Enquanto os negociadores comemoravam o acordo
alcançado em Viena sobre o programa nuclear iraniano, partia de Israel o mais
veemente protesto. O
governo de Benjamin Netanyahu considerou esta terça-feira um dia sombrio e o
tratado, um “erro de proporções
históricas”. O primeiro-ministro israelense prometeu manter os esforços
para impedir que a República Islâmica consiga desenvolver uma bomba atômica.
A reação
de Netanyahu foi acompanhada pela de seu Gabinete e de outros políticos pelo
país. Israel teme que, uma vez que o Irã tenha armas nucleares, possa usá-las
contra seu território. O governo israelense acusa Teerã de apoiar grupos que
atacam seu território, e ex-líderes iranianos já se referiram à destruição de
Israel no passado. — Ninguém pode evitar um acordo quando os negociadores desejam fazer
mais e mais concessões para aqueles que, mesmo durante as conversas, continuam
cantando: “Morte à América” — disse Netanyahu. — Sabíamos que o desejo de fechar o acordo era mais forte do que tudo, e
então não nos comprometemos a evitar o acordo. Mas nós nos comprometemos a
evitar que o Irã tenha armas nucleares, e esse compromisso permanece.
Israel
deve exercer agora uma forte pressão sobre o Congresso americano para que se
oponha ao acordo. Em março, Netanyahu participou de uma sessão conjunta do
Congresso, em Washington, e conta com apoio dos republicanos. Os congressistas
americanos têm 60 dias para revisar o acordo — período durante o qual os
EUA não podem suspender as sanções ao Irã. E a vice-chanceler Tzipi Hotovely disse
que seu país “irá empregar todos os meios
diplomáticos para evitar a confirmação” do texto. O presidente Barack
Obama, no entanto, afirmou nesta terça-feira que derrubará qualquer veto.
Em seu
país, Netanyahu pediu aos políticos para colocarem as diferenças de lado e se
unirem em oposição ao Irã. — Esse é um erro de proporções históricas —
disse.
Fonte: O Globo
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