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sexta-feira, 29 de março de 2019

Rússia queria que seus aviões fossem vistos em Caracas

Normalmente, aeronaves russas aterrissam em bases militares, longe dos olhos do público

A visita à Venezuela de dois aviões militares russos, que aterrissaram em plena luz do dia no aeroporto internacional de Caracas, provocou o temor de que o Kremlin possa estar agindo mais abertamente para proteger Nicolás Maduro de um levante.
Funcionários russos e venezuelanos não fizeram comentários sobre a chegada, no sábado, dos aviões, que trouxeram suprimentos para a Venezuela. Normalmente, esses aviões aterrissariam em uma base militar, longe do público. De acordo com a agência estatal russa Ria Novosti e diplomatas russos, a visita está relacionada a contratos de cooperação militar assinados anos atrás entre a Rússia e a Venezuela. Um diplomata russo em Caracas disse, sob condição de anonimato, que a informação da agência estatal é verdadeira e não há nada incomum na visita.

No entanto, membros da oposição disseram que a visibilidade dos aviões militares russos foi incomum e teria como objetivo enviar uma mensagem. “O momento da visita indica que tanto os funcionários venezuelanos quanto os russos queriam converter uma parada técnica de rotina em uma demonstração de força”, disse Rocio San Miguel, analista de segurança venezuelana. "Eles queriam tornar a visita tão visível quanto possível. É um tipo de blefe em um momento estrategicamente importante para Maduro.” 

A Rússia tem se mostrado o principal aliado de Maduro desde que o líder opositor, Juan Guaidó, se proclamou presidente interino da Venezuela no fim de janeiro com o respaldo dos EUA e de outras 50 nações. Os russos têm contratos de manutenção do armamento vendido à Venezuela durante o governo do presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013, incluindo um sistema de defesa aérea, caças e tanques, que valem bilhões de dólares.

Sites de monitoramento de voos mostraram um jato Ilyushin Il-62 e um avião de carga Antonov An-124 voando do aeroporto militar de Moscou para o aeroporto internacional de Caracas, com uma escala na Síria. O avião de carga retornou à Síria na segunda-feira, segundo o site de monitoramento bosphorusobserver.com.
A chegada de assessores a Caracas ocorreu depois de a Venezuela ativar, na semana passada, o sistema de defesa aérea russo S300, disseram analistas da empresa ImageSat Intl. Recentemente, a Rússia também enviou esse mesmo sistema S300 à Síria.

O Estado de S. Paulo 

quarta-feira, 4 de abril de 2018

A fala do general e a quem ela serve

Esbaldaram-se com a fala as novas vivandeiras de quartéis

[a fala do general serve aos BRASILEIROS DO BEM, aos HONESTOS e ao COMBATE À IMPUNIDADE.]

Cuidadosamente mal redigida para disfarçar o que diz, alvejar o alvo certo, porém oculto, e ameaçar como se apenas advertisse, a nota assinada pelo general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, e postada em sua conta pessoal no twitter, porque é de nota que se trata, foi uma clara, descabida e perigosa interferência na vida institucional do país.
 
O chefe das Forças Armadas, segundo a Constituição, é o presidente da República. É ele, e somente ele, portanto, quem em nome delas pode falar sobre temas políticos de repercussão geral. Aos comandantes das três armasExército, Marinha e Aeronáutica -, cabe falar sobre assuntos administrativos e aqueles diretamente afeitos aos cargos que ocupam.
 
Militar não é igual a civil. O que os distingue não é só a farda que um veste e o outro não. Militar tem acesso a armas pesadas, pilota brucutu, maneja tanques e é treinado para matar. [o militar pode desempenhar várias atividades diferentes das executadas por um civil e o oposto também é verdade; mas, o militar também é um CIDADÃO, é um CIDADÃO BRASILEIRO  que veste farda, o que não o torna um cidadão de segunda classe.] Se um deles fala qualquer coisa, soa diferente do civil que diga o mesmo. Porque um tem a força capaz de pulverizar literalmente quem quer que seja. O outro, só a força da palavra. [só que ultimamente integrantes de algumas instituições tem usado a força da palavra de forma tão prejudicial quanto uma arma, favorecendo inclusive a impunidade de bandidos condenados.] 
 
A fala do general Villas Boas não foi a de um chefe que se dirige aos seus subordinados. Foi um pronunciamento à Nação em nome do “Exército brasileiro” e a propósito da situação que vive o país. Com o objetivo de assegurar que o Exército compartilha “o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade” e de respeito às leis e à paz social. Não faltou na fala do general a provocação travestida de pergunta que ele dirige diretamente “ao povo” e a instituições não nomeadas: “Quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?” Para, por fim, afirmar que o Exército “se mantém atento às suas missões institucionais”. [é DEVER de qualquer instituição se manter atenta aos cumprimento dos seus encargos e de suas missões institucionais.
Sendo comandante do Exército Brasileiro o general pode, e até deve, falar em nome da instituição, no caso para assegurar o repúdio a criminalidade (ou por ser militar deve repudiar a criminalidade às escondidas?) e tranquilizar as pessoas de BEM.
Preocupação só para bandidos condenados que correm sério risco de serem engaiolados já na segunda instância.]
 
O momento escolhido por Villas Bôas para dizer o que disse não se deveu ao acaso. O que ele disse tampouco guarda qualquer grau de parentesco com o apelo à serenidade feito na véspera pela presidente do Supremo. As ruas estavam repletas de manifestantes. E o Supremo, a menos de 24 horas de retomar um julgamento que galvaniza o país e pode incendiá-lo. A reação do presidente da República à fala do general foi nenhuma. Os políticos a engoliram a seco. Uns poucos ousaram comentá-la na tentativa de ajustá-la às suas próprias conveniências. Em compensação, esbaldaram-se com a fala as novas vivandeiras de quartéis que em nome da ordem pregam a desordem e o colapso da democracia entre nós.
 
 

sábado, 24 de fevereiro de 2018

"Dureza, general"

Nos ombros do general Walter Souza Braga Netto repousa a mais espinhosa tarefa da presente quadra: dar um mínimo de consistência a uma megaoperação de marketing. Se havia alguma dúvida sobre a alma marqueteira da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, foi dissolvida pelas descaradas declarações do próprio marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco, ao colunista Bernardo Mello Franco, de O Globo: “Viramos a agenda. (…) Hoje a maior preocupação do brasileiro é com a segurança pública (…). O Temer jogou todas as fichas na intervenção (…). Ele já é candidato”. Pode parecer muita ousadia a candidatura de alguém com pouco mais de zero de aprovação popular e rodeado pela imagem de malas de dinheiro nas mãos ou no apartamento de alguns de seus mais próximos amigos. Mas por que não se as pesquisas apontam para um primeiro lugar vago, um segundo com proposta de voltar trinta anos no relógio da história e um terceiro disputado por um aglomerado de liliputianos ciscando em torno de migalhas?

O general Braga pouco falou na cerimônia em que foi anunciada a intervenção.
Astro da festa foi o ministro da Defesa, Raul Jungmann, secundado pelo ministro da Segurança Institucional da Presidência, general Etchegoyen. O general Braga era antes uma vítima da situação. Acabara de lhe cair nas mãos uma operação para a qual as únicas preparações foram uma reunião do presidente com os ministros de sua cozinha e outra com os marqueteiros. O silêncio lhe mascarava a perplexidade. Nos dias seguintes o silêncio perdurou, e com isso abriu-­se um fio de esperança. O general Braga faz seu serviço calado. É o oposto do loquaz ministro Jungmann. Raiou a esperança de a intervenção marqueteira quem sabe transubstanciar-se em resultados substantivos.

A intervenção põe muita pedra no caminho de um oficial levado a um rumo com o qual não sonhou

Tanques e uniformes verde-oliva nas ruas não são novidade para os cariocas. Sem falar do recurso ao Exército na Olimpíada e em outros grandes eventos, está em curso desde julho uma operação que, segundo o ministro Jungmann, teria vindo para “golpear o crime”. (Decorridos sete meses, ainda não golpeou.) O que se espera de uma intervenção no governo estadual vai muito além. Ela não se completará sem: (1) uma devassa nas polícias do Rio, alguns de cujos comandos, segundo o ministro da Justiça, Torquato Jardim, são cúmplices do crime organizado; (2) igual devassa na administração dos presídios, onde os chefes do tráfico gozam de respaldo e conforto para expedir ordens; e (3) com a ajuda das unidades de fronteira do Exército e da Polícia Federal, conseguir controlar o abundante afluxo de armas e drogas ao estado.

Contra o bom êxito da intervenção tem-se a evidência de que transferir o problema para a esfera federal não é panaceia. Exército e Polícia Federal são os responsáveis pela vigilância das fronteiras, e elas seguem porosas como sempre. Na questão dos presídios, duvida-se de algum progresso quando se lembra que até hoje não se conseguiu nem mesmo barrar a entrada de celulares. Temos ainda a escassez de recursos, que não é só do Rio, mas também do governo federal, para sustentar a intervenção. Quem vai pagar o quê, e como, era uma questão em aberto desde o anúncio da medida. Leve-se em conta, por fim, que o estado segue entregue ao sistema Sérgio Cabral, o príncipe da ladroagem, ora representado pelo triste Pezão. Para ser exitosa, faltará ainda à missão do general Braga imunizar-se contra os efeitos perniciosos irradiados da vasta parte da administração fora de seu controle. É muita pedra no caminho do nosso general calado, desviado numa esquina da vida para um rumo com o qual não sonhou. Dura será sua vida.

Com a legenda “Militares inspecionam mochilas de alunos em operação em favela na Zona Norte do Rio”, a foto na primeira página da Folha de S.Paulo da quarta-feira 21, publicada na página 54 desta edição de VEJA, exibia em primeiro plano o cano do fuzil pendente do ombro de um soldado, visto de costas, e, ao lado, de frente para a câmera, uma bonita garotinha, negra, gordinha, de uniforme azul e branco, expressão séria e grandes olhos entre indagadores e amedrontados voltados para o soldado. Imagine-se cena similar com uma menina branca, os mesmos olhos indagadores e amedrontados, o mesmo soldado, o mesmo fuzil, numa escola do Leblon. A menção a “mandado coletivo de busca e apreensão” teria chance de causar comoção. Imaginem-se o leitor e a leitora por um momento na pele dos pais da garotinha da foto. Pensemos na garotinha, que teria 5 ou 6 anos. Pensemos nas mochilas sendo reviradas.


Veja - Roberto Pompeu de Toledo 

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Tire as dúvidas sobre a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro

Decreto assinado pelo presidente Michel Temer começou a valer nesta sexta-feira

O decreto da intervenção federal na segurança do Rio foi assinado pelo presidente Michel Temer nesta sexta-feira. A medida tem efeito imediato, mas será enviada ao Congresso, onde precisa ser votada. Segundo o decreto, o interventor será o general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste do Exército, sediado no Rio de Janeiro. Ele fica subordinado ao presidente da República e "não está sujeito às normas estaduais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção", afirma trecho do decreto. Ele também "exercerá o controle operacional de todos os órgãos estaduais de segurança pública." Entenda como o texto modifica a gestão da área no Rio de Janeiro. 

O que é a intervenção federal?
São medidas postas à disposição do governo federal para debelar momentos de crises institucionais. Algo de excepcional gravidade. Essa intervenção só se justifica em casos graves previstos na Constituição, como na manutenção da integridade nacional. Se um estado tentar se separar seria uma possibilidade de intervenção, como aconteceu nos Estados Unidos. Ou para repelir a invasão de uma unidade da federação a outra. Ou ainda o grave comprometimento da ordem pública. Essa avaliação compete primeiro ao presidente e ao Congresso Nacional, onde precisa ser votada.

A medida já foi tomada alguma vez no país?
Desde 1988, com a promulgação da atual Constituição, nunca tivemos intervenção federal.

Quando começa a valer?
Desde já, segundo o presidente Michel Temer, mesmo sem a votação dos parlamentares em Brasília. Mas o Congresso Nacional precisa aprovar o decreto em 24 horas, segundo o professor de Direito Constitucional da PUC-Rio Thiago Varela. A aprovação pode ser por maioria simples. Se o decreto não for aprovado, há anulação de todas as medidas tomadas até então.

Quando ela é indicada?
Ela só pode ser usada nas hipóteses previstas na Constituição porque é uma violação política e administrativa dos estados. São sete casos previstos no artigo 34 da Constituição Brasileira:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

As Forças Armadas terão poder de polícia?
Sim. Ao assumir o controle da segurança, os militares poderão atuar no patrulhamento das ruas e fazer prisões, sempre dentro dos mesmos limites legais que regem a atuação policial.

Com a intervenção, forças policiais podem entrar em casas sem mandado judicial?
Não. Todos os direitos dos cidadãos fluminenses previstos no artigo 5º da Constituição Federal (como a livre expressão, inviolabilidade do lar e são mantidos). Esta possibilidade só acontece num estado de sítio, ressaltou o advogado Thiago Varela, professor de Direito Constitucional da PUC-Rio. [a entrada em casas,  sem mandado judicial pode ocorrer, desde que de acordo com previsão que já existe na legislação.]
 
(...)

Quais as consequências constitucionais de uma intervenção federal?
É a chamada limitação circunstancial da Constituição. Ela não poderá ser emendada, segundo artigo 60 parágrafo primeiro. Não pode haver alteração da constituição enquanto houver intervenção. A reforma da previdência, por exemplo, não poderá ser votada durante a intervenção. De acordo com o ministro da Defesa, o decreto da intervenção pode ser revogado para as votações da reforma. Neste caso, um novo decreto de intervenção será assinado.

É possível suspender a intervenção para votar a Reforma da Previdência?
De acordo com o professor e advogado Thiago Varela, a Constituição proíbe a mudança de seu texto na vigência de uma intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio, proibição prevista no artigo 60, parágrafo 1º. O objetivo, esclarece o especialista, é coibir alterações da Carta em períodos de anormalidade institucional. Ele avalia que não seria possível suspender a intervenção apenas por um dia para a votação da Reforma da Previdência. Segundo Thiago Varela, isso não está previsto na Constituição. E uma vez decretada a intervenção, ela só cessa quando o prazo do decreto vence ou quando o motivo que levou à intervenção se encerra. De acordo com o ministro da Defesa, o decreto da intervenção pode ser revogado para as votações da reforma. Neste caso, um novo decreto de intervenção será assinado.

Quantos militares estarão nas ruas do Rio?
Procurada, a assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste respondeu que ainda não possui a informação.

O que muda no patrulhamento da cidade?
O Comando Militar do Leste também respondeu que ainda não possui a informação.

Homens das Forças Armadas poderão entrar em presídios do estado?
Não. As funções de polícia e execução penal permanecem com as instituições estaduais.

O interventor pode determinar a investigação de policiais?
Sim. Ele pode determinar a instauração de inquéritos para apurar desvios de conduta.

Veremos tanques nas ruas?
Sim. Segundo o professor de Direito Constitucional da FGV Leonardo Vizeu, entretanto, a atuação das Forças Armadas na intervenção federal é a de apoiar logística e administrativamente. Porém, caso seja editada uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como ocorrida na Olimpíada de 2016, as forças armadas podem ter poder de polícia.




sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Tinha que ser preso - invasor de terras - públicas ou privadas - e ladrão de água tem que

Tanques que captavam água irregularmente de mananciais do DF são aterrados

A ação desta quinta-feira (26/1) aconteceu próximo à região do Incra 6, em Brazlândia. Os tanques retiravam água ilegalmente do manancial Ribeirão Rodeador, que abastece a Barragem do Rio Descoberto

Seis tanques que captavam água irregularmente do manancial Ribeirão Rodeador foram aterrados. Ele abastece a Barragem do Descoberto, que registrou entre o fim de 2016 e o início deste os menores níveis da história. Na tarde desta quinta-feira (26/1), o Descoberto registrava 22,71% da capacidade. A operação do Governo do Distrito Federal (GDF) é para minimizar os efeitos da crise hídrica.

No primeiro dia de ação, na região próxima ao Incra 6, em Brazlândia, equipes desocuparam 20 mil m² de captação ilegal. Os trabalhos vão durar três meses e tê como foco as áreas rurais. O manancial Rodeador é um dos mais críticos e tem construções a 15m do canal. Durante a ação desta quinta, servidores demoliram um barraco de madeirite e telha a pouco mais de 10m do Canal do Rodeador. Também foram retiradas cercas com estacas de concreto e arame farpado.

Participaram também da operação a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), a Companhia Energética de Brasília (CEB), a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e a Subchefia de Ordem Pública e Social, da Casa Militar.
 
 
Fonte: Agência Brasília

 


quarta-feira, 20 de julho de 2016

Combate ao terror na Olimpíada do Rio reunirá agentes de cem países


Agentes de inteligência de cerca de cem países vão se integrar à Polícia Federal, no Rio de Janeiro, na próxima semana, para acompanhamento e troca de informações sigilosas sobre terrorismo, dando início, efetivamente, à segurança da Olimpíada já em solo carioca. O anúncio foi feito nesta terça-feira, em Brasília, pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. As informações são d’O Globo.
Além de tanques nas ruas e caças para o abate de aeronaves que desrespeitarem as zonas de exclusão aérea, autoridades estudam outras medidas mais drásticas. Uma delas poderá atingir em cheio o dia a dia de quem estiver próximo às instalações olímpicas: o bloqueio do sinal de celulares. Prática comum em todo o mundo durante a segurança de autoridades, como ocorreu no Rio, na visita do presidente americano Barack Obama, em março de 2011, à Cidade de Deus. No comboio da comitiva americana, um dos veículos vinha dotado do equipamento que permitia o bloqueio em áreas restritas. Segundo o secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, o bloqueador já está disponível. — Nós temos essa ferramenta, mas não podemos bloquear o sinal indiscriminadamente, só porque alguém pode acionar uma bomba. Além do bom senso, temos que ter informações precisas que levem à necessidade do emprego desse equipamento. Não é a nossa única medida. Também temos outras, como armamento pesado, aeronaves, grupo tático, central de inteligência. A gente vai usando à medida que há necessidade — explicou o secretário.

Mas a maior arma da segurança é, sem dúvidas, a informação. O atentado em Nice, na França, semana passada, quando um caminhão foi usado para matar 84 pessoas e ferir dezenas, que participavam da festa do Dia da Queda da Bastilha, numa área restrita, provou que o serviço de inteligência francês falhou nesse item. Também mostrou que os bloqueios na rua não foram eficientes para impedir a entrada do veículo. O fato fez com que o secretário revisasse o planejamento de segurança nas áreas dos Jogos. — Constantemente revisamos os planos de operação. Isso é um dos pilares do planejamento de segurança. Não fizemos modificações, apenas acrescentamos mais informações, em decorrência dos acontecimentos em Nice. Temos vários bloqueios, mas destaco dois em especial, localizados em áreas onde apenas veículos credenciados podem passar. Vai depender da geografia de cada região. A 500 metros das instalações dos Jogos, o acesso será só para a família olímpica, ou seja, os atletas, ou veículos de segurança. Em alguns casos, será permitido aos moradores que residem próximo às arenas que cheguem às suas casas. Ainda que credenciados, estes veículos não acessam os locais dos eventos esportivos — explicou o delegado da Polícia Federal Andrei Rodrigues, à frente do planejamento.

Segundo ele, na segunda barreira, os carros credenciados da família olímpica e das forças de segurança irão para a área de escaneamento de veículos. Esse bloqueio é justamente para aqueles que irão acessar o Parque Olímpico, por exemplo.  — As pessoas desembarcam, mas vão ter credenciais especiais. Os carros são escaneados, assim como as bagagens deles. Só é permitida a entrada até a área de estacionamento. Depois disso, haverá um novo controle para acesso às arenas — explicou.

ALGUMAS RESTRIÇÕES JÁ EM VIGOR
Desde segunda-feira, o Rio também adotou outra medida importante na circulação de veículos: a restrição à entrada de caminhões na Avenida Brasil, na Linha Amarela e na Linha Vermelha, que vai vigorar até o fim de setembro. Essa medida, que tinha como objetivo inicial melhorar o trânsito, acabou sendo agora um importante fator para reduzir a quantidade de veículos de carga na cidade durante a Olimpíada, depois do episódio em Nice.

O ataque de um jovem armado com um machado e uma faca, ferindo quatro passageiros num trem na Baviera, na Alemanha, também serviu de alerta para as autoridades que planejam a segurança da Olimpíada. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado.  É inesgotável a possibilidade de instrumentos que podem ser usados para cometer delitos. Amanhã vai um louco com um pedaço de pau. Temos que analisar todas as hipóteses. Não temos compromisso com erros. O que tivermos que ajustar, faremos de imediato. Estamos no mais alto nível de preparação. Se o nível é cinco, nove ou 20, eu não sei, mas é a melhor preparação em segurança que já foi feita no Brasil — disse o secretário.

Para Rodrigues, as reuniões com os agentes de inteligência de vários países são imprescindíveis para a análise de informações, principalmente relacionadas a supostas ações do EI: — Temos na cooperação internacional um pilar muito forte para o planejamento da nossa segurança.

‘PROBABILIDADE MÍNIMA DE ATENTADOS’
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, também está confiante no esquema de segurança. Ele afirmou ontem que o Brasil se mantém no patamar de “probabilidade absolutamente mínima” de ser alvo de ataques terroristas.
— Eu repito o que venho dizendo: não temos hoje probabilidade de atentado terrorista na Olimpíada. A possibilidade sempre existe, como existe no mundo todo. Exatamente por isso, trabalhamos 24 horas por dia nesse monitoramento, nessas análises, na troca de informações. A população pode ficar tranquila que tudo o que é possível em termos de inteligência, de monitoramento, de rastreamento está sendo feito no Brasil.

Dentro do esquema de preparação para os Jogos, cariocas têm assistido, nos últimos dias, a vários exercícios militares. Ontem, ao meio dia, quem passou pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão começou a ter uma ideia da segurança aeroportuária que será utilizada a partir do dia 24. A simulação envolveu 1.200 agentes da Polícia Federal nas áreas internas e externas do aeroporto. Participaram do treino equipes de patrulhamento com cães da K-9 e do Batalhão de Policiamento com Cães, além dos 200 policiais da Aeronáutica que farão o patrulhamento ostensivo do principal ponto de chegada de turistas e delegações.

Na parte externa do aeroporto, era possível ver um grupo de agentes federais e soldados da Força Aérea, que realizavam o policiamento ostensivo nos saguões de embarque e desembarque e nos acessos aos terminais. A professora de inglês Libni Meireles, que teve a mala cheirada por um dos cães, contou que viveu experiência semelhante durante os jogos de Londres.  Também houve exercícios militares na Baía de Guanabara e no Aterro do Flamengo envolvendo cerca de mil fuzileiros navais e outros militares. Eles simularam um cerco do monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial e uma manobra de isolamento do aeroporto Santos Dumont. 

(Foto: Pablo Jacob)

terça-feira, 19 de maio de 2015

Obama limita a entrega de material militar à polícia - presidente dos EUA parece empenhado em permitir que morram policiais e os baderneiros fiquem impunes

Presidente aplica recomendações feitas por um comitê depois dos protestos de Ferguson

O Governo dos Estados Unidos limita a entrega de material do Departamento de Defesa às corporações de polícia estaduais e municipais. A decisão, que o presidente Barack Obama anunciou nesta segunda-feira em Nova Jersey, é uma consequência dos protestos de agosto em Ferguson, depois da morte de um negro desarmado.

A mobilização de agentes com aparato e métodos militares nessa localidade de Missouri avivou os protestos e provocou um debate nacional. Agora é prática habitual que o Pentágono transfira às polícias locais o material militar que sobra.

A cena era chocante. Eram por volta de cinco da tarde na pouco agradável avenida comercial de Ferguson, epicentro dos protestos no início de agosto pela morte de um afro-americano de 18 anos por disparos de um policial branco. Umas 200 pessoas bloqueavam pacificamente a avenida. Diante delas, uma imponente fileira de dezenas de policiais antimotim com indumentária militar e fuzis pendurados no ombro. Ao lado, vários utilitários blindados com um agente posicionado no teto e que apontava para os manifestantes com um fuzil de precisão.

Podia parecer um destacamento militar em um conflituoso país distante, como o Afeganistão ou o Iraque. Mas era em um município de apenas 20.000 habitantes no Meio Oeste dos EUA. A partir desta segunda-feira, cenas como essa em Ferguson e outras localidades do país serão mais raras. A Casa Branca anunciou que vai pôr em prática, em outubro, as recomendações de revisar nos Departamentos de Defesa, Justiça e Segurança Nacional os programas de entrega de equipamento –iniciados nos anos noventa– às corporações policiais estaduais e municipais.

O grupo de trabalho, criado por Obama depois dos distúrbios em Ferguson, propôs proibir a concessão de determinado material (veículos similares a tanques, fuzis de grosso calibre, lançadores de granadas ou aparatos aéreos armados), endurecer os requisitos para obtenção de equipamentos e penalizar o mau uso.

Continuar Lendo em ..........El País



 

segunda-feira, 2 de março de 2015

Jaques Wagner = um incendiário na coordenação política. Será que Dilma pretende colocar tanques na rua para impedir a manifestação do próximo dia 15?



A menos que Dilma esteja pensando em botar os tanques na rua, por que Jaques Wagner está fazendo a coordenação política? Justo ele?
Jaques Wagner, ministro da Defesa, foi escolhido pelo governo para o “senta que o leão é manso”. Consideradopor quem?  um bom articulador, ele agora se encarrega de chamar atenção para as turbulências que vêm por aí. Sim, vêm mesmo!

A menos que Dilma esteja pensando em botar os tanques na ruae eu acho que, se convocados, eles fariam ouvidos moucos —, o que Jaques Wagner tem a ver com a crise? O articulador político do governo não é Aloizio Mercadante?

Quer dizer: Wagner tem, sim, a ver com a crise. Ricardo Pessoa, o empresário com o qual o Ministério Público não fez acordo de delação premiada, diz ter contribuído de maneira, digamos, informal para suas duas campanhas, vitoriosas, para o governo da Bahia: 2006 e 2010. Afirma ainda que atuou também em 2014 para eleger o igualmente petista Rui Costa, sucessor de Wagner.

Não só isso. José Sérgio Gabrielli, o presidente da Petrobras no período em que a empresa foi destruída, é da turma de Wagner. Tanto é assim que, quando foi demitido por Dilma, o então governador da Bahia o abrigou com um cargo de relevo: secretário do Planejamento. O objetivo inicial era fazê-lo candidato.

Se Wagner é o bombeiro de que Dilma dispõe, melhor, então, chamar o incendiário.


Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo