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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Ora, como é que grupos que afirmam ser o STF a sede da mentira ousam apresentar pauta ao tribunal? E se ele disser “sim”???

É desrespeitando o STF que Lula está se dando bem e conseguindo o que quer: permanecer em liberdade - assim, está se tornando um exemplo a ser seguido

[existe maior desrespeito do que chamar a Suprema Corte de 'supremo acovardado'?

Lula chamou, nenhum ministro reclamou, a PGR não representou contra ele e ainda ganho de bônus um salvo contudo.]

É detestável o rumo que as coisas tomaram. Grupos contrários à concessão do habeas corpus a Lula, incentivados pela militância de pessoas que ocupam funções de estado, plantaram um faixa em frente ao Supremo em que se lê: “1º de Abril: Feliz Dia do STF”, numa alusão ao “Dia da Mentira”. Ao mesmo tempo, lê-se numa outra: “STF: exigimos justiça e ética. Prisão em segunda instância já”. Ou ainda: “Venha exigir Lula na prisão 03/04 – 18h – STF”. Dizer o quê?


Se o tribunal é uma mentira, como dizem os valentes, como eles reivindicam, então, o que consideram ser justo àquele que têm como expressão da trapaça? Ainda que seu pedido viole a Constituição, e viola, é fato que quase a metade do tribunal defende a tese inconstitucional. Assim, a matéria pode ser considerada, com alguma generosidade, controversa. Bem, se, no entanto, desrespeitam de saída o tribunal que vai decidir, fazem um discurso sem lugar, absurdo em si. Ora, e se o tribunal que consideram uma mentira fizer o que eles desejam? Então ele passará a ser a fonte de onde emana a verdade?


A coisa não e só absurda. É autoritária também. Como respeitar intelectualmente quem acha que só é legítimo um tribunal que arbitra a favor de suas causas? É um troço obviamente fascistoide. E a agressão ao STF e aos ministros encontra eco e acolhida em alguns grupos cuja virulência retórica não deve nada aos tais blogs sujos, que se tornaram célebres no governo petista. Sim, eram financiados por dinheiro público. Hoje, há verdadeiras hordas em ação cujos financiadores não mostram a cara. Não vejo diferença entre traficantes de influências estatais e milicianos da desordem. São metáforas políticas da mesma disputa política que há nos morros no Rio. Com o resultado conhecido.

Blog do Reinaldo Azevedo


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