Que Lula fique onde está - Cumpra-se a lei
Uma coisa
é Sérgio Moro, que jamais admitiu trocar a toga pela política, dar o dito pelo
não dito e passar a serviçal do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Outra, bem diferente, é o ex-presidente Lula merecer por causa disso a graça, o
perdão ou a anistia pelos crimes que cometeu.
O PT faz
seu papel quando diz ou sugere que Moro condenou Lula para beneficiar
Bolsonaro. Mas o juiz de Curitiba não foi o único a condenar Lula. Quatro
juízes de Porto Alegre, e por duas vezes, também o condenaram e aumentaram sua
pena. A defesa
de Lula recorreu aos tribunais superiores para anular a sentença de 12 anos 1
um mês de cadeia pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Todos os
recursos foram negados pelo Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior
Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal.
Nem mesmo
o Comitê de Direitos Humanos da ONU, em decisão tomada apenas por dois dos seus
11 membros, pediu a anulação da sentença. Pediu apenas ao Estado brasileiro que
permitisse a Lula concorrer às eleições. O pedido não foi levado em conta
porque Lula virou um “ficha suja”.
Por mais
que os devotos de Lula insistam em tratá-lo como um preso político, preso
político ele não é. Foi condenado por crimes comuns. É um preso comum. E, como
tal, obrigado a pagar pelos crimes que cometeu de acordo com a lei. Por que se
abriria uma exceção? Por Lula ser Lula? Lula já
foi a esperança que derrotou o medo. Acabou derrotado pela ambição de ficar
rico e de querer mandar no país até dizer basta.
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