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terça-feira, 14 de julho de 2015

A depender da vontade de Israel, só aquele estado possuiria armas nucleares. Só os israelenses possuiriam o direito de realizar matança em massa.



Enquanto os negociadores comemoravam o acordo alcançado em Viena sobre o programa nuclear iraniano, partia de Israel o mais veemente protesto. O governo de Benjamin Netanyahu considerou esta terça-feira um dia sombrio e o tratado, um “erro de proporções históricas”. O primeiro-ministro israelense prometeu manter os esforços para impedir que a República Islâmica consiga desenvolver uma bomba atômica. 
A reação de Netanyahu foi acompanhada pela de seu Gabinete e de outros políticos pelo país. Israel teme que, uma vez que o Irã tenha armas nucleares, possa usá-las contra seu território. O governo israelense acusa Teerã de apoiar grupos que atacam seu território, e ex-líderes iranianos já se referiram à destruição de Israel no passado.  — Ninguém pode evitar um acordo quando os negociadores desejam fazer mais e mais concessões para aqueles que, mesmo durante as conversas, continuam cantando: “Morte à América” — disse Netanyahu. — Sabíamos que o desejo de fechar o acordo era mais forte do que tudo, e então não nos comprometemos a evitar o acordo. Mas nós nos comprometemos a evitar que o Irã tenha armas nucleares, e esse compromisso permanece.
Israel deve exercer agora uma forte pressão sobre o Congresso americano para que se oponha ao acordo. Em março, Netanyahu participou de uma sessão conjunta do Congresso, em Washington, e conta com apoio dos republicanos.  Os congressistas americanos têm 60 dias para revisar o acordo — período durante o qual os EUA não podem suspender as sanções ao Irã. E a vice-chanceler Tzipi Hotovely disse que seu país “irá empregar todos os meios diplomáticos para evitar a confirmação” do texto. O presidente Barack Obama, no entanto, afirmou nesta terça-feira que derrubará qualquer veto.

Em seu país, Netanyahu pediu aos políticos para colocarem as diferenças de lado e se unirem em oposição ao Irã.  — Esse é um erro de proporções históricas — disse.

Fonte: O Globo


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