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terça-feira, 17 de agosto de 2021

Quem quer uma intervenção militar? - DefesaNet

Comentário Gélio Fregapani 

Comentário Geopolítico

Quem quer uma intervenção militar?

Certamente muita gente quer, desde a Direita mais radical  até a Esquerda ainda mais radical, cada uma com seus motivos, a Direita por entender que o País só pode tomar jeito se as leis forem mais severas e rigorosamente cumpridas,[Ordem e Progresso] enquanto a Esquerda, sentindo que não teria a menor chance em eleições limpas estima que, se conseguir provocar uma intervenção, essa será repudiada pela população atraindo apoio para sua causa “democrática”, mas quais seriam as consequências ?

Um fato portador do futuro
O entusiasmo das multidões a qualquer presença do Presidente evidencia que as massas populares não se levantariam em defesa do STF, nem da parcela do parlamento que, composta mais por corruptos do que por esquerdistas, se empenha ferozmente na busca de um pretexto para um pedido de impeachment.
 
Uma observação sobre intervenção a ser considerada
A intervenção ideal para a oposição sería se fosse liderada pelo próprio Presidente, a revelia das Forças Armadas, as quais pensam eles, ficariam divididas como também as forças reativas da população. Mesmo que os militares permanecessem unidos ao Presidente, a oposição ainda poderia acusá-los de golpe antidemocrático e isto seria mais vantajoso para a oposição do que perder a maioria de sua representação  legitimamente pelo voto popular.

A oposição entra em desespero  enquanto ela se esmera em criar casos para prejudicar o Governo e a impedi-lo de corrigir as mazelas herdadas e se esquece de que os estímulos exagerados costumam ter efeitos paradoxais e que a afastarão cada vez mais das massas populares, tornando-lhe impossível uma vitória nas urnas a não ser com gigantescas fraudações.
   
Considerando que a simples suspeita de fraudes em preparação já justificaria medidas que ampliassem a transparência, a ferocidade com que o STF e os parlamentares corruptos e ou esquerdistas radicais se empenhem em evitar qualquer possibilidade de auditoria ou de futura checagem de votos.

Cenários possíveis
Pode acontecer que o Presidente acabe por reagir fortemente as medidas de provocação do STF e seus asseclas e a reação pode variar de intensidade desde simplesmente não cumprir com as decisões desses Órgãos e em até fechá-los e prender seus membros mais corruptos e ameaçadores, fazendo-os julgar segundo a Lei de Segurança Nacional. Legal pode não ser, mas será legitima perante a opinião  pública e as Forças Armadas que se limitarão a cumprir ordens, neste caso com satisfação.

Pode acontecer ainda que as forças mais radicais da Direita tomem a si a reação aos desmandos da oposição com greves, paralisações e outros movimentos como por exemplo os de caminhoneiros, que sabem da força que têm e que até agora só foram contidos pelo desejo do Presidente em manter a legalidade, mas jamais um governo usaria a força legal de repressão para enfrentar um movimento que o apoia em favor de um grupo sem legitimidade, nocivo ao País e que o demoniza sem razão. Neste cenário pode haver conflitos armados?

Sim, mas certamente não serão significativos devido a força esmagadora dos conservadores e o fato que, se idealistas, mesmo errados, são capazes de se sacrificar mas os corruptos, que são a  maioria da oposição, pularão fora ao primeiro sinal de perigo. Naturalmente é provável que o Governo use das Forças Armadas no sentido de pacificar os conflitos, mas é fácil prever onde estarão os corações e as mentes das forças que receberem essas missões. Esperar inerte uma derrota eleitoral causada por evidente fraude é algo fora de cogitação.
   
Certamente existem, além de cenários intermediários, muitos outros que não caberiam neste pequeno comentário, mas vale lembrar aos elementos mais nocivos acoitados no STF e no Congresso que em caso de conflitos mais amplos, podem estar em perigo suas vidas além de seus cargos.

 

Que o Criador, o qual nos fez todos irmãos, nos propicie a neutralização dos elementos nocivos à nossa Pátria sem derramamento de sangue.
 

DefesaNet - Gelio Fregapani, coronel reformado


sábado, 1 de junho de 2019

Reação patriótica - Figuras da República estão fazendo a diferença. Saiba quem são e como atuam

sábado, 14 de maio de 2016

Tempestade perfeita numa caixa- preta

Herança maldita

O primeiro dia de expediente completo do governo do presidente interino Michel Temer foi assim como entrar em casa desconhecida sem luz — devagar e com cuidado. Não em definições de linha de trabalho, filosofia de administração, mas em anúncio de medidas concretas. Muito compreensível, porque não se pode exigir que o presidente e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, por exemplo, saibam ao certo em que estado se encontra a nação. Meirelles foi presidente do Banco Central na primeira gestão lulopetista. Porém faz muito tempo.

Mais do que isso, Temer e equipe recebem não um governo, mas uma caixa-preta, depois de cinco anos de um governo que se notabilizou, entre outras mazelas, por falsear a contabilidade pública, para esconder graves afrontas à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a regras orçamentárias. Por isso, a sua chefe, Dilma Rousseff, está afastada do Planalto, à espera, no Alvorada, da fase de julgamento do seu impeachment.

O dia de ontem foi de entrevistas de ministros, para explicar planos de trabalho. Quem atrai mais atenção e expectativa, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, começou cedo, no “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, em que foi claro ao explicar que antes de medidas objetivas é preciso conhecer os números reais. Faz muito sentido, tratando-se de sucessores de um governo que usou à larga as técnicas de prestidigitação da “contabilidade criativa”, do secretário do Tesouro Arno Augustin, do ministro da Fazenda Guido Mantega, com o óbvio aval de Dilma, a efetiva responsável-mor pela política econômica.

Saber “a verdade” das contas públicas, disse Meirelles, é essencial para reequilibrá-las, o maior problema que tem o país. Logo, Temer. Nem mesmo a proposta de revisão da meta fiscal deste ano, enviada por Dilma ao Congresso, para converter um ilusório superávit num déficit gigantesco de R$ 96 bilhões é confiável. O ministro está preparado para o rombo, que precisa da aprovação do Congresso, ser ainda maior. E isso tem de ser resolvido logo, na semana que vem, para que alguns serviços públicos não venham a ser afetados por falta de verbas.

A acertada preocupação do governo — desdenhada por Dilma e “desenvolvimentistas” — é mudar a perspectiva de insolvência da União. O próprio Banco Central estima que a dívida pública bruta, em sua escalada para chegar a 100% do PIB em 2020, deverá atingir 71,5% este ano. Em 2014, era 52,1%. A velocidade da degradação fiscal, acelerada para Dilma conseguir se reeleger em 2014, impressiona. É o que mostram, acima, os gráficos da evolução da dívida e do aprofundamento do déficit público total, incluindo a conta dos juros da dívida, déficit próximo de assustadores 10% do PIB. Sem inverter esta tendência, não voltam o investimento, nem o consumo. E mantém-se o desemprego.

Meirelles não esconde que serão tomadas medidas duras. Afinal, o resultado do desarranjo fiscal tem sido a recessão, na faixa dos 8% em dois anos, algo histórico. Ela é tão profunda que tem conseguido conter a inflação. O que não merece comemorações. O presidente Temer tem pressa. Não apenas porque conta com até seis meses para mostrar trabalho tempo máximo que Dilma ficará afastada do Planalto, sem ser julgada —, como também a seriedade da crise exige rapidez em ações de choque, de mudanças estruturais.

Daí já se anunciar, enfim, a tardia reforma da Previdência, com o estabelecimento de idades mínimas para a aposentadoria e regras para garantir direitos; e também a desvinculação orçamentária e a desindexação de gastos. Tudo urgente, também para aproveitar a lua de mel do presidente com o Congresso, onde precisará de quórum qualificado para as necessárias alterações na Constituição. Poderia não ser assim, mas o populismo não deixou.

OS PONTOS-CHAVE
1
Temer e equipe pagam o preço de suceder a um governo que empregou a “contabilidade criativa”
2
Os números das contas públicas, um obstáculo
à volta do crescimento, não são confiáveis
3
Para definir medidas profundas, o novo governo tem de saber em que estado real se encontra a economia
4
Enfim, serão enfrentados problemas graves, como
o dos déficits crescentes do sistema previdenciário
5
Tem-se de parar o crescimento da dívida em relação ao PIB, para acabar com a perspectiva de insolvência

Fonte: O Globo