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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Todos erraram, mas as mancadas da OMS foram as piores - VEJA - Mundialista



Diante de um vírus totalmente novo, a reação natural de todos, cientistas e leigos, foi procurar parâmetros nas epidemias do passado.
Procedem daí muitos equívocos. Entre eles, a concepção de que “a ciência” tem uma única e uniforme posição sobre tudo – quando, na verdade, debates, discussões e contestações são seu terreno natural até que os pares cheguem a um consenso. Governantes procuraram amparo na “ciência”, usada como um habeas corpus preventivo. Se fizessem besteiras, poderiam alegar que haviam seguido conselheiros inatacáveis.
Os erros mais gritantes ficaram com diferentes modelagens matemáticas. 
Vendendo certezas e entregando incertezas, projetaram números assustadores, como 500 mil mortos no Reino Unido ou 165 mil no Brasil. Muitos se esqueceram de ler as letras pequenininhas, onde se faz a ressalva de que as projeções virariam realidade se nada fosse feito para conter o vírus. Governos e populações assistiriam inermes à matança. Inclusive não ocorreria a ninguém a ideia de isolar por conta própria. Inquéritos parlamentares e até processos na justiça ainda virão apurar o que foi erro justificado e o que não foi. Mas quem vai investigar os equívocos da Organização Mundial de Saúde?

Como um braço da ONU, ela construiu um histórico de credibilidade, especialmente em campanhas de vacinação e orientações para países sem recursos assolados por doenças transmissíveis. Tudo bancado pelos Estados Unidos, o maior contribuidor – 893 milhões de dólares para 2018 e 2019. Até que Donald Trump cortou a verba, em abril.
Em segundo lugar está a Fundação Bill e Melinda Gates, com 531 milhões de dólares. A China, segunda maior potência econômica, aspirando a ser a primeira, só aparece em décimo-quinto lugar, com 71 milhões.

Para uma organização voltada aos países pobres, pois os ricos não precisam dela, pareceu positiva a escolha de seu atual diretor, um biólogo professoral chamado Tedros Adhanom Ghebreyesus, de nome complicado e origem mais ainda. Tedros, como é chamado, nasceu no território etíope que depois viraria a independente Eritreia, É cristão, fez doutorado em saúde pública e foi ministro da Saúde da Etiópia. Para entender melhor suas atitudes, ajuda conhecer a enorme influência chinesa na Etiópia. De usinas hidrelétricas a shopping centers, praticamente tudo que está sendo construído num país arrasado pela guerra civil é com dinheiro da China. Não é possível sustentar se houve má fé ou simplesmente impotência no caso do maior erro da OMS, a demora em qualificar corretamente a doença originada em Wuhan.

Nos bastidores, integrantes da cúpula da organização internacional sabiam muito bem que a China só “entregou” o genoma, em 11 de janeiro, porque ele havia sido publicado num site especializado em epidemiologia.
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É claro que países podem tomar iniciativas individuais, como fez Trump ao proibir os voos procedentes da China no começo de abril. Sob críticas todo mundo já sabe de quem. Muitos países fariam o mesmo, mas os Estados Unidos foram especialmente condenados. Em compensação, adversários tradicionais da China foram os primeiros a criticar a OMS. 
Deveria se chamar de “Organização Chinesa de Saúde”, disse o vice-primeiro-ministro do Japão, Taro Aso.
Taiwan, a ilha de chineses anticomunistas que o regime chinês sabota como pode, disse que foi simplesmente excluída pela OMS. Seus alertas precoces sobre o vírus passaram em branco. “A falta de sorte teve um papel na pandemia de Covid-19, mas o comportamento criminalmente negligente e maléfico da China colocou o mundo numa posição em que coisas ruins têm maior probabilidade de acontecer”, escreveu o microbiólogo Alex Berezow, do Conselho Americano de Ciência e Saúde, uma ONG especializada no tema.

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Outros erros: a taxa de mortalidade, colocada pela OMS em 3,4% (o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos calcula – o números ainda não pode ser finais – que fique na casa de  0,25%) e a trapalhada sobre a transmissão por assintomáticos.
Como é a mais perigosa, presumindo-se que os sintomáticos não saem de casa, houve uma corrida para esclarecer a declaração da epidemiologista americana Maria Van Verkhove
“Eu não estava anunciando uma política da OMS ou coisa assim”, esclareceu a médica. “Estava respondendo uma pergunta numa entrevista coletiva”.
Deu para entender?

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Comum na África, por tradição e necessidade, além de regiões do Brasil,  e na Ásia, especialmente na China, onde são considerados um prato fino, os animais selvagens estão na origem dos vírus mais perigosos.  Aids, Ebola e o novo coronavírus estão na categoria. Não teria efeitos mais imediatos propor a proibição desse consumo, especialmente perigoso quando animais vivos se misturam aos domesticados, “facilitando” a ponte para os humanos? Estabelecer mecanismos de vigilância? Ter um instrumento de inspeção em cooperação com a China?
Que nada. A OMS quer a revolução ambiental. 

[O Brasil está entre os países do mundo que deu o maior crédito as decisões da OMS - foram consideradas supremas, verdadeiros dogmas.
corrigindo: o Brasil não - quem fala pelo Brasil em assuntos internacionais é o presidente da República, por si,  ou representado pelo Itamaraty - e sim a turma inimiga do Brasil, da liberdade e da democracia = inimigos do presidente Bolsonaro.
Capitaneados pelo ex-ministro da Saúde, palanqueiro = cada entrevista um comício e sem qualquer noção de ética ou disciplina = fizeram um verdadeiro linchamento virtual do presidente, que ousou pensar diferente da OMS.  Grande parte da mídia, já tinha um bordão, quando alguém ousava contestar um decreto da OMS "desrespeitando as recomendações da Organização Mundial de Saúde".
Antes da OMS cair no descrédito, três práticas se tornaram crimes hediondos
- realizar  qualquer ação que fosse contrária, ou interpretada, aos decretos da OMS; 
- EXPRESSAR qualquer opinião crítica ao Supremo; e, 
- apoiar o presidente Bolsonaro.
A primeira foi revogada, as demais ainda vigem.] 

Blog MundialistaVilma Gryzinski, jornalista - VEJA


sábado, 4 de abril de 2020

As mentiras nos EUA luzem sob o sol, enquanto na China seguem escondidas abaixo da superfície - Folha de S. Paulo

 Demétrio Magnoli 

Trump mente ininterruptamente; já o regime de Xi Jinping fabrica 'verdade' paralela da pandemia

“Na guerra, a primeira vítima é a verdade.” Essa verdade célebre, cuja autoria atribui-se tanto ao senador americano isolacionista Hiram Johnson (1918) quanto ao grego Ésquilo, o pai da tragédia, no século 5º a.C., vale também para a Peste Negra em curso. Mas as mentiras são diferentes: nos EUA, luzem sob o sol; na China, seguem escondidas abaixo da superfície.

Donald Trump mentiu ininterruptamente, retardando a preparação dos EUA para enfrentar a pandemia.  No fim de janeiro, disse à rede CNN“Temos isso sob controle total. É uma pessoa vinda da China, e a temos sob absoluto controle”. No início de fevereiro, gabou-se na Fox News: Nós basicamente desligamos isso, que vinha da China”.  No final de fevereiro, garantiu que “isso é mais ou menos como a gripe; logo teremos uma vacina” e, referindo-se ao número de infecções, acrescentou: “Vamos substancialmente para baixo, não para cima”. Os EUA tinham, então, 68 casos; hoje, são 240 mil.

[Finalmente um artigo em que o Presidente Bolsonaro não é mencionado.
Afinal, nosso presidente falando sem pensar o que pensa pensar, fornece vasto arsenal aos inimigos. 
Que a  China mente - regra em qualquer país comunista = mentir é a primeira regra do comunismo - não há dúvidas. Só que criar uma "verdade" paralela da pandemia, ocultando e minimizando a verdade, impediu que a situação se tornasse conhecida ainda em dezembro, quando começou.
Só que agora ocultar números da epidemia e mesmo sua eventual continuidade em solo chinês é impossível. 
Ainda que se feche mais do que em dezembro/janeiro, não conseguiria ocultar a verdade e há indícios que a epidemia cessou ou pelo menos sofreu importante redução - indícios que a China não conseguir criar. Ou conseguiria?

Já no Brasil, se o presidente Bolsonaro se convencer, aceitar, que aqui no Brasil ele é o responsável e detentor do poder de liberar o alívio para milhões de brasileiros, ele dá a volta por cima e seus inimigos terão lhe dado uma boa munição.
A PEC do orçamento de guerra foi aprovada em dois turnos na Câmara, falta o Senado - o que pode significar muito ou nada.

Excelente na matéria é ser uma das raras que fala a verdade sobre o 'santo' da OMS.]

No meio de março, quando finalmente admitiu que o vírus “é muito contagioso”, ainda adicionou: “Mas temos tremendo controle sobre isso”.
A mentira trumpiana é uma narrativa política em constante mutação. Apoia-se nas muletas dos “jornalistas” chapa-branca e do aparato de difusão de fake news da direita nacionalista nas redes sociais. Acredita quem quer — e não são poucos. Contudo, ela concorre com as vozes discordantes, que não são caladas pela força, e sobretudo com a verdade (factual), que emana tanto de órgãos oficiais quanto da imprensa independente. A hora da verdade (política) chega nas eleições, ocasião em que a maioria decidirá se prefere a mentira.

A China também mente sem parar, mas de modo diferente, fabricando uma “verdade” paralela. A mentira chinesa tem raízes fincadas no chão do controle social totalitário. Ela se espraia por toda a vida cotidiana, propiciando a manipulação centralizada das estatísticas hospitalares —isto é, da fonte primária de informações sobre a natureza da crise. Há indícios alarmantes de que os números fornecidos pelo governo chinês miniaturizaram a epidemia. Nos EUA, estima-se que a Covid produzirá entre 1 e 3 milhões de casos positivos e algo entre 100 mil e 240 mil mortes.

Já na China, situada em latitude semelhante e com mais de quatro vezes a população americana, a Covid teria praticamente estancado, com menos de 83 mil casos acumulados e cerca de 3.200 mortes. O contraste intriga os mais respeitados epidemiologistas —inclusive Deborah Birx, coordenadora da força-tarefa dos EUA para o coronavírus.
No centro do mistério está a contabilidade de óbitos. Os casos pioneiros da Covid em Wuhan ocorreram em dezembro, mas a notícia foi interditada e os médicos que os relataram, silenciados. A quarentena começou em 23 de janeiro. O vírus teve mais de três semanas para se disseminar, enquanto comemorava-se o Ano-Novo chinês.

Testemunhos anônimos de agentes de saúde chineses dão conta de incontáveis internações sem testagens e centenas de óbitos atribuídos a influenza ou pneumonia. No final de março, veículos online chineses publicaram fotos, tomadas por cidadãos comuns, de milhares de urnas funerárias ainda alinhadas em crematórios de Wuhan.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) nada viu de estranho nos números chineses — e celebra a “eficiência” totalitária de Xi Jinping. Tedros Adhanom, seu diretor-presidente, eleito com decisivo apoio chinês, um ex-integrante do núcleo duro do governo autoritário etíope, não parece alimentar dúvidas entre as alternativas de assegurar a bilionária parceria da China com a OMS ou proteger a verdade (estatística).

Mas, de acordo com relatórios sigilosos da inteligência americana que começam a vazar, a China engajou-se na fabricação de uma mentira monumental, iludindo o mundo. Mentiras são diferentes. Todas elas, porém, cobram vidas.

Demétrio Magnoli, sociólogo -  Folha de S. Paulo

sábado, 28 de março de 2020

A corrida global pela vacina e por medicamentos contra o coronavírus - VEJA

Reportagem da capa - Por Giulia Vidale






Cientistas do mundo todo buscam a vacina e tratamentos para a Covid-19 - Trata-se de um movimento inédito e bilionário



“Testes, testes, testes.” Assim, com a repetição de três pequenas palavras, como um refrão, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, resumiu a postura mais adequada para combater a pandemia de Covid-19 — de mãos dadas com o distanciamento social, impositivo e inegociável. Os testes são vitais para quebrar as cadeias de transmissão, ao separar saudáveis de enfermos, e para organizar o fluxo nos hospitais. Não por acaso, em gesto louvável, a mineradora Vale fechou a compra de 5 milhões de kits chineses, que apontam positivo ou negativo a partir da detecção de anticorpos, para doá-los ao governo brasileiro.






ELE É ASSIM - Imagem microscópica feita por pesquisadores americanos mostra a ação do sars-cov-2 (em vermelho), a nova cepa de coronavírus, agredindo células normais do organismo NIAID/.
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A corrida global, para além do compulsório diagnóstico dos doentes, tem duas frentes: a busca por uma vacina e, enquanto ela não surge, o aperfeiçoamento de tratamentos já existentes e a criação de outros remédios. É uma engrenagem emocionante e bilionária (apenas na primeira semana de março, os fundos globais para pesquisa e desenvolvimento de crises arrecadaram 3,5 bilhões de euros, o equivalente a 19 bilhões de reais). A OMS formou um grupo de trabalho global, adequadamente batizado de “Solidariedade”, e não haveria outro nome a lhe dar, de modo a estimular pesquisas cada vez mais aceleradas que abranjam milhares de pacientes, de mais de uma centena de países. Disse a VEJA o pneumologista Clayton Cowl, diretor de medicina preventiva da Mayo Clinic em Rochester, um dos mais respeitados hospitais dos Estados Unidos, referência incontornável: “O mundo está unido no combate à pandemia de Covid-19. Resolveremos o mistério e impediremos que algo semelhante aconteça nos próximos anos”. É uma promessa, por ora, mas quase uma certeza quando se acompanha a máquina rodando.


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O santo graal, o tesouro tão esperado, evidentemente, é a vacina. Mais de trinta empresas e instituições acadêmicas estão na corrida para criar um imunizante. Dessas, ao menos quatro encontram-se na fase de testes em animais, necessária para garantir uma proteção química capaz de gerar anticorpos contra o vírus, e duas — uma nos Estados Unidos e a outra na China — já iniciaram os testes em humanos. A empresa pioneira americana, a Moderna, conseguiu em apenas 63 dias deflagrar os ensaios clínicos. 

Essa rapidez só foi possível porque, além dos esforços tremendos, os pesquisadores tinham experiência com a elaboração de vacinas para Sars e Mers, também da espécie coronavírus, só que mais letais e menos contagiantes, durante suas respectivas epidemias em 2003 e 2012 — seus produtos, contudo, nunca chegaram ao mercado em decorrência de um descompasso peculiar. 

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O grupo de pesquisadores do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor) da Universidade de São Paulo (USP) usa uma estratégia inovadora: trabalha com as chamadas “cascas virais”, sem material genético, e, portanto, não infecciosas, para induzir respostas do sistema imune. “Esse mecanismo deverá se mostrar ainda mais forte que outras propostas que têm surgido, que injetam uma porção sintética de material genético do vírus no organismo (veja a ilustração na pág. 68)”, diz o imunologista Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Incor.


No Brasil, trabalha-se com um prazo de entrega da vacina maior que o dos Estados Unidos. A previsão aqui é começar os testes clínicos em menos de dois anos. É tempo demais? Não, insista-se, desde que a humanidade seja capaz de identificar as pessoas com resultado positivo para a Covid-19 e os tratamentos se ampliem.

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Remdesivir. É um antiviral criado por um laboratório americano para combater o ebola, que emergiu como pioneiro entre os possíveis tratamentos para a Covid-19. 

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Ritonavir e lopinavir. Usados em pacientes com HIV, conseguiram inibir uma enzima responsável por “cortar” compostos que agem na replicação do vírus dentro das células. Houve um baque, recentemente, ..........

Favipiravir. O medicamento japonês é utilizado como tratamento para a gripe comum e causou alvoroço ao diminuir para menos da metade o tempo de infecção pelo novo coronavírus. Um estudo chinês com 340 pacientes mostrou uma tendência de eliminação do vírus em apenas quatro dias naqueles que receberam o medicamento, ante onze dias nos que ficaram sem a droga.











Testes, vacinas e remédios poderão impedir cenas até então inimagináveis em nosso tempo, e que só foram vistas durante a gripe espanhola, no início do século XX (leia a coluna de Roberto Pompeu de Toledo): imagens como a do gramado do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, transformado em um hospital a céu aberto, preparado para receber os doentes, por falta de espaço em leitos hospitalares. Talvez porque, ao longo dos anos, o Brasil tenha construído mais estádios que hospitais, porque tenha dado mais atenção ao futebol que à saúde — mas essa é outra triste história.
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Publicado em VEJA, edição nº 2680,  de 1 de abril de 2020

Em VEJA, edição nº 2680, MATÉRIA COMPLETA


quinta-feira, 12 de março de 2020

Órgãos de "faz de conta" - As “boquinhas” da ONU entregues a políticos do 3º Mundo - J.R. Guzzo

Gazeta do Povo

A cada vez que aparece algum problema de extensão mundial nas áreas da saúde, alimentação, educação, direitos individuais e outras questões ligadas mais diretamente aos interesses das pessoas fica claro, na frente de todo mundo, a inutilidade de todos esses órgãos das Nações Unidas que foram sendo criados ao longo dos anos para, justamente, ajudar na solução de tais dificuldades.


A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet
Comissária da ONU para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet ganha a vida falando contra “a direita” e contra os “preconceitos”. -  Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Essas organizações não são mais, se é que foram algum dia, entidades destinadas a prestar serviços. Foram transformadas em deploráveis "boquinhas" internacionais, entregues a políticos de Terceiro Mundo que ficam desempregados. Ali eles ganham altos salários, uma penca de mordomias “padrão Brasília” e a oportunidade de ficar dando palpites com uma nota só: todos os problemas do planeta, da ignorância à doença, da pobreza à violência, do ambiente à violação dos direitos individuais são culpa dos Estados Unidos. Ou do capitalismo, do 1% mais rico da população mundial, da indústria, do comércio, das bolsas de valores, da iniciativa privada e por aí afora.

Como nada disso vai ter solução amanhã, os burocratas cinco estrelas que ocupam essas super boquinhas se sentem autorizados a não fazer nada, nunca, em relação a nenhum dos problemas que são pagos para cuidar. Fazem discursos, viajam pelos quatro cantos do mundo, pedem “mais ajuda financeira dos países ricos” – e dão por cumpridas as suas obrigações de trabalho.

Temos o exemplo, agora, desse diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, um etíope que descolou o emprego em alguma “negociação”. Ele e a sua OMS são absolutamente nulos na missão de colaborar com o combate do coronavírus; tudo o que conseguiu foi fazer uma pregação contra o perigo dos “preconceitos”.

Nada disso, é claro, sai de graça. O Brasil, que não tem onde cair morto, é obrigado a contribuir com sua quota anual de uns tantos milhões de dólares para sustentar os diretores e os demais marajás que formam o funcionalismo das organizações internacionais. Nenhum dá expediente em Carapicuíba. Só cuidam de problemas dos “pobres”, mas seus locais de trabalho são Paris, Roma, Genebra, Nova York.

Não são apenas os salários, em nível de magistrado de um TRF brasileiro, que é preciso pagar. Junte aí as viagens, os “eventos”, as conferências, os reembolsos, as aposentadorias com remuneração integral – a coisa vai longe. O mais interessante da história toda é que são os Estados Unidos, justamente o país mais odiado pela ONU, suas organizações e seus altos burocratas, os que mais pagam, disparado, para cobrir as despesas da coisa toda – que, naturalmente, não param de crescer.

É a vida. A “alta comissária” da ONU para os “direitos humanos (sim, também existe essa boquinha: “alto comissário”) é a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, que ganha a vida falando contra “a direita” e contra os “preconceitos” menos os seus, é claro. O diretor-geral da FAO, que cuida das questões ligadas à alimentação e agricultura, chegou a ser aquele homem do “Fome Zero”, que Lula inventou e logo desinventou. Nem ele aguentou o companheiro, e tratou de despachá-lo para longe daqui. Não é preciso dizer mais nada.

J. R. Guzzo, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

‘Queridos companheiros’



Lula lamentou não poder reencontrar velhos amigos no fim de semana em Adis Abeba, líderes de dinastias cleptocratas que sustentam longevas ditaduras

Horas depois de ser condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, estava pronto para atravessar o Atlântico e participar de uma reunião sobre... a luta contra a corrupção.  A viagem de dez mil quilômetros à Etiópia (14 horas em voo direto) foi abortada pela Justiça na sexta-feira. “Vejam que absurdo” — contou em vídeo na página do PT. “Eu estava com a mala pronta, quando recebi um recado em casa: um juiz bloqueou o meu passaporte.”


Protestou: “Nós vivemos um momento de ditadura de uma parcela do Poder Judiciário, sobretudo o Poder Judiciário que cuida de uma coisa chamada Operação Lava-Jato, que vocês já devem ter ouvido falar aí na África.”  Lula iria à cúpula da União Africana em Adis Abeba, capital de um país onde o “estado de emergência” é decreto recorrente, e a opinião pública não pode ser expressa nem em particular. Queixou-se por não poder estar com “o querido companheiro” Hailemariam Desalegn, primeiro-ministro etíope, cuja polícia matou mil opositores nos últimos 16 meses e recolheu outros 21 mil a “campos de reabilitação” — informa a Human Rights Watch em relatório deste mês.


Organismo comunitário, a União Africana foi erguida nos anos 90 pelo falecido ditador líbio Muammar Kadafi, na época isolado porque patrocinava atentados como o da bomba num avião da Pan Am, que espalhou 270 cadáveres sobre uma vila da Escócia. Kadafi apoiou Lula na campanha de 2002, segundo o ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba. Eleito, Lula foi a Trípoli. 

A visita a Kadafi para “negócios” , como definiu, está contada em livro dos repórteres Leonêncio Nossa e Eduardo Scolese. 

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui