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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Vitória do bolsonarismo prova que pregação de esquerda em escolas é, então, inútil. Ou: Filho de eleito volta a opor Supremo a alarido da rua

Um dos mantras da ala, vamos dizer, ideológica do bolsonarismo é combater a ideologia nas salas de aula. Há desde logo uma falácia na origem dessa conversa — e isto não quer dizer que inexista pregação esquerdista nas escolas: se esta fosse assim tão eficiente, Jair Bolsonaro e seus aliados não teriam obtivo a vitória que obtiveram nas urnas, certo? Quando menos, pode-se dizer que a tal pregação é incompetente ou contraproducente. 
[tudo que a esquerda faz, até mesmo existir, é incompetente e/ou contraproducente. É inaceitável que um professor tenha o direito de usar a sala de aula, se valendo da obrigação de seus alunos permanecerem em sala, para pregar suas ideias políticas - especialmente de esquerda, visto que essas são mais prejudiciais aos que escutam a verborragia do mestre.]

Na entrevista concedida na madrugada desta segunda, Eduardo Bolsonaro (PSL) voltou a defender o projeto Escola Sem Partido e chegou a afirmar: “Hoje já está previsto que professores que tentem doutrinar alunos podem responder judicialmente. O Escola Sem Partido só pretende dar ciência ao aluno.” Onde está previsto isso? Quem decide, de resto, o que é e o que não é doutrinação? O parlamentar estimulou a que estudantes filmem os professores em sala de aula — o que é, isto sim, ilegal. Reitero: eis aí uma das matérias que deveriam dizer respeito ao senhor ministro da Justiça, já que se trata de uma proposta endossada pelo Executivo que ele vai integrar, que tem de passar elo Legislativo e diz respeito a direitos fundamentais. Pauta ao ponto para o homem que vai cuidar da Justiça. 

Eduardo, que chegou a flertar duas vezes, em palestras conferidas em julho, com o fechamento do Supremo, voltou a se referir ao tribunal de maneira um tanto estranha. Indagado sobre a possibilidade de que a proposta Escola Sem Partido venha a ser considerada inconstitucional, ele lembrou que, nesse caso, a Corte teria de enfrentar a reação popular. Certo! O tribunal, nesse caso, seria um mero referendário da vontade do alarido influente. [vale sempre ter presente que a maioria dos que vão a uma sala de aula pretendem aprender sobre temas que dizem respeito ao interesse profissional - escutar opinião de professor petista não está certamente entre os temas de interesse.
Cabe ao Supremo se manifestar comoinstência derradeira sobre matéria de interesse da sociedade e não de uma categoria profissional em detrimento do interesse coletivo.
Uma proposta dos moldes da que institui a Escola Sem Partido não deve ocupar o tempo da Suprema Corte.]

Blog do Reinaldo Azevedo

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