VOZES - Gazeta do Povo
Conteúdo editado por: Bruna Frascolla Bloise
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Conteúdo editado por: Bruna Frascolla Bloise
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
“Então vi descer do céu um anjo que tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos. Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.
Assim como a prisão do diabo é limitada a mil anos, o reinado intermediário dos santos é igualmente limitado.
Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade para julgar. Vi ainda as almas dos que foram decapitados por terem dado testemunho de Jesus e proclamado a palavra de Deus. Estes são os que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam a sua marca na testa e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição. Sobre esses a segunda morte não tem poder; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.
Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos e a cidade amada. Porém, desceu fogo do céu e os consumiu. O diabo, que os tinha enganado, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre.
O abismo é uma restrição figurada, pela qual Satanás ficou impossibilitado de pôr em prática sua perversidade que tinha antes de sua restrição.
Vi um grande trono branco e aquele que está sentado nele. A terra e o céu fugiram da presença dele, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, que estavam em pé diante do trono. Então foram abertos livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. O mar entregou os mortos que nele estavam. A morte e o inferno entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de fogo.
Estas imagens que João viu em seu exílio em Patmos, que precedem e sucedem a última batalha, parecem ser caleidoscópicas, sobrepostas, tremidas.
O abismo é uma restrição figurada, pela qual Satanás ficou impossibilitado de pôr em prática sua perversidade que tinha antes de sua restrição. Assim, até a hora designada por Deus, Satanás será incapaz de enganar as nações estrangeiras. Portanto, a prisão e a expulsão de Satanás estão relacionadas com a primeira vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em regiões onde foi permitido ao diabo exercer quase que poder ilimitado, durante os tempos do antigo Israel, ele é agora forçado a ver os servos de Jesus pouco a pouco ganhando território. Segundo William Hendriksen: “Num comparativamente breve período, o cristianismo se espalha por todo o sul da Europa. Logo ele conquista o continente. Pelos séculos que se seguem ele é proclamado em todos os lugares [do mundo] de modo que os confins da terra ouvem o evangelho daquele que foi crucificado e muitos dobram os joelhos diante dele. [...] A Bíblia já foi traduzida em [...] [cerca de] 1 mil línguas [e algumas partes foram traduzidas em 3,6 mil idiomas]. [...] Em alguns países, as verdades abençoadas do cristianismo afeta[ra]m a vida humana em todas as suas áreas: política, econômica, social e intelectual”.
Mas no fim da era de mil anos, imediatamente antes da volta de Cristo, Satanás interromperá a pregação do evangelho e lançará uma cortina de ilusão sobre as nações, com o objetivo de preparar o ataque devastador contra o povo de Deus. Portanto, o abismo representa uma esfera espiritual na qual Satanás ainda opera de modo restrito ao longo desta era, e o restringe para que ele não possa fazer o que fez no passado. Ele foi capaz de iludir muitos israelitas no passado, de modo que eles tiveram dificuldade em cumprir sua missão de ser uma luz salvadora para as nações. E a nação permaneceu sitiada pela opressão de nações estrangeiras que tentaram exterminá-la. Essa tentativa de destruir Israel culminou no ataque de Satanás a Jesus. Agora, preso, o diabo não será capaz de deter a pregação do evangelho nem o seu recebimento cada vez maior durante a maior parte da era que precede a volta de Jesus.
Ao fim desta era, o diabo será solto por um pouco de tempo. Portanto, os cristãos precisam ter em mente que a época durante a qual o povo de Deus será capaz de espalhar o evangelho em todos os lugares não durará indefinidamente; nem mesmo até o momento da segunda vinda de Cristo. E não há regiões desta terra, como Sudão, Paquistão, Etiópia, China, Coreia do Norte, Índia, Nicarágua e até mesmo na Europa ocidental e nas costas dos Estados Unidos, que parecem já estar entrando no pouco [...] tempo de Satanás?
O reinado dos santosIsso tudo ocorre durante mil anos, que devem ser interpretados simbolicamente, uma referência a um longo tempo. Pois, como N. T. Wright afirma: “João usou todos os tipos de números simbólicos ao longo de seu livro. Seria muito estranho se ele, repetidamente, lançasse um número simbólico e redondo bastante óbvio, mas esperasse de nós que o compreendêssemos literalmente”. Assim, mil significa completude, a duração completa desta era aqui descrita. Aponta para a ideia de uma plenitude de tempo oferecida pela soberania de Deus, ao fim do qual certamente virá a vitória final dos cristãos que têm sofrido. Como Gordon Fee escreve: “João não está nesse momento interessado em um período de tempo como tal, conhecido como ‘o milênio’, embora o termo ‘mil anos’ apareça um total de quatro vezes nessas poucas frases. Em vez disso, os dois parágrafos [de 20,1-6], [e] ambos começam [...] com o verbo ‘eu vi’, são melhor entendidos juntos como um interlúdio entre a derrubada do triunvirato profano [...] delineado na seção anterior (19,11-21), e o julgamento final de todo mal, tanto demoníaco quanto humano, em 20,7-15. [...] Sua intenção geral parece ser uma palavra final de conforto para aqueles que ainda serão martirizados por sua devoção a Cristo, em vez de oferecer lealdade incondicional ao imperador”. E os santos falecidos viveram e reinaram com Cristo durante esse período, ao mesmo tempo em que Satanás está no abismo. A vindicação dos santos consiste na realeza que eles receberam nesse período. Mas apenas os que têm parte na primeira ressurreição vencerão a segunda morte, o juízo de Deus sobre os perdidos, e reinarão com Cristo. Isso significa que os restantes dos mortos, aqueles que não têm parte na primeira ressurreição, são os incrédulos em seu caminho para o juízo eterno.
O Cordeiro reconhece diante de Deus todos que estão inscritos no Livro, e todos identificados com sua justiça, morte e ressurreição, são sua possessão.
O exercício de juízo pelos santos e o fato de reinarem com Cristo ocorrem simultaneamente com a prisão de Satanás. Os santos nos tronos também recebem a felicidade de serem sacerdotes de Deus e de Cristo, de estarem protegidos contra a segunda morte, e de reinarem como reis com ele os mil anos. A primeira ressurreição é a trasladação da alma da terra para os tronos de Deus. É seguida, na segunda vinda de Cristo, pela ressurreição do corpo. Assim como a prisão do diabo é limitada a mil anos, o reinado intermediário dos santos é igualmente limitado, mas é seguido por uma etapa consumada de reinado na eternidade. A primeira ressurreição deve ser entendida como espiritual e a segunda como física. A primeira morte dos santos, que é física, os transfere para a primeira ressurreição no céu, que é espiritual. A segunda ressurreição dos ímpios, que é física, os transfere para a segunda morte, que é espiritual – e eterna. A primeira ressurreição é vivenciada apenas pelos cristãos, enquanto a segunda morte é vivenciada apenas pelos incrédulos. A primeira ressurreição, embora incompleta, inaugura uma ressurreição espiritual que será consumada mais tarde de uma forma física – e que João não chama de “segunda” ressurreição. Assim, é razoável interpretar a ascensão da alma na hora da morte à presença do Senhor como uma forma de ressurreição espiritual, em antecipação à ressurreição física e à consumação da vida eterna, que ocorrerão na volta do Senhor. Como afirma N. T. Wright: “A ressurreição, a eliminação da própria morte, dando ao povo de Deus novos corpos para viver no novo mundo de Deus, é a grande esperança do judaísmo antigo e do cristianismo clássico”.
Mas, segundo N. T. Wright, no que se refere ao período de mil anos, “nesse ponto, acima de tudo [...], não é necessário ser dogmático demais. Devemos guardar as coisas centrais que João deixou bem claras [em Apocalipse]: a vitória do Cordeiro e o chamado para compartilhar sua vitória por meio da fé e da paciência. Deus fará o que Deus quiser fazer. [...] Quem tem a vitória é o Deus criador, que o faz para derrotar e eliminar a própria morte e, assim, abrir caminho para o esplendor da criação renovada. Isso é o que importa”. Pois a confiança dos cristãos é que Deus não esqueceu dos seus! Os santos mártires são homenageados como reis e sacerdotes! Os santos redimidos de Deus experimentarão a primeira ressurreição! Portanto, todo o povo de Deus será feliz e santo e não experimentará a segunda morte!
E essas nações marcharam [...] pela superfície [literalmente “largura”] da terra e cercaram o acampamento dos santos, uma alusão ao acampamento dos israelitas no deserto, e a cidade amada[por Deus], expressão usada em referência a Jerusalém. O acampamento dos santos é equiparado à cidade amada, o que enfatiza uma continuidade histórica, e que encontra sua consumação em Apocalipse 21–22. Porém, antes que as nações ataquem os santos, desceu fogo do céu e os consumiu, referência ao episódio do profeta Elias e dos soldados enviados para prendê-lo (2Rs 1,9-17) e, de modo figurado, ao Juízo Final, quando Deus sozinho salvará seu povo ao destruir os seus inimigos. Assim, de acordo com Richard Bauckham: “O objetivo teológico do milênio é unicamente demonstrar o triunfo dos mártires: aqueles que a besta matou são os que de fato viverão – [...] e aqueles que contestaram seu direito de governar e sofreram por isso são os mesmos que, no final de tudo, dominarão tão universalmente quanto ela – e por muito mais tempo: mil anos. Por fim, para provar que a vitória deles no reino de Cristo não pode ser novamente revertida pela impiedade, e que é a última palavra de Deus para o bem contra o mal, o diabo recebe uma última oportunidade de enganar as nações outra vez [...]. Todavia, essa não é uma repetição do governo da besta. A cidade dos santos prova ser inexpugnável”.
O diabo é destacado como aquele que enganou as nações, levando-as a atacar os santos. Portanto, Apocalipse 20,7-10 parece ser uma recapitulação de Apocalipse 19,17-21, o que torna improvável a suposição de que Satanás é lançado no fogo muito tempo depois de seus exércitos. Assim, a besta e o falso profeta foram lançados no lago de fogo e enxofre (Ap 19,20) ao mesmo tempo que o diabo. Os episódios são simultâneos e, assim, os mil anos devem referir-se aos acontecimentos que precedem a batalha final, ou seja, a atual era. Por fim, a trindade satânica sofrerá uma punição eterna, ou seja, serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre.
O fato de que João viu os mortos, os grandes e os pequenos [...] em pé diante do trono assume que a última e grande ressurreição dos injustos e dos justos ocorreu. A visão de João assegura que o Juízo Final e a redenção última acontecerão. Os registros escritos nos livros, que contêm os julgamentos divinos, referem-se simbolicamente à memória de Deus, que nunca falha. Por outro lado, uma pessoa será julgada e declarada absolvida sobre esta base: se seu nome estiver registrado no Livro da Vida. A pureza desse momento divino final joga luz em meio a tantas visões obscuras e afirma a destruição final do mal. E notem o efeito da presença do Juiz! Como as pessoas ainda fazem piada do dia do juízo? O mar simboliza o domínio do mal. Se é assim, Deus agora força esse domínio maligno, assim como a morte e o inferno [Hades = lugar dos mortos], a liberar os seus cativos para serem julgados. Não me perguntem como isso se dará. Não está em nosso poder saber os detalhes. Somente Deus pode fazer milagres. Nossa preocupação deve ser nos preparar para aquele dia, quando todos estarão de pé para ouvir a palavra do Juiz.
Viver para sempre com o Senhor é a recompensa que ele outorga a seu povo, cujos nomes estão no Livro da Vida.
O fato de que a morte e o inferno [Hades = lugar dos mortos] foram lançados no lago de fogo significa que as forças que imperaram após a primeira morte, a morte física, agora cessam e são substituídas pela punição eterna no lago de fogo (vale de Hinom = Geena). Isso expressa o fato de que os incrédulos, mantidos anteriormente nos grilhões temporários da morte e do lugar dos mortos, serão entregues aos grilhões permanentes do lago de fogo, que é chamado por João de a segunda morte. A realidade do sofrimento da segunda morte é o ser alvo da eterna ira de Deus, ser expulso do acampamento dos santos e da sua cidade amada, enquanto os justos desfrutam das bênçãos de viverem nela. O alerta de William Hendriksen é importante: “Em nenhum lugar em toda a Bíblia lemos que haverá uma ressurreição dos corpos dos crentes antes dos mil anos e outra dos corpos dos não crentes, após os mil anos. Todos ressuscitam ao mesmo tempo. A Morte, a separação de alma e corpo, e o Hades, o estado de separação, agora cessam. Nem no novo céu nem na nova terra nem mesmo no inferno jamais haverá separação entre corpo e alma depois da segunda vinda de Cristo para julgamento. Portanto, [...] a Morte e o Hades [...] são lançados no lago de fogo. E qualquer cujo nome não tenha sido encontrado inscrito no Livro da Vida será também lançado no lago de fogo”.
A nota do Juízo Final soa mais uma vez: se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de fogo. Apesar da ameaça final, os santos encontram refúgio no Livro da Vida, onde estão escritos os nomes dos eleitos para a fé desde antes da fundação do mundo (Ap 13,8). Os santos são poupados do juízo. Eles não são julgados pelas suas obras más, porque o Cordeiro já sofreu por eles: ele foi morto no lugar dos santos. O Cordeiro reconhece diante de Deus todos que estão inscritos no Livro, e todos identificados com sua justiça, morte e ressurreição, são sua possessão. Viver para sempre com o Senhor é a recompensa que ele outorga a seu povo, cujos nomes estão no Livro da Vida.
“Ó Poderosíssimo Deus e Pai misericordioso, que tens compaixão de todos os homens, e que não desejas a morte do pecador, porém seu arrependimento e salvação. Misericordiosamente perdoa-nos as nossas transgressões; recebe-nos e conforta-nos a nós que estamos entristecidos e mortificados com o peso de nossas culpas. Tua propensão é ter sempre misericórdia; só a ti pertence o perdoar os pecados. Perdoa-nos, portanto, bom Senhor, perdoa ao teu povo, que remiste; não entre em juízo com os teus servos, porém de tal maneira aparta de nós a tua ira, de nós que reconhecemos, humildes, as nossas transgressões e verdadeiramente nos arrependemos de nossas faltas, e assim apressa-te a ajudar-nos neste mundo, a fim de que vivamos para sempre neste mundo contigo no nosso mundo vindouro; mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.”
Um correspondente da AFP observou disparos de artilharia durante a noite em vários pontos de Gaza, como Khan Yunis, no sul do território palestino, onde se concentra uma parte significativa dos 1,9 milhão de deslocados de Gaza.
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou na quarta-feira que mais 21.100 pessoas, a maioria mulheres e menores de idade, morreram em Gaza desde o início das operações militares israelenses.
Os combates aumentaram de intensidade nesta quinta-feira na Faixa de Gaza, enquanto a ONU alertou para um grave perigo para a população.
Israel prometeu manter a campanha para destruir o Hamas como resposta ao ataque de 7 de outubro do movimento islamista, que deixou quase de 1.140 mortos em território israelense, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas pelas autoridades do país. O movimento palestino também sequestrou quase 250 pessoas, das quais 129 continuam como reféns.
As Forças Armadas israelenses anunciaram nesta quinta-feira que os bombardeios prosseguem em Khan Yunis, onde, segundo autoridades do país, se concentram parte dos milicianos do Hamas. Também exibiram imagens dos soldados avançando nos túneis cavados pela organização islamista palestina perto do hospital pediátrico Al Rantisi, no oeste da cidade de Gaza.
O Ministério da Saúde do Hamas informou que bombardeios durante a madrugada provocaram mortes em Nuseirat e Deir al Balah.
Soldados israelenses 'pisam, humilham e cospem' em palestinos, denuncia ONU
Ataques de Israel em Gaza matam 240 palestinos em 24h, diz Hamas
Netanyahu diz
que Hamas deve ser destruído para haver paz [não é uma tarefa dificil para Israel destruir Gaza, condição que aponta como necessária para uma paz duradoura - milhares e milhares de civis palestinos estão sendo eliminados pela Forças Armadas de Israel, situação que inevitavelmente levará a destruição de toda a vida humana naquela região.]
- "Cessar-fogo duradouro" -
A pressão por uma trégua aumentou na quarta-feira, quando o presidente francês Emmanuel Macron insistiu, em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na "necessidade de trabalhar para alcançar um cessar-fogo duradouro".
Ele também expressou uma "profunda preocupação" com o número de civis mortos em Gaza, informou seu gabinete em um comunicado. Desde que Israel impôs o cerco ao território no início da guerra, os moradores de Gaza enfrentam a escassez de comida, água, combustível e medicamentos.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também pediu uma trégua e afirmou que a comunidade internacional deve "adotar passos urgentes para aliviar o grave perigo que a população de Gaza enfrenta, que coloca em risco a capacidade dos trabalhadores humanitários de ajudar as pessoas com ferimentos graves, fome e que estão expostas a doenças".
Em um comunicado, a OMS afirmou que seus funcionários relataram que "pessoas com fome novamente interromperam nossos comboios com a esperança de encontrar comida".
"A fome e a desesperança aumentam no território palestino", lamentou.
- Quadrigêmeos em Gaza -
Uma das moradoras de Gaza, Iman al-Masry, deu à luz recentemente a quadrigêmeos em um hospital no sul de Gaza, depois de fugir da casa da família no norte do território, uma área devastada pela guerra. A viagem "afetou minha gravidez", declarou a mulher de 28 anos, que teve dois meninos e duas meninas em um parto cesárea.
Ela precisou desocupar rapidamente o leito no hospital para dar espaço a outros pacientes, mas deixou um dos filhos no hospital porque ele estava com a saúde muito frágil para receber alta. "Estão muito magros", afirmou sobre os filhos em um abrigo improvisado em Deir al Balah. "Com a falta de leite em pó para bebês, tento amamentá-los, mas não há nada nutritivo que eu possa comer para amamentar três bebês", lamentou.
No campo de refugiados de Al Maghazi, uma escola da ONU transformada em abrigo foi atingida por um bombardeio. "Eles dizem que existem zonas verdes e zonas com outras cores. São apenas boatos, não há zonas seguras em Gaza", declarou à AFP um homem no território que não revelou seu nome.
"A situação também é crítica em Rafah, no sul do território, onde vivem quase 1,5 milhão meio de habitantes", explicou Nedal Abu Shbeka, proprietário de uma loja de colchões. "Pessoas estão nas escolas, campos e outros lugares", disse, em referência ao número elevado de deslocados.
- "Ação direta" -
A guerra aumentou o temor de um conflito regional, com agressões frequentes entre Israel e o Hezbollah na fronteira com o Líbano, assim como os ataques dos rebeldes huthis do Iêmen contra navios no Mar Vermelho, em solidariedade com o Hamas.
Todos estes grupos são apoiados pelo Irã.
O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, sugeriu uma possível "expansão dos combates ao norte", na fronteira com o Líbano, cenário de trocas de tiros constantes entre as forças de Israel e o movimento islamista Hezbollah desde o início da guerra. A Guarda Revolucionária do Irã advertiu Israel que Teerã e seus aliados adotarão uma "ação direta" para vingar a morte do comandante Razi Moussavi, que ocorreu na segunda-feira em um ataque com mísseis na Síria atribuído às forças israelenses, que negam qualquer envolvimento.
Milhares de pessoas compareceram nesta quinta-feira ao funeral de Moussavi em Teerã. Ele era comandante da Força Qods, setor de operações no exterior e unidade de elite da Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã. A violência também explodiu na Cisjordânia ocupada, com mais de 310 palestinos mortos por soldados ou colonos israelenses desde 7 de outubro, segundo o Ministério palestino da Saúde. Um palestino morreu na madrugada desta quinta-feira durante uma incursão do Exército israelense em Ramallah, depois que seis faleceram em circunstâncias similares na quarta-feira em outro ponto do território. A ONU pediu a Israel o "fim dos homicídios ilegais" na Cisjordânia ocupada.
UOL - Notícias
Li jornal digital Poder 360° que só 30% dos brasileiros disseram dispor de R$ 200 se necessitassem desse valor em caso de emergência. O dado é fornecido pelo PoderData, divisão de pesquisa do próprio grupo, e foi realizada de 16 a 18 de dezembro de 2023. Trata-se do percentual mais baixo desde setembro de 2020, quando essa pesquisa, que é periódica, foi executada pela primeira vez.
O dado impressiona e comove. Sete em cada dez brasileiros não disporiam de R$ 200 se fosse necessário! O grau de pobreza que ele permite diagnosticar resulta de um amplo conjunto de fatores cujo produto também é medido em baixo crescimento econômico e ampliação dos desníveis sociais.
Farsantes, picaretas, vigaristas intelectuais jogam as responsabilidades sobre todos que, na atividade econômica e no mundo dos negócios, assumem riscos, criam empregos, pagam salários, geram produto econômico, prestam serviços, distribuem e comercializam os bens de consumo e pagam impostos, muitos impostos, federais, estaduais e municipais a um setor público ávido tomador de 40% de tudo que é produzido no país.
Sete em cada dez brasileiros não tem R$ 200 disponíveis, mas Brasília, que não produz um clipe de papel, tem o maior PIB per capita do país, resultante da circulação dos vencimentos pagos à elite do setor público nacional.
Sete em cada dez brasileiros não tem R$ 200 disponíveis, mas o ministro Dias Toffoli derrubou um acórdão do Tribunal de Contas da União e autorizou o pagamento de penduricalhos no valor de quase R$ 1 bilhão a juízes federais.
Sete em cada dez brasileiros não tem R$ 200 disponíveis, mas o Congresso Nacional vai aprovar a duplicação do valor destinado a custear as campanhas eleitorais do ano que vem. E lá se vão R$ 4 bilhões para essa representação política surda aos anseios da população.
Gradualmente, então, foi se abrindo a porta para o socialismo apesar de os fatos, pela janela, berrarem que isso é loucura e que tal sistema não consegue apresentar um único caso de prosperidade e democracia. Têm razão os fatos: o socialismo sempre iguala todos na pobreza, excetuadas suas elites, e só ao Estado concede liberdades. Mas isso quase ninguém fala. É nesse caminho que estamos sendo lentamente conduzidos enquanto as vozes do poder dizem ver o que ninguém vê e não ver o que todos veem.
Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras