Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador matança. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador matança. Mostrar todas as postagens

domingo, 7 de janeiro de 2024

Com milhares de mortos [ mais de 22 mil palestinos = a matança continua ] sepultamentos dignos são 'privilégio' em Gaza

Durante quatro dias, o corpo de Kareem Sabawi, de 10 anos, ficou enrolado em um cobertor num apartamento frio e vazio na Faixa de Gaza. Nesse período, e em meio ao intenso conflito no enclave, sua família se abrigou nas proximidades. 
Kareem morreu, contam seus pais, em um bombardeio israelense, e nos dias que se seguiram era especialmente perigoso sair às ruas. Sem conseguir oferecer um enterro digno ao filho, eles sepultaram o corpo do menino debaixo de um pé de goiabeira, no prédio vizinho. Morrer dignamente em Gaza havia se tornado um privilégio.
Quando Kareem morreu, a família ligou para o Crescente Vermelho da Palestina em busca de ajuda. Mas a invasão terrestre de Israel no norte da Faixa de Gaza acabara de começar
As ruas estavam bloqueadas por tanques e esvaziadas pelos tiros, impedindo os socorristas de ajudar famílias como a de Kareem a cuidar dos muitos mortos pelos bombardeios aéreos. 
Todos os dias, o pai do menino, Hazem Sabawi, sofria um duplo tormento: a imensa dor da perda e a incapacidade de proporcionar ao filho a dignidade de um enterro adequado. — Depois do quarto dia, disse que ou eu seria enterrado com ele, ou não o enterraria mais de jeito nenhum — disse ele, antes de detalhar como acabou decidindo colocar o corpo de Kareem debaixo de uma goiabeira, atrás do prédio de um vizinho. — Todo ser humano tem o direito de ser sepultado.
Não tem sido assim em Gaza. Já se passaram treze semanas desde que a guerra começou, após o ataque a Israel pelo Hamas, que matou cerca de 1,2 mil pessoas, segundo autoridades israelenses. Desde então, os que vivem no enclave têm sido forçados a enterrar seus mortos às pressas, sem cerimônia ou extrema-unção, para não arriscarem o mesmo destino dos entes queridos. 
Ao todo, mais de 22 mil palestinos foram mortos por Israel desde 7 de outubro, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

O conflito transformou Gaza em umcemitério para milhares de crianças”, de acordo com as Nações Unidas. Mohammad Abu Moussa, radiologista do Hospital al-Nasr, no sul de Gaza, disse que “a situação chegou ao ponto em que dizemos que sortudos são aqueles que têm alguém para (e os conseguem) enterrar quando morrem”.

Tradicionalmente, os palestinos honram seus mortos com cortejos fúnebres públicos de luto. Tendas são erguidas nas ruas por três dias para receber os que desejam prestar condolências. Mas o que a guerra enterrou foram os costumes. Muitos mortos são agora deixados em valas comuns, nos pátios de hospitais ou, como Kareem, em jardins de quintal, muitas vezes sem lápides, com nomes rabiscados em mortalhas brancas ou em sacos para cadáveres. As orações — quando feitas — são realizadas rapidamente, em hospitais ou fora dos necrotérios.

Nebal Farsakh, porta-voz do Crescente Vermelho Palestino, disse que a violência impossibilita as equipes de resgate de chegarem aos locais dos ataques para recuperar os corpos. Algumas famílias ficam trancadas dentro de suas casas durante dias com os cadáveres de seus entes queridos, disse ela. Autoridades de saúde de Gaza estimam que cerca de 7 mil pessoas seguem desaparecidas no enclave, a maioria presumivelmente morta devido à enorme destruição causada pelos ataques israelenses. Em algumas residências, as pessoas pintaram com spray os nomes daqueles que estariam enterrados sob os escombros.

Corpos inchados e em decomposição
Quase dois milhões de civis foram deslocados e fizeram perigosas caminhadas a pé até o sul da Faixa de Gaza — encontrando pelo caminho forças israelenses com armas apontadas em sua direção. 
Dezenas de corpos, inchados e em decomposição, foram vistos pelos palestinos. 
Eles contaram ao New York Times que os soldados israelenses não lhes permitiriam sequer cobrir, muito menos enterrar, os mortos. Os militares disseram que agiram desta forma “por razões operacionais”, e também para determinar se entre os mortos estava algum refém israelense sequestrado pelo Hamas. 
 
No caso de Kareem, Sabawi conta que enterrá-lo era o mínimo que podia fazer por um filho que fora "incapaz de proteger".  
Ele e sua esposa disseram que um ataque aéreo israelense ocorreu perto de sua casa no início de novembro, quando a família preparava o almoço com a pouca farinha e alimentos que tinham. 
Sabawi foi atirado ao ar. Quando caiu no chão, a porta da cozinha tombou sobre ele. Ao se levantar, percebeu que a cabeça de Kareem estava sangrando.
Uma vala comum contendo 111 corpos foi trazida do norte de Gaza em novembro para um cemitério em Khan Younis — Foto: Yousef Masoud / The New York Times
Uma vala comum contendo 111 corpos foi trazida do norte de Gaza em novembro para um cemitério em Khan Younis — Foto: Yousef Masoud / The New York Times

Sabawi conta que o pegou no colo, apesar de seu braço estar ferido, e a família correu para o apartamento de um vizinho. Kareem ainda respirava. Seu pai, em pânico, administrava a reanimação cardiopulmonar. Mas era tarde demais. Os vizinhos acolheram a família e trouxeram um cobertor para envolver o corpo do menino. Ele esperou quatro dias, temendo que eles pudessem ser mortos por um ataque aéreo ou por um soldado israelense se saíssem para enterrá-lo.

Quando decidiu voltar à casa, Sabawi e um vizinho fizeram a proclamação da fé muçulmana antes de sair com o corpo do filho do apartamento. No jardim atrás do edifício, cavaram rapidamente uma cova rasa e nela depositaram Kareem, cobrindo-o com terra. Voltaram correndo para dentro. No dia seguinte, voltou correndo para colocar mais terra sobre a sepultura. Na goiabeira, pendurou uma lápide improvisada e colocou um tijolo no topo. E contou que, sempre que havia oportunidade, descia para colocar mais terra, esperando que o local “virasse uma cova de verdade”.

‘Não sei o que aconteceu com o corpo’
Ahmed Alhattab, pai de quatro filhos, disse que um foguete atingiu seu prédio na noite de 7 de novembro na cidade de Gaza. 
Lá dentro estavam 32 familiares, 19 deles crianças. 
A mídia palestina noticiou o ataque à época, estimando o número inicial de mortos em 10. 
Alhattab e três de seus filhos escaparam dos escombros, mas um deles, Yahya, de 7 anos, teve uma fratura no crânio e estava sangrando, relembrou. O pai carregou o menino ferido até encontrar uma ambulância.
 
Na manhã seguinte, disse, voltou com vizinhos e parentes, e eles desenterraram com as mãos quatro familiares mortos. 
Entre eles, seu sobrinho, com apenas 32 dias de vida
Eles os enterraram em uma única cova em um cemitério particular que pertencia a outra família. 
Era muito perigoso tentar chegar aos cemitérios públicos — alguns deles destruídos de qualquer forma pelas forças israelenses
O restante de sua família, 24 parentes, permaneceu sob os escombros.
Um funeral para crianças em Khan Younis — Foto: Samar Abu Elouf / The New York Times
Um funeral para crianças em Khan Younis — Foto: Samar Abu Elouf / The New York Times

No mesmo período, disseram a ele ser improvável que seu filho sobrevivesse. Enquanto os parentes se preparavam para fugir, contou, ele tomou a dolorosa decisão de deixar Yahya para trás e levar seus outros filhos para o sul, onde esperava que estivessem mais seguros. Quatro dias depois, ele ouviu de um amigo que o menino havia morrido no hospital, onde foi enterrado, ao lado de outros pacientes.— O enterro foi temporário. Não sei o que aconteceu com o corpo dele — disse Alhattab.

‘Ele queria enterrá-los’
Quando Fatima Alrayess, de 35 anos e que vive na Áustria, falou pela última vez com os dois irmãos mais novos, no dia 8 de novembro, eles disseram a ela que voltariam à casa da família. Muhammad, 31, e Muayid, 25, contaram que uma equipe da Defesa Civil estava a caminho do edifício de sete andares, que tinha sido derrubado por um ataque aéreo israelense três dias antes. 
Eles relataram que o ataque vitimou oito membros da família, incluindo seus pais.— Ele queria enterrá-los — disse ela sobre Muayid. 
 
Mas um cerco israelense a Gaza desde os primeiros dias da guerra levou à escassez de combustível, entre outros bens essenciais, dificultando o trabalho das equipes da Defesa. 
Naquele dia, elas recuperaram os corpos da mãe, do pai e de um sobrinho de 12 anos antes que escurecesse, soube Alrayess depois pelos irmãos. No dia seguinte, os corpos foram enterrados num cemitério. 
Os irmãos encontraram os socorristas na esperança de recuperar mais corpos. Duas irmãs ainda estavam desaparecidas.

Quando as equipes de resgate começaram a vasculhar os escombros, outro ataque aéreo israelense ocorreu, matando Muayid e Muhammad, bem como vários socorristas, conta Alrayess. As consequências imediatas do ataque foram captadas em vídeo por um fotógrafo local. Ele lamentou que os irmãos tivessem seguido seus pais na morte. — Meus pais foram enterrados à tarde — disse Alrayess. — Muayid e Muhammad foram enterrados naquela noite no mesmo cemitério.

Cinco membros da família permanecem sob os escombros.

Por

Em The New York Times — Gaza

 

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

A escolha de Tarcísio na batalha da Baixada Santista

Com a matança, a polícia paulista se aproxima do empate com as baixas que sofreu no ano passado na guerra com o crime organizado [na luta da Polícia contra o crime o ideal é que não haja nortes - os bandidos sejam presos vivos - mas, havendo mortes, o empate é inaceitável = o número de bandidos mortos tem que ser bem superior ao de policiais feridos ou mortos = os policiais são parte da sociedade que clama por segurança.]

 Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, acha que “não existe combate ao crime sem efeito colateral”. Foi como traduziu — e justificou — o banho de sangue na Baixada Santista.

São Paulo é o Estado com recorde de mortes de policiais civis e militares em situação de confronto: foram 7 vítimas em 2021 e 17 mortos no ano passado aumento de 148%, informa o recém-lançado anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Com a matança na Baixada Santista (14 mortos na contagem até à noite desta terça-feira), a polícia paulista se aproxima do empate com as baixas que sofreu no ano passado na guerra permanente contra facções do crime organizado.

A lógica do governador aplicada à situação permite outras leituras. Uma é a da licença para matar — a revanche da matança sempre é ilegal, mas eventualmente palatável à liderança em zonas “especiais” de combate, como no Haiti, por onde o governador passou quando servia como engenheiro ao Exército brasileiro na missão da ONU.

[ Nossa Opinião: o ilustre jornalista, certamente mais um da esquerda a favor de bandidos esquece que as mortes havidas esta semana na Baixa Santista e no Rio, alcançaram bandidos perigosos e bem armados.

CONFIRAM:  

 

Um fuzil, dos vários apreendidos pela polícia em poder de bandidos no litoral paulista

Fuzis apreendidos durante operação policial no Complexo da Penha nesta quarta-feira

 Alguns fuzis apreendidos pelo polícia do Rio na operação de hoje no Complexo da Penha

Alguma pessoa sensata, capaz de pensar,  acha que bandidos armados com tal poder de fogo, vão se render para policiais?]

Outra interpretação possível é a da incapacidade do comando de organizar, planejar e realizar a captura dos assassinos de policiais, acusá-los com as provas necessárias e obter a condenação em julgamento.  Quando acontece aumentam as chances de umefeito colateral” mais duradouro — a afirmação do Estado, no exercício do monopólio da força, como provedor de lei e ordem na proteção comunitária.

Dá trabalho, exige sangue frio da liderança da tropa armada, civil ou militar. Mas, como Tarcísio sabe, até pelo exemplo de alguns dos seus antecessores no Palácio dos Bandeirantes, essa é a rota mais longa e acidentada para se obter reconhecimento num eleitorado fatigado pela rotina de violência do crime organizado em confronto permanente com uma polícia desregrada.

Os efeitos colaterais no campo de batalha da Baixada Santista foram uma escolha do governador paulista. Na política, a força costuma suprir a escassez de inteligência.

José Casado, jornalista  - Coluna na Revista VEJA


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Todos erraram, mas as mancadas da OMS foram as piores - VEJA - Mundialista



Diante de um vírus totalmente novo, a reação natural de todos, cientistas e leigos, foi procurar parâmetros nas epidemias do passado.
Procedem daí muitos equívocos. Entre eles, a concepção de que “a ciência” tem uma única e uniforme posição sobre tudo – quando, na verdade, debates, discussões e contestações são seu terreno natural até que os pares cheguem a um consenso. Governantes procuraram amparo na “ciência”, usada como um habeas corpus preventivo. Se fizessem besteiras, poderiam alegar que haviam seguido conselheiros inatacáveis.
Os erros mais gritantes ficaram com diferentes modelagens matemáticas. 
Vendendo certezas e entregando incertezas, projetaram números assustadores, como 500 mil mortos no Reino Unido ou 165 mil no Brasil. Muitos se esqueceram de ler as letras pequenininhas, onde se faz a ressalva de que as projeções virariam realidade se nada fosse feito para conter o vírus. Governos e populações assistiriam inermes à matança. Inclusive não ocorreria a ninguém a ideia de isolar por conta própria. Inquéritos parlamentares e até processos na justiça ainda virão apurar o que foi erro justificado e o que não foi. Mas quem vai investigar os equívocos da Organização Mundial de Saúde?

Como um braço da ONU, ela construiu um histórico de credibilidade, especialmente em campanhas de vacinação e orientações para países sem recursos assolados por doenças transmissíveis. Tudo bancado pelos Estados Unidos, o maior contribuidor – 893 milhões de dólares para 2018 e 2019. Até que Donald Trump cortou a verba, em abril.
Em segundo lugar está a Fundação Bill e Melinda Gates, com 531 milhões de dólares. A China, segunda maior potência econômica, aspirando a ser a primeira, só aparece em décimo-quinto lugar, com 71 milhões.

Para uma organização voltada aos países pobres, pois os ricos não precisam dela, pareceu positiva a escolha de seu atual diretor, um biólogo professoral chamado Tedros Adhanom Ghebreyesus, de nome complicado e origem mais ainda. Tedros, como é chamado, nasceu no território etíope que depois viraria a independente Eritreia, É cristão, fez doutorado em saúde pública e foi ministro da Saúde da Etiópia. Para entender melhor suas atitudes, ajuda conhecer a enorme influência chinesa na Etiópia. De usinas hidrelétricas a shopping centers, praticamente tudo que está sendo construído num país arrasado pela guerra civil é com dinheiro da China. Não é possível sustentar se houve má fé ou simplesmente impotência no caso do maior erro da OMS, a demora em qualificar corretamente a doença originada em Wuhan.

Nos bastidores, integrantes da cúpula da organização internacional sabiam muito bem que a China só “entregou” o genoma, em 11 de janeiro, porque ele havia sido publicado num site especializado em epidemiologia.
(.....)
É claro que países podem tomar iniciativas individuais, como fez Trump ao proibir os voos procedentes da China no começo de abril. Sob críticas todo mundo já sabe de quem. Muitos países fariam o mesmo, mas os Estados Unidos foram especialmente condenados. Em compensação, adversários tradicionais da China foram os primeiros a criticar a OMS. 
Deveria se chamar de “Organização Chinesa de Saúde”, disse o vice-primeiro-ministro do Japão, Taro Aso.
Taiwan, a ilha de chineses anticomunistas que o regime chinês sabota como pode, disse que foi simplesmente excluída pela OMS. Seus alertas precoces sobre o vírus passaram em branco. “A falta de sorte teve um papel na pandemia de Covid-19, mas o comportamento criminalmente negligente e maléfico da China colocou o mundo numa posição em que coisas ruins têm maior probabilidade de acontecer”, escreveu o microbiólogo Alex Berezow, do Conselho Americano de Ciência e Saúde, uma ONG especializada no tema.

(.....)
Outros erros: a taxa de mortalidade, colocada pela OMS em 3,4% (o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos calcula – o números ainda não pode ser finais – que fique na casa de  0,25%) e a trapalhada sobre a transmissão por assintomáticos.
Como é a mais perigosa, presumindo-se que os sintomáticos não saem de casa, houve uma corrida para esclarecer a declaração da epidemiologista americana Maria Van Verkhove
“Eu não estava anunciando uma política da OMS ou coisa assim”, esclareceu a médica. “Estava respondendo uma pergunta numa entrevista coletiva”.
Deu para entender?

(.....)

Comum na África, por tradição e necessidade, além de regiões do Brasil,  e na Ásia, especialmente na China, onde são considerados um prato fino, os animais selvagens estão na origem dos vírus mais perigosos.  Aids, Ebola e o novo coronavírus estão na categoria. Não teria efeitos mais imediatos propor a proibição desse consumo, especialmente perigoso quando animais vivos se misturam aos domesticados, “facilitando” a ponte para os humanos? Estabelecer mecanismos de vigilância? Ter um instrumento de inspeção em cooperação com a China?
Que nada. A OMS quer a revolução ambiental. 

[O Brasil está entre os países do mundo que deu o maior crédito as decisões da OMS - foram consideradas supremas, verdadeiros dogmas.
corrigindo: o Brasil não - quem fala pelo Brasil em assuntos internacionais é o presidente da República, por si,  ou representado pelo Itamaraty - e sim a turma inimiga do Brasil, da liberdade e da democracia = inimigos do presidente Bolsonaro.
Capitaneados pelo ex-ministro da Saúde, palanqueiro = cada entrevista um comício e sem qualquer noção de ética ou disciplina = fizeram um verdadeiro linchamento virtual do presidente, que ousou pensar diferente da OMS.  Grande parte da mídia, já tinha um bordão, quando alguém ousava contestar um decreto da OMS "desrespeitando as recomendações da Organização Mundial de Saúde".
Antes da OMS cair no descrédito, três práticas se tornaram crimes hediondos
- realizar  qualquer ação que fosse contrária, ou interpretada, aos decretos da OMS; 
- EXPRESSAR qualquer opinião crítica ao Supremo; e, 
- apoiar o presidente Bolsonaro.
A primeira foi revogada, as demais ainda vigem.] 

Blog MundialistaVilma Gryzinski, jornalista - VEJA


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Marketing da matança deixa país sem rumo no combate ao crime

Cultura de execuções extrajudiciais vira política de segurança, mas não resolve violência

Ao entrar para a política, o ex-juiz Wilson Witzel (PSC) deve ter perdido o hábito de ler os autos antes de dar uma sentença. O governador se antecipou às investigações e declarou que a operação policial que matou 13 pessoas em favelas do Rio, há nove dias, foi “uma ação legítima para combater narcoterroristas”. [bandidos armados com fuzis ou mesmo pistolas, tem que ser considerados perigosos e receber da polícia o tratamento dado a terroristas = estes quando vão para o confronto é para matar ou morrer, as vezes a surpresa, a forma traiçoeira com que atuam,  em que o suicídio é previsto, garante que morram matando.
Os bandidos agem da mesma forma, só que em sua maioria pretendem sair vivos.

A polícia tem que matá-los para que se convençam que enfrentar a polícia = suicídio.
Agindo com o rigor necessário e que a lei permite, a polícia voltará a ser temida pelos narcotraficantes e outros marginais.] 

Não há necessidade de julgamento prévio, os policiais sabem (e os bandidos a proporção que mais e mais tombarem em confronto com a polícia passarão a saber) que a lei os autoriza a usar dos meios necessários para vencer o confronto.
Os bandidos aprenderão que só resta a eles diante da iminente  chega da polícia:
-a fuga;
- a rendição; ou 
- vala.

Eles tem três chances para escolherem e não dão uma sequer para os policiais, estes tem apenas que ter em conta que possuem o DEVER e o DIREITO de voltarem para suas casas, para os seus, são e salvos - custe o que custar.

Tem que acabar com esse costume de mortos em confronto polícia x bandidos; o desejável é ocorreu o embate sempre termine com bandidos vivos, algemados e policiais vivos e prontos para outros embates.
Qual dos dois finais, os bandidos sempre possuem o poder de opção.] 
 
Os parentes dos mortos admitem que eles estavam envolvidos com o tráfico de drogas. Dizem, porém, que eles haviam se rendido e foram executados. Nove deles foram mortos juntos, dentro de uma casa. [será que se renderam? ou apenas fingiam, esperando um descuido da polícia.
Bandido tem que aprender que viu policial, mãos para o alto, de joelhos, quieto e aguardando ordens dos policiais.
Como se percebe é fácil para um bandido, ainda que armado, permanecer vivo.
Pergunta boba: o que motiva os jornalistas a estarem sempre contra a polícia; para grande maioria deles, felizmente nem todos, o policial está sempre errado.] A polícia afirma que não houve ilegalidade, mas prometeu investigar o episódio. Witzel não quis nem fazer o teatro.

O governador só está interessado no marketing do sangue. Comemorou uma operação que não fez nem cócegas nas grandes facções e tentou explorar o caso para fazer propaganda do suposto “rigor” com que pretende agir contra o crime.  Se Witzel acha que essa é a saída para resolver o caos da violência pública e combater o domínio territorial dos traficantes, o Rio está lascado.  O palavrório do governador chancela uma cultura de execuções extrajudiciais até em situações em que não há confronto armado. O pacote de Sergio Moro, que amplia as hipóteses em que policiais podem atirar sem sofrer punição, é um incentivo adicional ao justiçamento.

No ano passado, o governador Camilo Santana (PT) desviou o olhar dos 14 mortos num tiroteio entre policiais e assaltantes de banco no interior do Ceará. “O fato é que eles estavam preparados para assaltar dois bancos e não conseguiram assaltar nenhum”, celebrou.  Acontece que seis pessoas eram reféns que haviam sido levados pelos oito bandidos. No início, Santana duvidou: “É estranho um refém de madrugada em um banco”. O governador levou três dias para pedir desculpas às famílias das vítimas.
Quem vê coloração partidária nas declarações de Witzel e Santana não percebe que a matança virou método de governo. Nenhum dos dois parece saber para onde está levando a segurança de seus estados. [os bandidos não conseguiram nada, só alguns mortos (seis eram bandidos), com isso vão começar a pensar que não é tão fácil assaltar bancos e que reféns não são garantia de fuga.

O bandido tem que ser levado a concluir que assaltar é atividade de alto risco também para o assaltante.
E vai aprender isso com mais facilidade, a partir do momento em que ver cada vez mais os que vão assaltar, morrem.]


Bruno Borghossian - Folha de S. Paulo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Detentos foram esquartejados e decapitados em briga de facções em presídio de Manaus

Guerra entre facções deixou 60 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim 

Os 60 detentos mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, foram executados logo nas primeiras horas do confronto entre facções na tarde de domingo. 

É o que avalia o juiz titular da Vara de Execução Penal do Tribunal Justiça do Amazonas (TJ-AM), Luís Carlos Valois, que acompanhou e comandou as negociações juntos aos presidiários ainda na noite de domingo. Valois que chegou ao local da rebelião por volta das 22 horas – horário Manaus – disse ter entrado em estado de choque com as imagens dos corpos esquartejados, empilhados, mutilados e decapitados. — Pilhas de corpos espalhadas pelos corredores, membros esquartejados nos cantos e muitas cabeças decapitadas no local. O chão estava lavado de sangue. Nunca vi nada igual na minha vida. aqueles corpos e o sangue ainda estão nítidos na minha cabeça. Ainda estou em choque — relatou.

[por respeito aos nossos  leitores publicamos uma única imagem da rebelião e ao final deste POST e enfatizamos que não deve ser vista por pessoas sensíveis.
Se trata de imagem forte, mas, que deve ser mostrada, embora sua visão não seja adequada a todos.] 

As imagens divulgadas extraoficialmente e que circulam pelas redes sociais mostram cenas de terror dentro do presídio. Pilhas de corpos em carrinhos e no pátio são as cenas mais comuns.  Valois caracteriza as 60 mortes como uma carnificina. Para ele, durante as negociações ficou claro que não se tratava de uma rebelião por melhorias no sistema prisional, mas de uma disputa entre grupos por poder. - — Quando cheguei lá os assassinatos já haviam acontecido. Já participei de várias rebeliões, negociando diretamente com os presos e sempre tem reivindicações para melhoria de alimentação, superlotação e celeridade no processo de julgamento. Mas dessa vez as reivindicações não tinham força. Parecia que eles estavam apenas usando essas argumentações para ganhar tempo. A matança já havia acontecido. Ficou clara a disputa de poder entre os grupos. Matar 60 pessoas não justifica qualquer reivindicação.

Para o juiz, o número de mortes podia ter sido maior. Na avaliação dele, a entrada do Grupo de Choque podia ter levado vidas de detentos do semiaberto que não participaram do motim. — Os presos do regime fechado invadiram o semiaberto e tomaram conta de todo o complexo. O número de mortos podia ter sido maior. Felizmente, houve uma negociação eficaz e conseguimos evitar a morte de detentos do regime semiaberto que não participavam da rebelião. Uma de nossas primeiras exigências foi que eles se retirassem desse complexo e retornassem para o regime fechado — contou.

O motim, segundo Valois, terminou por volta das 23 horas, mas os detentos acordaram em liberar a entrada da polícia só a partir das 7h desta segunda-feira.


ATENÇÃO - IMAGEM FORTE 

 

domingo, 1 de março de 2015

PT apoia matança de estudantes na Venezuela

Seguindo diretriz do Foro de São Paulo o PT - partido dos trambiqueiros, oficialmente, denominado 'partido dos trabalhadores' - apoia integralmente a matança de estudantes na Venezuela

VÍDEO: tanques disparando contra estudantes