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terça-feira, 20 de novembro de 2018

‘A guinada à direita com Bolsonaro vai ser longa’

Silas Malafaia diz que prioridades da gestão serão emprego, violência e desburocratização: ‘Não é a agenda religiosa’

Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o pastor Silas Malafaia, de 60 anos, acredita que a guinada à direita do País, com Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência e um Congresso mais conservador, irá possibilitar que pautas como a Escola sem Partido, a redução da maioridade penal e a manutenção da criminalização do aborto (esta, hoje na esfera do Supremo Tribunal Federal) prosperem na Câmara dos Deputados e no Senado.  [nada impede que o Congresso Nacional -  o verdadeiro Poder Legislativo - aprove lei  que mantenha a criminalização de determinado ato, especialmente se tratando de um crime hediondo = o fato da vítima do aborto não ter condições de se  defender, já atende uma das condições para caracterizar  crime hediondo = e que também  aumente a pena para aquele tipo de assassinato;
vale ter presente, que o fato de determinada matéria se encontrar em apreciação pelo Supremo não retira do Poder Legislativo a competência para legislar sobre a mesma mantendo-se, no caso de leis penais, o principio da irretroatividade para prejudicar o criminoso.]

Em entrevista ao Estado, ele disse, no entanto, que as maiores preocupações dos brasileiros cristãos, evangélicos e católicos, não estão na chamada “agenda moral”, que esteve em evidência no período eleitoral. São as questões econômica e social, como o desemprego, a corrupção e a necessidade de fazer o Brasil crescer.

Para Malafaia – que conhece Bolsonaro há 12 anos e fez campanha a seu favor na internet, alegando que ele tem “defeitos e limitações”, mas apresenta uma “vida limpa”anuncia-se um extenso período da direita no poder. “A guinada à direita vai ser longa.” 
A seguir os principais trechos da entrevista:  

O senhor acredita que com Bolsonaro no Planalto a “agenda moral” defendida pelos políticos evangélicos vai prosperar?
Ele foi eleito pelo discurso de combate à corrupção e ao crime organizado, para enxugar a máquina. As prioridades são emprego, violência, desburocratização. Não é a agenda religiosa. Não é preciso forçar a barra, vai acontecer naturalmente. Essas pautas de defesa da família passam pelo Congresso. A bancada evangélica e da segurança pública aumentaram. Se nessa legislatura que está acabando não conseguiram derrubar nada, vai ser agora? Nem é necessária a intervenção do Bolsonaro no sentido direto. Agora, ele é o que ele fala, e tem poder de veto. 

Dessas pautas, quais considera as mais urgentes?
Não tem demanda imediatista. Endurecer em relação à corrupção, baixar a maioridade penal, aprovar o (projeto) Escola sem Partido (que, em linhas gerais, propõe neutralidade na educação e uma série de restrições a professores quando abordarem assuntos relacionados à política, religião ou ideologias). É o que interessa. Por que a esquerda está pulando com o Escola sem Partido? Porque está controlando as escolas ideologicamente. Só tem o lado da esquerda. Mas os evangélicos não estão preocupados com a agenda de costumes. O evangélico também está desempregado, toma tiro no assalto, está desesperado.

Acredita que a descriminalização do aborto irá para o Congresso?
É uma vergonha o Judiciário querer legislar, uma afronta à sociedade aprovarem aborto na caneta. Esta é a questão que mais defendemos. Se o (ministro Luís Roberto) Barroso continuar falando as asneiras que já falou, eu tenho que rir. O direito à vida é a mãe de todos os direitos. Se o STF cumprir seu papel de guardião da Constituição, quem vai decidir é o Parlamento, que expressa a vontade do povo. Aí não vai dar nem para o cheiro. 

O senhor defende a maioridade penal aos 15 anos, antes até da idade proposta pelo Bolsonaro. 
A molecada está de fuzil M82, que fura parede. Tem que aprender que se cometer crime, vai preso. Um cara de 17 anos, que faz filho, não pode ser responsabilizado criminalmente? Os verdadeiros vagabundos botam nas costas deles.

LER MATÉRIA COMPLETA no O Estado de S. Paulo



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