Impávida diante da pressão de governantes e dos mais poderosos bilionários, a corporação tem dado um show de competência.
Impávida diante da pressão dos poderosos que saqueiam os cofres públicos nos governos e nos legislativos, sem medo dos bilionários que enriqueceram mamando nas tetas do contribuinte, a corporação tem dado um show atrás do outro.
Show de competência, de eficiência, de inteligência, e, tanto quanto possível, longe dos holofotes.
O capítulo prisão de Lula, transmitido ao vivo e a cores, foi um teste de fogo. Nesse sábado, 7 de abril, a PF não poderia ter dado
prova de mais civilidade: executou uma ordem judicial que parecia
impossível, especialmente diante daquela parede humana no sindicato do
ABC que a impedia de se mover.
Não usou um cacetete. Nada.
Parecia o FBI (polícia federal dos Estados Unidos) que se vê nos filmes. Agora de manhã, a gente dá uma rápida passeada pelo noticiário e vê mais e mais atividade no combate ao crime. Roubo de servidores municipais: operação na rua com 20 mandados de
prisão em sete estados à caça de ladrões da aposentadoria que deveria
prover a velhice de quem é cotista de 28 fundos de previdência:
Lava Jato e fundos de pensão, de novo eles. Entre os
presos, Marcelo Sereno, velho conhecido do primeiro escalão do PT, de
quem foi assessor tido em alta conta. Ordem do juiz Marcelo Brêtas,
executada em São Paulo, Rio e Brasília.
Outra operação: Bolsa família, fraudes em Alagoas.
Sério, se nós, eleitores, não reconhecermos, nas eleições de outubro, o que a Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário vêm fazendo para melhorar o
Brasil de nossos filhos e netos, não teremos nova chance tão cedo. Tanto criticamos quem erra, mente e rouba, que é preciso olhar para o lado ótimo do país.
Desde o império, a corrupção endêmica foi quase que anestesiando nosso senso de cidadania. Não dá mais. E fora da democracia não tem solução.
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