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segunda-feira, 4 de julho de 2022

Mídia adversativa - Revista Oeste

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
 
O desemprego no trimestre até maio recuou para 9,8%, o menor índice em sete anos, e abaixo da expectativa dos especialistas. 
Apesar da pandemia, da reação insana de governadores e prefeitos, com aval supremo, e agora da guerra russa, o Brasil segue criando vagas de trabalho. Mas eis como a imprensa dá a boa notícia: “Emprego surpreende em maio, mas dúvidas persistem”. Já virou até piada nas redes sociais: é a imprensa do “mas”.
 
Essas manchetes adversativas expõem a incansável militância de nossos principais veículos de comunicação, que se tornaram partidos de oposição ao atual governo. 
O que importa não é mais dar a notícia importante da forma mais imparcial possível, e sim criar narrativas e atacar Bolsonaro. 
Tudo aquilo que é positivo vem seguido de um alerta de “especialistas”, de um lado negativo. O copo está sempre meio vazio
Nunca antes na história deste país se viu um esforço conjunto tão impressionante da mídia para derrubar um presidente eleito.

Nossos militantes de redação chegaram até a puxar da cartola a palavra “despiora” para se referir ao quadro econômico em recuperação. Uma apresentadora da CNN Brasil foi a mais sincera de todas, num possível ato falho, quando disse que teria de dar boas notícias, “infelizmente”. Nossos jornalistas viraram torcedores, e, como o único intuito é derrubar Bolsonaro, ainda que isso signifique voltar com a quadrilha petista ao poder, a torcida é pelo pior, ou seja, contra o Brasil.

Os mesmos que repetiam que a economia deveria ficar para depois durante a pandemia, contra a recomendação prudente de Bolsonaro, agora usam qualquer dado econômico ruim para culpar o próprio governo federal por tudo, esquecendo da pandemia, da reação radical que pregaram contra ela, e do cenário mundial. É cinismo demais, que denota enorme desespero.

A inflação europeia, por exemplo, é a mais alta em décadas, o mesmo nos Estados Unidos, e a da Argentina é melhor nem falar! A inflação deve bater 70% neste ano!  

Por isso que o país vizinho sumiu do mapa para a nossa imprensa: é um lembrete incômodo demais para os militantes que demonizam Bolsonaro — e elogiavam o presidente lulista da Argentina durante a pandemia!

Criaram narrativas falsas, trataram como gente séria notórios picaretas, fingiram que uma CPI circense falava em nome da ciência, pregaram caminhos insanos para reagir à pandemia e agora se fazem de sonsos, como se não tivessem absolutamente nada a ver com seus resultados terríveis.

E como a “terceira via” não tem qualquer chance, esse esforço todo dos tucanos é para trazer de volta o ladrão socialista do Foro de SP ao poder, ou seja, para transformar o Brasil numa próxima Argentina
Tudo isso em nome da defesa da democracia, claro. 
Vão “salvar” o Brasil com Lula! 
Afinal, Bolsonaro andou de moto sem capacete, e isso não pode ser tolerado…

Se houve alguma melhora, então joga a adversidade no ar e convida um “especialista” pessimista para sua futurologia sombria

Eis o fato: o governo federal vem fazendo o dever de casa. Não fosse a pandemia, a reação a esta pandemia por governadores e prefeitos que, com aval supremo, saíram fechando a economia e impedindo as pessoas de trabalharem, a guerra da Rússia na Ucrânia e o enorme esforço de sabotagem por parte do ativismo judiciário e de abutres no Congresso, podemos apenas imaginar como o cenário econômico estaria.

Luís Ernesto Lacombe, em coluna na Gazeta do Povo, comentou o homérico esforço da imprensa brasileira em destruir qualquer esperança de melhora em nosso país durante o atual governo, chamando a atenção para as manchetes adversativas. Ele diz: “As manchetes nos jornais, nos portais de notícias são feitas para isso: para exprimir oposição, contraste a tudo o que possa indicar esperança para o Brasil, para a nossa economia, em especial”.

Lacombe acrescenta: “Na torcida contra o país, mais do que contra o governo, os pessimistas do consórcio de imprensa e as suas conjunções adversativas tentam diminuir, anular qualquer indício de positividade”. Os militantes disfarçados de jornalistas querem ver o circo pegar fogo. Precisam derrubar o capitão, e não se importam de afundar junto o barco todo. É uma campanha pessimista do começo ao fim, para espalhar mau humor e angústia, medo.

Devemos reagir a essa missão destruidora afirmando o que vem dando certo, apesar da torcida do contra. Lacombe conclui: “Conjunção adversativa em excesso, a toda hora. Ninguém quer admitir que houve acerto em políticas econômicas implementadas, que estamos apontando para o único e correto caminho. É proibido confiar, é proibido acreditar no crescimento e na prosperidade. É ano de eleição, e economia decide. Que nos livrem das conjunções adversativas, de suas armadilhas pessimistas e depressivas. Que nos permitam sempre o espaço para o alento, o otimismo, longe de um plano político sórdido e do ódio a um governo”.

Ninguém nega a existência dos problemas graves. Mas ocultar do público as melhorias nestes anos de governo, ignorar sempre o contexto, acrescentar um alerta desnecessário, isso não é fazer jornalismo, e sim campanha política. Nossos maiores veículos de comunicação se perderam totalmente nesse papel inadequado, criando narrativas sem qualquer compromisso com a realidade, com os fatos. 
 Chamaram a atenção, por exemplo, para a disparada no registro de novas armas legais no país, graças a Bolsonaro, espalhando medo e prevendo o pior, e agora ignoram qualquer elo causal quando são forçados a divulgar que o Brasil registrou a menor taxa de homicídios em dez anos!
 
Em todos os casos é a mesma coisa: se houve alguma piora, então destaca o que está ruim sem contextualizar, sem comparar com nossos vizinhos; se houve alguma melhora, então joga a adversidade no ar, convida um “especialista” pessimista para sua futurologia sombria, lembra que ainda há muito que melhorar. 
Chamar isso de jornalismo é simplesmente absurdo. Para a infelicidade dos militantes, porém, cada vez mais gente se dá conta do truque. Não é por acaso que a credibilidade da mídia segue ladeira abaixo…

Leia também “Ativisme supreme”

Rodrigo Constantino, colunista  - Revista Oeste

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