Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador taxa Selic. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador taxa Selic. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Pela primeira vez em 14 anos, governo reduz meta de inflação


Redução está em linha com a expectativa do mercado, que prevê uma inflação menor que a estipulada pela autoridade monetária

O Conselho Monetário Nacional ( CMN) anunciou hoje a redução da meta de inflação de 4,5% para 4,25% em 2019. É a primeira vez que o centro da meta de inflação é reduzido em 14 anos.  A margem de tolerância foi mantida em 1,5 ponto percentual, para mais ou menos. Isso significa que a inflação pode oscilar de 2,75% a 5,75% em 2019 sem que a meta seja descumprida. Para 2020, a meta de inflação foi diminuída para 4%. 


Pelo sistema atual, o CMN fixa a meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, que utiliza a taxa Selic para atingir o que foi determinado. A taxa básica de juros está em 10,25% ao ano.  O governo publicou hoje um decreto que atualiza os prazos para a definição das metas pelo CMN, mediante proposta do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A partir de agora, a meta será fixada com três anos de antecedência – hoje, ela é definida dois anos antes.

O decreto determina que a definição da meta deverá ocorrer até 30 de junho de 2017 para os anos de 2019 e 2020 – como aconteceu hoje -, e até 30 de junho de cada terceiro ano imediatamente anterior para os anos de 2021 e seguintes.  “Esse novo horizonte será válido a partir deste ano em diante e permite uma maior separação entre a definição da meta para a inflação e a condução da política monetária. Com isso, amplia-se a capacidade de a política monetária balizar as expectativas de inflação para prazos mais longos, o que reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento das famílias, empresas e governo”, diz nota divulgada pelo Banco Central.

A redução da meta está em linha com a expectativa do mercado, que prevê uma inflação menor que a estipulada pela autoridade monetária. A última pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras mostrou que o mercado estima que a inflação ficará em 4,25% em 2019. Este porcentual já vinha sendo projetado pelo mercado desde abril. 

Fonte: Revista VEJA


 

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Nunca houve nem haverá criminosos como os irmãos Joesley e Wesley

Nunca houve nem haverá criminosos como os irmãos Joesley e Wesley Batista, os controladores da J&F. Escrevi em meu blog que eles não se fizeram poderosos vendendo boi, frango ou porco. Sua principal mercadoria é gente! Eles se tornaram multibilionários traficando a carne barata dos brasileiros "pobres de tão pretos e pretos de tão pobres", como já cantaram Gilberto Gil e Caetano Veloso, que agora virou animador de comícios golpistas.  O Ministério Público tentou bater bumbo para a maior delação da história, acostumada que está a fazer salivar o rancor dos broncos: R$ 8 bilhões em grana e R$ 2,3 bilhões em projetos sociais. Tudo isso ao longo de 25 anos. Ficou emocionado? Que bom!

Antes da patuscada criminosa que colheu o presidente Michel Temer, vítima da delinquência de Joesley, da conivência com ilegalidades de Rodrigo Janot e Edson Fachin e da condescendência de Cármen Lúcia, dava-se como certo que a taxa Selic teria uma redução 1,25 ponto percentual. O Copom resolveu ser prudente, dado o cenário: apenas 1 ponto. E sinaliza que é hora de prudência. [a ministra Cármen Lúcia tem sonhos golpistas.... ops ..... sonhos de ser presidente........da República.... a presidência do STF foi um test drive, no qual ela se considerou aprovada com louvor.........]

Sabem quanto esse 0,25 ponto de juro representa para os cofres públicos em 12 meses? R$ 6,5 bilhões! Em um ano, não em 25! O PIB de 2016 foi de R$ 6,266 trilhões. A cada 0,1% a menos que a economia vier a crescer em razão da arquitetura golpista, isso custará aos pobres de tão pretos e pretos de tão pobres R$ 6,266 bilhões.  E os senhores procuradores esperam que as pessoas saiam soltando foguetório? Calma! Conforme apontou esta Folha, a correção da multa se fará pelo IPCA apenas, que está em 4,08% no acumulado de 12 meses. A taxa de retorno da JBS chega a 12,34%. Marcos Piellusch, professor de finanças, sacou a calculadora e descobriu que, para pagar a dita-cuja, bastaria aos irmãos Batista investir hoje R$ 5,3 bilhões no próprio negócio.

A carnificina promovida pela Operação Lava Jato não se limita ao Estado de Direito e à política. Ela também é de natureza moral. Aquela delação premiada indecorosa tem de ser revista.

"Ah, então não se deve promover investigação nenhuma para não prejudicar a economia?" Ora, essa seria a conclusão do néscio. Que se investigue, sim! Mas para punir os culpados, não para lhes garantir impunidade e vida boa, enquanto o país vai à breca. É um escândalo e um acinte que a Lava Jato resolva, porque ancorada no clamor público, aplicar as próprias leis.  E tenho, claro!, de encerrar esta coluna com uma nota quase pessoal. Tentaram me fazer pagar caro, como sabem, por apontar os desmandos e descaminhos da operação.

A extrema-direita que ronca e fuça nunca suportou as minhas críticas às mamatas concedidas a delatores. A esquerda estúpida inventou a falácia, que o histórico desta coluna desmente, de que só me insurgi contra os atos atrabiliários quando estes alcançaram os tucanos.  O PT contribuiu, sim, em 2006, para fechar minha revista. Mas nunca conseguiu me tomar um emprego. A Lava Jato levou dois dos quatro que eu tinha num único dia. O estoque foi reposto no seguinte. Sou filho da classe operária que considerava o trabalho um dever moral. "A vergonha é a herança maior que meu pai me deixou."
Meu blog agora está hospedado na página da RedeTV!, no Portal UOL. Desde segunda, ancoro na rede de rádio BandNews o programa "O É da Coisa", entre 18h e 19h para todo o Brasil e até as 19h20 para São Paulo. Nesta quinta, comecei a fazer comentários no jornalístico matutino da emissora.  Erraram, mais uma vez, os que apostaram que eu teria de depender da boa vontade de estranhos.


Fonte: Reinaldo Azevedo - Folha de S. Paulo



quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

BC acelera corte dos juros após certeza de que a inflação está despencando



Inflação abaixo do teto em 2016 e sinais de que a crise econômica resiste encorajaram a autoridade monetária a diminuir mais rapidamente a taxa básica de juros 

Em meio a sucessivos números ruins, que reforçam, mês a mês, a gravidade da crise econômica brasileira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma boa notícia nesta quarta-feira (11): a inflação de 2016 veio abaixo do teto da meta, em 6,29%. 

Com o alívio vindo da variação de preços, o Banco Central (BC) reagiu e, no mesmo dia, acelerou o ritmo de cortes da taxa básica de juros. Após dois cortes seguidos de 0,25 ponto, no fim do ano passado, desta vez a redução foi de 0,75 ponto, o que levou a meta da Selic a 13% ao ano. A decisão é um alento para pessoas físicas, empresas e governo.

Juros menores barateiam o acesso ao crédito, facilitando o pagamento de dívidas e o investimento produtivo. Reduzindo o gasto das pessoas com o pagamento de juros, mais dinheiro fica disponível para o consumo. “Isso coloca um peso nas decisões de política monetária. A desalavancagem [redução do endividamento] é quase inviável se o BC não praticar juros mais baixos”, diz Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra. A instituição projeta juros de 9,75% ao fim deste ano, um pouco abaixo do consenso do mercado financeiro, em 10%. Para o governo, a mudança alivia o serviço da dívida, que já supera os R$ 4 trilhões e segue trajetória ascendente. Nas contas do especialista em contas públicas Felipe Salto, o governo economiza R$ 25 bilhões por ano a cada ponto a menos na Selic, já que paga menos nos títulos emitidos.

 Isoladamente, no entanto, a decisão do BC não representa a solução definitiva para a grave crise econômica que o país enfrenta. “Não é a bala de prata que ataca os problemas do Brasil, mas ajuda a dar uma saída para os balanços de famílias, empresas e União”, avalia Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de Economia.

Leia a íntegra em Época 

 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

"Pombini" de volta – Tombini virou ‘pombini’



A decisão do Banco Central de não subir os juros pode até mesmo ser sustentada tecnicamente, mas é inegável que o seu presidente Alexandre Tombini cometeu uma barbeiragem na condução do anúncio oficial, reavivando a desconfiança que fez o mercado apelidá-lo de “Pombini”, em referência à sua submissão à presidente Dilma.

  Os “pombos” são mais condescendentes, enquanto os “falcões”, mais agressivos, estão sempre prontos a tomarem medidas radicais se necessário. Tombini tornou-se “Pombini” nas mãos da presidente Dilma, durante o período em que ela resolveu levar os juros a taxas históricas mais baixas sem que houvesse condição para isso.

Em abril de 2013 a taxa Selic chegou à mínima histórica de 7,25%. A partir daí, a política voluntarista de queda dos juros teve que ser abandonada diante da realidade inflacionária, e a taxa voltou aos dois dígitos nas reuniões de novembro de 2013, no sexto aumento consecutivo, que depois continuaram até a taxa chegar aos 14,25% de hoje.
Tombini, na decisão de ontem, não quebrou apenas a tradição de membros do Banco Central não se pronunciarem nos dias de reunião, para não dar margem a especulações, como deixou de lado abruptamente o objetivo de conter a inflação no teto da meta inflacionária neste ano, para depois trazê-la ao centro no ano seguinte.  Após uma audiência fora da agenda com a presidente Dilma, negada oficialmente, mas verdadeira para todas as versões brasilienses, o presidente do Banco Central aproveitou a revisão dos números do FMI para se pronunciar extemporaneamente sobre o documento, insinuando que os novos números teriam influência na direção oposta ao que havia sido sinalizado pelo Banco Central até aquele momento. Não há dúvida de que os números ruins do FMI, piores do que o próprio mercado estava prevendo para este ao – queda de 3,5% do PIB – poderiam justificar uma reanálise dos dados, mas não havia nenhuma razão para que Tombini anunciasse isso ao mercado financeiro em meio à reunião que decidiria a trajetória dos juros.
Além do mais, a surpresa com que as autoridades monetárias brasileiras foram apanhadas indicam que não havia segurança alguma sobre os números que estavam usando para tomar suas decisões. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ontem em Davos que os números do FMI são apenas “projeções”, e que a economia brasileira pode voltar a crescer antes do que o FMI prevê, mas o fato é que “Pombini” os levou tão a sério que quebrou diversas regras para anunciar a mudança de rota.
A autonomia do Banco Central, considerada fundamental para dar credibilidade à política monetária de qualquer governo, já era vista pelo mercado financeiro como próxima do inexistente, e agora temos a prova concreta de que a presidente Dilma interfere como quer nas decisões do Banco Central, não encontrando resistência em “Pombini”. Até mesmo as informações dando conta de que o Palácio do Planalto não gostara da nota de Tombini, pois ela poderia dar a entender que houvera interferência de Dilma na decisão, mostra que o presidente do Banco Central não está conseguindo nem mesmo fazer o jogo de cena necessário nesses casos.
Na ânsia de justificar uma mudança de estratégia, agora voltada mais para o nível da atividade econômica, Tombini revelou sua fraqueza diante da presidente, ainda mais por que dias antes, na carta em que justificou o não atingimento da meta de inflação, o Banco Central reafirmara que sua missão estava focada em combater efeitos da alta da inflação.
Muitos economistas criticavam a tendência do Banco Central de aumentar mais ainda os juros, alegando que a recessão da economia só seria piorada com a medida. Mas há outros economistas, como Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, que acham que a recessão não é justificativa para não subir os juros. Ele considera que o país cometeu o mesmo erro em 2011, ao reduzir os juros para combater os efeitos da crise europeia, e acabou tendo uma recessão muito maior.

Fonte: Merval Pereira – O Globo

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

No programa, PT exalta o aumento de gastos

O programa do PT que vai ser exibido hoje e já está no youtube mostra que o partido ainda não entendeu a natureza da crise econômica. Isso fica claro na fala do ator José de Abreu: "Não é melhor a gente não acertar em cheio, tentando fazer o bem, do que errar feio fazendo o mal?"

O vídeo exalta as medidas tomadas pelo governo entre 2012 e 2014, principalmente os gastos, que teriam retardado a chegada da crise no país. Pois foi justamente isso que tornou o nosso caso, agora, pior do que o de outras economias.

A desoneração da folha de pagamento custou R$ 38 bilhões, segundo o vídeo; a redução do IPI, mais R$ 32 bilhões. A desoneração da cesta básica, R$ 17 bi; e R$ 19 bilhões foram gastos com redução de impostos de pequenas e médias empresas. 

O vídeo continua exaltando o gasto: R$ 90 bilhões com Bolsa Família; R$ 42 bilhões em medicamentos gratuitos; R$ 2,3 bilhões com o programa Mais Médicos; R$ 89 bilhões no Minha Casa, Minha Vida; R$ 27,5 bilhões no Fies; R$ 15 bilhões no Pronatec. Também fala em R$ 1 trilhão investido em infraestrutura, mas o que o IBGE constata é que o investimento no país caiu como proporção do PIB.

O superávit primário virou déficit, e agora o país corre o risco de perder o grau de investimento. A inflação subiu porque houve estímulo à demanda; a taxa de poupança despencou, e o déficit em conta-corrente ficou mais forte.  

Não há recursos para investimentos e a taxa Selic voltou às alturas.

O partido continua sem entender que foi o próprio governo que nos levou ao cenário de recessão com inflação alta.

Fonte: Coluna da Miriam Leitão

 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Banco Central eleva a taxa básica de juros para 13,75% ao ano- duas figuras que precisam ser demitidas sumariamente: Levy do Ministério da Fazenda e o tal de Cristovão do cargo de técnico do MENGÃO. Os dois representam o fracasso de todos os fracasssos

Alta de meio ponto percentual da taxa Selic foi a sexta seguida na tentativa de controlar a inflação

Para tentar forçar a inflação para a meta no fim do ano que vem, o Banco Central (BC) aumentou os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual. A taxa Selic chegou a 13,75% ao ano: a maior desde janeiro de 2009. Foi mais um passo do BC para corrigir o fato de ter demorado demais a agir no ano passado para conter a escalada dos preços. A autoridade monetária só decidiu subir os juros após as eleições de outubro e — para tentar recuperar a credibilidade — não parou mais de apertar a política anti-inflacionária: essa foi a sexta alta consecutiva.

Mesmo com tanto aumento de juros, a inflação não tem cedido. Pelo contrário, atingiu 8,24% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA-15, a prévia da inflação oficial no país. E a expectativa de analistas do mercado financeiro é que ela chegue ao pico em agosto. E que feche o ano em 8,39%. [a prudência recomenda que se leia um número entre 18,39% a 28,39% com viés de alta.]
 
Por isso, o BC não poderia já dar sinais de que afrouxaria a política contra a inflação. Em vez disso, tenta recuperar a credibilidade perdida ao deixar aberta a porta para mais arrocho monetário. Para dar essa mensagem, não alterou o comunicado divulgado após o encontro: “Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual para 13,75% ao ano, sem viés”.

ADVERTISEMENT
EXPECTATIVA É DE NOVA ELEVAÇÃO EM JULHOEsse é um sinal de que vem mais aumento de juros por aí. A maioria dos economistas acha que haverá uma última alta de 0,25 ponto percentual em julho. Há quem defenda um aperto ainda mais forte para conseguir, enfim, fazer a inflação ficar na meta de 4,5%. 

Pessimista, Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, defende se o BC fosse cumprir seu mandato único que é fazer a inflação chegar à meta — tinha de continuar a aumentar a taxa básica (Selic) para além dos esperados 14% ao ano. No entanto, ele diz não acreditar numa mudança de postura do BC, que nos últimos anos ficou alinhado com a política econômica do governo de tenta ajustar a economia pelo estímulo ao consumo. — O Alexandre Tombini (presidente do BC) já demonstrou que não tem peito suficiente para dizer que não vai atender os pedidos (da presidente Dilma Rousseff) — alfinetou o economista que, ao contrário de vários colegas, não acha que o BC tem aumentado o tom do discurso contra a inflação: — Não vejo uma mudança de tom. Eu não acredito em mudança de perfil do Banco Central, mas numa corrida para tentar corrigir a besteira que ele mesmo fez no passado.

A “besteira” a que se refere Agostini é ter esperado passar as eleições para subir os juros. Agora, a conta da política do passado chegou: as tarifas de serviços públicos – represadas no passado – terão de ser reajustadas fortemente, os serviços continuam a inflar os índices de preços e, para piorar, o dólar disparou. Tudo isso atrapalha o trabalho do Copom.

COPOM TENTA REORIENTAR DISCURSO, DIZ ANALISTA
A dúvida dos analistas do mercado é se a política econômica realmente mudou. O episódio em que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não apareceu numa entrevista ao lado do ministro do Planejamento é tido como mais um sinal de interferência da presidente Dilma Rousseff na condução da economia, como antigamente.  Para o economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, o Copom tenta reorientar o discurso depois de anos de tolerância com o que chamou de “grandes desvios persistentes de inflação”. Ele ressalta que a credibilidade é fundamental para que a economia brasileira volte a crescer saudavelmente. Para isso, o Banco Central teria de mostrar força nesse processo de alta de juros.


“Um ciclo de aperto mais assertivo em 2015 aumentaria a probabilidade de que o Copom poderia mais significativamente influenciar o resultado da inflação de 2016, criando mais espaço para cortes da taxa de política em 2016”, disse o economista em comunicado os clientes.

É a mesma opinião do economista-chefe da Gradual, André Perfeito, que é um dos poucos que aposta que o BC será mais audacioso e levará a Selic para 14,5% ao ano. Só assim, o Copom poderia restringir os impactos da inflação a este ano, já perdido. Ele espera um corte rápido no ano que vem para não sacrificar tanto a economia, mas ressalta que isso só deve ser feito depois que as expectativas tiverem ancoradas na meta. — São as expectativas, estúpido — brinca o economista com a frase “É a economia, estúpido!”, de James Carville, estrategista eleitoral do ex-presidente dos EUA Bill Clinton.

Fonte: O Globo
 
 

segunda-feira, 23 de março de 2015

Banco Central prevê inflação superior a 8% e nova queda do PIB

Com alta de gasolina e energia, mercado prevê inflação acima de 8%


Para investidores e analistas, o dólar deve ficar em R$ 3,15 e o PIB recuar 0,83%

Investidores e analistas do mercado financeiro elevaram a projeção da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve fechar o ano com alta de 8,12%, e não mais de 7,93% como previsto na semana anterior. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (23/3) no boletim Focus, pesquisa feita com instituições financeiras semanalmente pelo Banco Central (BC). Boa parte da alta da inflação está vinculada aos preços administrados, regulados pelo governo, como o da gasolina e da energia. De acordo com a projeção do Focus, este ano eles terão alta de 12,6%, e não mais de 12%, como estimado anteriormente.

O mercado também vê o dólar cotado a R$ 3,15 no final deste ano. Na sexta-feira (20) a moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 3,296, o maior valor desde 1° de abril de 2003, quando havia fechado em R$ 3,304.  Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos por um país) a projeção é que a economia terá retração de 0,83%, diferentemente da queda de 0,78% estimada na semana anterior. Já para a produção industrial, a queda projetada ao fim deste ano permanece em 2,19%

A expectativa para fechamento da Selic, taxa básica de juros da economia e principal instrumento do BC para controle da inflação, permaneceu em 13% ao ano. Isso significa que o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia suba a taxa mais uma vez este ano, em 0,25 ponto percentual. No início de março, o Copom subiu a Selic em 0,5 ponto percentual, a 12,75% ao ano. Na ocasião, o patamar de elevação confirmou as previsões da maioria dos analistas.

A estimativa da dívida líquida do setor público permaneceu em 38% do PIB. A estimativa do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, cresceu, ficando em US$ 79,8 bilhões ante os US$ 79,5 bilhões anteriores O saldo projetado para a balança comercial subiu de US$ 3 bilhões para US$ 3,5 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados diminuíram de US$ 57,5 bilhões para US$ 56,5 bilhões.

Fonte: CB



quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Copom aumenta pela terceira vez seguida a taxa básica de juros

Para conter o aumento da inflação, Banco Central sobe a taxa Selic em meio ponto percentual, para 12,25% ao ano 

Esta foi a terceira alta seguida da Taxa Selic para conter o aumento da inflação no país

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira, aumentar a taxa básica (Selic) de 11,75% para 12,25% ao ano. Foi a terceira alta seguida dos juros para controlar a inflação. “Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual”, resume a diretoria do BC.
  O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano passado em 6,41%. O percentual ficou no teto da meta estabelecida pelo próprio governo. A equipe econômica determinou que a meta é de 4,5%, mas há uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais. O BC já avisou que só conseguirá chegar no alvo no fim do ano que vem.

MEDIDAS DO GOVERNO
As expectativas dos economistas do mercado financeiro sofreram impacto das medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda na segunda-feira. Isso porque o aumento de impostos para combustíveis pode elevar em 0,3 ponto percentual a inflação deste ano, segundo a consultoria Gradual. Por outro lado, parte desse reajuste da gasolina e do diesel será compensada por uma desaceleração ainda maior da economia que a prevista antes. Isso porque o pacote da nova equipe econômica representa redução de consumo e alta do desemprego.

Uma das medidas que freia a economia é o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito para pessoa física. A alíquota passou de 1,5% ao ano para 3% ao ano. Isso freia imediatamente o consumo das famílias e, consequentemente, a atividade do país. Dá, assim, um alívio ao trabalho do Banco Central no controle da inflação.

REPERCUSSÃO
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou, em nota, que lamenta e condena a decisão do Copom de elevar, mais uma vez, a taxa Selic. “O novo aumento da taxa básica de juros, somado às recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo federal, acelera a marcha rumo a uma recessão econômica no Brasil, com trágicas consequências para os direitos, a renda e o emprego dos trabalhadores", diz a confederação.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) o aumento dos juros básicos vai dificultar "ainda mais" a recuperação da economia. "Os efeitos diretos dessa medida são a elevação dos custos dos financiamentos, a dificuldade de acesso ao crédito e a consequente redução do consumo das famílias e dos investimentos das empresas," avalia a entidade.