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sábado, 8 de dezembro de 2018

Cheque de ex-assessor de Flávio a Michelle é pagamento de dívida, diz Bolsonaro



'Estado' revelou relatório do Coaf que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta de Fabrício Queiroz, que trabalhava no gabinete de Flávio Bolsonaro; ele repassou à futura primeira-dama R$ 24 mil

O cheque de R$ 24 mil depositado pelo PM Fabrício Queiroz, então assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), em uma conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, se tornou nos últimos dias a principal preocupação do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e seu grupo mais próximo. Nesta sexta-feira, um dias depois de o Estado revelar que relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta de Queiroz, uma versão do repasse para Michele foi apresentada pelo próprio presidente eleito. 

Ao site O Antagonista, Bolsonaro confirmou uma justificativa que vinha sendo difundida reservadamente ao longo do dia por seus auxiliares próximos. O repasse, conforme disse Bolsonaro, se refere a uma parcela do pagamento de um débito antigo de Queiroz com ele.
“Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai chegar nos R$ 40 mil”, disse Bolsonaro ao site. 

O então assessor de Flávio Bolsonaro foi exonerado em 15 de outubro. Ele tinha vencimentos de cerca de R$ 23 mil mensais. O total de R$ 1,2 milhão foi movimentado em sua conta no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. O documento do Coaf lista dados financeiros e patrimoniais de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio, alvo da Operação Furna da Onça. Nela, foram presos dez deputados estaduais.
 


‘Plausível’. 
Flávio Bolsonaro saiu nesta sexta-feira em defesa de Queiroz. Ele disse que o ex-assessor lhe apresentou “uma explicação plausível” para a movimentação de R$ 1,2 milhão em um ano. Se recusou três vezes, porém, a revelar a versão apresentada pelo ex-assessor. A justificativa de que estava atendendo a um pedido do advogado de Queiroz.
“Assim que ele for chamado ao Ministério Público, vai dar o devido esclarecimento.” Flávio disse ainda concordar que a quantia movimentada pelo ex-assessor em um ano “é muito dinheiro”.
“O acusado é ele (Queiroz), não eu”, ponderou. “A versão que ele coloca é bastante plausível, mas não sou eu que tenho de ser convencido, é o MP.” 

(...)

Matéria Completa em O Estado de S. Paulo 

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