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quarta-feira, 25 de abril de 2018
Deputado do PSOL e ex-BBB perde mais uma para JAIR BOLSONARO
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O carma do futebol-arte: o legado que a seleção de 1970 deixa para o Brasil de Tite
Jogar bonito ou vencer? ÉPOCA compilou como o escrete fez os gols nas últimas Copas para descobrir qual equipe se aproximou mais do jogo idealizado pelo torcedor
O lateral Roberto Carlos desce do ônibus a balançar um chocalho. Ronaldinho Gaúcho surge em seguida tocando um pandeiro. Os jogadores rumam para o vestiário, onde, enquanto vestem o uniforme amarelo e azul da Seleção Brasileira, tocam samba e fazem embaixadinhas e malabarismos com uma bola. As cenas — que repetem os mais manjados clichês sobre o Brasil, seus jogadores e seu futebol — faziam parte de uma propaganda da Nike, cuja campanha lançada às vésperas da Copa do Mundo de 2006 sintetizava aquilo que o torcedor queria ver do Brasil em campo: drible, jogo ofensivo e futebol esteticamente agradável.
Tostão, o craque campeão de 1970, simbolizava aplicação tática e qualidade técnica (Foto: POPPERFOTO/GETTY IMAGES)
Era mais uma das encarnações do mito do futebol-arte, que persegue o Brasil há mais de 50 anos e ressuscita a cada quatro anos. É a ideia de que o Brasil deve jogar bonito e vencer por ter um time cheio de talentos, de foras de série, por natureza muito melhores que todos os seus concorrentes.
Tal ideal nasceu no bicampeonato nas Copas de 1958 e 1962 e foi realizado em sua plenitude pela Seleção Brasileira que venceu a Copa de 1970, o time treinado por Mário Jorge Lobo Zagallo, com Pelé, Tostão, Rivellino, Gérson, Carlos Alberto Torres, Jairzinho. Como várias antes, a equipe que desceu do ônibus sambando no comercial de 2006 carregava a esperança de reeditar o tal futebol bonito e eficiente por ter Kaká, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Adriano, alguns dos maiores jogadores naquele momento.
Mas, como várias outras, ficou no quase — ou melhor, numa derrota para a França. Nas duas Copas seguintes, o triângulo formado pela Seleção, pela torcida e pelo jogo bonito foi substituído pela desconfiança. A dúvida persiste em relação à Seleção que, em dois meses, disputará a Copa de 2018: será esse time capaz de jogar bonito e vencer?
Na tentativa de dar base objetiva para que se avalie a estética da Seleção Brasileira — mesmo que tal quantificação nunca chegue a ser conclusiva —, ÉPOCA compilou as jogadas que originaram os gols feitos pelo Brasil nas Copas de 2002 a 2014.
As possibilidades são variadas. Há times que avançam da defesa para o ataque com troca de passes, que constroem jogadas. Há equipes que priorizam rápidos contra-ataques, outras que roubam a bola de adversários no ataque para um contragolpe mais rápido. E há a bola parada, seja falta, escanteio ou pênalti. São meios distintos para o mesmo fim: o gol. A análise também leva em conta o resultado obtido, claro. Isso para tentar definir, entre as seleções mais recentes, qual delas ao menos se aproximou do futebol vistoso e vencedor.
>> Kevin De Bruyne: a peça para que a famosa geração belga convença – ou frustre de vez
A resposta é fácil: a de 2002. A Seleção treinada por Luiz Felipe
Scolari tinha boa parte do que o torcedor quer ver em campo. As jogadas
ofensivas se concentravam na construção, responsável por quase metade
dos gols marcados, mas o arsenal contava também com recursos como as
bolas paradas de Roberto Carlos e Ronaldinho Gaúcho, a roubada de bola
no campo adversário e o contra-ataque vindo de trás. Felipão equilibrou a
defesa com três zagueiros e o volante Gilberto Silva e liberou os
homens do meio para a frente, talentosos, para que atacassem à vontade.
Cafu pela direita e Roberto Carlos pela esquerda serviam o ataque dos
“três erres” — Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. A Seleção construía
suas jogadas pelos flancos, e, se a beleza não desse resultado, Felipão
tinha armas para o segundo tempo, como Juninho Paulista e Denílson,
ambos habilidosos e rápidos para incrementar o gracejo da Seleção.
O
final é conhecido: Cafu, com sua camisa “100% Jardim Irene”, levantou a
taça.
Contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, Philippe Coutinho pegou a bola pela direita, virou-se para o meio e tabelou com Paulinho; os marcadores foram com Paulinho, o que abriu um espaço na defesa; Paulinho devolveu de calcanhar, e Coutinho chutou da entrada da área para marcar.
Na falta de jogadas assim, o time também tem artifícios para garantir resultados, como bolas paradas. O escanteio curto que termina na cabeça do zagueiro Miranda, no gol contra a Rússia, é um exemplo recorrente. O time de Tite ainda tem o pragmatismo necessário para que contra-ataques vindos desde a defesa funcionem, responsáveis por um quinto dos gols. Até agora, o time mostrou ter capacidade de construir jogadas e de ter uma diversidade de recursos ofensivos. [pedimos desculpas aos nossos leitores pela manutenção das fotos sobre o técnico que foi a vergonha do futebol nacional: Luiz Felipe.]
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Se o PT quer tirar ou por alguma coisa no novo CPP que resolva no voto
PT pede para retirar prisão em 2ª instância do novo Código de Processo Penal
Relator, João Campos (PRB-GO), resiste e prefere ver questão ser resolvida no voto
O PT pediu formalmente que seja
retirado do projeto do novo Código de Processo Penal o artigo que visa
tornar regra a prisão após a segunda instância. A solicitação foi feita ao
relator João Campos (PRB-GO) pelos deputados Paulo Teixeira
(PT-SP), um dos subrelatores do projeto, e Nelson Pellegrino (PT-BA) em
reunião nesta quarta-feira. Campos resiste e afirma que prefere ver a questão
ser decidida no voto.
— Não
tenho ânimo para recuar. É um tema relevante e acho que o Brasil precisa
enfrentar. Quando inclui isso, fiz por convicção. Acho que é um tema que deve
ir a voto — afirmou Campos.
O PT tem
atuado contra a chamada execução antecipada da pena pois sua principal
liderança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso com base nesse
princípio. Atualmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem uma jurisprudência
que permite a execução da pena em segunda instância. Mas o tema poderá ser
revisto pela Corte na análise de ações direta de constitucionalidade (ADCs) que
questionam essa possibilidade.
Uma
dessas ações foi apresentada recentemente pelo PC do B, aliado do PT. No texto
em tramitação do novo Código de Processo Penal, Campos previu a execução
imediata no caso de decisões colegiadas, o que além da segunda instância
enquadra decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no caso de quem tem
foro naquela corte, como governadores.
Sugestões
Além
deste tema, o PT apresentou outras 14 sugestões de alterações à minuta
apresentada por Campos na semana passada. [uma delas é que roubar os cofres públicos, desde que o ladrão seja petista, não seja considerado crime.] O relator mudou seu planejamento e
vai conversar com outros partidos e entidades antes de apresentar seu parecer
definitivo para votação. Ele pretende concluir as conversas e divulgar seu novo
texto no final de maio. A minuta recebeu críticas do Ministério Público, que
viu na redação limitações ao poder de investigação da instituição.
Uma
alteração que Campos pretende fazer no texto é incluir na legislação como devem
funcionar as "forças-tarefas". [ao pretender estabelecer regras sobre funcionamento das forças-tarefas o relator mistura normas operacionais com normas de processo penal - uma coisa nada tem a ver com a outra.] Atualmente, cada órgão de
investigação, como Polícia, Ministério Pública e Receita Federal, tem regras
próprias para alocar profissionais neste formato. A ideia de Campos é chegar a
um texto que preveja uma atuação mais integrada dos diferentes órgãos. — Acho
que é viável incluir essa questão da Força Tarefa, porque isso é um expediente que
já conhecemos, não só da Lava-Jato, mas de outras operações. Então, ao trazer
isso para o CPP estaremos dando uma segurança jurídica — afirmou o relator.
O Globo
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