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sábado, 8 de fevereiro de 2020

Censura - O guarda da esquina - Merval Pereira


O Globo

O típico caso do guarda da esquina que acha que pode cometer abusos de autoridade

 O caso é conhecido e já entrou para a história política brasileira. Em 13 de dezembro de 1968, o governo Costa e Silva decretou o Ato Institucional 5, e na reunião ministerial, o único voto contrário foi do vice-presidente Pedro Aleixo, que alegou, premonitoriamente: “o problema de uma lei assim não é o senhor, nem os que com o senhor governam o país. O problema é o guarda da esquina”. 
 
 A censura a livros em Rondônia é o típico caso de o guarda da esquina sentir-se autorizado a cometer abusos de autoridade, não mais pelo AI-5, revogado ainda na ditadura militar com Geisel, mas pelo exemplo do ministro da Educação e do próprio presidente Jair Bolsonaro.  Não se pode dizer que há uma ordem direta deles para que atitudes desse tipo sejam tomadas, mas palavras do líder são levadas a sério pelos liderados mais afoitos ou com menos bom senso. 


 A mesma coisa aconteceu com o meio-ambiente. O ex-presidente do Instituto Nacional de Pesquisas (INPE) Ricardo Galvão, em pleno debate sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, disse que não tinha dúvidas de que foi a leniência do governo Bolsonaro com o desmatamento que fez com que ele crescesse no primeiro ano de governo. As críticas de Bolsonaro às ONGs que defendem a Amazônia também teriam dado respaldo aos grileiros que atuam na região.  O “guarda” no momento na Prefeitura do Rio, bispo Crivella, já censurou histórias em quadrinhos com beijo gay, alegadamente para proteger nossas crianças. [inserir um beijo gay em uma revista HQ, destinada ao público infnto juvenil, convenhamos que é algo que não traz beneficios as nossas crianças.

Nada contra que os que gostam de praticar o beijo queijo, pratiquem. Mas, pelo menos longes dos olhos das nossas crianças. O mais grave é que agora foi 'apenas' um beijo gay, nada impede que em outra 'estória' seja apresentado tenha  desenhos mostrando uma felação.] Quando ainda era próximo politicamente do governo Bolsonaro, o “guarda” governador de São Paulo João Dória mandou recolher uma cartilha com material escolar de ciências para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da rede estadual. [idade média de 13/14 anos, pelo nosso Código Penal, menor vulnerável.]  A cartilha tratava de conceitos de sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual. Também trazia orientações sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. As duas decisões foram revogadas pela Justiça. 

 O “guarda” no governo de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL), ex-chefe do Centro de Inteligência da PM do Estado e ex-secretário de Educação de Porto Velho, mandou recolher dezenas de livros das bibliotecas das escolas públicas, entre eles clássicos da literatura brasileira como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, “Os Sertões” de Euclydes da Cunha, e “Macunaíma”, de Mario de Andrade. [os 'clássicos da literatura brasileia nem sempre são adequados para leitura por crianças. Macunaíma é um exemplo; Jorge Amado, tem vários livros inadequados. Imedir que adultos leiam o que desejarem, pode até ser um ato reprovável, mas, crianças é DEVER do Estado preservá-las, especialmente as que estão na classificação de 'menor vulnerável'.]
Também estava querendo proteger nossas crianças e adolescentes de “conteúdos inadequados”. Alegadamente, a decisão foi tomada por um técnico sem a autorização do secretário de Educação, Suamy Lacerda de Abreu. O memorando incluía 43 livros de autores brasileiros e estrangeiros, que deveriam ser devolvidos pelas escolas ao Núcleo do Livro Didático da secretaria estadual da Educação. A medida, como não poderia deixar de ser, provocou protestos de instituições regionais, como a OAB de Rondônia, [quando será que o presidente da OAB-RO terá oportunidade de aparecer outra vez no Jornal Nacional?

Ou perguntar para os amigos: 'viram a 'entrevista' que dei ao Jornal Nacional? Temos que registrar que a manifestação da ABL pelo menos está dentro das suas atribuições.] e nacionais, como a Academia Brasileira de Letras (ABL), que tem como missão a defesa da cultura nacional. Eis a nota:
 “A Academia Brasileira de Letras vem manifestar publicamente seu repúdio à censura que atinge, uma vez mais, a literatura e as artes. Trata-se de gesto  deplorável, que desrespeita a Constituição de 1988, ignora a autonomia da obra de arte e a liberdade de expressão.
 A ABL não admite o ódio à cultura, o preconceito, o autoritarismo e a autossuficiência que embasam a censura. É um despautério imaginar, em pleno século XXI, a retomada de um índice de livros proibidos. Esse descenso cultural traduz não apenas um anacronismo primário, mas um sintoma de não pequena gravidade, diante da qual não faltará a ação consciente da cidadania e das autoridades constituídas”. 

  
São tantas as críticas do governo, e do próprio Bolsonaro, à cultura, são tantas as referências ao que denominam esquerdização na literatura, no cinema, no teatro, tantas denúncias de supostas imoralidades, que os guardas da esquina estão se sentindo empoderados pelos novos tempos. [o guarda da esquina, nos tempos em que existia, prestava um excelente serviço à Segurança Pública, além de exercer policiamento preventivo, era respeitado.
Jose, para dar conta dos bandidos, teria que ser uma fração de Pelotão, em cada cruzamento.] 

Merval Pereira, colunista - O Globo


sábado, 7 de dezembro de 2019

Bolsonaro navega em mar de almirante e Vaias para Lula - VEJA

Se preferirem, voa em céu de brigadeiro

Ao contrário do que ele faz parecer, governar não está sendo uma tormenta para Jair Bolsonaro. Se as medidas econômicas fracassarem, ele porá a culpa em Paulo Guedes e o substituirá por outro ministro. Já tem nomes em exame.  Se a política de segurança pública não der os resultados esperados, ora, a culpa será de Moro. Poderia haver melhor nome do que o dele para o Ministério da Justiça? Bolsonaro acha que Moro vai bem, mas que ainda não aprendeu direito a fazer política.

Quer tê-lo por perto porque é melhor que “ele mije para dentro do acampamento do que para fora”. Moro poderia ser um desafio para Bolsonaro se disputasse com ele a próxima eleição. [Moro é o vice ideal para formar chapa com o presidente Bolsonaro em 2022.] Como vice, talvez fosse o ideal, data vênia o general Hamilton Mourão. O Congresso tem torpedeado parcialmente as muitas propostas que o governo lhe remete. Bem, Bolsonaro tem honrado seus compromissos com os que o elegeram, mas o Congresso é outro poder e goza de independência. Fazer o quê?

Lotear o governo com os partidos para que eles aprovem no Congresso tudo o que Bolsonaro mandar? Aí seria demais. Os bolsonaristas mais devotos não admitiriam. Dá para distribuir cargos com menor visibilidade, e isso está acontecendo. É a Nova Política – “voila”. Também faz parte dela o uso de dinheiro público para a execução de obras nos Estados. Se o deputado ou senador vota como o governo quer, é recompensado. Nada a ver com dinheiro de emendas parlamentares.

O pagamento de emendas parlamentares é obrigatório. O governo não pode fugir disso. Mas pode garantir mais dinheiro por fora, previsto no orçamento dos ministérios. Cabe ao parlamentar obediente dizer ao governo onde aplicar o por fora.
A aprovação da reforma da Previdência custou por fora uma nota ao governo. Algo como R$ 4 bilhões, segundo parlamentares bem informados. E assim será quando o governo quiser aprovar as próximas reformas sugeridas por Guedes. Nada sai de graça.  Bolsonaro sabe e finge não saber. Os críticos acusam o governo de não dispor de uma boa articulação política com o Congresso. Os atuais articuladores seriam fracos. Bolsonaro não liga para isso. O Congresso é um poder independente, não é? E segue o baile. [este parágrafo deixa claro que o tama lá, dá cá, é imposto pelo Congresso;
que é um Poder independente. Maia e Alcolumbre sempre que criam alguma dificuldade, são movidos pelo toma lá, dá cá - prática que as vezes tem como objetivo obter o 'engrandecimento' do Legislativo, que aparece na fita como o Poder que controla o Poder Executivo. E torna o Poder  Executivo e o presidente Bolsonaro reféns do Congresso Nacional.] 

Os chamados formadores de opinião azucrinam o governo por causa da sua política relativa aos costumes. Podem azucrinar. Delas, Bolsonaro não abrirá mão. [o Brasil precisa voltar, custe o que custar, a ser uma Nação na qual os BONS COSTUMES, a FAMÍLIA, a RELIGIÃO, a MORAL voltem a predominar.] É o que lhe assegura os votos dos evangélicos e demais denominações religiosas. Os militares estão pacificados. Governo algum os tratou tão bem. Não só por arranjar-lhes empregos, mas por ter-lhes assegurado uma aposentadoria privilegiada e um aumento generoso de salários  na hora em que se cobraram sacrifícios ao resto do povo.

Se militar empregado no governo não funciona bem, troca-se por outro. A caserna pode até fazer cara feia, mas já se acostumou. Bolsonaro evitou a volta ao poder do PT – e esse é um preço que os militares jamais terão como pagar. Só agradecem.
A imagem do governo lá fora está muito ruim principalmente por seu descaso com a política ambiental. Os que reclamam disso lá fora não votam aqui. Os daqui que reclamam não votam em Bolsonaro. Os daqui que se beneficiam com o descaso votam nele.

Bolsonaro só teme investigações que possam lhe render um pedido de impeachment (tic, tac). [Bolsonaro tem razão em ter justo receio de um pedido de impeachment. Afinal, um pedido de tal natureza depende da Câmara dos Deputados - Rodrigo Maia - do Alcolumbre - Senado Federal - e do presidente do Supremo - ?Dias Toffoli. Convenhamos que é muito peso, mesmo para quem recebeu quase 60.000.000 de votos.
Bolsonaro tem a seu favor que não cometeu crime algum. A maior parte das acusações são imprecisas, resultado de interpretações tortuosas das leis - onde está escrito que apoiar o Governo Militar que esteve no comando do Brasil de 1964 a 1985, é crime? que apoiar um brasileiro que se empenhou em combater o terrorismo, mantendo o Brasil na condição de NAÇÃO SOBERANA é crime? E as demais acusações todas são primas ou mesmo irmãs das citadas.]    Por isso, enquadrou os filhos para que não ataquem a Justiça e estende o tapete vermelho para o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal.

No mais, bola pra frente, festas privadas no Palácio da Alvorada, comer pastel em feiras populares, estar sempre presente em estádios de futebol, chamar a Record para falar quando achar oportuno e recuar de decisões quando elas significarem encrenca. Mandou cancelar as assinaturas que o governo tinha do jornal Folha de S. Paulo? Isso implicaria no risco de ser processado por improbidade administrativa? Recuou. Brigou com a Globo? Um dos seus ministros prediletos já pediu uma trégua à Globo.
Quanto a Lula… [Lula só não é um coitado devido os crimes que cometeu terem sido de extrema gravidade;
mas, está pior que um coitado, sendo vaiado - vide matéria abaixo.] Mesmo que continue solto, a Justiça não revogará suas condenações, o que o impedirá de ser candidato. Sem ele, a oposição de esquerda ficará órfã. Há, sim, que impedir oposição à direita. Então tome pau em João Dória e em Luciano Huck.
Em resumo: observado do ponto de vista do presidente e dos que o cercam, o mar está calmo. E o céu, azul.

Vaias para Lula

Rejeição

Enquanto o céu parece brilhar para o presidente Jair Bolsonaro, trovões assustam líderes do PT sempre que o ex-presidente Lula aparece em locais públicos considerados inseguros.  Os trovões são as vaias que já o recepcionaram em vários lugares fora do controle do PT. O que isso possa significar é uma coisa que os petistas não ousam sequer pronunciar o nome – rejeição.

Mesmo assim, a rejeição a Lula, medida pela pesquisa VEJA-FSB, é menor do que a de Fernando Haddad, que disputou a eleição presidencial passada com Bolsonaro.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Alckmin rasgou o conselho de importantes aliados ao mirar em Bolsonaro



Estratégia questionada dentro do PSDB

[a linha escolhida por Alckmin, foi de uma burrice sem tamanho - até o Blog Prontidão Total, que não tem nenhum 'expert' em política, postou vários alertas lembrando a Alckmin o óbvio: um competidor que está em terceiro lugar jamais chegará ao primeiro lugar sem antes derrubar o que está segundo.]

Geraldo Alckmin ignorou a opinião de correligionários importantes ao seguir a orientação de Antonio Lavareda para transformar Jair Bolsonaro, em vez do PT, em seu alvo principal.

Tasso Jereissati, João Dória, Mara Gabrilli e Marconi Perillo foram alguns dos que pediram para o presidenciável reavaliar a estratégia, sem sucesso.


 

sábado, 7 de outubro de 2017

Bolsonaro na Veja: uma rápida nota

Ana Clara Costa, a jornalista que assina a peça de propaganda contra o deputado Jair Bolsonaro para a Veja desta semana, é uma daquelas figuras típicas do jornalismo tucano: formada na Wharton Business School, ela não é ignorante o suficiente para acreditar em economia marxista ou keynesiana, mas subscreve toda a agenda cultural da esquerda, venera o lumpemproletariado (o povo oficial, formado pelas “minorias”) e sente nojo do povo real, que se preocupa com segurança pública, está farto da roubalheira da classe política e repudia a corrosão dos valores tradicionais simbolizada em exposições como a do MAM e do Queermuseu.[entre os que são contra o deputado Jair Bolsonaro, está a turma que chama pedofilia de arte.]


Não surpreende, portanto, que ela tenha se colocado a serviço de figuras como o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Dória (a quem ela parece ser mais simpática nas redes sociais) e esteja trabalhando, ativamente, contra o candidato que dará mais trabalho aos dois.

Não há nenhuma grande novidade em nada disso, mas a capa da revista é um tanto curiosa. Apostando em uma chamada em letras vermelhas e com um subtítulo repleto de adjetivos insultuoso, extremista e outras platitudes do tipo –, a Veja tenta alertar seus leitores (em número cada vez menor) de que o deputado federal representa uma grande ameaça. No interior da revista, o conteúdo da matéria segue a mesma linha, com o agravante de dizer algumas bobagens sobre o professor Olavo de Carvalho, mas o que mais chama a atenção é mesmo a capa, que em um certo sentido, mais profundo do que a turminha do André Petry poderia imaginar, acerta o alvo.

O deputado Jair Bolsonaro representa mesmo uma ameaça. Ele ameaça os arranjos do establishment brasileiro, de que fazem parte a Veja e o tucanato em geral; a hegemonia da tríade PT-PMDB-PSDB e a sobrevivência de seus esquemas de corrupção; a instrumentalização das instituições de ensino para a formação de idiotas úteis como os que assinam a edição da revista; e a cultura do banditismo que, todos os anos, vitima centenas de milhares de brasileiros. O deputado ameaça, ainda, todos aqueles que abominam a idéia de serem governados por alguém que pensa, fala e age como a maior parte do povo brasileiro e que, no mínimo, atrapalha um bocado os mais diversos esquemas de poder conduzidos por grupelhos iluminados que desejam ditar os rumos do país.

P.S.: Para o tal do especial sobre a Revolução Russa, os jornalistas da Veja produziram matérias que, comparam Lênin ao presidente Donald Trump e, dentre outras coisas, tecem loas às supostas conquistas que as mulheres obtiveram com o regime comunista.
P.S. 2: O efeito da matéria certamente será o oposto do esperado. A um ano da eleição, como nos mostrou o Trump, “all media is good media”.

Por:

Ler a matéria completa: A 'ameaça' Bolsonaro, clique aqui




domingo, 30 de abril de 2017

Lula lidera e Bolsonaro chega a 2º lugar, diz Datafolha

Deputado federal de extrema direita empata com Marina Silva nas intenções de votos para a Presidência em 2018

 Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Daniel Pinheiro/Agência Brasil)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém-se na liderança na corrida para a Presidência em 2018 segundo a primeira pesquisa do Datafolha após a delação da Odebrecht à Operação Lava Jato. Apesar de ser um dos nomes citados nos depoimentos, Lula chega a 30% das intenções de votos e amplia a distância dos demais possíveis candidatos.

Marina Silva (Rede) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparecem em seguida. O político de extrema direita subiu de 9% para 15% e de 8% para 14% nos cenários em que disputam, respectivamente, os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin. Em ambos os casos Bolsonaro surge tecnicamente empatado com Marina. Em simulações de segundo turno, a candidata da Rede e o juiz Sérgio Moro são os únicos que vencem Lula. [Marina é inofensiva, inútil e sem condições de competir, nem mesmo com o traste do Lula - certamente, todos lembram sua queda na eleição passada; Sérgio Moro não conta.
A real possibilidade é a ida de Lula para o segundo turno contra Bolsonaro - só que Lula, devido sua estrondosa e crescente rejeição, será esmagado por Bolsonaro, cuja rejeição diminui.
Claro, considerar a ida de Lula para o segundo turno só mesmo em pesquisa, haja vista que Lula estará encarcerado, condenado em vários processos em segunda instância e mofando no xadrez.]

A pesquisa também aponta que nomes relevantes do PSDB e o atual presidente Michel Temer (PMDB) sofrem com altos índices de rejeição. Temer, com 64%, lidera o ranking, seguido por Lula (45%), Aécio (44%) e Alckmin (28%). Quem ganha com a queda da popularidade dos colegas do PSDB é João Dória. Com baixa rejeição (16%), o prefeito de São Paulo desponta como um possível presidenciável. Contudo, ainda surge abaixo de Lula, Marina e Bolsonaro nas intenções de votos em um primeiro turno.

Fonte:  Revista VEJA 

 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Lula: temos que ajudar Dilma a sair da "encalacrada que a oposição colocou"

Lula é tão estúpido que acusa a oposição pelo ninho de cobras em que a Dilma se meteu - esquece que foi Dilma quem decidiu mentir descaradamente, para vencer as eleições.

Venceu as eleições e agora está desmoralizada - por incompetência e ser uma mentirosa - e prestes a ser expulsa da presidência

O ex-presidente cobrou respostas e propostas da juventude do PT e disse que "escrever num documento 'Fora Levy, ou fora PMDB' é muito pouco"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta sexta-feira (20/11) que é preciso empenho para defender o mandato da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, antes de pensar em 2016 e 2018, é preciso tirar o governo da agonia criada pela oposição. "Temos que ajudar a companheira Dilma a sair da encalacrada que a oposição nos colocou depois das eleições", defendeu, durante o 3º Congresso da Juventude do PT, em Brasília. "Eles não souberam perder."

Lula disse ainda que o partido pode fazer uma "surpresa" para aqueles que acham que o PT já acabou e que é fundamental que o partido se fortaleça ainda mais nas eleições do ano que vem para garantir a continuidade do seu projeto. "Não tem 2018 se a gente não tiver 2016", disse. "Nós precisamos construir 2016, precisamos ter candidatos onde puder ter candidato."


Sem citar os prováveis adversários do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, Lula afirmou que a mídia trabalha para mostrar que a política está apodrecida. "E aí quem tenta resolver possivelmente seja um programa de TV ou um apresentador", disse. Na pré-campanha em São Paulo, nomes de jornalistas e apresentadores como Celso Russomano (PRB), João Dória (PSDB) e José Luiz Datena (PP) aparecem na disputa.

O ex-presidente voltou a dizer que não se pode permitir "que ladrão fique chamando petista de ladrão" e fez uma defesa do ex-tesoureiro João Vaccari, preso por suspeita de corrupção no esquema de propina da Petrobras. "Eu quero saber se o dinheiro do PSDB foi buscado numa sacristia", provocou. [Lula, agora são 99,99% dos petistas que são chamados merecidamente de ladrão e você não está entre as poucas exceções.]


Cobrança dos jovens
Lula minimizou as palavras de ordem que ouviu de jovens do PT e lembrou o episódio de criação do partido, em 1980, para dizer que na época "havia muito mais radicalismo". "As palavras de ordem que estou vendo aqui é como doce de cupuaçu em comparação ao que a gente ouvia no Colégio Sion", disse - o colégio Sion, em São Paulo, foi palco de uma reunião que culminou com a criação do PT.


Lula ouviu cobranças da juventude do PT assim que subiu no palco: "Lula, eu quero ver você romper com o PMDB", gritavam. Os jovens também pediam a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O petista afirmou acreditar que o "ideal" seria que um único partido pudesse governar tudo. "O ideal de um partido é que ele pudesse ganhar a presidente, 27 governadores, 81 senadores e 513 deputados sem se aliar a ninguém", disse. "Seria maravilhoso."

Depois, o ex-presidente ponderou que isso é uma utopia e que é preciso aceitar o resultado das eleições e "construir a governabilidade". "Entre a política e o sonho, entre o meu desejo ideológico partidário e o mundo real da política, tem uma distancia enorme", disse. Lula afirmou que as alianças são fundamentais já que sempre "alguém vai ganhar e alguém vai perder".

Os jovens pediram, ainda, a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy e abriram uma faixa escrita "Nem Meirelles, Nem Levy", numa referência ao ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.Lula nega, publicamente, que esteja atuando para convencer a presidente Dilma pela substituição de Levy por Henrique Meirelles, que foi presidente do Banco Central durante seus mandatos. 

Lula cobrou respostas e propostas da juventude e disse que "apenas escrever num documento 'Fora Levy, ou fora PMDB', é muito pouco". Ao discursar, afirmou que em encontro recente com o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, os dois conversaram sobre a possibilidade de escrever um livro ou fazer um vídeo para "provocar a juventude a assumir um papel mais importante na política".
Antes das cobranças, o ex-presidente foi recebido aos gritos de "Lula guerreiro do povo brasileiro". A frase também estampa algumas faixas que ocupam o ginásio onde cartazes com fotos estilizadas de petistas que tiveram os nomes envolvidos nos escândalos do mensalão e da Lava Jato, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari - ambos presos

Também estavam presentes no evento presidente nacional do PT, Rui Falcão, o presidente da CUT, Vagner Freitas, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, os deputados Zé Geraldo e Paulo Pimenta.


Fonte: Correio Braziliense