O inconcebível ataque ao ajuste fiscal
A
senadora Gleisi Hoffmann (PR), ex-chefe da Casa Civil de Dilma, procura sabotar
a presidente. O mesmo ocorre com o deputado Vicentinho
(SP), ex-líder do PT na Câmara
Só mesmo a cegueira
provocada pelo fervor ideológico e uma ojeriza a leis básicas da economia causada por
um sectarismo de raiz fundamentalista podem explicar por que parlamentares do PT, partido da presidente Dilma, decidem
inviabilizar o imprescindível ajuste fiscal, com a apresentação de emendas a
fim de esvaziar as medidas provisórias baixadas para começar a ordenar as
contas públicas. Conspiram contra o próprio governo do partido.
Jogam, de forma populista, para a plateia e viram as costas para a presidente eleita por seu partido. Até mesmo a senadora Gleisi Hoffmann (PR), ex-chefe da Casa Civil de Dilma, procura sabotar a presidente. O mesmo ocorre com o deputado Vicentinho (SP), ex-líder do PT na Câmara. Fingem não conhecer números de extrema gravidade: no ano passado, pela primeira vez desde 1997, o país acumulou déficit primário (0,63% do PIB), o déficit nominal atingiu 6% — o dobro do teto exigido na União Europeia —, e a dívida pública bruta passou do nível máximo de segurança de 60% do PIB e bateu nos 63%.[é preciso ter em conta que toda a miséria que se abate sobre o Brasil é responsabilidade exclusiva da Dilma e do PT, nada mais justo que Dilma seja impedida de adotar qualquer medida que pretenda consertar a m ... que ela e o PT fizeram.
Dilma está sem credibilidade e qualquer proposta dela merece o mais profundo repúdio.
Além do mais não podemos esquecer que a petralhada age igual a ratos: quando percebe que o barco está afundando (no caso o governo Dilma) são os primeiros a abandonar.]
A poupança desabou e junto com ela os investimentos. E ainda condimentam o cenário do desastre um déficit externo muito alto (4% do PIB) e uma inflação persistentemente elevada, como se, nos últimos anos, a meta não fosse 4,5%, mas algo próximo dos 6%. Tudo isso e a economia estagnada. A necessidade do ajuste é óbvia, entendida por qualquer aluno nos anos iniciais do curso de Economia. A economista Dilma Rousseff tanto reconheceu a urgência das medidas que, numa repetição do que aconteceu no primeiro mandato de Lula, montou uma equipe econômica para recolocar o país no melhor caminho.
A miopia é em tão elevado grau que esses petistas não se recordam que um ajuste semelhante executado em 2003 por Antonio Palocci na Fazenda, Levy no Tesouro e Henrique Meirelles no Banco Central jogou para baixo uma inflação de dois dígitos, conteve os desequilíbrios em geral e, com isso, permitiu a Lula se beneficiar da volta do crescimento sem distorções, e assim ganhar o segundo mandato. [o que está sendo esquecido na matéria é que FHC deixou o Brasil já em processo de melhora econômica e o Lula apenas deu continuidade e ainda contou com os ventos favoráveis que movimentavam a economia mundial naquela época.
Agora além dos fatores adversos na economia global há a notória incomPTencia da Dilma que conseguiu maximizar em seu governo, especialmente no ano eleitoral de 2014, todos os males que hoje se abatem sobre o Brasil.
É só ler as manchetes dos jornais e se constata que Dilma acumula uma sucessão incontável e ininterrupta de recordes negativos.]
Deveriam ouvir os prognósticos do americano Mark Mobius, executivo-chefe da Templeton, administradora de US$ 40 bilhões em títulos de países emergentes. No ano que vem, Mark prevê que a economia brasileira cresça entre 3% e 4%, mas desde que faça seu ajuste fiscal bem mais por corte de despesas, do que elevação de impostos, para voltar a atrair os investidores. [afastar Dilma é essencial para que qualquer prognóstico favorável à econômica se realize. Com Dilma nada de bom pode acontecer no Brasil. O primeiro acontecimento benéfico para o Brasil, precisa ser a neutralização da atual presidente. Só após é que o Brasil reencontrará o caminho do desenvolvimento.]
Será, então, uma espécie de repetição de 2004, depois do ajuste de 2003. Mas, pelo que se observa no Congresso, parte do PT não quer.
Fonte: Editorial – O Globo
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