Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

domingo, 10 de abril de 2022

Depois do "kit gay", Bolsonaro apela ao fantasma do aborto - O Globo

Bernardo Mello Franco

DEMAGOGIA RELIGIOSA

Na reta final da eleição de 2010, José Serra apelou ao fantasma do aborto para tentar roubar votos de Dilma Rousseff. Em desvantagem nas pesquisas, o tucano insinuou que a adversária liberaria a interrupção da gravidez. “Ela é a favor de matar as criancinhas”, acusou sua mulher, em caminhada na Baixada Fluminense.

Jair Bolsonaro exibe livro de educação sexual em entrevista ao JN, em 2018

A baixaria foi levada ao horário eleitoral. Serra se apresentou como um político que “sempre condenou o aborto e defendeu a vida”. Para sensibilizar o eleitorado religioso, sua propaganda exibiu imagens de gestantes vestidas de branco. O tucano fez pose de coroinha e prometeu governar com “princípios cristãos”.

Passados 12 anos, o tema volta a ser usado como arma eleitoral. De olho no voto evangélico, Jair Bolsonaro acusa Lula de estimular o aborto. “Para ele, abortar uma criança e extrair um dente é a mesma coisa”, atacou, na quinta-feira.[Importante: lembramos que foi o coisa ruim que trouxe o assunto. Confiram: Ao defender o aborto legal, Lula muda o tom da campanha. 
É público e notório que o petista no século passado já era adepto do assassinato de seres humanos inocentes e indefesos ainda na barriga da mãe. 
Nas eleições de 90  as preferências favoráveis ao aborto do petista foram expostas em debate com Collor - que o venceu. 
Tudo em debate  pela TV Globo, emissora que integra o grupo jornalístico ao qual o articulista pertence. ]

O ex-presidente tem tropeçado na língua. Há poucos dias, sugeriu que sindicalistas fossem até a casa de deputados paraincomodar a tranquilidade” deles. Uma ideia inconsequente em tempos de radicalização política.

No caso do aborto, Lula é vítima de distorção eleitoreira. O petista não banalizou a interrupção da gravidez. Limitou-se a dizer que a prática deveria ser tratada como uma questão de saúde pública. “Mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque o aborto é proibido, é ilegal”, argumentou.

Atacado pelo bolsonarismo, o ex-presidente tentou se explicar. “A única coisa que deixei de falar é que eu sou contra o aborto. Tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta”, justificou-se, dois dias depois. Ele repetiu o argumento da saúde pública, mas passou a ideia de que recuou para não perder votos.

(...) 

A escolta de Freixo
O governo do Rio cortou a remuneração de três policiais civis que integram a escolta de Marcelo Freixo. A poucos meses da eleição, os agentes foram transferidos à revelia. Na mudança, perderam gratificações de R$ 1.500 mensais.

No fim de 2021, o Estado já havia ameaçado retirar parte da escolta de Freixo. O deputado tem proteção policial desde a CPI das Milícias. Em outubro, vai enfrentar o governador Cláudio Castro, apoiado por alvos notórios da investigação.

Bernardo M. Franco, colunista - O Globo


Nenhum comentário: