Ibope: Bolsonaro cresce e Marina cai entre mulheres e negros
Candidato do PSL segue tendo eleitorado majoritariamente branco e masculino, mas ampliou a vantagem contra a adversária em setores onde enfrenta resistência
Entre os negros, a diferença de Bolsonaro para Marina, que era de cinco pontos percentuais, subiu para doze. O capitão da reserva avançou de 19% para 22% enquanto a ex-senadora passou de 14% para 10% das intenções de voto. Ela ainda caiu para o terceiro lugar no segmento, atrás numericamente, apesar de empatada na margem de erro, com Ciro Gomes (PDT), que apareceu com 12%.
Nas próximas semanas, a campanha de Bolsonaro nas redes sociais, capitaneada por seus filhos e aliados, deve explorar ainda mais o fato de uma denúncia contra o deputado por racismo, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), ter sido rejeitada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). [fique registrado que a Primeira Turma é a linha dura - a que gosta de soltar, liberar, arquivar, é a Segunda.] O candidato do PSL era acusado de discriminação ao dizer, em uma palestra, que visitou uma comunidade quilombola e que os integrantes dessa população tradicional “não servem nem para procriar”. “O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”, ironizou.
Fenômeno parecido se manifestou também em relação às eleitoras mulheres. Entre esse público, o deputado também cresceu, passando, dentro da margem de erro, de 16% para 18%. Marina Silva caiu de 14% para 10% no segmento. A diferença, portanto, passou para 8 pontos porcentuais. Tanto a ex-senadora quanto Ciro, que passou de 12% para 10%, foram ultrapassados numericamente por Geraldo Alckmin (PSDB), com 11%.
Apesar do crescimento, o deputado federal segue tendo um eleitorado que ainda é majoritariamente masculino e branco. Quando considerados apenas os eleitores homens, os 18% de Bolsonaro entre as mulheres se transformam em 35%, mesmo resultado da soma dos quatro candidatos posteriores — Ciro, Marina, Alckmin e Fernando Haddad (PT).
A pesquisa Ibope ouviu 2.002 eleitores em 145 cidades entre os dias 8 e 10 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR05221/2018.
Guilherme Venaglia - Revista VEJA
Ciro desesperado - está sem espaço para crescer, agora é só encolher - fala o que mais sabe? asneiras
"...
Ao falar sobre declarações do general Villas Boas, comandante do Exército, que questionou a legitimidade do futuro governo, Ciro disse que, se fosse presidente da República, o militar sofreria consequências:
- Estaria demitido e provavelmente pegaria uma "cana". Mas deixa eu explicar. Ele está fazendo isso para tentar calar a voz das "cadelas no cio" que embaixo dele estão se animando com essa barulheira. É esse lado fascista da sociedade brasileira - afirmou Ciro, subindo o tom das críticas também ao vice na chapa de Jair Bolsonaro:
- Esse general Mourão, que é um jumento de carga, tem uma entrada no Exército e agora se considera tutor da nação. Os brasileiros têm que deixar muito claro que quem manda no país é o povo - disse."
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