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quarta-feira, 12 de maio de 2021

Anvisa na CPI - Alon Feuerwerker

 Análise Política

O presidente da Anvisa adotou uma linha de defesa razoavelmente segura em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19. Procurou apresentar-se como um quadro técnico e autônomo, e esforçou-se para assim legitimar-se junto à CPI. Foi particularmente útil, para ele, sua determinação de diferenciar-se no presidente da República em temas como máscaras, aglomerações e outros procedimentos universalmente aceitos para dificultar a transmissão viral.

É natural que o chefe da agência de vigilância sanitária possua algum grau de autonomia e possa agir com alguma independência em relação ao governo e ao comandante do Executivo, pois tem mandato e é indemissível. Diferente, por exemplo, da situação do ministro da Saúde, que navega em águas políticas mais turbulentas. A diferença ficou expressa no grau de liberdade com que ambos se moveram diante da máquina de moer carne da CPI. 

Aliás, toda CPI é um triturador de biografias. [a de agora não vai ter muito a triturar 
: tanto; alguns membros da CPI, possuem uma biografia triturada e depois queimada - triturar o já multitriturado é tarefa irrealizável até para a CPI da Covid = alguma  biografia ainda não  destruída por violação ao quesito 'honestidade' já, ou está sendo, triturada por falta de incompetência, noção e coisas do tipo.]    A missão resume-se a sair inteiro do outro lado. O presidente da Anvisa beneficia-se também de um certo tratamento reverente prestado à burocracia estatal, ou "funções de Estado". É um traço cultural brasileiro.

Mas se o presidente da Anvisa conseguiu erguer barreiras argumentativas tecnoburocráticas que por enquanto o protegem no caso do veto à Sputnik V, acabou for fornecer à oposição na CPI argumentos em outra frente, ao endossar a desrecomendação do uso de certos medicamentos no tratamento da Covid-19, inclusive nas fases iniciais. E terminou por reforçar os desejos de reconvocar o titular da Saúde, ao qual isso certamente será (re)perguntado. [ opinião de um notório leigo: ao que nos é dado conhecer a vacina russa, não atende requisitos básicos, impostos pela legislação brasileira, antes mesmo do imunizante soviético surgir.
- não conta com aprovação de nenhuma Agência reguladora confiável, entre elas FDA, EMA, NHS, canadense, etc;
- não realizou a FASE III de testes  - nem em seu país de origem;
- nunca apresentou documentos que são exigidos, e apresentados, por outros imunizantes que pretendem registro da Anvisa; 
- quais países de confiabilidade econômica e financeira usam a Sputinik V? A Anvisa tem regras claras e que até o momento tem cumprido. A falta de garantias da vacina russa é tamanha, que até o supremo ministro Lewandowski, optou por um obsequioso silêncio, quando viu suas determinações desatendidas.]

Enquanto o teatro da CPI vai em seus primeiros atos, continua o desafio das vacinas. Há escassez da CoronaVac para aplicação da segunda dose, a AstraZeneca acaba de ter suspensa a aplicação em grávidas (leia), a Pfizer chega a conta-gotas
E a dúvida é se o ritmo da vacinação será suficiente para ajudar decisivamente a quebrar a segunda onda de casos e mortes e impedir a ascensão de uma terceira, trazida por novas variantes.
 
 
Alon Feuerwerker, analista e jornalista político 
 
[infelizmente, não é só a covid-19 que mata; um mal antigo continua matando: burrice (os muares que nos perdoem)- o Brasil,  era o que se esperava e parecia, firmou contrato com o laboratório chinês e com a AstraZeneca para ter duas fontes de fornecimento = só que o genial  ex-governador das vacinas e o pessoal da Saúde esqueceram que o IFA das duas parcerias, vem da China.
O da coronavac é fabricado por um laboratório chinês em solo chinês e o da AstraZeneca é fabricado por um laboratório da própria farmacêutica, INSTALADO na China, portanto sujeito aos trâmites impostos pelo governo chinês.
Não acreditamos que os chineses retaliem - são práticos e sabem que um bom relacionamento comercial é melhor do que cultivar picuinhas.
Mas  cá entre nós, presidente Bolsonaro, contrata aquele porta-voz; falar muito as vezes prejudica muito mais - lembra do Ricupero, aquele do escândalo da parabólica.
Ocorreu há mais de 30 anos e ainda hoje o homem tenta ressurgir - agora mesmo assinou um manifesto dos EX - também qual a utilidade de manifesto assinado por EX? e pelo jeito ele vai continuar no ostracismo.]
 

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