Estado Islâmico trafica órgãos para se financiar
Diplomata
iraquiano apresentou ao Conselho de Segurança da ONU um relatório detalhando a venda ilegal de órgãos humanos feita pelos jihadistas
O governo do Iraque denunciou nesta quarta-feira à Organização das
Nações Unidas (ONU) que o grupo jihadista Estado Islâmico
(EI) está traficando órgãos humanos no mercado negro
para se financiar. "Nós temos os corpos. Venham
examiná-los, é evidente a falta de órgãos”, disse o embaixador do Iraque na
ONU, Mohammed Ali al Hakim. Segundo a denúncia, cada rim vendido ilegalmente – um dos órgãos mais traficados – rende
cerca de 130.000 dólares (mais de
350.000 reais) aos jihadistas.
O
diplomata iraquiano apresentou um relatório sobre a situação para o Conselho de
Segurança da ONU e cobrou uma postura mais firme da aliança Ocidental que
combate o EI para coibir a prática de
extração e venda ilegal de órgãos. A denúncia iraquiana também afirma que os jihadistas matam os médicos que se
recusam a cooperar com eles na retirada de órgãos. “Nas últimas semanas, foram mortos pelo menos dez médicos que se
recusaram a retirar órgãos", disse Hakim, complementando que o governo
iraquiano encontrou valas comuns com muitos corpos violados e sem alguns
órgãos.
Além do tráfico de
órgãos, Hakim também
acusou os jihadistas de venderem ilegalmente no exterior artefatos
arqueológicos roubados nas diversas cidades que eles saqueiam. Na semana
passada, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que tentaram bloquear as fontes de financiamento de
grupos terroristas no Iraque e na Síria. Os jihadistas são financiados, entre outras fontes, de venda ilegal de petróleo, saques,
sequestros e de remessas ilegais de dinheiro de simpatizantes no exterior.
Fonte: Revista VEJA
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