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segunda-feira, 16 de julho de 2018

Projeto francês pode servir de exemplo para o Brasil em 2022




França venceu Copa do Mundo após apostar em trabalho de longo prazo com Deschamps
 

Num país onde a elite do futebol nacional reza pela cartilha do imediatismo e troca de técnico a cada mínimo revés sofrido, a seleção brasileira passou a última década no limbo com as duas passagens do inexperiente e irascível Dunga, intercalada pela segunda empreitada de um ultrapassado Luiz Felipe Scolari, que culminou no desastre do 7 a 1 para a Alemanha, em pleno quintal de casa. Nesse panorama, a continuidade de Tite, há anos o melhor treinador brasileiro em atividade, parece ser o caminho ideal para a busca de um novo triunfo mundial. E o exemplo francês pode ser utilizado como norte.
 [o que complica é que o projeto francês tem Didier Deschamps e a Alemanha tem
Joachim Löw, e as duas seleções possuem jogadores que sabem jogar futebol, e podem ser trabalhados pelo técnico;

já o Brasil tem o medíocre Tite, jogadores que na hora de jogar não jogam, entre eles Filipe Coutinho, Neymar, William, Marcelo, Firmino e o indispensável Galvão Bueno.

Além do mais, cá entre nós, a França deu uma sorte imensa, já a Croácia faltou sorte.] 

Há seis anos no comando dos Bleus, Didier Deschamps assumiu o comando após um curto e controverso trabalho de Laurent Blanc, eliminado nas quartas de final da Eurocopa de 2012. Em seu primeiro Mundial, em 2014, o treinador francês caiu na mesma fase, diante da Alemanha. 

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A federação francesa de futebol não seguiu a lógica de nossos principais clubes: manteve Deschamps e apostou num processo de longo prazo, como a Alemanha fizera com Joachim Löw, que venceu a Copa do Brasil depois de oito anos à frente da Alemanha.



Mesmo com a derrota na final da Euro 2016, contra Portugal, os franceses decidiram corretamente manter o ex-capitão de sua seleção no comando, apostando no bom futebol apresentado pela equipe e na continuidade da renovação do time. E os frutos foram colhidos na Rússia, com apenas seis titulares da campanha de dois anos atrás. Se não mostrou performances brilhantes, a França provou que tem ótimos jogadores à disposição e que pode evoluir ainda mais para o Mundial do Qatar.

Como não há receita de bolo para o sucesso no futebol, Zlatko Dalic chegou ao vice-campeonato da maneira oposta, com apenas poucos meses como técnico da Croácia. Mas o caminho mais seguro para criar seleções vencedoras ainda é a aposta num projeto sólido. Foi assim com Espanha, Alemanha e França, as três últimas campeãs. E é esse rumo que o Brasil deve tomar para 2022. Caso não surja uma proposta irrecusável de algum grande clube europeu ou dos milhões inebriantes e sedutores do futebol árabe ou chinês, é provável que Tite siga na seleção brasileira. E essa pode ser uma boa notícia, se o treinador não cometer o mesmo erro de Löw neste ano, que indicou uma renovação brutal na Copa das Confederações, mas acabou optando por seus velhos homens de confiança, como Khedira e Özil, e acabou naufragando com eles.


Com a idade avançada de Thiago Silva e Miranda, os zagueiros titulares desta Copa, Marcelo e Daniel Alves, que ficou de fora do Mundial por lesão, o Brasil terá quatro anos para fazer o que Deschamps realizou nos últimos dois: equilibrar jogadores experientes, como Griezmann e Lloris, e jovens talentos, como Pavard, Hernandéz e Mbappé.

Aos 26 anos, Neymar, Philippe Coutinho e Roberto Firmino ainda têm pela frente outra Copa do Mundo em alto nível. Gabriel Jesus, Marquinhos e os goleiros Alisson e Ederson também são nomes que podem fazer parte da espinha dorsal para uma nova seleção, que precisa iniciar seu novo ciclo.



E para completar essa mistura surge uma geração promissora no futebol brasileiro, com nomes como Lucas Paquetá, Paulinho, Jorge, Arthur e Vinícius Jr. Os dois últimos, recentemente negociados com Barcelona e Real Madrid, respectivamente, estarão já sob o grande holofote do futebol europeu na próxima temporada. Não falta matéria-prima para fazer testes, trabalhar opções táticas e formar uma base sólida para o Qatar.


É impossível garantir resultado com a sequência do trabalho, mas a permanência de um treinador — e o foco num projeto de prazo mais elástico — é meio caminho andado para a evolução do Brasil, que terá oponentes de peso para voltar a assumir o protagonismo mundial, como apontam as jovens e ronovadas seleções da França e da Inglaterra, além da Bélgica, que se consolidou como potência ao levar a medalha de bronze. Assim, como canta a torcida inglesa, o futebol poderá voltar não para a casa onde nasceu, mas para aquela que escolheu como lar e viveu seus principais momentos de glória. 

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