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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Pai de Neymar com Guedes, Cintra e Bolsonaro é aberração de republiqueta


Pai de Neymar (seg. à es.) posa para fotos com Bolsonaro. O sonegador recebeu tratamento de gala. Teve o privilégio de discutir seu caso com o ministro da Fazenda e com o Secretário da Receita. 



Pai de Neymar (seg. à es.) posa para fotos com Bolsonaro. O sonegador recebeu tratamento de gala. Teve o privilégio de discutir seu caso com o ministro da Fazenda e com o Secretário da Receita. Bolsonaro fica furioso é com o fato de a Funai gastar dinheiro com índio... - Veja mais em https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/18/pai-de-neymar-com-guedes-cintra-e-bolsonaro-e-aberracao-de-republiqueta/?cmpid=copiaecola

[Ao receber um sonegador em 'palácio', Bolsonaro oficializa a condição de republiqueta do Brasil. 


Em países sérios, sonegadores discutem seus casos com a polícia.]




Brasileiro é mesmo língua de trapo. Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar, tem uma dívida com a Receita hoje estimada R$ 69 milhões. Mas ele acha que só tem de pagar R$ 11,5 milhões. Até aí, muito bem! Aquele que está no papel de devedor tem mais é de tentar baixar o valor. Pai e filho são eleitores de Bolsonaro. O primeiro fez campanha. O segundo já gravou vídeos exaltando as virtudes do governante. Eis que, nesta quarta, o empresário foi recebido pelo ministro da Fazenda, Paulo Guedes, e pelo secretário da Receita, Marcos Cintra. E depois ainda posou para fotos ao lado do presidente.
[em dos seus discursos pró reforma da Previdência, Guedes ameaçou ir embora se não conseguisse êxito;
Senhor ministro, será que ao ser designado cicerone de sonegador, não já está passando da hora do senhor ir embora?]



Pensem bem: o que há de estranho em alguém que deve para a Receita ser recebido pelo ocupadíssimo ministro da Economia, pelo titular da Receita e depois fazer foto ao lado do chefe da nação? Acontece a toda hora, não é mesmo? Basta que você seja um sonegador que é o nome que recebe quem sonega impostos e o acesso aos dois homens mais poderosos da República está franqueado. E com a escolta do Secretário da Receita.



Nota do Ministério da Economia informa:
 "Considerando tratar-se de tema de natureza técnica, regido por regras próprias, ele foi encaminhado ao ministério da Economia. O empresário apresentou seus esclarecimentos ao ministro Paulo Guedes, sendo usual a concessão de audiências ao setor privado, conforme consta na agenda pública das autoridades da União". 

Não sei se é mas risível o fato ou a nota. Cumpre observar que o encontro só apareceu na agenda depois de realizado. Sim, claro! A concessão de audiências "ao setor privado" é usual. Mas para discutir sonegação e formas de baixar o pagamento do que a Receita diz ser devido??? E com o ministro da Economia?


Ademais, Neymar da Silva Santos não é exatamente um "representante do setor privado". Ele é o pai privado de um filho que é uma pessoa pública. Pergunta besta: fossem ambos eleitores de Haddad, o tratamento teria sido mesmo? Ah, em tempo: ainda que a resposta seja "sim", continuaria impróprio. 



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