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sábado, 15 de abril de 2023

Políticas semelhantes, cenários bem diferentes - Alon Feuerwerker

Análise Política

Toda tentativa de justificar política exterior com base em princípios tão bonitos quanto absolutos costuma terminar em impasse, quando não em comédia; ou tragédia.  
Pois os interesses frios sempre acabam prevalecendo, restando aos ideólogos dar aquela maquiada básica para salvar a face
Um exemplo recente é o conflito da Ucrânia.

Dois princípios nas relações internacionais são o direito à autodeterminação e o direito à integridade territorial. No conflito da hora, Kiev esgrime com o segundo, mas Moscou argumenta com o primeiro para as repúblicas do Donbass e as regiões sulistas do vizinho, Crimeia inclusive, que decidiram [autodeterminação.] se desligar.

Na dissolução e fragmentação da Iugoslávia, duas décadas atrás, os Estados Unidos e a OTAN invocaram o direito à autodeterminação, enquanto uma enfraquecida Rússia argumentava, imponentemente, em defesa da integridade territorial da Iugoslávia. No final, quem pôde mais chorou menos.

O observador razoavelmente atento notará que os EUA e a União Europeia retiraram dos arquivos o play-book da Guerra Fria 1.0 para conter a ascensão da China. Impor crescentes constrangimentos econômicos, deflagrar uma corrida armamentista e dar o golpe final por meio das tensões étnico-nacionais e do separatismo.

Entre as dificuldades na tentativa de repetir o roteiro, uma frequenta mais amiúde os pesadelos do Ocidente. Quando a URSS declinou e finalmente desapareceu, havia tempo que não era mais aliada da China, que na geopolítica estava até mais próxima dos EUA. Hoje, a ameaça existencial comum empurra chineses e russos a aliar-se estrategicamente.

Na economia e na esfera militar são nações que se complementam num encaixe quase perfeito.

Eis por que o Ocidente não pode nem pensar em conter a China, o objetivo central na Guerra Fria 2.0, sem atrair a Rússia para sua esfera de influência ou desmembrá-la, a exemplo do que foi feito com a URSS.
[não podemos olvidar, que a China conta agora com o apoio, que não pediu, nem precisa, do 'estadista' de todos os estadistas, ex-presidiário que preside o Brasil.]

Ou as duas coisas.

A Federação Russa permanece um dos poucos estados de fato plurinacionais no planeta, com potenciais tensões separatistas permanentes. Enquanto o Ocidente argumenta com o direito à integridade territorial da Ucrânia, usa a Ucrânia para desestabilizar a integridade territorial russa.

O que, aliás, somado à crescente simpatia ocidental pela tese de Taiwan independente e pelas pressões separatistas em Hong Kong e Xinjiang, ajuda a amalgamar a aliança entre Moscou e Beijing.

E o Brasil com isso? O cenário internacional para nós, também pelos motivos expostos, é incomparavelmente mais complexo do que quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Planalto pela primeira vez, em 2003.

Naqueles tempos, 1) os EUA tinham o foco na guerra ao terror; 2) uma enfraquecida Rússia estava saindo do catastrófico governo de Boris Ieltsin; e 3) ainda prevalecia a esperança ocidental de que o desenvolvimento econômico chinês, orientado ao mercado e à globalização, faria entrar em colapso o poder comunista.

Assim, Lula pôde implodir o projeto norte-americano da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) sem maior consequência, teve espaço para projetar poder econômico-financeiro regional e o Brasil ajudou alegremente a construir os Brics. Mas os ventos começaram a mudar lá pelo final da década, acelerados pela crise de 2008/09, e quem acabou pagando o pato da insatisfação de Washington com o expansionismo e o independentismo brasileiros foi Dilma Rousseff.

Os EUA estão crescentemente nervosos diante da ameaça de um ocaso em seu reinado de única superpotência. E bem quando a história parecia ter chegado ao fim, dando razão a Francis Fukuyama, e quando o breve século XX, na definição de Eric Hobsbawm, tinha ficado para trás.

Mas as duas teses balançam. Fukuyama e Hobsbawn estão em xeque. O século XXI está cada vez mais parecido com o anterior.  Como Lula vai descascar o abacaxi? Até agora, recorreu aos velhos truques, de eficácia comprovada. Foi a Washington e disse coisas agradáveis aos anfitriões, depois dirigiu-se a Beijing para falar coisas que fizeram bem aos ouvidos dos chineses. Nas duas viagens, procurou extrair o melhor da relação.
[será que qualquer das partes acreditou no que ouviu? sabem que são palavras proferidas por um mentiroso patológico - .vide Lula se jactando para Jaime Lerner de que  mentia.]

Não deixa de ser inteligente como aposta para não queimar pontes.

Só é preciso saber até quando isso será suficiente. Pois de vez em quando chega uma hora em que os princípios, como tratado no início deste texto, e as declarações genéricas de intenções não dão mais para o gasto.

E 2023 não é 2003. 

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político 

 


domingo, 7 de agosto de 2022

Crise com a China - Como a visita de Nancy Pelosi a Taiwan prejudicou interesses dos EUA e da Ucrânia - Gazeta do Povo

Vozes - Jogos de Guerra

A visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, enviou uma mensagem anti-imperialista à China. Porém, prejudicou interesses de Washington e de Kiev na guerra na Ucrânia. Isso porque o desafio à China tem potencial para aproximar diplomaticamente ainda mais Pequim e Moscou.

“Por ora, a China está avaliando e tem, sim, neutralidade. Eu serei honesto: essa neutralidade é melhor do que a China se juntar à Rússia.” A afirmação é do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ela chamou a atenção na quarta-feira (3) por destoar do usual tom combativo do líder da Ucrânia. Parece refletir a preocupação com as possíveis consequências do apoio de Pelosi a Taiwan.

A congressista americana Pelosi esteve na ilha de Taiwan nesta semana, entre terça (2) e quarta-feira. Ela se encontrou com a presidente Tsai Ing-wen em Taipei. A visita enfureceu o governo chinês, que entendeu a ação como uma ingerência americana em assuntos internos do país. O governo de Xi Jinping tem entre seus principais objetivos políticos retomar o controle sobre a ilha - que tem um governo democrático autônomo, mas não é reconhecida como independente pela maior parte da comunidade internacional.

Principalmente para dar uma resposta ao público interno, Pequim realizou exercícios militares próximo a Taiwan em uma escala sem precedentes. Ao menos um míssil teria cruzado a ilha e caído no mar. 
Os disparos afetaram ainda a área marítima da zona econômica exclusiva do Japão. 
Participaram das manobras militares ao menos cem aviões e dez navios de guerra.

Na Rússia, a visita de Pelosi a Taiwan foi classificada como uma “provocação” americana contra a China, segundo a porta-voz da chancelaria, Maria Zakharova. Ela afirmou que Moscou apoia o princípio de “uma China” e se opõe a qualquer forma de independência de Taiwan. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os russos expressam “solidariedade absoluta” com a China em relação à ação de Pelosi.

Em 4 de fevereiro, pouco antes do início da invasão russa à Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês, Xi Jinping, haviam anunciado durante a Olimpíada de Inverno de Pequim uma “parceria sem limites” - na qual declaravam apoio mútuo em relação às questões da Ucrânia e de Taiwan. Em uma declaração conjunta, os países discorreram, entre outros temas, sobre multipolaridade e redistribuição de poder no mundo.

A declaração foi interpretada por analistas ocidentais como uma espécie de pacto de não agressão, que teria potencial para levar a um realinhamento da ordem mundial - o que poderia gerar um novo tipo de Guerra Fria.  Após a invasão russa na Ucrânia, a China se disse neutra e evitou participar de movimentos diplomáticos arquitetados pelo Ocidente para condenar o ataque de Moscou nas Nações Unidas.

Mas, enquanto os Estados Unidos e seus aliados tentavam isolar a economia da Rússia por meio de sanções, os chineses aumentavam suas compras de energia russa. Um dos principais objetivos do Ocidente é diminuir a renda de Moscou com a exportação de petróleo para assim enfraquecer o país e diminuir sua capacidade de guerrear.

Em maio, as importações chinesas de petróleo russo subiram 55% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a rede britânica BBC. Por causa disso, a Rússia desbancou a Arábia Saudita como maior fornecedora de petróleo para a China. No mesmo mês, as exportações de produtos chineses para a Rússia cresceram 14% - fruto de substituições de importações ocidentais feitas pelo Kremlin.

Além disso, está sendo construído um novo gasoduto para ligar os dois países e assim aumentar em 10 bilhões de metros cúbicos por ano as exportações russas para os chineses. Ele deve ficar pronto em dois ou três anos. Um dos maiores temores dos ucranianos era que a China passasse a fornecer equipamentos militares para a Rússia. Porém, isso não tem ocorrido devido à pressão americana.

Da mesma forma, os Estados Unidos vêm intimidando empresas de tecnologia para evitar exportações para a Rússia. Segundo o departamento de comércio americano, as exportações globais de semicondutores para a Rússia caíram 90% desde o início da guerra. Eles são essenciais para a indústria armamentista russa, que depende de chips para fazer armas.

Por outro lado, não parece possível que Washington e seus aliados tenham capacidade de tentar punir Pequim com isolamento econômico. Alguns analistas dizem que a economia chinesa pode suplantar a americana na próxima década. Assim, a parceria entre Rússia e China parece ser, por ora, um “casamento de conveniência”, movido principalmente pelo antagonismo comum em relação aos Estados Unidos.

O que o Ocidente e Zelensky parecem tentar evitar é o aprofundamento dessa parceria. Por isso, o presidente ucraniano baixou o tom e tenta costurar um encontro com Xi Jinping. “A visita de Nancy Pelosi a Taiwan foi ruim para os interesses americanos na Ucrânia. Os Estados Unidos querem isolar a Rússia, mas acabaram dando motivo para os chineses se aproximarem mais dos russos”, disse o coronel da reserva Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, mestre em estudos de defesa e estratégia pela Universidade Nacional de Defesa da República Popular da China.

Não se sabe ao certo se a ação de Pelosi, parlamentar conhecida por seu ativismo em relação a Taiwan, foi fruto de sua iniciativa individual ou se foi uma ação orquestrada com o governo democrata de Joe Biden. A visita acabou sendo criticada por membros do Partido Democrata e elogiada por integrantes do Partido Republicano.

Além das manobras militares na região de Taiwan, a visita já está causando deterioração nas relações diplomáticas entre Pequim e Washington. Na sexta-feira (5), a China anunciou paralisações na cooperação entre os dois países nas áreas militar, de combate à mudança climática, imigração e esforços para controlar o tráfico de drogas global.

A possibilidade da China invadir Taiwan ou eventualmente entrar em guerra com os Estados Unidos é considerada remota por analistas. Para invadir a ilha, Pequim teria que fazer uma operação de desembarque anfíbio, considerada extremamente complexa e dispendiosa. Além disso, um ataque direto a cidadãos que partilham com a China as mesmas raízes poderia ser considerado fratricídio - e assim ter um forte impacto negativo na popularidade de Xi Jinping.

Mas não se sabe ainda até que ponto a deterioração das relações diplomáticas entre americanos e chineses gerará maior impacto na guerra da Ucrânia - ou se desencadeará maior suporte econômico chinês aos russos.

Últimas notícias do campo de batalha
Na última semana, a coluna Jogos de Guerra analisou as possíveis consequências políticas de uma contraofensiva ucraniana no sul do país. Ao longo dos últimos dias, combatentes ucranianos no campo de batalha disseram a este colunista ter recebido informações de que a Rússia está enviando entre 20 e 30 mil soldados para tentar conter o contra-ataque na região ocupada de Kherson. A Rússia confirmou o envio de reforços, mas não fornece números.

A troca de fogo de artilharia entre russos e ucranianos no território entre Mykolaiv e Kherson tem sido intensa. Esse é hoje o principal campo de batalha da guerra. Mas não surgiram notícias de avanços significativos da Ucrânia em direção a Kherson.

Em Zaporizhzhia, ucranianos vêm acusando a Rússia de usar a usina nuclear de Enerhodar como um escudo. Moscou teria posicionado diversas peças de artilharia entre os seis reatores nucleares e disparado contra regiões vizinhas defendidas pelo exército ucraniano. O exército de Kyiv não pode revidar para não causar uma catástrofe nuclear.

Na frente informacional, Rússia e Ucrânia debatem quem é o responsável por uma explosão no campo de prisioneiros de guerra de Yelenovka, em Donetsk. No dia 29 de julho, uma detonação matou 53 combatentes ucranianos que eram mantidos detidos no local e deixou dezenas de feridos. Eles eram integrantes do Batalhão Azov que haviam se rendido no cerco à cidade de Mariupol.

A Rússia acusou a Ucrânia de ter causado a explosão ao disparar um foguete Himars contra a prisão de forma acidental.

A Ucrânia diz que está investigando o caso, mas não há por ora processo investigatório independente.

Luis Kawaguti, colunista - Gazeta do Povo - Jogos de Guerra - Vozes


sexta-feira, 5 de agosto de 2022

A IDA DE PELOSI À TAIWAN E A REAÇÃO CHINESA "HISTÉRICA" - Sérgio Alves de Oliveira

O alvoroço feito pelo Governo e pelas Forças Armadas chinesas  em torno   da visita  da Presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos  à Taiwan, ou República da China, Nancy Pelosi, onde aterrissou  em 1º de agosto, mais parece reação de retardados mentais. De gente absolutamente desequilibrada.De gente  "sem noção". De autoridades "arrogantes" e "estúpidas".
 
Minha curiosidade se liga principalmente  ao que poderia estar pensando dessa história toda ,"lá no "fundo", o próprio povo chinês, não ligado à cúpula dos privilegiados do Partido Comunista Chinês, de mais  de  1 bilhão de pessoas, sobre essas ridículas e permanentes ameaças de Xi Jinping de invadir Taiwan militarmente, reclamada indevidamente  como "propriedade" chinesa, "remanescente",que ficou para "trás" da Revolução Comunista Chinesa,ou "Revolução Cultural",liderada por Mao Tsé Tung,em 1949. Será que o povo chinês não fica "envergonhado" dessas ridículas  ameaças do seu governo à Taiwan ? 
E ao seu Povo? Ou talvez "neutralizados" pela lavagem cerebral escravista recebida dos tiranos que os governam desde 1949? 
E agora por uma "coisa" pior do que foi Mao Tsé Tung,? 
O tirano  Xi Jinping? Por que Mao não insistiu na absorção de Taiwan, deixando a Ilha livre, e Xi o faz agora?
 
Talvez dê para entender essa reação exacerbada chinesa contra os Estados Unidos, pela "inconveniente" visita de Pelosi a Taiwan,porque uma ditadura, como a chinesa, jamais iria compreender o sentido da tripartição dos poderes constitucionais no mundo livre,e que o Poder Legislativo dos Estados Unidos,no caso representado  pela Presidente da Câmara,tem absoluta autonomia em relação aos outros Poderes,e por essa razão   a "Casa Branca" não poderia interferir  na decisão e ida  de Pelosi à Taiwan.[Comentário único: aquela senhora não tem entre suas atribuições conduzir a política externa dos Estados Unidos; o 'idoso' pretendia ir, foi alertado pela China e desistiu; mandou sua cúmplice ir em seu lugar, alegando não poder impedi-la de exercer atribuição que é de exclusiva competência do Poder Legislativo; - aquela senhora age da mesma forma que o presidente do TSE - não precisamos inserir 'brasileiro' já que só o Brasil tem Justiça Eleitoral - que convocou embaixadores para expor assuntos internos do Brasil = ato de politica externa que, segundo a Constituição Federal, é de competência  do Poder Executivo.
Pedimos vênia ao ilustre articulista e,  deixando um pouco a 'democracia chinesa', assunto interno deles, aproveitamos para  lembrar que o mundo não pode aceitar vivendo, pensando, agindo  da forma que a Europa e os EUA querem.]
 
Outra questão absolutamente incompreensível é o fato dos Estados Unidos estarem alinhados à maioria dos países, e à própria ONU, que se "acovardam" em reconhecer a independência, a soberania e a  autodeterminação de Taiwan, que se configuram à luz de todas as teorias que presidem a legitimidade dos Estados Independentes.
Dentro dessas teorias merecem destaque:  (1) O PRINCÍPIO DAS NACIONALIDADES,defendido por Mancini, em 1851, no sentido de que as populações ligadas entre si por identidade de raça, lingua, costumes e tradições,formam naturalmente uma nação, e devem se reunir num só Estado. À luz dessa doutrina, a Grécia se tornou independente em 1829, foram separadas a Holanda e a Bélgica, em 1830,e a Itália unificou-se em 1859. A postura dessa doutrina é a "não-intervenção"; 
(2) A TEORIA DAS FRONTEIRAS NATURAIS, defendida por Napoleão Bonaparte,segundo a qual o território seria complemento indispensável da nação.Em nenhum outro lugar do mundo  se aplicaria essa doutrina  tão bem quanto  em Taiwan, uma ilha marítima; e 
(3) A TEORIA DO LIVRE ARBÍTRIO DOS POVOS,segundo a qual somente o livre consentimento do povo pode presidir a existência dos estados.É a defesa da autodeterminação dos povos,com base na filosofia liberal do Século 18,defendida por J.J.Rousseau,adotada na Revolução Francesa ,e na Doutrina de Wilson,em 1919. Será que algum ,um só, taiwanês concordaria com a anexação da sua Ilha  pela soberania chinesa? 
Será que concordaria em  trocar o PIB "per capita",e o  IDH, que têm em  Taiwan, respectivamente,de 36 mil USD,e 0,917,contra os 10,5 mil USD,e 0,761 da China Comunista? 
Será que a inversa não seria verdadeira ,e que o povo chinês é que gostaria  de ser absorvido por Taiwan,bem mais desenvolvida que a China,com liberdade de imprensa,melhor educação,liberdade econômica e outros indicativos socioeconômicos melhores?
 
Na verdade foram os comunistas que separaram  a maior parte, a parte "Continental", do território chinês ,como estava configurado desde a sua fundação,em 1912,mediante o processo "secessionista","remanescendo" a Ilha de Taiwan, também chamada  Ilha Formosa,que por diversas razões não acompanhou os "separatistas".
 
Mas toda essa confusão relativa à conflituosa relação entre a China e Taiwan, deve-se num primeiro plano ao papel "sujo" que a ONU fez ao longo do tempo. 
A "antiga" China,que era integrada  pelo território e povo de Taiwan,foi fundadora da ONU,em 1945. Inclusive integrava o Conselho de Segurança   Permanente dessa organização. Mas tudo mudou com e Revolução Comunista ,de Mao Tsé Tung,de 1949. 
A "antiga " China,um dos fundadores da ONU, foi expulsa da organização,em 1971, tendo sido a seu lugar tomado na "marra",pelos separatistas que formaram a China Comunista,ou República Popular da China. Perante a ONU,Taiwan não existe como país independente e soberano. E tudo não passou de "traição" escancarada da ONU,que alijou Taiwan dos seus quadros,e "cuspiu" na cara do direito internacional.
 
O que teria  a ONU a dizer sobre essa "palhaçada" da "sua" China, com a visita de Pelosi à Taiwan? 
De  lançar mísseis ameaçadores no mar  em volta de Ilha,poluindo as águas, e gastando "rios" de dinheiro que poderia ser usado na melhoria da qualidade de vida dos chineses  não-privilegiados do Partido Comunista?
Que "balaca" ridícula seria essa dos chineses? 
Perderam a vergonha na cara? 
Será que estariam agindo por  inveja e para tentar esconder do mundo as fantásticas realizações de um povo que conseguiu erguer  uma  próspera nação? 
Toda essa parafernália agressiva não seria manifesto "recalque" com a prosperidade dos "outros",que deixaram de escravizar os seus povos para montar um suntuoso aparato bélico não condizente com a pobreza do povo?
 
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
 

quinta-feira, 7 de julho de 2022

O RECALQUE/INVEJA DA CHINA COMUNISTA COM A TAIWAN CAPITALISTA E O CONLUIO DA ONU - Sérgio Alves de Oliveira

Para começo de conversa,é bom recordar que a República Popular da China, ou China Comunista, ou "Continental", tem território de 9.597.000 Km/2, maior que o do Brasil,enquanto Taiwan, ou Ilha Formosa, oficialmente República da China, possui somente 36.197 Km/2, quase 300 vezes menor. Mas o Produto Interno  Bruto-PIB, "per-capita"- portanto o PIB dividido pela população - de uma e de outra,tem uma diferença colossal. Da China Comunista é de 10,500,00 USD, de Taiwan 36,011.00.
 
Para simples efeitos de comparação, o território de Taiwan é quase cinco vezes MENOR que o maior município brasileiro, Altamira/PA, que possui "impressionantes" 161.445 Km/2.
Na verdade esse brutal assédio da China sobre Taiwan, ameaçando invadí-la a todo momento, como recentemente a Rússia fez com a Ucrânia, reclamando uma "soberania" inexistente  sobre a famosa ilha, integrante do grupo dos "Tigres Asiáticos",merece algumas  considerações e reflexões.
Taiwan é considerada DESENVOLVIDA em termos de liberdade de imprensa,saúde,educação pública,liberdade econômica,democracia,e outros indicadores socioeconômicos.
 
Fundada em 1912, a República da China ( hoje resumida a Taiwan) era formada com inclusão da maior parte da atual China Continental,e integrava  a ONU, desde a sua fundação,em 1945, compondo o seu Conselho Permanente de Segurança.
 
Mas a "Revolução Chinesa", de 1949,liderada por Mao Tsé-tung,que caracterizou a ascensão dos comunistas,transformou-se em "Revolução Comunista Chinesa", também chamada de "Guerra da Libertação".
Optando pelo lado "vencedor", e nunca pelos princípios do direito internacional, que deveria seguir, a ONU deu uma "rasteira" na sua fundadora, e integrante do Conselho Permanente de Segurança, República da China, expulsando-a da organização, e adotando a "nova" China,a República Popular da China,de "Mao Tsé-tung, em 1971,em seu lugar.
 
A ONU ignorou totalmente que não houve "substituição" de uma China por outra, porém uma SECESSÃO, mais conhecida por SEPARATISMO, onde os comunistas chineses "destacaram","separaram"  o território continental da sua "matriz",fundando um novo país, desprezando a "remanescente" China, Ilha de Taiwan, ou "Formosa, acrescida de outras pequenas Ilhas ao redor. "Bifurcou-se" a antiga China. A ONU deveria voltar para a escola e  aprender um pouco mais de direito internacional para nortear as suas ações  de "compadrio" e de política de sempre ficar ao lado dos mais poderosos.
 
Pior de tudo é que a ONU se associou aos que tentaram "matar" a antiga China, tanto que nem reconhece Taiwan,a "antiga",a "original" China,a China "remanescente, da "outra",da China "comunista", como  estado soberano,independente,e autodeterminado que é. Mas o que chama atenção mesmo nesse "assédio" da China Comunista,sobre a soberania de Taiwan,na verdade, é o impressionante desenvolvimento de Taiwan, comparado com o da (nova)China.
 
Repete-se nessa situação "internacional" a principal característica comunista, ou seja, mesmo sem a capacidade de promover a própria PROSPERIDADE, "avançar","roubar" a prosperidade dos outros, de cuja construção não teve a menor participação. 
Qual a participação da China Comunista na construirão da riqueza, inclusive do alto PIB "per-capita",de Taiwan,da República da China?
 
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 

terça-feira, 22 de março de 2022

Rússia acusa EUA de banditismo; Biden prepara caso contra Putin na Otan - Folha de S.Paulo

Americano fala em ataques químicos e cibernéticos e critica Índia por não condenar Moscou

Quase um mês após a invasão russa da Ucrânia, a guerra diplomática entre o Kremlin e os Estados Unidos subiu vários degraus às vésperas do encontro dos líderes da Otan (aliança militar ocidental), na quinta (24).

Após ter sido acusado de preparar ataques hacker contra empresas americanas e de tramar o uso de armas químicas contra alvos ucranianos pelo presidente Joe Biden, o Kremlin disse que o governo americano adota o "banditismo" nas relações internacionais.

Ruína de shopping atacado em Kiev pelos russos - Fadel Sena/AFP

 Biden havia feito suas acusações, já um tom acima do usual por serem tratadas como certezas e não especulações, na noite de segunda (22). Nesta terça, veio a reação do Kremlin. "Diferentemente de muitos países ocidentais, incluindo os EUA, a Rússia não se envolve com banditismo no nível estatal", afirmou o porta-voz Dmitri Peskov.

O caso das armas de destruição em massa tem ganhado corpo. A Rússia acusa os EUA de montar uma rede de laboratórios para estudar agentes biológicos na Ucrânia, sem provas. Já a Casa Branca e a Otan afirmam que isso é uma desculpa usada pelos russos para eventualmente usar armamentos, químicos no caso, na guerra.

Isso ocorreria, especulam analistas ocidentais, devido à percebida dificuldade de Putin em vencer a guerra com rapidez. A este ponto, a ofensiva generalizada está parada em volta de algumas cidades principais, como Kiev, embora mantenha a iniciativa em pontos como o sul do país.

Para o Instituto de Estudos da Guerra, ONG de Washington, os russos já estão inclusive assumindo posições defensivas em alguns locais, o que sugere a vontade de tentar ganhar a guerra pelo atrito, destruindo as forças numericamente inferiores de Kiev.

Nesse cenário, especula-se o uso de uma arma química ou mesmo de uma bomba nuclear tática, de baixa potência, para subjugar a Ucrânia. Membros orientais da Otan, como a Polônia, dizem que isso seria inaceitável e obrigaria uma intervenção. [Alguém precisa lembrar aos poloneses que eles não podem, nem devem, fazer ameaças vazias em relação supostas ações russas  - qualquer intervenção da Otan ou de qualquer outro país pode levar a uma reação russa, que pode ser iniciada com bomba nuclear tática  e após iniciada, evoluir para o uso de armas nucleares transportadas por ICBM; felizmente, a alta cúpula da Otan, tem usado o bom senso e executando uma política de não efetuar nenhuma ação militar - a 1ªGuerra Mundial se iniciou com um atentado contra um arquiduque; O uso de bomba nuclear tática pode ser o estopim para a 3ª Guerra Mundial - com o uso de artefatos nucleares,  que a tornará a ÚLTIMA Guerra Mundial.  O atentado de Saravejo pode

Até aqui, a aliança só está fornecendo armas e dinheiro a Kiev. Pedidos para fechamento do espaço aéreo ou de envio de caças foram negados, sob a alegação de que isso seria visto como uma declaração de guerra aos russos. E isso poderia evoluir para um conflito mundial entre potências nucleares.

Seja como for, a pressão interna na Otan está grande. Com os alertas de Biden, é possível antever que a reunião da quinta em Bruxelas, à qual ele iria comparecer pessoalmente, deverá fazer uma ameaça mais clara ao Kremlin, tentando delimitar as ações de Putin. É incerto que isso funcione. [só o senhor Biden e o ex-comediante ucraniano não conseguem entender que ameaças que não podem ser cumpridas, não trarão a PAZ. É necessário que o senhor Zelensky seja compelido a negociar e aceite os termos propostos. Os caprichos do senhor Biden e do senhor Zelensky não valem a destruição da Terra.]

Também nesta terça, Peskov foi pessimista acerca do andamento das negociações com Kiev, dizendo que a Ucrânia precisa ser "maes ativa e substantiva" nas conversas.

Os tremores secundários da crise seguem por todo o mundo. No evento empresarial em que alertou sobre o risco de guerra cibernética e química, Biden admitiu que a aliada Índia está reticente em agir contra o Kremlin.

EUA, Índia, Austrália e Japão compõem a aliança Quad, que visa conter a expansão chinesa no Indo-Pacífico. Há duas semanas, o grupo se reuniu e advertiu Pequim de que não olhasse para a ilha autônoma de Taiwan da mesma forma como Putin olhou para a Ucrânia.

A reincorporação de Taiwan, pacificamente ou à força, é parte da política de Estado chinesa. E o governo de Xi Jinping é o maior aliado da Rússia, embora tenha adotado cautela máxima na crise, buscando auferir os louros de uma solução pacífica. Biden disse que a resposta do Quad incluiu Japão e Austrália como "bastante fortes" em relação a Putin, enquanto a Índia "está algo instável" -Nova Déli não condenou a guerra. Os indianos são os maiores clientes de armas russas no mundo, ficando com 28% das exportações de Moscou no setor de 2017 a 2021, e com isso mantêm o discurso de independência.

Só que a aliança com os EUA está afunilando as coisas, em especial porque a Índia tem contenciosos fronteiriços e econômicos com a China. A saída americana do Afeganistão também explicitou o balé regional, já que o Paquistão é o maior aliado de Pequim na Ásia e tem fortes interesses no renovado regime do Talibã.  Por fim, o Japão criticou duramente a Rússia por ter deixado as negociações de paz, que se arrastam desde o fim da Segunda Guerra Mundial, acerca do status das disputadas ilhas Kurilas, em parte tomadas pelos soviéticos. O Kremlin diz que a adoção de sanções ocidentais pelos japoneses impede a continuidade das conversas.

Mundo - Folha de S. Paulo


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Invasão da Ucrânia pode dar início a nova ordem entre Ocidente e Oriente - Folha de S.Paulo

Está na cabeça de todo o mundo. Como Vladimir Putin simplesmente ignora telefonemas e visitas de representantes das nações mais ricas da União Europeia e dos Estados Unidos e faz uma invasão por terra, mar e ar na Ucrânia, nitidamente premeditada pelo enorme nível de coordenação?

Por semanas, ele deixou claro que não quer entregá-la bovinamente à Otan, abrindo flanco para a instalação de mísseis na cola da fronteira russa. Mas também está claro que sua ação tem um simbolismo maior, pelo nível de desprezo que demonstra em relação a outros chefes de Estado.

Há indícios de que o Ocidente fraqueja, e como não há vácuo de poder, o Oriente avança pelas brechas. Putin dá sinais de que se preparou para este momento mais tenso, inclusive prevendo quais seriam os limites das sanções econômicas sobre a Rússia, o principal instrumento de reação. Suas aparentes calma e segurança viriam do fato de que boa parte das peças de seu jogo de xadrez bélico estão bem posicionadas em outro tabuleiro, os mercados de commodities.

Mesmo comandando uma economia com brilho menor, o governo russo fez apostas em produtos-chave, e a globalização tratou de criar interdependências miúdas, tão difíceis de desatar como nó de correntinha fina. Alguns exemplos. A Rússia tem grandes reservas de carvão e petróleo e é o maior produtor de gás do mundo. Muito se repetiu que quase 40% do gás consumido na Europa é russo. Agora vai ficando claro que não há fornecedores alternativos à altura da demanda europeia.

Na terça-feira (22), circulou nas agências internacionais a declaração de um executivo da indústria no Catar avisando que não há no mercado volume suficiente de GNL, gás natural liquefeito, para cobrir o eventual cancelamento de contratos de europeus com os russos.Muitos colocam dinheiro na mesa para apostar que a retaliação alemã, de suspender a licença do gasoduto Nord Stream 2, que levará gás russo ao país, não dura até o fim do outono.

A Rússia também é um importante produtor de cevada, aveia, centeio e principalmente de trigo, item básico de alimentação. Nos últimos anos, se tornou o maior exportador de trigo do mundo, e controla 20% do abastecimento global. Enquanto os analistas falam da perda de prestígio de Putin, os preços dos principais produtos russos ganham valor. O preço do barril de petróleo já passa de US$ 100 e o trigo acumula alta de 17% em uma semana.

Colocando um pouco de Brasil na discussão é preciso lembrar que Rússia é um fabricante tão expressivo de adubos e fertilizantes que nada mesmo de 62% das importações brasileiras daquele país estão concentradas nesses produtos. Outra fatia importante desses itens vem de Belarus, um aliado na guerra da Ucrânia. Como ficar sem?

Há outra questão. Apesar de os principais países terem condenado a ofensiva na Ucrânia, a China segue sem condenar Putin, com representantes do alto escalão emitindo manifestações dúbias. Representantes da diplomacia chinesa já fizeram ponderações sobre a relação da Rússia com a Ucrânia e as repúblicas separatistas.

Não tem segredo aí. Se a China condenar a Rússia vai complicar suas exigências em relação a Taiwan. Na quarta-feira (23), o ministro das Relações Exteriores chinês chegou a declarar que Taiwan não é Ucrânia porque sempre foi parte inalienável da China.Faz um tempo que os dois países caminham juntos na economia. O principal parceiro comercial da Rússia --de longe-- é a China, e vice-versa. Minério e um volume gigante de petróleo vão para a China, que vende para a Rússia muito maquinário e eletroeletrônicos.

Entre os dois países estão em construção redes de gasodutos que prometem mudar o equilíbrio da oferta do produto no mercado global.No início de fevereiro, quando a crise da Ucrânia já estava em curso, a parceria escalou. Putin foi a Pequim para participar da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Num claro recado ao Ocidente, especialmente aos Estados Unidos, ele e o presidente chinês Xi Jinping anunciaram um acordo "sem limites" nas áreas econômica e política. Essa aproximação consolida a organização de um poderoso bloco na banda oriental do mundo, liderado pela China, que vai escanteando as potências ocidentais.

No meio da pandemia, em novembro de 2020, enquanto o então presidente Donald Trump travava a guerra comercial contra a China, o gigante asiático e 14 países do Pacífico fecharam o maior acordo comercial do mundo. Chamado de Parceria Econômica Regional Abrangente, o bloco reúne 2,2 bilhões de consumidores e um terço do PIB global.

Ao mesmo tempo, a China mantém a construção da Nova Rota da Seda, megaobra de infraestrutura que liga Oriente Médio, Ásia, África e Europa, atravessando áreas que eram de influência da ex-União Soviética.

Todos esses movimentos, colocaram os dois países, que já foram os maiores impérios ao leste, de costas para o Oeste. Putin, em sua invasão da Ucrânia, fez um movimento mais ousado e novo, confrontou o Ocidente --aqui, entendido como o grupo desenvolvido dessa parte do mundo, Europa e Estados Unidos.

Sim, tudo indica que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pode ter razão. Há sinais de que Putin trabalha para reconstruir a antiga União Soviética. E a lacônica China quer o quê? 

Alexa Salomão - Folha de S. Paulo  

 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

O DESPREZO DA ONU COM A UCRÂNIA,TAIWAN E HONG KONG - Sérgio Alves de Oliveira

O “quinteto” que integra o Conselho Permanente de Segurança da ONU,composto pelos, Estados Unidos,Reino Unido,França,Rússia, e China, na verdade tem tantos ou mais poderes que a própria ONU, composta por 193 Estados-Membros, com direito a voto.

Mas devido ao fato do “Poder de Veto” de qualquer componente do Conselho Permanente de Segurança, os países considerados democráticos, Estados Unidos,Reino Unido e França, apesar de maioria” numérica no dito Conselho, estão em situação de terrível  “inferioridade” em relação aos outros  dois países “comunistas”, Rússia e China, já que o poder de “veto individual” tem mais poder que a soma dos outros quatro, ou três  países, conforme o caso, que não conseguem aprovar absolutamente nada sem haver“unanimidade”. Por isso um SIM na ONU é muito mais difícil  de conseguir que um NÃO. É por isso que a ONU mais “patina”,que “anda”.

A postura “democrática” dos países não-comunistas do Conselho Permanente de Segurança da ONU pode ser aferida  pela absoluta tolerância, por exemplo, do Reino Unido, com os processos de plebiscito separatista  já realizados ou em andamento da “sua” Escócia.

Mas infelizmente a mesma postura de tolerância do Reino Unido com a Escócia não se observa nos “irmãos” comunistas integrantes do CPS da ONU,a Rússia e a China,em relação aos seus “prisioneiros”,Ucrânia (da Rússia) e Taiwan e Hong Kong (da China). E tudo isso sob as vistas grossas da própria ONU,que discrimina algumas nações ,contrariando os seus próprios fundamentos consagrados desde a Carta das Nações Unidas, assinada em 1946 , em São Francisco (CA). Sempre que pode,a ONU “puxa” para o lado comunista.

Tanto a Rússia,quanto a China,integrantes do Conselho Permanente de Segurança da ONU,desprezam totalmente o inciso (1) do artigo 1º da “Carta”,de “manter a paz e a segurança internacionais...e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz...”,bem como” (2) “Desenvolver relações amistosas entre as nações baseadas no respeito aos princípios da igualdade de direitos e de AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS”.

Mas infelizmente essas diretrizes da ONU não são respeitadas pela Rússia e pela China, com as constantes ameaças que fazem aos direitos autodeterministas dos povos da Ucrânia,Taiwan e Hong Kong.

Em relação ao “assédio” militar que a Rússia faz à Ucrânia,por exemplo,de nada vale o argumento “furado” que “antes” a Ucrânia integrava a URSS (que não era a Rússia,e sim uma espécie de federação que ela liderava),e que se desligou em 1992,após a “Perestroika” (reconstrução), de Mikhail Gorbachov. Essa interferência indevida da Rússia  na Ucrânia,por ser ela “ex” URSS,e paralelamente  país limítrofe,nao é argumeto válido para que se desrespeite a sua soberania,contrariando regra consagrada das Nações Unidas.

Quanto ao assédio da China sobre Taiwan,a situação é muito mais grave, demonstrando  a mais grotesca cumplicidade da ONU com a China, membro do seu Conselho Permanente de Segurança. Taiwan,que se denomina “República da China” ,de Taiwan, (não confundir com a República Popular da China),na verdade foi FUNDADORA da ONU,em 1946. Mas a Revolução Comunista  de Mao Tsé-tung,de 1949,”separou” a maior parte do território Chinês,formando um novo país, que passou a chamar-se República Popular da China,”remanescendo” ,entretanto, a República da China no Estado insular de Taiwan,hoje considerada com independência “limitada”,mantendo soberania somente sobre a Ilha de Formosa e outras pequenas ilhas na Ásia Oriental. Taiwan é um dos  quatro “tigres asiáticos”.E a 21ª economia do mundo.. Todavia Taiwan não é considerado país independente pela ONU e sim parte do território da República Popular da China.

Mas além de “roubar” a maior parte do território da República da China, que ficou restrita à Taiwan,a República Popular da China acabou “expulsando-a”, não só do Conselho Permanente de Segurança da ONU,quanto da própria  qualidade de Estado-membro da  ONU,tomando o seu lugar,”indevidamente”,desde 1951. Por esse motivo a ONU pode ter sido dotada de tudo até hoje. Menos de “princípios”.  E de respeito pelos seus fundadores e Países-membros. E talvez tenha sido esse o motivo do sentimento de hostilidade do ex-Presidente dos Estados Unidos,Donald Trump,em relação à ONU. Trump deve ter pressentido a predominância dos interesses comunistas sendo defendidos abertamente pela ONU.

Mas Hong Kong, localizado na Costa Sul da República Popular da China,a 60 quilômetros de Macau,tem uma história  bem diferente. Andou “rolando” de mãos em mãos, entre os britânicos,a partir de 26.01.1941,com “devolução à China,depois de 30.06.1997. Hong Kong teoricamente seria um território autônomo no sudeste da China,ou uma Região Administrativa Especial da China.

Embora não reconhecida sua SOBERANIA,pela China e pela ONU,na verdade Hong Kong possui todos requisitos de uma nação soberana,cujos elementos constitutivos são “população”,”território” e “governo ,só não tendo reconhecida essa condição pela oposição do seu poderoso “carcereiro”,com assento no Conselho Permanente de Segurança da ONU. Hong Kong possui  praticamente todos os requisitos exigidos em Teoria Geral do Estado para ser considerado um Estado Independente, soberano, auto determinado. Só falta vontade política dos organismos internacionais,principalmente da ONU,para que seja reconhecido como Nação Soberana." Segundo Groppali,o Estado “é a pessoa jurídica soberana constituída de um povo organizado sobre um território sob o comando de um poder supremo,para fins de defesa,ordem.bem-estar e progresso social”.

Tenho convicção de que se o mundo tomasse Hong Kong como modelo das suas políticas desenvolvimentistas, certamente nosso mundo estaria no mínimo mil anos mais avançado.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


segunda-feira, 19 de julho de 2021

Preparem-se brasileiros para sua nova língua oficial: o Mandarim - Sérgio Alves de Oliveira

Estaria reservado aos brasileiros o mesmo infeliz destino dos povos de Hong Kong e Taiwan, ”escravos” da República Popular da China,mas que falam a mesma língua,o “mandarim”?

Tudo indica que sim. O domínio acelerado da economia brasileira pelos chineses anda a “galope”. Grande parte das terras brasileiras já foram compradas pelos chineses. Mas além desses investimentos em capital “fundiário”,os chineses não param de comprar de brasileiros, pessoas e governos, estabelecimentos industriais, comerciais, bancos, veículos de comunicação de massa, especialmente de televisão, telefonia móvel celular, obras de infraestrutura de todo o tipo, especialmente vinculados à produção e distribuição de energia elétrica. E tudo a preço de “banana”, ”camarada”. Nesse momento a maior meta chinesa no Brasil está na implantação do sistema de telefonia celular 5 G. Aí seria o fim de todas as liberdades dos brasileiros. Suas vidas e todos os seus passos passariam a ser monitorados e espionados lá da China. Inclusive suas idas ao banheiro, como  hoje é “lá”, com o 5 G.

Com a imensidão de terras compradas,os chineses estão adquirindo por consequência uma espécie de “soberania de direito privado”,exatamente nos termos da consagração ao direito de propriedade “ilimitada” da legislação brasileira, que de certo modo  pode resultar numa espécie de soberania “privada”. O “comunismo” chinês é a coisa mais engraçada do mundo. Só vale para o povo “em geral”, não para o Estado, para seus governantes, e para a sua particular “perestroika”, constituída pelos privilegiados 80 milhões de chineses filiados ao PCC, dentro de uma população total de 1,4 bilhões de famintas pessoas.e que montou um capitalismo imperialista capaz de causar inveja aos próprios mentores desse modelo socioeconômico.

O Partido Comunista Chinês conseguiu a “proeza” de chamar  de socialismo ou comunismo um modelo “sui generis”, que no fundo não passa do capitalismo imperialista mais cruel que qualquer povo do mundo já tenha experimentado.  Esse modelo preconizado em teoria principalmente por Karl Marx pratica na China uma “mais-valia” numa dimensão tal que nem mesmo o criador do socialismo científico jamais poderia ter imaginado fosse possível,onde o próprio Estado afastou o (explorador)“capitalista”, o dono do capital, para tomar o seu lugar na exploração sem qualquer freio do seu próprio povo . É por esse  motivo que a “mais-valia” auferida pelos “capitalistas” censurados  por Marx na sua época  tornou-se o mesmo que um brinquedinho de criança se comparada com a “mais-valia” auferida pelo PCC e pelo Estado Chinês.

Mediante essa desumana apropriação de descomunal  porção do trabalho não-remunerado do trabalhador chinês, essa diferença suplanta “ad infinitum” a mais-valia tão criticada pelo filósofo alemão. E foi justamente essa “mais-valia” exacerbada implantada pelo PCC, a mais valia “estatal”, que deu origem  à uma gigantesca “poupança” acumulada durante dezenas de anos com o suor do povo chinês, capaz comprar e submeter o mundo inteiro aos seus próprios desígnios,ao poderio econômico chinês.

Como essa gente ainda tem o descaramento e a cara de pau de chamar  esse modelo de “socialismo”, ou “comunismo”? Os restos mortais  de Karl Marx devem estar dando “cambalhotas” dentro da sua tumba depois do que fizeram com a sua criação. Mas em  tudo isso existe um inexplicável paradoxo. Marx deixou imortalizada a frase “O Governo é um comitê para gerir os negócios da classe dominante”, no seu “Manifesto  Comunista”. Os comunistas chineses acreditaram  nessa frase e querem se tornar a classe dominante. E do “mundo”. Só que inverteram os papéis. Os comunistas, “classe dominante”? Bem sabem os “chinas” que mediante a “poupança” que fizeram durante décadas, explorando  a níveis estratosféricos os trabalhadores chineses, poderão agora se tornar a nova “classe dominante”, mas do mundo, capazes de contornar leis nacionais, ou “dobrar”autoridades, políticos e juízes,despejando muita propina. Mais que ninguém acreditaram em Marx. Mas as críticas do alemão se tornaram metas a seguir.  E mesmo maneira de ”ser”.

É claro que como nova classe dominante do Brasil, como ensinou  Marx, os chineses passarão a “governar”,mesmo que indiretamente. E como “governo”, provavelmente  já no primeiro ano de mando determinariam implantação em toda e rede escolar do estudo da sua língua ,o “mandarim”, que passados alguns anos, através da norma jurídica adequada,se tornaria a língua oficial dos brasileiros. E o Brasil,uma extensão territorial da China, com uma soberania “faz-de-conta”.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo