Acusação é de desvios na obra do Estádio Mané Garrincha
[A obra foi orçada em R$ 600.000.000, 00 e executada, na gestão do Agnelo Queiroz, PT-DF, por apenas R$ 1.700.000.000,00.]
Ex-governadores Arruda e Agnelo são presos em operação da Polícia Federal
PF cumpre mandados de prisão contra Arruda e Agnelo e o ex-vice governador Tadeu Filippelli.
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (23/5), os ex
governadores do Distrito Federal Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda,
além do ex-vice governador Tadeu Filippelli. A Operação Panatenaico
investiga uma organização criminosa que fraudou e desviou recursos das
obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para Copa do Mundo
de 2014.
Orçada
em cerca de R$ 600 milhões, a construção do estádio com capacidade para
70 mil pessoas custou, em 2014, R$ 1,757 bilhão, colocando a arena como
a mais cara entre as 12 cidades-sede da Copa. O superfaturamento,
portanto, pode ter chegado a quase R$ 900 milhões.
A operação é decorrente da delação premiada de executivos da
construtora Andrade Gutierrez, que, ao lado da Via Engenharia, ganhou a
licitação para o Estádio Nacional Mané Garrincha.
Fonte: Correio Braziliense
A
hipótese investigada pela Polícia Federal é de que agentes públicos,
com a intermediação de operadores de propinas, tenham realizado conluios
e, assim, simulado procedimentos previstos em edital de licitação. A
renovação do Estádio Mané Garrincha, ao contrário dos demais estádios da
Copa do Mundo financiados com dinheiro público, não recebeu empréstimos
do BNDES, mas sim da Terracap, mesmo que a estatal não tivesse este
tipo de operação financeira prevista no rol de suas atividades.
As obras do Estádio Nacional Mané Garrincha começaram em 2010 e terminaram em 18 de maio de 2013
Estudos mostram que o Mané Garrincha só tem potencial de gerar R$ 171 milhões de retorno financeiro, durante toda a vida útil - valor inferior a 10% do total gasto.
Em
razão da obra do Mané Garrincha ter sido realizada sem prévios estudos
de viabilidade econômica, a Terracap, companhia estatal do DF com 49% de
participação da União, encontra-se em estado de iminente insolvência. Para
recolher elementos que detalhem como operou o esquema criminoso que
superfaturou a obra e lesou os cofres do GDF e da União, os cerca 80
policias envolvidos na operação foram divididos em 16 equipes. Devem ser
cumpridos, no total, 15 mandados de busca de apreensão, 10 mandados de
prisão temporária além de 3 conduções coercitivas. As medidas judiciais
foram determinadas pela 10ª Vara da Justiça Federal no DF. Todas as
ações ocorrem em Brasília e arredores.
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