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quinta-feira, 15 de março de 2018

Instituto Lula recorre a vaquinha contra falência

Às voltas com uma fuga de doadores e um cerco da Receita Federal, o Instituto Lula flerta com a falência. Para adiar o fechamento das portas, a entidade inaugurou nesta quinta-feira uma vaquinha eletrônica. Pede doações pela internet. Informa que precisa de R$ 720 mil para bancar seus gastos por mais seis meses. A ruína financeira da entidade se agrava no instante em que a derrocada moral aproxima seu patrono da cadeia.

“Criei uma empresa que está indo à falência”, disse ex-presidente petista no livro-entrevista “A verdade vencerá: o povo sabe por que me condenam”, que será lançado nesta sexta-feira. “O instituto hoje não recebe um tostão de ninguém porque a Receita Federal  multou a gente em R$ 18 milhões, numa operação cata-piolho que eles estão fazendo”.

Ao tratar um instituto que deveria operar sem fins lucrativos como “empresa”, Lula ajuda a entender o que se passa. Auditores do fisco varejaram a contabilidade da entidade referente ao período de 2011 a 2014. Constataram “desvio de finalidade”. Entre os “piolhos” que a fiscalização catou no Instituto Lula estava, por exemplo, o repasse de R$ 1,3 milhão para a G4 Entretenimento. [a G 4 é a antiga Gamecorps, aquela que recebeu a famosa doação de R$ 5.000.000,00, da ex-Telemar, atual OI, e que resultou em um decreto favorecendo a OI.]

Trata-se de uma empresa pertencente a Fábio Luís, Lulinha, filho de Lula. Tem como sócio Fernando Bittar, dono do sítio de Atibaia, que Lula utiliza como se fosse dele. De acordo com a Receita, não houve prestação de serviço, mas mera transferência de recursos para Lula ou parentes. O instituto contesta a fiscalização. Mas amargou a cassação de sua isenção fiscal. Afora a multa, a Receita cobra retroativamente os impostos.

No período fiscalizado, o Instituto Lula viveu o seu apogeu arrecadatório. Amealhou cerca de R$ 35 milhões em doações. As contribuições mais vistosas vinham de empresas que foram fisgadas pela Lava Jato —logomarcas como a Odebrecht e a OAS, por exemplo. Lula, como de praxe, faz pose de vítima. Afirma que a Receita dispensa à sua “empresa” um tratamento mais draconiano do que o dispensado pelos Estados Unidos ao governo de Havana.

“É bloqueio mais feroz do que aquele que está sendo feito em Cuba há 60 anos”, declarou Lula no livro. “É para não deixar sobreviver. É uma estratégia de asfixiar economicamente.” Tomado pelas palavras, Lula parece enxergar a vaquinha iniciada nesta quinta-feira como uma espécie de extrema-unção: “Qual é o empresário que vai querer dar dez reais para o instituto? Por que tem que dar e contabilizar. Quem vai dar? Não vai dar.”

Blog do Josias de Souza

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