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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Supremo deve decidir nesta quarte se Lula vai para ministério



Caso está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes, tido como maior crítico ao governo na Corte
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria assumir a Casa Civil, se a posse for autorizada pelo Supremo Tribunal Federal na sessão desta quarta-feira (20/4). A perspectiva é de que o debate gere uma divisão na Corte. "Se for um julgamento que não seja extravagante, não há nenhuma razão para que a presidente não possa exercer a prerrogativa de nomear um ministro. Houve uma tentativa de enfraquecer o governo impedindo a posse do presidente Lula como ministro da Casa Civil", disse Falcão. [este Rui Falcão, a exemplo da quase totalidade da petralhada, é um SEM NOÇÃO. O indivíduo esquece que Dilma deve ser afastada em no máximo 30 (trinta) dias e Lula será o primeiro ministro a ser chutado pelo Temer.
Além do mais, o Lula fracassou feio nas articulações para livrar a Dilma do impeachment na Câmara.]

No Instituto Lula, no entanto, a posse é tratada como um assunto menor. A interlocutores, o ex-presidente tem dito que não vê necessidade de assumir o cargo para ajudar na articulação da resistência ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No Supremo, o caso está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes, tido como maior crítico ao governo na Corte. Há mais de um mês a posse de Lula na Casa Civil foi suspensa por liminar dada em mandados de segurança propostos pelo PSDB e pelo PPS. Na ocasião, Gilmar Mendes entendeu que o petista aceitou o cargo para ser detentor de foro privilegiado e, assim, escapar de uma investigação sob jurisdição do juiz federal Sérgio Moro, condutor da Operação Lava Jato na primeira instância. Para o ministro, seria uma "obstrução ao progresso das medidas judiciais".

Até agora, parte dos ministros admite seguir o posicionamento de Gilmar Mendes. Há uma corrente no Tribunal, no entanto, que levanta questionamentos sobre a possibilidade de intervenção do STF no ato político de nomeação de ministro por parte da Presidência da República. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.





A Dilma que hoje ataca as instituições é a mesma que pertenceu a organizações terroristas

Enquanto não for deposta, esta senhora é chefe de governo e de estado e tem de se comportar com mais compostura

Coitada da ainda presidente Dilma Rousseff! Antes, ela não juntava lé com cré. Com o passar do tempo, passou a não juntar cré com lé. Não é só o PT que decidiu sabotar o país. Também ela se dedica a esse nobre mister. Vou insistir nesta tecla: esta senhora está cometendo novos crimes de responsabilidade. Ao insistir que o processo de impeachment é golpe, atenta contra seis dos sete Incisos do Artigo 85 da Constituição.

Na segunda, ela concedeu uma quase-entrevista a jornalistas brasileiros; nesta terça, foi a vez de a imprensa estrangeira ser contemplada com seu fino pensamento. Entre outras delicadezas, disse isto:  “O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido. Se acompanharmos a trajetória dos presidentes do meu país, a partir de Getúlio Vargas, vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou instrumento contra os presidentes eleitos”.

É um disparate típico da ignorância. De qual Getúlio está a falar? O da primeira fase, por exemplo, deu dois golpes: o de 1930 que a esquerda passou a chamar “revolução” e o de 1937. Como o ditador é herói dos companheiros, ela certamente se refere ao segundo, que acabou dando um tiro no próprio peito por vontade — ninguém a tanto o obrigou — e como desdobramento da própria incapacidade de conviver com a democracia. Mas, de novo, foi socorrido pelos historiadores de esquerda, e só seus adversários passaram para a história como golpistas.

Ainda hoje, a mistificação triunfante pretende enxergar duas linhas de continuidade no país, que estariam em constante choque: a do suposto golpismo udenista e a do suposto progressismo que seria caudatário justamente do getulismo embora Getúlio tenha sido o mais feroz ditador da República. Um dia será preciso libertar também a historiografia do cerco da empulhação.

Veio adormecido do golpismo? O PT denunciou Itamar Franco e FHC por crime de responsabilidade. Isso é apenas um fato. E não o fez porque convicto de que tivessem mesmo violado a Constituição. Era só parte da luta política. Era só coisa de golpista. É o mesmo espírito que levou o partido a se negar a reconhecer a Constituição de 1988; a se opor à Lei de Responsabilidade Fiscal; a combater as privatizações; a pôr a tropa na rua contra a reforma da Previdência — isso tudo quando estava na oposição e procurava inviabilizar o governo alheio.

Na situação, o PT foi protagonista do mensalão, do dossiê dos aloprados de 2006, do dossiê dos aloprados de 2010 e do petrolão. O primeiro e o quarto escândalos — que são praticamente um só em tempos diferentes — representam um assalto à institucionalidade propriamente. É o modo como o PT entende a gerência do estado brasileiro. Os outros dois são práticas asquerosas que buscam fraudar a vontade das urnas.

E é Dilma que anuncia ao mundo o chamado “veio golpista”? A propósito: e as vezes em que as esquerdas recorreram às armas no Brasil, inclusive as organizações terroristas às quais Dilma serviu? Estávamos ou não diante do tal “veio”? Ou será que almas golpistas são apenas aquelas que se opõem a Dilma?

Sejamos mais específicos: a má Dilma do passado ainda está na Dilma do presente. A ditadura tornava pardos todos os gatos. Agora, cada gato é visto por aquilo que é. E Dilma, dado o seu discurso, continua a odiar a democracia.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - VEJA
 

 

Bolivarianos e Dilma se isolam na farsa do ‘golpe’

PT e governo conseguiram propagar a ideia de uma ruptura de ordem institucional, num ato típico de governos chavistas quando são confrontados dentro da Lei

Numa ação típica de “agitprop”, agitação e propaganda, o PT disseminou a ideia de que haveria um “golpe” em andamento no Brasil, sob o disfarce de um processo de impeachment. Disciplinada, a militância foi em frente.[disciplinada? desde quando ter fezes na cabeça é ser disciplinado?]
 
Inclusive um diplomata, ministro Milton Rondó Filho, lotado como ministro na Secretaria de Estado de Relações Exteriores do Itamaraty, posto estratégico. De lá, ele difundiu o alerta do “golpe” pelo mundo. Depois, devidamente desmentido. É no mínimo curioso que Rondó trabalhe na parte internacional do Fome Zero (!?), algo extravagante no Itamaraty. Coisas do aparelhamento.

Mas, pelo menos na militância, o “golpe” fantasioso se espalhou. Depois, teria na própria presidente Dilma ardorosa propagadora, e passaria a fazer parte da tese de defesa dela, com a qual o ex-ministro da Justiça e ex-deputado petista, José Eduardo Cardozo, transferido para a Advocacia-Geral da União, já esgrimiu na Câmara e no Supremo Tribunal, mas sem sucesso.

O governo lulopetista segue o padrão de regimes bolivarianos ainda espalhados pelo continente, os quais ao primeiro sinal de fortalecimento da oposição — dentro da Lei — denunciam “golpe”. Nenhuma novidade, portanto, que os atuais cabeças desses governos Evo Morales (Bolívia) Nicolás Maduro (Venezuela) e Rafael Correa (Equador) — repitam a cantilena do “golpe”. Já os governos, equilibrados, de Argentina (agora), Chile, Peru e Colômbia agem dentro das normas universais da diplomacia. Não comentam assuntos internos brasileiros. Até porque nada acontece fora da ordem institucional. Dilma e companheiros estão isolados na fantasia golpista.

Isso acontece a poucos dias de uma cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), organismo inventado por Lula e Hugo Chávez para se contrapor aos Estados Unidos, o “Império". [a Unasul tinha a pretensão de ser a sucessora da extinta União Soviética.]  Lá deverá ocorrer uma catarse bolivariana de apoio a Dilma. A denúncia do “golpe” já entrara no Planalto, por meio dos comícios que a presidente e o PT promoveram nos salões do Palácio. Derrotada na Câmara, no domingo, o discurso padrão voltou no primeiro pronunciamento e rápida entrevista concedida por Dilma, na segunda.


Retornou ao cantochão do “golpe", o que já fizera em entrevistas à imprensa estrangeira. Ela tem toda a liberdade de falar o que quiser, mas ao propagar mentiras sobre a situação institucional do país incorre em grave erro, porque se trata da presidente manchando, de maneira deliberada, a imagem no exterior da própria República.

Golpe com a participação do Supremo, no Brasil, seria candidato a entrar no Guinness, no quesito bizarrice. Assim como a repetição de que teve “54 milhões de votos” também é oca. Como está previsto na Carta, com mais votos ou menos, o chefe do Executivo pode ser denunciado e impedido, sem macular o Estado Democrático de Direito. Aliás , o impeachment é um instrumento muito conhecido do PT, que o acionou várias vezes no passado. Enquanto luta pelo que considera direitos seus, pelas vias legais, a presidente deve é governar para que, seja qual for o desfecho do processo no Senado, o país volte o mais rapidamente possível à normalidade.

Fonte: Editorial - O Globo


Qualquer coisa é melhor que Dilma - Um monstro à espera de Temer

Existe em curso um processo de desvalorização do Michel Temer, uma tentativa de reduzir sua capacidade, desacreditá-lo.
A corja petista por não ter amor ao Brasil, sua Pátria é o maldito comunismo, está disposta a fazer qualquer coisa para atrapalhar o futuro governo  Temer.

NÃO VAI CONSEGUIR 

VAI FRACASSAR, pelo simples fato que qualquer coisa é melhor que Dilma - a simples aprovação da primeira fase da deposição de Dilma já trouxe uma perspectiva melhor para o Brasil.
Antes do domingo passado o pensamento que dominava todos os brasileiros era: PIOR QUE ONTEM, MELHOR QUE AMANHÃ.
Com a simples perspectiva da deposição da presidente o chavão já mudou para: MELHOR QUE ONTEM, PIOR QUE AMANHÃ

Um monstro à espera de Temer 

 O tempo de Michel Temer está acabando, mesmo antes de ocupar a cadeira de presidente que talvez seja sua, em maio, como já se escreveu aqui.  O primeiro e principal problema econômico de seu governo ainda piora de maneira assustadora. A pindaíba federal é crescente, viu-se ontem pela arrecadação de impostos do primeiro trimestre do ano.

Os cofres do governo sangram cada vez mais.  A receita federal de impostos e contribuições, INSS inclusive, cai ao ritmo de 7,2% ao ano, quase o dobro da velocidade de contração da economia, da queda do PIB, que encolheu 3,8% em 2015. O governo perde receita cada vez mais rápido. Em março de 2015, a arrecadação anual baixava ao ritmo de 2,8% ao ano (em termos reais). Quando Dilma e seus economistas tomaram a decisão final de arruinar as contas públicas, no fim de 2013, a receita crescia a 4% ao ano, por aí.

Considerada a arrecadação em 12 meses, a receita em março deste ano foi R$ 99 bilhões menor que a de março de 2015 (considerada a inflação).. Para usar uma comparação popular nos anos petistas, R$ 99 bilhões equivalem a três anos e meio de Bolsa Família. Equivalem a mais que o dobro do que o governo federal investiu em "obras" no ano passado.

Isto é, a receita caiu o equivalente a 1,66% do PIB estimado para o início deste ano. Trata-se de valor semelhante ao deficit primário estimado para 2016, na mediana das previsões colhidas semanalmente pelo Banco Central. Ou seja, mesmo que a receita de impostos ficasse toda nos cofres federais, no máximo não haveria deficit primário. A conta ficaria no zero a zero.

Note-se de passagem, porém, que o buraco fica ainda mais embaixo, pois cerca de 17% ou 18% da receita bruta federal vai para Estados e municípios.  Equilibrar receita e despesa, desconsiderados gastos com juros, é uma das tarefas mínimas do governo para 2017. Nos anos Lula, convém lembrar, o superavit primário andava pela casa dos 3% do PIB. Logo, parece incontornável um aumento de impostos, dado o tamanho da encrenca, o estado crítico da economia, a necessidade de conter cortes ainda maiores no investimento federal e de evitar um esfolamento excessivo do povo (excessivo. Esfolamento haverá).

Alguém ainda se lembra da CPMF, anátema de parte do movimento "impichista", maldição das ruas que pedem a cabeça de Dilma e do Congresso, que recusou esse dinheiro à presidente ora no cadafalso? [E o Brasil do BEM, ansioso que a lâmina da guilhotina desça - segundo a 'jararaca das jararacas, o famigerado Lula, se mata uma cobra esmagando a cabeça; por isso, a guilhotina é o melhor instrumento para eliminar essa maldita corja petralha - ela separa, cortando no pescoço, a cabeça do corpo.]
Pois bem. Quando esse imposto foi cobrado com a alíquota de 0,38%, nos anos cheios de 2002 a 2007, rendia o equivalente a 1,35% do PIB, em média, uma arrecadação bem estável. Em termos do valor do PIB de hoje, poderia então render cerca de R$ 80 bilhões. Isto é, se nada mais mudou na estrutura da economia brasileira, deve render por aí.

Claro está que isso não resolve o problema. Trata-se de um remendão de emergência, que deve de resto ser acompanhado de cortes dolorosos de gastos em salários de servidores, gastos em saúde e educação e em benefícios do INSS. Apenas para tapar o presente rombo. [os que defendem a CPMF, mesmo tentando dourar a pílula quando dizem que "não resolve o problema...","é apenas um remendo..." esquecem que a maldita CPMF, desde sua primeira versão, o famigerado IPMF - Imposto PROVISÓRIO sobre Movimentação Financeira, nunca resolveu os problemas da Saúde e o P que saiu na Lei como PROVISÓRIO na realidade sempre foi PERMANENTE.  
O único resultado permanente da  CPMF é que quando ela está em vigência e falam em acabar, aumentam o IOF - aumento que se torna PERMANENTE.]
Um governo que fez sua "campanha eleitoral", o impeachment, com base em protestos contra o aumento dos impostos vai propor ao Congresso tal coisa, a paulada da CPMF ou equivalente?

Fonte:  Folha de São Paulo - Vinicius Torres Freire


O hipotético ministério de Temer - o mais importante é que Dilma seja escarrada; o resto já vem melhor

A plantação de nomes de ministros prenuncia um governo esperto, porém com um fraco pela articulação do caos

O início da tramitação do impedimento de Dilma Rousseff ainda não completou uma semana e o entorno do vice-presidente Michel Temer conseguiu adicionar um problema a um país que tem duas epidemias, recessão, desemprego e governos estaduais quebrados. O problema novo é um ministério virtual posto em circulação. Serve como instrumento de propaganda mas agrava uma confusão que poderá se arrastar até outubro.

Já são mais de 20 os nomes que rolam na praça, alguns deles saídos de conversas no Jaburu, que de palácio não tem nada, é, quando muito, um esbanjamento de dinheiro público. Trata-se de uma lista malandra, destinada a criar expectativas individuais (no caso de quem espera ser ministro) ou esperanças coletivas (nos poucos casos de gente que se espera ver no ministério). Por isso, aqui só será mencionado um deles.

Armínio Fraga tem competência e biografia para ser ministro da Fazenda. Há um mês, a repórter Erica Fraga perguntou-lhe: “O senhor aceita participar de um governo de transição?” Sua resposta, numa entrevista concedida por e-mail, foi curta: “Não.”  Colocá-lo como conselheiro ou avalista de outra escolha é o pior caminho para começar uma administração num país quebrado que já passou pela experiência de Joaquim Levy, indicado por Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco.

Em qualquer governo, em qualquer época, quando um presidente termina de armar um ministério descobre que só um terço dos escolhidos estava em sua primeira lista. O segundo terço ficava entre os prováveis e os demais não eram cogitados quando as conversas começaram. Já houve presidente que, ao ser eleito, pensou nomear um cidadão sucessivamente para três ministérios. Não conseguiu colocá-lo em qualquer um deles.

Ministério não é como boleto de Mega Sena, onde o dono pode escrever o que quiser, parece-se mais com um quebra-cabeças que adquire fisionomia na medida em que se vai formando. Temer ainda não sabe sequer quantos ministros terá. Se isso fosse pouco, formar equipe é uma coisa. Governar com ela é outra e depende do estilo e da decisão do presidente. Ser ministro de Dilma é uma coisa. Ter sido de Lula, bem outra. De Temer, a ver.

Nas listas postas em circulação há nomes que cheiram a simples especulações, outros parecem balões de ensaio e há ainda uns poucos capazes de alimentar esperanças. À primeira vista, tudo isso é coisa de jornalistas sem assunto. Falso. Mesmo quando os assuntos faltam (e não têm faltado), por trás de quase todas essas listas há sempre alguém que merece crédito pela proximidade que desfruta junto ao astro-rei.

É óbvio que se Dilma Rousseff for afastada, Temer deverá ter um ministério pronto. Outro dia o vice-presidente disse que o país precisa de governabilidade e governança. Associou a governabilidade à harmonização dos conflitos políticos e partidários. Nisso ele é um mestre. Um dos primeiros testes de uma boa governança está na capacidade de um chefe de apontar prioridades, formar uma equipe e, sobretudo, não criar confusões.


Fonte: Elio Gaspari,  jornalista - O Globo

PGR denunciará Lula ao Supremo

Baseada na delação do assessor do senador Delcídio do Amaral, Procuradoria já vê indícios de crime na conduta do ex-presidente, que, segundo as evidências, tentou comprar o silêncio de Nestor Cerveró



A Procuradoria-Geral da República (PGR) usará o termo de delação premiada de Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, para encorpar a denúncia que prepara contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, segundo fontes ligadas ao caso. As informações sobre os pagamentos feitos por Maurício Bumlai, filho do pecuarista José Carlos Bumlai, um grande amigo de Lula, para financiar a família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, constam do documento firmado por Ferreira e homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, na última quinta-feira. O teor dessa delação foi revelado por ÉPOCA. A denúncia será apresentada pela PGR ao Supremo até o começo de maio.



Na delação, Ferreira conta, detalhadamente, como foram os encontros com Maurício Bumlai para receber dinheiro vivo e repassá-lo à família de Cerveró, por meio do advogado Edson Ribeiro, que intermediava o contato. Uma das justificativas do cuidado “especial” de Delcídio com a família Cerveró se justifica, em parte, segundo Ferreira, pela preocupação do ex-presidente Lula sobre as informações que poderiam surgir de uma delação do ex-diretor. Segundo a delação de Delcídio, homologada em março, Lula seria o principal articulador da estratégia de "comprar o silêncio" de Cerveró. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), no início de abril, o ex-presidente se defendeu das acusações e negou que tenha participado de qualquer ação para impedir que Cerveró fechasse delação premiada.

Segundo Ferreira, o filho do pecuarista repassou a ele R$ 150 mil com destino à família Cerveró. Foram três entregas de R$ 50 mil. O assessor de Delcídio apresentou, como provas de corroboração, mensagens trocadas com operadores de Bumlai e o próprio filho dele, combinando os encontros para buscar o dinheiro. Há até mensagens de áudio via aplicativos como What'sApp e Telegram. Ferreira entregou também coordenadas do seu celular, comprovantes de hospedagem em São Paulo e vouchers dos vôos que tomou. 

Ele narra minuciosamente as coletas de dinheiro. A última entrega registrou cenas de filme policial. Ferreira conta que entrou em um carro, no banco do carona, e no assoalho havia uma sacola com uma caixa de um vinho; que o motorista disse que aquela era a encomenda de Maurício Bumlai. Em outra ocasião, Ferreira foi orientado por um ex-assessor de Delcídio, o Coronel Angelo Rabello, a encontrar uma terceira pessoa chamada Alexandre, no Aeroporto de Congonhas. Alexandre levou Ferreira até seu carro, no estacionamento do aeroporto, e lhe entregou uma sacola das lojas Renner, onde havia uma caixa de sapatos fechada. “Havia um buraco na caixa de sapatos, permitindo ao depoente ver, como efetivamente viu, que havia dinheiro em espécie em seu interior”, disse o delator.


Ainda de acordo com Ferreira, Delcídio havia citado como plano B para os pagamentos aos honorários de Ribeiro, o banqueiro André Esteves, que havia se prontificado a ajudar. No documento, o delator diz que Esteves estava especialmente preocupado com a delação de Cerveró devido a negócios com bandeiras de postos de combustíveis e operações na África. O BTG adquiriu, em 2013, metade da operação de exploração da Petrobras na África, criando a chamada PetroÁfrica. O negócio foi fechado por US$ 1,5 bilhão, enquanto o mercado precificava a mesma fatia acionária por US$ 4 bilhões. Conforme ÉPOCA revelou, a delação do lobista Hamylton Padilha, que participou das negociações, deverá esclarecer a diferença de valores. André Esteves foi preso em novembro do ano passado, juntamente com Delcídio do Amaral, depois que uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo, o incriminou. No áudio enviado aos procuradores, Delcídio diz a Bernardo que Esteves ajudaria a financiar a fuga de seu pai do Brasil. Esteves foi solto pouco antes do Natal.

Fonte: Revista ÉPOCA 

 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Lula vira ministro, e família vai para a cadeia?

Lula tem certeza absoluta que, nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal o libera para assumir a Casa Civil, ratificando seu foro privilegiado para responder pela Lava Jato no próprio STF. No entanto, Lula recebeu a informação que, depois do feriadão, corre o risco de que o juiz Sérgio Moro acate pedido da Força Tarefa para que a Polícia Federal promova a prisão preventiva ou provisória de um de seus filhos ou até da esposa Marisa Letícia - que não contam com o supremo privilégio de defesa. A eventual ação contra a família Lula da Silva deve ter um efeito de imagem mais devastador que a recente divulgação do conteúdo pornopolítico de gravações telefônicas.

Até Dilma Rousseff, candidata a ser impedida, foi obrigada a falar a correspondentes estrangeiros sobre os efeitos da Lava Jato. A Presidanta respondeu à obvia pergunta sobre seu conhecimento acerca dos fatos graves de corrupção: "Você me pergunta uma coisa interessante. Você me pergunta se eu não sabia. Tão perto e não sabia. Foi preciso a delação premiada, foi preciso o reconhecimento da independência dos procuradores, do Ministério Público, uma atitude em relação à Polícia Federal. Foi preciso um conjunto de leis para que isso fosse descoberto. Agora, o que é próprio da corrupção: ser feito às escuras. Ser escondido. Ela tem que ser investigada. Não acredito que a Lava-Jato é um raio em céu aberto. Hoje eu não acredito. Antes estava tudo debaixo do tapete. Ainda tem muita coisa que não se sabe. Não vamos acreditar que está tudo escancarado, não é?".

O próximo passo da Lava Jato - numa operação que poderia ser batizada de "Famíglia" - é a preocupação imediata de Lula. Atingir Michel Temer é outra prioridade de Lula, prestes a passar de acuado a acusado. Não foi à toa a ordem dada hoje pela manhã para que a petelândia promova a "deslegitimação" do "traidor" Michel Temer. O vice-presidente, que agora adota oficialmente a tática do silêncio, principalmente para não assumir compromisso de falar sobre a Lava Jato, encontra dificuldades para definir a equipe econômica de seu eventual mandato. Reunir 54 votos no Senado, para impedir Dilma, parece menos complicado que escalar um ministério que nasce com a hegemonia de Wellington Moreira Franco.

A cúpula do PT, embora discurse com o triunfo mentiroso de sempre, já dá como "inevitável" a derrota pelo impeachment. Tanto que a tática nazicomunopetista se resume a esculhambar Temer, chamando-o de traidor e golpista, enquanto torce para que dê certa a operação tartaruga, arquitetada pela dupla Renan Calheiros e Ricardo Lewandowski. O Presidente do Senado já sinalizou que apenas no dia 17 de maio, uma terça-feira, deverá acontecer a votação da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Basta um mínimo de 41 votos para que ela seja afastada por 180 dias, com direito a "exílio" no Palácio da Alvorada. O julgamento final dela, no plenário, não tem data para acontecer. São necessários pelo menos 54 votos dos 81 senadores para Dilma ser impedida definitivamente.

Em entrevista a correspondentes estrangeiros nesta terça-feira, Dilma insistiu na retórica de que sofre um golpe: "A conspiração se dá pelo fato que a única forma de chegar ao poder no Brasil é utilizando de métodos, transformando e ocultando o fato que esse processo de impeachment é uma tentativa de eleição indireta, de um grupo que de outra forma não teria acesso pelo único meio justificável, que é o voto direto. O Brasil tem um veio que é adormecido. Um veio golpista adormecido. Se acompanharmos a trajetória dos presidentes no meu país, no regime presidencialista, a partir de Getúlio Vargas, vamos ver que o impeachment, sistematicamente, se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos. Eu tenho certeza de que não houve um único presidente depois da redemocratização do país que não tenha tido processos de impedimento no Congresso Nacional. Todos tiveram. TodosO que eu chamo de veio? É essa possibilidade nunca afastada".

Será este o troco da mal escrita e contada História brasileira na guerrilheira Dilma - que no passado da luta armada para implantar uma ditadura comunista no Brasil não teve apreço algum pela democracia?

Talvez o soldado Mário Kozel Filho, vítima fatal das ações do grupo terrorista de Dilma, possa responder, se a consciência verdadeira iluminar o cérebro da maioria dos brasileiros...

Enquanto nada se decide de verdade, começa a crescer a tese democrática do "Fora, todos"...

 

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão
 

Ressaca do impeachment: armações, farsas e cusparadas

Estrelando: Dilma, Lula, Renan, Lewandowski, Cardozo, Janot, Jean Wyllys. Veja resumão

Tentei descansar na segunda-feira da maratona do impeachment no fim de semana. Só compliquei meu fuso-horário, mas volto com a ressaca em tuitadas:
– Comentei em 1ª mão na sexta-feira (16) isto que virou post por toda parte, como acontece com frequência (e na cobertura de domingo bateu recordes):
Curiosamente, Temer se reuniu com Thomas Traumann, chefão dos blogs petistas que saiu do governo após um documento que os escancarava vazar.

Eis o vídeo que mostra a premeditação de Jean:

 Eduardo Bolsonaro comenta caso de cuspe de Jean Wyllys



A Verdade Sufocada – Parte 1

Como governismo tem preço em blogs (hoje) petistas, espero que Temer não tenha ido comprá-los. Dilma precisará de companhia no Pronatec.
– Se grupo de Temer quer o Traumann do Brasil para serviços de comunicação, é melhor passar-lhe só informações de despiste para vazamento a Dilma.
– Temer: “Muito silenciosa e respeitosamente vou aguardar decisão do Senado”. Traduzindo: qualquer dúvida, consultem meus aliados.


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