva/Agência Senado)

O senador afirmou ainda que o dono das lojas Havan está envolvido na produção e patrocínio de fake news em meio à pandemia, como no tratamento precoce e ao colocar sob suspeita a eficácia de vacinas, bem como na compra de imunizantes para favorecimento próprio e da Precisa Medicamentos. “Ele tem envolvimento óbvio nas fake news, nos impulsionamentos, no patrocínio e incentivo à mentira. Ele tem envolvimento óbvio no gabinete paralelo como negacionista que é. Quando houve a oportunidade de ganhar dinheiro vendendo vacinas, ele se entregou a esse negócio ao lado do (empresário) Carlos Wizard e para beneficiar a Precisa”, acusou Renan.

O relator da CPI afirmou ainda que as investigações estão avançando e que, paralelamente às informações que o colegiado descobre, o relatório vai sendo escrito. [relator Calheiros, não esqueça de JUNTAR AS PROVAS ao relatório; relatório sem provas do que relata é narrativa.]

 Política - Correio Braziliense

 

sábado, 30 de maio de 2020

Poderes em guerra - IstoÉ

Conflito entre poderes ganha contornos dramáticos     

O Brasil está na iminência de um cataclismo político. A guerra entre os poderes da República intensificou-se nos últimos dias e ganhou contornos dramáticos. Aumentou o risco de uma ruptura institucional com consequências imprevisíveis. Está em andamento uma disputa sem tréguas entre o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF) para ver quem impõe sua lei e não há o mínimo sinal de conciliação. Diante das vontades ditatoriais do presidente Jair Bolsonaro de controlar a Polícia Federal para proteger os filhos e a si mesmo e de estimular fake news e campanhas difamatórias contra desafetos, há uma reação vigorosa do Judiciário, que tenta conter a ameaça despótica e manter a ordem. Mas o filho 03 do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), já declarou, em tom definitivo, que a ruptura democrática, cedo ou tarde, vai acontecer. “Não é mais uma opinião de se, mas de quando”, anunciou em live no canal Terça Livre, do blogueiro Allan dos Santos.

O que tocou fundo na família presidencial e nas hostes bolsonaristas, que começam a sugerir um autogolpe de Estado, foi a deflagração de uma operação da Polícia Federal, na quarta-feira 27, ordenada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das fake news, que, desde março de 2019, investiga ataques orquestrados contra membros do tribunal. A iniciativa de Moraes motivou 29 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal e atingiu 18 aliados do presidente, empresários e políticos, entre eles o próprio Allan dos Santos, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, o deputado Douglas Garcia (PSL) e a ativista de direita Sara Winter, que ameaçou o ministro de agressão. “O senhor me aguarde, Alexandre de Moraes, o senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor. A gente vai infernizar sua vida”, afirmou. Moraes já pediu à Procuradoria Geral da República (PGR) que tome providências sobre as ameaças de Sara.

A reação de Bolsonaro ao saber da deflagração da operação contra seus apoiadores foi descrita como “colérica”. Para o presidente, Moraes agiu com o objetivo de atingir o seu governo e o filho 02, o vereador Carlos (Republicanos-RJ). Tanto Carlos quanto Eduardo têm seus nomes atrelados à investigação das fake news. Bolsonaro também tratou a decisão de Moraes como um ataque à democracia. “Ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos, por exercerem seu direito à liberdade de expressão, é um sinal que algo de muito grave está acontecendo com    nossa democracia”, afirmou pelas redes sociais. Embora o presidente reivindique a liberdade de expressão, o inquérito que motivou a operação não tem nada a ver com isso, mas com ameaças pela internet e distribuição de notícias falsas. Além disso, Bolsonaro quer fazer crer que a democracia claudica, para “salvá-la”.   

“As coisas têm limite. Ontem foi o último dia e peço a Deus que ilumine as poucas pessoas que ousam se julgar mais poderosas que outros que se coloquem no seu devido lugar, que respeitamos”, disse Bolsonaro em um pronunciamento em frente ao Palácio do Alvorada, um dia depois da operação da PF. “E dizer mais: não podemos falar em democracia sem judiciário independente, legislativo independente para que possam tomar decisões. Não monocraticamente, mas de modo que seja ouvido o colegiado. Acabou, porra”. O ministro Luiz Fux, que assumiu o comando do STF durante o afastamento de Dias Toffoli, internado com suspeita de Covid-19, disse que a corte continua vigilante contra qualquer forma de agressão. Declarou também que ofender a instituição representa “notório desprezo pela democracia” e saiu em defesa do ministro Celso de Mello, decano do tribunal, a quem chamou de “líder incansável desta Corte na concretização de tantos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros”.

Crise sem precedentes
Os problemas entre o governo e o STF subiram de tom, justamente, na sexta-feira 22, com a liberação integral do vídeo da reunião ministerial que levou à demissão do ex-ministro Sérgio Moro, por Celso de Mello. O conteúdo do vídeo escancarou algumas das piores intenções do governo e abriu uma crise sem precedentes. Confirmou as denúncias de Moro de que Bolsonaro pretende interferir na PF e expôs alguns ministros, como Abraham Weintraub, da Educação. Weintraub chamou os membros do STF de “vagabundos” e disse que deveriam ir para a cadeia. Na sua decisão, Mello comparou o esforço de Bolsonaro para esconder fatos que colocariam sob suspeita sua eleição em 2018, com o do presidente americano Richard Nixon para evitar um escândalo político e a própria renúncia no chamado caso Watergate. O fato que o presidente escondeu foi uma investigação da PF do caso das “rachadinhas”, que atinge seu filho 01, o senador Flávio (Republicanos-RJ) e seu assessor Fabrício Queiroz. Mello se referiu ao Watergate como precedente jurídico para acabar com o sigilo do vídeo da reunião ministerial. “Aquela alta Corte (dos EUA) acentuou que o chefe de Estado não está acima da autoridade das leis da República”, disse Mello. Sua decisão “deixou assentado que o presidente não pode proteger-se contra a produção de processo criminal com fundamento na doutrina do privilégio executivo”.

  Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA
         

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Juiz nega pedido para proibir faixa que chama Lula de ‘cachaceiro’ - VEJA



Por Ricardo Helcias

Magistrado considerou que veto seria 'censura prévia' e que Luciano Hang pode responder por dano moral posteriormente caso seja comprovado 'excess

A Justiça de Santa Catarina negou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que faixas patrocinadas pelo empresário Luciano Hang ofendendo o petista fossem proibidas de circular em aviões nas praias do estado. Uma delas chama Lula de “cachaceiro”. Hang é dono das lojas Havan e apoiador de Jair Bolsonaro.

Na decisão, o juiz Fernando Machado Carboni, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, afirma que o ex-presidente “é uma pessoa pública e está sujeito a críticas por parte da população”. O magistrado acrescenta que, caso seja comprovado algum excesso por parte do empresário, ele pode responder por dano moral posteriormente. “O que não se pode é realizar uma censura prévia”, conclui.

A ação petista acusa Hang de calúnia e difamação contra o petista. O EMPRESÁRIO patrocinou o voo de aviões nas praias de Santa Catarina, carregando faixas com frases dirigidas ao ex-presidente. No dia 28 de dezembro, o empresário publicou um vídeo no Twitter que mostra uma aeronave puxando a faixa “Lula cachaceiro devolve o meu dinheiro”.

No dia 1º de dezembro, Hang anunciou no Twitter que bancaria as “mensagens patriotas” pelo litoral catarinense, e pediu sugestões de frases como “Lula na cadeia, eu com pé na areia” e “Lula enjaulado é Brasil acordado”.

VEJA -  Política