Candidato voltou a criticar utilização de urnas eletrônicas
O
candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou que as eleições
estarão sob suspeita devido ao uso das urnas eletrônicas. Ele afirmou
que mesmo se vencer a disputa, haverá a suspeição. O candidato é o autor de uma
emenda aprovada pelo Congresso que exigia o voto impresso, mas essa medida foi
derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira, o candidato à
Presidência Cabo Daciolo (Patriotas) protocolou representação no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) para a adoção do voto impresso em cédulas nas eleições
de outubro.
Bolsonaro
participou de uma carreata nas cidades de Ceilândia e Taguatinga, no Distrito
Federal. Segundo a Polícia Militar, o evento reuniu mil carros e motocicletas. —
Qualquer um que ganhar as eleições estará sob suspeita. Qualquer um que ganhar,
o outro lado vai arguir a suspeição. Porque nenhum país adota esse modelo, só o
Brasil? — questionou em entrevista no final do evento.
Pouco
depois, ele reforçou: — Eu não
acredito nessa forma de apurar voto — afirmou.
Bolsonaro
voltou a falar que vencerá o pleito no primeiro turno. Disse que a afirmação é
pelo sentimento que tem da campanha que vem fazendo pelo país. Questionado se
isso não queria dizer que estava sentando na cadeira antes da hora, o candidato
negou.
— Ninguém
está sentando (na cadeira). Essa pesquisa aqui que vale — disse, em referência
aos apoiadores presentes.
Bolsonaro
discursou no início e no fim da carreata. De cima do carro de som, chutou um
boneco do ex-presidente Lula vestido de presidiário e permeou sua fala de
ataques ao PT e ao PSDB. — O
Brasil não suporta mais outro ciclo de PT ou PSDB. Vamos varrer a cúpula desses
partidos para a lata de lixo da história. Vamos dar um pé no traseiro do
comunismo — discursou.
Houve uma
pequena confusão na saída da carreata, porque apoiadores se recusavam a deixar
o maior trio elétrico, que estava superlotado. Bolsonaro então desceu com seus
apoiadores mais próximos e foi ele próprio para outro veículo. O trajeto durou
cerca de dez quilômetros. O
candidato acenou para pessoas nas ruas, mandou beijos e repetiu várias vezes o
gesto de atirar com as mãos. Em paradas de ônibus, algumas pessoas faziam sinal
de negativo e Bolsonaro respondia de forma amistosa, dizendo que todos tinham o
direito de se manifestar.
O Globo
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