Fotos e filtros de internet dos militantes ironizando caso são tática de campanha
Na última quinta-feira, o jornal "Folha de S. Paulo" jogou uma bomba no colo da campanha de Jair Bolsonaro (PSL). [o único senão da bomba é que não tinha pólvora - no caso de uma denúncia bomba é importante as provas, já que estas são a pólvora. Sem pólvora a bomba não explode;Em analogia a uma bomba nuclear as provas são essenciais por serem o 'gatilho' que desencadeia fissão, ou fusão.
A reportagem da Folha lembra as que um jornal do Rio publica com frequência e que dão como para o dia seguinte a identificação dos assassinos da vereadora Marielle. Já teve reportagem falando de testemunha chave, de que o biótipo do atirador tinha sido identificado e não passa disso.vereadora Marielle
PROVAS SÃO INDISPENSÁVEIS.
Evidências não são provas.]
A repórter Patrícia Campos Mello denunciou que empresas simpáticas ao deputado estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. A ação seria ilegal tanto porque empresas não podem contribuir mais para campanhas no Brasil quanto porque esses valores não foram oficialmente declarados.
A militância bolsonarista reagiu de duas formas. A primeira, já bastante previsível, foi atacar a jornalista até que ela sumisse do mapa. A segunda, um pouco mais inusitada, foi ironizar a suspeita, seja através da mudança da foto de perfil nas redes sociais com o tema “eu sou caixa 2 do Bolsonaro” ou se fantasiando mesmo com caixas de papelão.
De certa forma, a reação lembra um vídeo bastante constrangedor em que simpatizantes de Bolsonaro caminham em direção à câmera que os filma simulando os trejeitos de um robô. A ação, que circulou pelas redes sociais em abril, foi uma resposta a uma reportagem da revista "Veja" que sustentava que Bolsonaro só se tornou o fenômeno de internet que é hoje graças ao uso de robôs e perfis falsos.
Mas agora o buraco é um pouco mais embaixo. Em tempos não tão distantes assim, capas como essa da Folha sobre caixa 2 energizavam intensamente a militância antigoverno e, junto a outros escândalos, chegaram a derrubar uma presidente com 54 milhões de votos. Mas agora é diferente. Convencida de que o jornal está a serviço da oposição a Bolsonaro, a direita passou a não apenas ignorar as denúncias contra o deputado como também a incorporá-las cinicamente para desta forma neutralizá-las.
(...)
Há quem de fato reclame da ausência de provas que corroborem a conclusão da reportagem da Folha. Mas não é de hoje que o jornal traz evidências robustas contra a imagem de incorruptível do deputado. Mesmo tendo negado até as últimas consequências, foi graças a uma dessas reportagens, no início do ano, que Bolsonaro demitiu uma funcionária comissionada fantasma. E na época a reação da militância também foi de desdém. Tampouco se vê qualquer agitação em torno das suspeitas de fraude fiscal por parte de Paulo Guedes, seu futuro ministro da Fazenda. [consta que o MP ou a PF estão investigando - inaceitável é que suspeitas sejam consideradas crimes provados e comprovados.
Exceto se for adotado no Brasil a prática adotada por Stalin - herói dos sonhos do candidato petista - que quando os acusados eram escritores lia as obras dos mesmos e se não gostasse, os considerava culpados = a decisão de Stalin tornava desnecessária qualquer prova.] Que só agora os bolsonaristas estejam preocupados com a posição do ônus da prova não deixa de ser uma reviravolta bastante interessante, para dizer o mínimo.
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