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quinta-feira, 10 de março de 2016

Dilma oferece ministério para Lula – quer que o ‘jararaca’ tenha foro privilegiado; imagine uma coisa como Lula sendo ministro= desmoralização da categoria




Renan afirma que Lula não vai integrar ministério de Dilma
Ex-presidente estava sendo pressionado pelo PT a assumir pasta para ter foro privilegiado

Contrariando especulações que surgiram nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (9) que não pretende assumir nenhum ministério no governo Dilma. A informação é do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que recebeu o ex-presidente na residência oficial do Senado para um café da manhã com senadores de vários partidos da base aliada. O encontro durou cerca de três horas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a presença de senadores de vários partidos da base aliada do governo
“Evidente que não temos informações sobre essa hipótese. Na conversa, ele disse que quer ajudar o Brasil e o governo e que, para fazer isso, não precisa ser nomeado ministro. Ele pode fazer de qualquer maneira”, afirmou Renan, ressaltando que Lula teria negado no encontro que tenha recebido convite nesse sentido da presidenta Dilma.

Ainda segundo Renan, durante o encontro Lula ouviu avaliações, desabafos e preocupações de parlamentares com a crise política e econômica do país e disse que está disposto a conversar com parlamentares da base e até da oposição. Conforme o presidente do Senado, a conversa teve um tom de unidade para o enfrentamento da crise. Renan Calheiros adiantou que encontros semelhantes devem ser feitos com os ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.

Polícia Federal
O senador Lindbergh Farias (PMDB-RJ), que também participou do café da manhã, informou que o ex-presidente se mostrou indignado e perseguido com o mandado de condução coercitiva cumprido na sexta-feira (4) pela Polícia Federal. De acordo com Lindbergh, Lula reafirmou que a reprovação da ação ocorreu especialmente pelo fato dele nunca ter se negado a dar informações. 

Fonte: Agência Brasil

domingo, 3 de janeiro de 2016

Me dê motivo

Sarney fez o diabo para conseguir mais um ano de mandato e ganhou o quê? 

Mais 365 dias para ser desmoralizado, humilhado e execrado

Os números do Ibope são contundentes: 67% dos brasileiros querem o impeachment de Dilma. Não sabem bem por qual motivo, mas querem vê-la fora do governo. Lula chegou até a culpar o machismo pela impopularidade da presidenta, mas são justamente as mulheres, 70%, contra 65% dos homens, que mais desejam o seu afastamento. 

Entre os jovens de 16 a 24 anos, são 75% que querem Dilma longe do palácio. E pior: entre os pobres, que ganham até um salário-mínimo, tradicional clientela eleitoral petista, 68% apoiam o impeachment. Mais até do que os ricos, que ganham acima de cinco salários: só 66% deles são pró-impeachment. 

São mais de dois terços dos brasileiros, cerca de 130 milhões de cidadãos, que querem o impeachment, enquanto pouco menos de um terço é contra. Uma maioria avassaladora e qualificada, que, se representada no Congresso, tem poder até para mudar a Constituição.

Com as mesmas intolerância e radicalismo que agora o atingem, o PT pediu o impeachment de Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique no Congresso. Perdeu os três, e acabou contribuindo para os adversários ganharem uma sobrevida e se fortalecerem na reafirmação de sua legitimidade. 

É o melhor que pode acontecer a Dilma. Ser processada pelo Congresso e absolvida por uma maioria, que não garante apoio a seu governo e a faz refém dos seus salvadores. E continuará ladeira abaixo como um Sarney sem jaquetão. Sarney fez o diabo para conseguir cinco anos de mandato e ganhou o quê? Mais 365 dias para ser desmoralizado, humilhado, desprezado e execrado. 

Todos já sabem que os maiores beneficiários de um improvável impeachment seriam Lula e o PT, que se livrariam de Dilma, passariam à oposição como vítimas de um golpe “da direita”, e iriam até 2018 gritando contra a crise que deixaram e prometendo redenção.

Muita gente é contra o impeachment, não por amor a Dilma, mas pelos mesmos motivos de Fernanda Torres: “porque livrará o PT da responsabilidade pela atual crise e, só atravessando a fase aguda da infecção, com todos os envolvidos presentes, ganharemos imunidade contra o populismo de esquerda e o oportunismo de direita.”


Fonte: Nelson Motta

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Nosso Guia está fritando a doutora Dilma

A fritura de Joaquim Levy mudou de qualidade. Habitualmente, presidentes fritam ministros, mas, no caso do doutor, um ex-presidente (Lula) está fritando ao mesmo tempo o ministro da Fazenda e a inquilina do Planalto (Dilma Rousseff).

Quando circula a informação de que Nosso Guia sondou Henrique Meirelles para o cargo e que ele pediu carta branca para assumir, a coisa muda inteiramente de figura. Quem está sendo frita é a doutora Dilma. Nesse caso, surge uma novidade: seu impeachment pelo PT. Isso tudo poderia ser fabulação, mas o ex-presidente do Banco Central soprou o fogo ao dizer que não recebeu um convite “concreto”. O que vem a ser um convite abstrato, só ele pode explicar. 

Certo mesmo é que Levy ainda não chamou o caminhão da mudança, como fez Mário Henrique Simonsen em 1979, porque não quer ser responsável pelo pandemônio que provocaria. Com Lula convidando ministros, e o seu preferido admitindo criticamente que há algo no ar além de aviões de carreira, os escrúpulos de Levy tornam-se despiciendos. O pandemônio já está criado. 

Lula e sua teoria do retrocesso político
Lula disse na Colômbia que sente “um cheiro de retrocesso político na América Latina e na América do Sul” e pediu à plateia que não acreditasse “nas bobagens da imprensa”. Nosso Guia tinha ao seu lado o ex-presidente do Uruguai José Mujica.  Falta explicar o que Lula considera “bobagens da imprensa”. 

Certamente não são as notícias sobre a honorabilidade de Pepe Mujica, um ex-guerrilheiro que presidiu seu país de 2010 até março passado e elegeu seu sucessor. Ele não teve mensalón, nem petrolón. Continuou morando na mesma casa, com o mesmo carro e a mesma cachorra Manuela. Ao assumir, anunciou que doaria 70% de seu salário para a construção de casas para os pobres. Segundo a Transparência Internacional, o Uruguai, junto com o Chile, têm os menores índices de corrupção da América Latina. 

Talvez Lula esteja falando das “bobagens da imprensa” em relação à Argentina, que vai eleger seu novo presidente no dia 22. Lá, 14 anos de domínio do casal Néstor e Cristina Kirchner levaram a economia para o buraco, e a família da presidente, para a fortuna. O país tornou-se conhecido pelos escândalos envolvendo as relações do governo e seus amigos com empreiteiros, petrogatunos e exportadores. 

Uma banda da esquerda latino-americana acumula duas marcas sinistras. Tem a mais longeva das ditadura em Cuba e os dois países mais corruptos do continente: a Venezuela narcobolivariana, seguida pela Nicarágua sandinista da família Ortega. Bolívia, Equador e Argentina têm índices de corrupção piores que o Brasil.

O que há por aí não é um cheiro de retrocesso político, mas a verificação de que existem países assolados pela corrupção e governos que se dizem de esquerda. O Chile e o Uruguai estão na outra ponta. Bolivarianos, sandinistas e petistas chegaram ao poder com a bandeira da moralidade. O que há no ar não é um cheiro de retrocesso político, mas de repúdio aos pixulecos.

Roubalheira não tem ideologia. O general Augusto Pinochet tinha o apoio de grande parte da população chilena enquanto torturava e matava opositores. Quando se descobriu que ele e sua família tinham US$ 15 milhões em 125 contas secretas, a direita chilena jogou sua memória no mar. Quando o filho da presidente chilena Michelle Bachelet foi apanhado em traficâncias, ela demitiu-o e disse que enfrentava “momentos difíceis e dolorosos como mãe e presidente”. Não culpou a elite nem viu conspiração, muito menos retrocesso político”. Viu apenas realidade: seu filho metera-se numa roubalheira. 

Meirelles 2.0
Atribui-se ao doutor Henrique Meirelles o desejo de centralizar no Ministério da Fazenda o comando do Banco Central. É uma malvadeza que se faz com o ocupante da presidência do BC de 2003 a 2011. Enquanto esteve no cargo, Meirelles defendeu a autonomia do banco.  No vazamento de documentos da diplomacia americana pelo WikiLeaks, apareceu um telegrama de 2006 do embaixador americano à época, o empresário Clifford Sobel. Ele narrou um encontro com Meirelles, durante o qual o doutor “pediu que o governo dos Estados Unidos usasse discretamente sua relação com o do Brasil para discutir a importância de se mandar ao Congresso uma legislação garantindo” a “autonomia” do Banco Central. Sugeriu que o secretário do Tesouro americano levantasse o assunto com Lula e com o ministro Guido Mantega.

Meirelles disse que o telegrama não refletia “com propriedade o tema de qualquer conversa que tenha tido.” O embaixador recusou-se a comentar o assunto.  Não há notícia de outro pedido de pressão sobre o governo de Pindorama feito por uma autoridade brasileira com nível ministerial.

Quem vive vê
Enquanto ex-ministros de Dilma e comissários petistas são hostilizados em restaurantes, Fernando Henrique Cardoso é chamado para uma média de 20 selfies quando entra em restaurantes do centrão de São Paulo. Num caso, uma senhora pediu que ele gravasse uma mensagem para seu pai, que está internado num hospital. 

Pedalada elétrica
Pedalando o mercado de energia elétrica desde o ano passado, o governo obrigou empresas geradoras a comprarem a produção de usinas térmicas, que custa muito mais caro. Disso resultou um rombo de, no mínimo, R$ 20 bilhões. As concessionárias de hidrelétricas recusam-se a pagar pela pedalada e vêm ganhando liminarmente sucessivos litígios na Justiça. Se ninguém pagar a ninguém, no fim do ano o mercado de energia entrará num apagão financeiro. 

Como as empresas precisam dar lucro para distribuir dividendos aos seus acionistas, a Agência Nacional de Energia Elétrica ofereceu às geradoras um esparadrapo natalino de R$ 2,5 bilhões, diluindo o resto do espeto para os anos (e governos) vindouros. 

Seja qual for a solução dessa encrenca, a conta irá para os consumidores. Até aí, tudo bem. O que falta é o governo reconhecer o custo de sua pedalada. Ele lida com o assunto como se fosse um problema dos macedônios.  Se a doutora tivesse reconhecido que as hidrelétricas estavam num nível crítico, não precisaria ter recorrido às térmicas. Agora, os eleitores iludidos ficarão com a conta. 

Palpite
Há um ano, no dia de hoje, o juiz Sérgio Moro encarcerou 25 executivos de empreiteiras. Alguns deles colaboraram com as investigações e foram libertados, com ou sem tornozeleiras. 

Quem estuda os horóscopos da turma de Curitiba acha que a proximidade do recesso do Judiciário pode estimular algumas novas prisões. Antes do arrastão do ano passado, havia empreiteiras achando que sairiam da encrenca ressarcindo a Viúva com a construção de presídios. 

Fonte: Elio Gaspari - O Globo
 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Governo vai perder feio e não aprovará nada. Esperem e verão. Essas propostas estúpidas e que nada resolvem, são a pá de cal no governo do PT

Oposição avisa que vai barrar nova CPMF e petistas criticam cortes

Anúncio do governo desagrada tanto parlamentares oposicionistas como os da base aliada da presidente

O anúncio do pacote medidas complementares do ajuste fiscal teve um impacto tanto entre governistas quanto entre oposicionistas no Congresso. Enquanto petistas já se mobilizam para impedir o corte de investimentos em saúde e congelamento de salários no funcionalismo, a oposição avisa que vai barrar a nova CPMF. O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) diz que o pacote é “uma declaração de guerra a todos os servidores” e que haverá uma reação dez vezes maior do que a reação ao primeiro ajuste por parte dos movimentos sociais, da CUT e do PT. A oposição vai criar uma frente contra a recriação da CPMF e reclama que Dilma resiste em cortar os “apadrinhados”. — É claro que vai ter reação! Passamos oito anos criticando Fernando Henrique Cardoso por causa do congelamento do salário dos servidores e agora copiam a receita de FHC? — protestou Lindbergh.
  Ele não diz que o pacote pode custar o mandato da presidente Dilma Rousseff, mas acha que o impacto pode ser grande, que as universidades federais já estão em greve e “todo mundo sabe o que vai acontecer” com as novas medidas . — A reação do PT , da CUT e dos movimentos sociais vai ser 10 vezes maior do que o primeiro ajuste. Vai criar um problema na nossa base social que está indo para as ruas defender o mandato da presidente Dilma — disse o petista. 

Para Lindbergh, ao invés de atacar o funcionalismo e cortar investimentos de forma criminosa, o governo deveria ter optado por tributar mais o “andar de cima” com a tributação de lucros e dividendos, o que renderia uma receita de cerca de R$50 bilhões.

LÍDERES DA OPOSIÇÃO CRITICAM MEDIDAS
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a oposição pretende lançar uma frente para barrar a recriação da CPMF. Para Caiado, a sociedade não aceita pagar mais impostos. — É a pá de cal no governo do PT essa tentativa de recriar a CPMF e aumentar impostos. O governo não precisa recriar a CPMF para falar em cortes de gastos, mas prefere centrar no aumento da carga tributária em vez de cortar em sua estrutura. É brincar com a inteligência do brasileiro — disse Caiado.

Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse nesta segunda-feira que é “inaceitável” a volta da CPMF e criticou o fato de o governo ter optado pelo aumento da carga tributária como caminho para tentar aumentar a arrecadação. Em nota, Aécio disse que o governo de Dilma quer um “cheque em branco”. “Não é aceitável o aumento do imposto de renda sobre ganho de capital, não para melhorar o sistema tributário, mas apenas para crescer a receita, e a volta da CPMF, o famoso imposto sobre transações financeiras que a sociedade já tinha se mostrado contra na sua última tentativa de renovação, em 2007. O governo do PT quer da sociedade um cheque em branco. Pede um voto de confiança quando continuamente não cumpre o que promete”, afirmou o tucano em nota que critica, também, o aumento de impostos em cenário de recessão: “Há medidas de redução de custeio, mas, infelizmente, como já era esperado, o maior “esforço fiscal” vem do aumento de impostos em plena recessão. É preciso que fique claro que os cortes anunciados pelo governo federal — e que atingem inclusive programas sociais — são consequência da irresponsabilidade com que esse mesmo governo agiu nos últimos anos”.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi direto. — A volta da CPMF é um delírio puro. A simples menção desse item entre as medidas do ajuste destrói a credibilidade de tudo o mais — disse Aloysio. 

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), também disse que a sociedade não "aguenta mais aumento de impostos", mas acrescentou que cabe à oposição analisar as propostas.
— Mas o Brasil tem uma situação tão difícil que não nos permite simplesmente fincar o pé e dizer que somos de pronto contra, porque fazemos oposição ao governo federal e não ao país. Então, o conjunto de medidas será analisado para que nós possamos estar conhecendo em detalhes cada uma delas — disse Cunha Lima.O líder do PR, Blairo Maggi (MT), disse que é preciso analisar as propostas.
— Se o governo se comprometeu com algumas coisas, dá para avaliar medidas (como a volta da CPMF). Mas é preciso avaliar essas medidas — disse Blairo Maggi.


O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que o partido não apoiará a recriação da CPMF. Agripino disse que o governo não cortou na carne, com redução de ministérios e de cargos de confiança. — Não contem conosco para recriar a CPMF. Onde estão os cortes na carne do petismo, nos vícios de 12 anos do petismo? A conta está caindo nas costas do funcionalismo, nos investidores e no aumento da carga tributária da população — disse Agripino.

Já o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), avisou que os tucanos cobrarão da presidente Dilma Rousseff a redução de ministérios e cargos comissionados, como forma de reduzir a máquina administrativa. Para Sampaio, a proposta anunciada pela equipe econômica do governo são insuficientes e pecam por propor novamente que a sociedade arque com a "parte mais pesada" do ajuste, com o aumento de impostes, cortes em benefícios. em programas sociais e em investimentos. — O governo quer empurrar os custos para os brasileiros, já fortemente penalizados com a perda de renda, de empregos e de perspectivas. São vítimas de um governo incompetente, irresponsável e inoperante, que levou o país ao fundo do poço. Em se tratando de um governo que se reelegeu mentindo aos brasileiros, não duvido nada que os cortes em ministérios e cargos de confiança não saiam do papel. Mais uma vez o governo quer empurrar a conta goela abaixo do contribuinte. O que a presidente Dilma pretende é fazer com que os brasileiros sejam os fiadores do déficit pelo qual ela é a principal responsável, mas não quer pagar a conta, cortando na própria carne — criticou Sampaio.

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE) também critica a falta de cortes de ministérios e cargos comissionados e a decisão de propor aumento de impostos. Para ele, foi um anúncio "pífio" diante do tamanho do rombo nas contas públicas. Para Mendonça Filho, o governo anunciou um rombo de R$ 30 milhões, mas em 2016 este rombo deverá ficar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. O DEM lançará amanhã a campanha "Basta de Impostos" e o líder do partido diz que o Congresso não aprovará a recriação da CPMF.  O que o governo Dilma demonstra é a reiteração da mediocridade. Quando não lidera uma ação verdadeiramente ousada, para o tamanho da crise, não sensibiliza a sociedade e o próprio o Parlamento. Isso teria que vir com um corte radical de número de ministérios, fusão de empresas e privatização de outras, redução drástica nos cargos de confiança que aparelhamento o estado. O PT tem que aprender a fazer ajuste pela conta da despesa supérflua e não de receitas — criticou Mendonça Filho, acrescentando:  — O anúncio foi pífio, até porque o buraco que anunciam como R$ 30 bilhões será, na verdade é de R$ 80 a R$ 100 bilhões. As contas do governo não levam em conta que, em 2016, o PIB terá crescimento negativo. O Orçamento considera receitas tributárias que dependem de aprovação do Congresso, de novos impostos, que não serão aprovados.

LÍDER DO GOVERNO ESPERA APOIO DA OPOSIÇÃO
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse contar com o apoio da oposição para aprovar a recriação da CPMF, uma das principais medidas anunciadas hoje para cobrir o rombo no Orçamento. O petista afirmou esperar que as propostas que dependem de aprovação do Congresso sejam concluídas até o final deste ano.  – Espero contar com o apoio daqueles que criaram a CPMF no passado com 0,38%. Eles podem nos ajudar, porque estamos reduzindo pela metade – afirmou.

O petista, porém, lançou uma provocação aos parlamentares oposicionistas – A oposição, se é que tem compromisso com o país, nós queremos também dialogar com ela.[o único compromisso da Oposição é a destruição do governo Dilma, do PT e de toda a corja esquerdista. Destruir a qualquer custo.]

O deputado não descartou alterações na alíquota de 0,2% para negociar com estados e municípios a aprovação do imposto. Mas, segundo o líder do governo, o piso para a União não pode ser inferior a o percentual anunciado. – Os governadores querem discutir? Sentem para discutir. Estamos abertos. O que o governo não pode é tirar desse patamar. O remédio para isso é dialogando. Quantas vezes vocês disseram que as medidas do ajuste não passavam e nós aprovamos todas as medidas do ajuste? – disse.

Guimarães afirmou que a discussão sobre a recriação do imposto deve ser estendida aos governadores e prefeitos e que aqueles que forem contrários devem propor alternativas. – O país todo vai ter que discutir tudo isso, não pode ficar só na nossa mão aqui. Temos que discutir com prefeitos, governadores. E se tem alguém que discorda, diga por que discorda e o que propõe no lugar. Só negar não é bom começo para quem tem compromisso.
A presidente Dilma Rousseff marcou para as 09h a manhã desta terça-feira reunião com os líderes da base no Congresso para discutir a tramitação das medidas.

O líder do governo defendeu as medidas anunciadas e disse que o governo decidiu “cortar na própria carne”, mas preservando os programas sociais.
– As medidas reequilibram sem tirar nenhum direito e apontam para a retomada da credibilidade do governo perante o país e os investidores internacionais. O governo cortou na sua própria carne ao reduzir despesas discricionárias. Não são medidas amargas, são razoáveis e consistentes – defendeu.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A exaustão do PT



O maior partido do país tem o poder em Brasília e 1,7 milhão de filiados, mas não sabe o que fazer com eles
Começa amanhã e vai até dia 14 o V Congresso do Partido dos Trabalhadores. Ele junta um cacique, uma dúzia de tendências e três grandes grupos: a turma dos eventos, que poderão ser apreciados no show da cerimônia de instalação do encontro; a turma que se aninhou no aparelho do Estado e pessoas que procuram pensar o que esse partido é ou o que poderá ser. O que foi, ou quis ser, esqueça-se. As três turmas se superpõem, pois todos gostam de eventos, poucos se expressam sem blá-blá-blá e dezenas de milhares aninharam-se (um petista que foi levado para a administração da prefeitura de São Paulo em 1989 e pulou de cargo em cargo já completou 26 anos de carteira assinada.)

O presidente do partido, Rui Falcão, garante que não há crise e mostra um número: o PT tem 1,7 milhão de filiados, só neste ano abrigou 171 mil novos inscritos e há 47 mil pessoas na fila. O significado desses números é indiscutível. A qualidade das adesões é bem outra coisa. 

 Outra estatística informa o seguinte: dois presidentes do partido e dois dos seus tesoureiros foram para a cadeia.

A maior crise do PT está na sua exaustão intelectual e a prova disso é o reerguimento da sua bandeira pela criação de um imposto sobre grandes fortunas. Deixe-se de lado a questão técnica. Pode ser uma boa ideia, até porque a imensa maioria dos milionários brasileiros é mão de vaca. O PT defende esse imposto desde sua criação, está no poder desde 2003 e fez rigorosamente nada. Pelo contrário. Lula corre o mundo em jatinhos de milionários, a consultoria José Dirceu assessorou a empresa de três bilionários (em dólares) da lista da revista “Forbes”.  

Já a firma do ex-ministro Antonio Palocci assessorou outro. O PT pode não ter descoberto a maneira de arrecadar impostos dos afortunados, mas mostrou-lhes como mimar petistas. A consequência perversa desse contubérnio já foi vista nos episódios em que ex-ministros foram vaiados em restaurantes onde raramente iam antes da vitória eleitoral de 2002. Depois veio o prazer do poder e mudaram costumes e gostos. O casal Lula achou razoável fazer um canteiro de flores vermelhas com forma de estrela nos jardins do Palácio da Alvorada.

Quando o PT estava na oposição e levantava a bandeira do imposto sobre grandes fortunas, isso poderia ser um projeto, ou mesmo demagogia. Hoje, é simples hipocrisia política de um partido que governa com a receita econômica defendida pelo candidato Aécio Neves. Petista gritando “fora Levy” faria melhor se murmurasse “fora eu”.A rendição petista ao programa de Levy é um reflexo da exaustão intelectual do partido. Fernando Henrique Cardoso fez um arrocho para consertar estragos de governos anteriores.

 Roberto Campos, 30 anos antes, também. Levy tenta consertar estragos do mandarinato petista, potencializados no primeiro mandato da doutora Dilma. Ela pedalava as contas públicas, agora pedala uma bicicleta americana.  Numa das suas recentes propagandas de televisão, o PT informou: “Vamos para as ruas defender nossas bandeiras e nossas ideias.” Noves fora a bandeira vermelha, não se sabe de outras. Ideias novas e boas, nenhuma.

Fonte: O Globo - Elio Gaspari, jornalista