A tentativa de tirar o chefão da cadeia ampliou o prontuário de Favreto e confirmou o que aqui se publicou em outubro passado
Em 31 de
outubro de 2017, esta coluna publicou a biografia resumida de Rogério Favreto.
Militante do PT desde a década de 90, foi premiado em 2011 por serviços
prestados ao partido que virou bando. Graças à presidente Dilma Rousseff, o
advogado tornou-se desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região, baseado em Porto Alegre.
Favreto
não gostou do que leu, e decidiu mover um processo contra mim. Neste domingo,
ao tentar resgatar da cadeia o ex-presidente Lula, o doutor afrontou o Estado
Democrático de Direito, debochou do Poder Judiciário e reafirmou que não perde
nenhuma chance de mostrar que é devoto fervoroso da seita que tem como único
deus um presidiário condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia.
O
desembargador trapalhão não conseguiu livrar da cadeia o chefão. Mas acaba de
me absolver: o fiasco que protagonizou neste 8 de julho confirmou,
da primeira linha ao ponto final, tudo o que afirma o artigo de outubro
passado, Confira:
O
advogado Rogério Favreto filiou-se ao PT em 1991. Meses mais tarde, quando
Tarso Genro se elegeu prefeito de Porto Alegre, foi premiado com o emprego de procurador-geral
da prefeitura da capital gaúcha. Em 2005, ganhou um cargo de assessor na Casa
Civil do governo Lula. Em 2007, de novo convocado pelo companheiro Tarso Genro,
assumiu o comando da Secretaria da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça.
E ali ficou até 2010, quando deixou o cargo e o PT.
Deixou a
sigla para continuar a serviço do partido no Judiciário. Em 2011, beneficiado
por uma dessas espertezas brasileiríssimas, o advogado foi promovido a
magistrado por Dilma Rousseff. Foi ela quem fez de Favreto um dos juízes do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Fantasiado de desembargador, há mais de
três anos o doutor não perde nenhuma chance de mostrar que é muito grato aos
padrinhos e exemplarmente leal à seita que vive celebrando missas negras em
louvor do mestre bandido.
Como cabe
ao Tribunal da 4ª Região revisar as decisões da Justiça Federal em Curitiba, Rogério
Favreto atira em tudo que ameace o PT e seu chefe supremo. Foi ele, por
exemplo, o único a votar pela abertura de um processo disciplinar contra Sérgio
Moro, acusado de agir por “índole política”. É ele o único a discordar
sistematicamente de tudo o que o juiz da Lava Jato faz, diz ou pensa. É ele
também o único a desaprovar todos os procedimentos adotados pela força-tarefa
do Ministério Público Federal que age na Lava Jato.
“Isso sim
é que é juiz!”, certamente murmuram Lula, Dilma e demais admiradores da justiça
bolivariana inaugurada na Venezuela. Se o povo brasileiro não tivesse reagido a
tempo, se a seita lulopetista continuasse no poder, um desses favretos da vida
já estaria reinando no Judiciário como presidente perpétuo do Supremo Tribunal
Federal.
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