Rodrigo Constantino - Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) encaminhou pedido de impeachment de Jair Bolsonaro ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, nesta quarta-feira, 6. O texto alega prática de crimes de responsabilidade e atentados à saúde pública no combate ao novo coronavírus.
Segundo o texto, ao incitar militares contra os poderes constituídos, “Bolsonaro, inequivocamente, incitou a desobediência à lei e infração à disciplina, que, em se tratando de servidores públicos militares, é mais exigida nos termos da ordem jurídica”, afirma o documento. A conduta contrária às recomendações sanitárias a órgãos competentes da saúde, objeto de diversos pedidos de impeachment do presidente, também são colocados no pedido como passível de crime de responsabilidade.
É perfeitamente legítimo condenar o presidente por tais condutas, mas daí a pedir impeachment vai uma longa distância! [lembrete: quem o condena estará manifestando sua opinião sobre a conduta do presidente, fazendo o mesmo que o presidente: expressando opinião.] O corporativismo sindical da mídia tem viés ideológico claro, de esquerda, e torce contra o atual governo desde o primeiro dia, eis o fato.
Os militantes disfarçados de jornalistas não gostam de admitir que odeiam a direita, e pretendem insistir na farsa de imparcialidade e foco "científico" nos fatos, sem qualquer preconceito. Mas qualquer um fora da bolha ri dessa premissa. Os fenômenos Trump e Bolsonaro, em parte, são justamente uma reação a esse escancarado viés da mídia mainstream. Ambos os presidentes adoram detonar as fábricas de Fake News, e seu público vai ao delírio com isso. Por que será?
Talvez por conta de manchetes sensacionalistas como esta:
Só o lockdown salva?
Diz a Fiocruz?
Então como explicar aquilo que deixou o governador democrata de Nova York "chocado", a imensa maioria de hospitalizados estarem em casa?
Uma parte da mídia é totalmente torcedora, partidária e faz campanha contra o presidente Bolsonaro. Para tanto, não se importam em manietar os dados, distorcer a realidade até que ela se encaixe em sua narrativa. Eis um exemplo, do mesmo site sensacionalista:
No conteúdo, eis o que temos: "O Brasil tornou-se o sexto país com mais mortes registradas por Covid-19, ultrapassando a Bélgica. É a volta da Belíndia: uma mistura dos mortos da Bélgica com um governo pária". Isso é análise? É serio que o site comparou números absolutos do Brasil (população de 210 milhões) com a Bélgica (população de 11 milhões)?! Fez como o MBL, aquele movimento de "liberais" que preferem tucanos a Paulo Guedes?!
Isso não é jornalismo sério. Isso não é análise. É campanha partidária e ideológica contra o governo. E o público percebe o truque. O que só aumenta a quantidade de defensores de Bolsonaro, não por morrerem de amores pelo presidente, mas por detestarem esse jogo sujo de parte da mídia.
Rodrigo Constantino, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo
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