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sábado, 14 de novembro de 2020

Quem é (de verdade) Kamala Harris


sábado, 8 de agosto de 2020

Os progressistas e a marcha da insensatez



O Novo Testamento da Virtude Política é um assombro. 
Mas o bom senso recomenda que se considere a realidade antes de chamar o padre para dar a extrema-unção ao mundo como ele é hoje

Boa parte daquilo que lhe dizem hoje em dia nos meios de comunicação, ou nas conversas do seu círculo social, indica que o mundo está ficando cada vez mais sem noção. A sua lógica recebe tiros por todos os lados. Pela mais recente tábua de mandamentos do feminismo realmente avançado, por exemplo, não se pode mais mencionar a existência de mulheres que menstruam; agora é preciso dizer “pessoas que menstruam”, sob pena de machismo, fascismo e discriminação “contra os transgêneros”.
Mas biologicamente só mulheres podem menstruar; não há nenhuma outra possibilidade, desde que o ser humano surgiu, há cerca de 2 milhões de anos. 

O que poderia haver de errado em dizer isso? Não interessa. É preconceito, pois nega a um homem que se sente “no corpo errado”, e gostaria de ser mulher, o direito de ficar menstruado. Em suma: a menstruação deve ser tratada como um fenômeno fisiológico que pode ser acessado por todas as “pessoas”.

Todo indivíduo de pele branca, seja lá qual for o seu comportamento, é racista; segundo os generais da atual guerra pela canonização imediata e mundial da etnia negra, o equipamento genético dos brancos, ou algo assim, os condena à prática do racismo, ou do crime de “branquitude”. Não se menciona como isso poderia funcionar com as etnias orientais, por exemplo, ou com os esquimós; também não há lugar, na cabeça dos defensores mais agressivos da nova consciência racial, para as pessoas que são fruto de séculos de cruzamento entre brancos e negros. No Brasil, por exemplo, estamos diante de um problema sem solução. Dezenas de milhões de pessoas, na verdade a maioria da população brasileira, não são brancas nem pretas — o que se vai fazer com essa gente toda? Pelo que deu para entender das últimas liminares baixadas na vanguarda intelectual do antirracismo como ele é praticado hoje, o tipo chamado “brasileiro”, ou “moreno”, também é racista — talvez até mais que os brancos. Em suma: ou o cidadão tem o seu tom de pele negra aprovado pelo “campo progressista”, ou não tem salvação possível. A “branquitude”, em si, é um delito. O sujeito não precisa ser da Ku Klux Klan, ou a favor do apartheid, para ser racista; basta ter nascido branco.

É obrigatório, para todo cidadão que queira ter uma ficha politicamente limpa neste mundo, ir à rua, protestar ou manifestar-se em público contra “o fascismo”. Não está disponível a opção de pensar em outra coisa, ou simplesmente de não pensar no assunto; pelo novo catecismo hoje em vigor, o “silêncio” equivale à prática dos delitos de racismo, machismo, exclusão social, negação da “diversidade”, injustiça, promoção da desigualdade e sabe-se lá quantas outras calamidades mais. Também é compulsória a militância ativa por um “planeta sustentável”. Seria muita sorte, para todos, se esse dever se limitasse à preservação da natureza, do ar puro e das geleiras; mas hoje em dia tudo isso está longe de ser suficiente. É indispensável, também, denunciar o excesso de bois, frangos e porcos na população animal.

Sua alimentação (e a dos animais) tem de ser orgânica. É proibido aceitar a mecanização da agricultura, o uso de fertilizantes, a aplicação de defensivos químicos contra pragas, as “grandes propriedades” e, em geral, a presença do capitalismo na atividade rural. O uso de hormônios para apressar o crescimento de frangos, por exemplo, está terminantemente proibido.
(Tem de ser permitido, e até pago pelos serviços sociais do Estado, quando se trata de dar hormônios para bloquear o desenvolvimento natural trazido pela adolescência a crianças “confusas” quanto ao seu sexo, como se diz; mas para frango de granja não pode.) A indústria, como um todo, é ruim. A produção de energia, hidroelétrica ou de qualquer natureza, é pior ainda. E o capital, então? Melhor nem falar.

Pelas novas regras, homens e bichos devem ter direitos iguais
Há dois meses a cidade americana de Portland, com uma população de quase 3 milhões de habitantes na sua área metropolitana, vem sendo destruída, incendiada e violentada por gangues que se descrevem como “antifascistas” — teoricamente, ainda em sinal de protesto contra a morte de um negro por um policial branco. O atual pensamento progressista sustenta que destruir propriedade pública e privada, agredir policiais e impedir o direito de ir e vir dos cidadãos de Portland é um direito dos militantes. O governo local do Estado e do município, controlado pela esquerda do Partido Democrata, acha muito justo. 

Mais que isso: reivindica-se que a cidade ganhe uma espécie de extraterritorialidade, como se fosse uma embaixada estrangeira ou reserva indígena, onde a autoridade pública não poderia ser aplicada e as leis norte-americanas não teriam valor. A mesma coisa é exigida pelo movimento antirracista em Seattle, com cerca de 4 milhões de habitantes e não distante de Portland. Os líderes querem que a polícia seja legalmente proibida de entrar em determinadas áreas dessas cidades, que o orçamento da segurança seja reduzido pela metade, que mais verbas públicas sejam entregues a “projetos de interesse da comunidade negra” e por aí se vai.

(.....)

“Julgar as pessoas é visto como uma conduta discriminatória”
O que mais? Mais tudo o que você quiser; a lista completa daria para encher uma Enciclopédia Britânica, e não é preciso chegar a tanto. Já deu para entender, não é mesmo? “Todos os limites que deram significado à experiência humana, por centenas de anos, estão sendo questionados e postos à prova”, disse em entrevista publicada pela Revista Oeste em sua última edição o sociólogo Frank Furedi. Isso é resultado, em sua visão, de uma crise moral — que por sua vez tem origem na crença, muito em voga hoje em dia, de que é errado fazer distinções e julgamentos. “Julgar as pessoas é visto como uma conduta discriminatória”, diz Furedi. “É o que se ensina nas escolas: ‘não julgue o colega’, ‘não existe bom ou ruim’, ‘não há certo ou errado’. Mas, se você começa a destruir os limites morais, cria-se uma mentalidade em que as pessoas se tornam intolerantes com os limites em geral.” Isso, na sua opinião, é estúpido. É mesmo.

A questão, a partir daí, é tentar enxergar para onde essa marcha da insensatez está nos levando. Ou, mais precisamente: o pensamento descrito acima, com todos os seus similares, será ou não será capaz de interromper o progresso das sociedades humanas, tal como ele é entendido hoje? A vida vai realmente mudar? Na prática, são essas as questões que interessam no curto prazo — que, como ensina a experiência, é sempre bem mais interessante que o longo. À primeira vista, a coisa toda está com a pior cara possível. Em sua comemoração do “Dia dos Pais”, a Natura, empresa do ramo de cosméticos, acaba de dar o título de “Pai do Ano” a uma mulher; há pouco tempo, o prêmio de “Miss Espanha” foi dado a um homem. 

Estátuas de Cristóvão Colombo são destruídas nos Estados Unidos, e murais em sua homenagem, fechados na Universidade de Notre Dame, para que ele pague, 500 anos depois, o crime de ter descoberto a América e, com isso, levado ao “genocídio dos povos indígenas”. Multinacionais bilionárias, que até anteontem se achavam exemplos superiores de tudo o que pode haver de bom na liberdade em geral (e econômica em particular), exigem que o Facebook e o Twitter formem comitês de censura para proibir a circulação de mensagens de “de direita/de ódio/extremistas” — algo como obrigar os Correios a examinar o conteúdo das cartas que recebem do público, e só entregar as que forem previamente aprovadas pela sua direção. Jornalistas são postos para fora (do The New York Times, digamos) por não se encaixar no modelo exigido pelo “coletivo” das redações.

O filme …E o Vento Levou, rodado em 1939, foi recentemente tirado de circulação por “racismo” só voltou ao ar com uma introdução “histórica”, equivalente a um pedido de desculpas, em que uma “ativista” negra faz a denúncia da “injustiça social” e do “desrespeito aos negros” que teriam sido praticados 81 anos atrás pelos produtores, diretor, atores e técnicos responsáveis por essa “narrativa”. Já mudaram o título que John Lennon deu em 1972 a uma de suas canções (Woman Is the Nigger of the World) pela mesma acusação — “racismo”. Fala-se em cotas na distribuição do Oscar; “minorias” deveriam ter um número prefixado de estatuetas. Universidades norte-americanas estão criando cerimônias de formatura separadas para brancos e negros — por exigência de “lideranças” negras. Professores considerados de “direita” são cada vez mais proibidos de dar cursos, ou mesmo fazer uma palestra, no ensino superior. Uma confederação de empresas internacionais ameaça fazer boicote econômico contra os produtos agrícolas e a indústria de alimentos do Brasil caso continue o que descreve como “destruição da Amazônia”. O presidente da França não gosta do agronegócio brasileiro nem o rei da Noruega, o papa Francisco, o Comitê de Diversidade do Conselho da Europa e nove entre dez intelectuais atualmente vivos.

Tendem a dar mais atenção às ideias “corretas” os que menos precisam trabalhar para viver
Tudo bem — mas o futuro vai ser mesmo como essa gente está querendo, ou dizendo que quer? Isso aqui não é uma aula de sociologia; é só um artigo de revista. Em todo caso, a prudência e o bom senso recomendam que se pense um pouco mais nas realidades antes de chamar o padre para dar a extrema-unção ao mundo como ele é hoje. É provável que a resposta mais aproximada a essa pergunta seja a seguinte: depende. O Novo Testamento da Virtude Política deve gerar mais efeitos concretos nos setores da sociedade mais sensíveis à crença de que a vida possa realmente ficar melhor desse jeito; onde essa fé não existir, ou for apenas morna, o essencial não muda.

Os efeitos vão variar, muito possivelmente, de acordo com as classes sociais — quanto mais pobre, ou menos rica, for a classe, menos importância vai se dar à ideia de que um pai pode ser mulher, ou que se deva derrubar as estátuas de Cristóvão Colombo, mesmo porque a maioria nem sabe quem foi Cristóvão Colombo.
Da mesma forma, tendem a dar mais atenção às ideias “corretas” os que menos precisam trabalhar para viver; os que mais trabalham, sobretudo nas ocupações mais modestas, pesadas e mal pagas, devem ser os que menos tempo vão dedicar à igualdade de direitos entre animais e seres humanos, ao desarmamento da polícia ou ao aquecimento da calota polar.

(.....)

Da mesma forma, é melhor esperar um pouco antes de marcar uma data para o fim do capitalismo nos Estados Unidos — ou no Japão, na Europa e no resto do mundo. Alguém se lembra do movimento Occupy Wall Street, que ia acabar com a bolsa de valores e os bancos norte-americanos dez anos atrás? Pois é. Há valores diferentes, e muito, conforme o lugar do mundo onde você está. É duvidoso que a China, por exemplo, com o seu 1,4 bilhão de habitantes, esteja interessada nas queixas, exigências e necessidades da etnia negra, ou de qualquer outra. E a Índia? Seria um país negro? Ou sofreria de “branquitude”? Não dá para dizer — e lá se vai mais 1,3 bilhão de cidadãos. As “causas” defendidas nas ruas norte-americanas, europeias ou brasileiras seriam as mesmas dos países da Ásia, ou das sociedades muçulmanas?

Quanta importância se dá aos direitos das mulheres no Paquistão ou na Arábia Saudita? Mais de 3 bilhões de pessoas, incluindo China e Índia (onde não passa pela cabeça de ninguém abolir o sistema de castas, que exige direitos diferentes conforme a definição social do indivíduo), vivem em regimes onde se aceita sem maiores problemas a ausência da liberdade, da igualdade ou da democracia. É gente que não acaba mais; devem saber o que estão fazendo. Os valores defendidos em Seattle não são os que se levam em conta em Xangai. O que as pessoas têm em comum, no mundo de hoje, é muito menos do que aquilo que as separa.
Em suma: quem acredita que não pode mais haver limites para nada neste mundo precisaria combinar isso com os chineses. Além dos russos, é claro.
Leia a entrevista com Frank Furedi
Mais sobre agronegócio na entrevista com Evaristo de Miranda, chefe da Embrapa Territorial

LER MATÉRIA COMPLETA - Revista Oeste 

J.R. Guzzo, jornalista

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Sara Winter dobra aposta contra Moraes em último ato antes de deixar prisão - VEJA - Gente

Um dia antes de deixar a prisão em caráter preventivo, algo previsto para ocorrer nesta quarta-feira, 24, a extremista Sara Winter adotou uma nova estratégia. Seus advogados entraram com uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes, no próprio Supremo Tribunal Federal, para impedi-lo de comandar o inquérito 4828, que investiga atos antidemocráticos realizados nos últimos meses.
Diz a petição assinada pelos quatro advogados de Sara Winter, protocolada na noite de terça, 23, no STF: “Moraes impediu, com notório abuso de autoridade, o acesso de sua defesa aos autos do inquérito 4828/DF, uma vez que, até a presente data, 23/06/2020, não recebeu cópia da decisão que motivou sua prisão, tampouco nota de culpa descrevendo o suposto crime, o que configura ato manifestamente ilegal. Trata-se de uma prisão arbitrária e que vem sendo utilizada apenas com o estrito sentido de enviar um recado ao país de quem ‘aqui quem manda, sou eu'”.

Os advogados da extremista chamam de “escárnio” o fato de não terem tido acesso ao inquérito da prisão, e que o STF não pode compactuar com tamanha “aberração jurídica”. O pedido de impedimento de Moraes será analisado pelo presidente do STF, Dias Toffoli. [por uma questão de transparência - qualidade tão em voga no Brasil atual, especialmente, quando exigida do governo Bolsonaro - Dias Toffoli deveria se declarar impedido de analisar o pedido de impeachment de Moraes, visto que foi ele quem escolheu Moraes como relator do inquérito e foi também quem instalou de ofício o procedimento, o que tornou o STF, polícia - investiga - promotor - denuncia e acusa -  juiz - julga e condena.
Omitimos a alternativa absolver das atribuições do juiz, visto que sendo ele quem investigou, denunciou e acusou, preencheu todos os requisitos para condenar.]

Sara Winter é, na verdade, Sara Giromini. O nome de guerra da extremista foi inspirado em uma espiã nazista. Sara está à frente do grupo “300 do Brasil”, turma que realizou em Brasília uma assombrosa manifestação inspirada na Ku Klux Klan e participou de ataque com fogos de artifício contra o prédio do STF, entre outras aberrações. A prisão de Sara foi calculada pela própria: ela queria ter ganhos políticos e projeção com o confinamento. Seus advogados dizem que a cliente tem endereço fixo em Brasília – há uma suspeita de que ela precise usar tornozeleira eletrônica ao deixar a cadeia. Mãe de um filho criança, Sara Winter não tem relações com seu pai e seus dois irmãos. Todos vivem em São Carlos, interior de São Paulo. Ela fala apenas com a mãe, que é quem de fato cuida do neto.

Veja - Gente


sábado, 6 de junho de 2020

A direita insana - IstoÉ

Cinco personagens expõem a miséria atual da vida política nacional e apontam para a conformação de uma nova extrema-direita com ideias sem pé nem cabeça e um desejo incontido de violência e lacração 

Seria ridículo se não fosse trágico. A manifestação noturna montada na frente do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo autodenominado grupo 300 do Brasil, liderado pela ativista bolsonarista Sara Winter, ficará marcada pelo esvaziamento [sic] e falta de importância. O protesto serviu para espernear contra o relator do inquérito das fakenews, o ministro Alexandre de Moraes, atual inimigo número 1 dos radicais, a quem Sara chamou de “arrombado”. Mas o que pretendia ser uma grande ameaça direitista parecia um teatro ordinário, cheio de jovens grã-finos carregando tochas ou usando máscaras do personagem Jason, num clima de falsa Ku Klux Klan. [O KKK apresentado como símbolo da Ku Klux Klan,nada mais é do que o indicador de gargalhada Ka Ka Ka......na internet.
Os antifas são tão desacreditados que tentam trazer para as ruas do Brasil - que atravessa uma pandemia, uma crise econômica e para completar não deixam o presidente República governar - uma crise racial que está ocorrendo nos Estados Unidos.
Os problemas do Brasil são imensos e não é bom para o Brasil e para os brasileiros,  trazer problemas de outros países para cá.] O que não surpreende porque essa nova extrema-direita brasileira é absurda e sem vergonha. Esses grupos radicais que ganham forma agora no Brasil misturam símbolos neonazistas, fascistas, supremacistas e autoritários de um modo geral, falam muito palavrão e querem se assentar no poder. O ídolo momentâneo é o ditador Benito Mussolini, citado por Bolsonaro numa postagem. É um pessoal que toma leite, precioso líquido dos extremistas, para ser afirmar ideologicamente. Apesar do leite, cultivam a aparência de malvados e o poder dissuasivo. Exibem armas e, obviamente, todos defendem um golpe militar.
[por favor, ao ler tenha em conta:
- só os temas importantes são muito falados = quanto mais falam maior é a importância do assunto;
- quanto mais eles criticam mais estão incomodados e tentam criar uma imagem falsa do que criticam;
- se falam muito e falam mal é que o assunto além de importante prejudica interesses não republicanos (tipo os da Turma Mecanismo).
Assim, leia, desconte as calúnias e aleivosias assacadas contra a direita = que atravessa um processo de crescimento incontido em todo o mundo = e conheça melhor  o que eles tanto temem.]
Sara Winter ou Sara Fernanda Giromini, 27.......... 
Convertida ao cristianismo, diz-se defensora da família tradicional brasileira, luta contra a discussão de gênero, as drogas, a doutrinação marxista, a jogatina e a prostituição.
Gosta de exibir armas e se mostrar agressiva e desbocada. Hoje é uma das apoiadoras mais ferrenhas do presidente Jair Bolsonaro, tem um cargo no governo e comanda os 300 do Brasil. Parte dos membros do grupo está alojada em Brasília num acampamento situado no núcleo rural Rajadinha, entre Paranoá e Planaltina. A propriedade foi escolhida por cumprir o objetivo de dificultar a aproximação de estranhos e evitar olhares curiosos. Sara foi um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga as fake news, sob ordens do ministro Alexandre de Moraes. Nas redes, Sara divulgou vários impropérios e palavrões contra o ministro e a PF e disse que se recusará a depor.



Em sua cruzada para promover torturadores e facínoras, Bolsonaro postou uma citação de Mussolini no Twitter em que convoca a população a morrer lutando pela liberdade

Tiros nos antifascistas
Outro expoente dessa onda extremista é o deputado estadual Daniel Silveira (PSL-RJ), que ao longo da semana disse, numa transmissão pelo YouTube, que estaria disposto a atirar em manifestantes antifascistas se houvesse um enfrentamento. Ex-policial, Silveira é conhecido por ter sido filmado quebrando uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL) nas eleições de 2018. Também é alvo da mesma operação da PF que atingiu Sara Winter. Nos últimos meses se tornou muito ativo no YouTube e depois dos protestos de domingo publicou vários vídeos que mostram muito bem o espírito da nova extrema direita. Em um deles chamou os participantes de um protesto antifascista que aconteceu, domingo 31, na Praia de Copacabana, de “vagabundos” e, em outro, ameaçou se dirigir ao grupo, declarando a um policial do isolamento que estava armado. “Eu vou lá. Vamos ver se eles são de verdade. O primeiro que vier eu “cato”. Aí fica a lição. Eu queria ir lá pegar um, po. Deixa eu pegar um, caralho”, disse Silveira. Mais tarde, o deputado afirmou que não estava ameaçando ninguém, mas que considerava uma “hipótese plausível, factível” a de que poderia usar uma arma para se defender de manifestantes.

A mulher do porrete [esse porrete tem incomodado bastante.]
Representante de destaque dessa nova turma da extrema-direita é Cristina Rocha Araujo, também apoiadora fervorosa de Bolsonaro. Ela ficou conhecida, no domingo 31, porque portava um taco de beisebol durante uma caminhada contra  a democracia na Avenida Paulista. Acabou retirada da manifestação pela Polícia Militar. “Senhora, por favor, vamos para lá”, disse o agente de segurança, enquanto encaminhava a bolsonarista para o grupo de simpatizantes do mandatário. “Eu não tenho medo, vim para a guerra”, responde ela. Além do porrete, no qual estava escrito Rivotril, um remédio ansiolítico, a manifestante levava no rosto uma máscara com a bandeira dos Estados Unidos, e se dizia com vontade de “enfiar o bastão nas pessoas que estavam criticando o presidente”. Ela se diz filha de um general e amiga do general Eduardo Villas-Boas, ex-comandante do Exército e um dos articuladores da campanha de Bolsonaro à Presidência. Ela trocou insultos e xingamentos com manifestantes a favor da democracia, que naquele dia estavam representados pelas torcidas organizadas dos principais times de futebol de São Paulo.


O amigo do filho 03
Também chama a atenção nessa nova extrema-direita o delegado da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Bilynskyj, 33. Ele foi baleado em 20 de maio, por sua namorada, a modelo Priscila Delgado de Bairros, 27, após discussão e briga do casal, dentro do apartamento em que viviam juntos, em São Bernardo do Campo. O delegado ficou internado durante treze dias na UTI do Hospital Mário Covas, em Santo André. Bilynskyj, que era instrutor de tiro e dava aulas a Priscila, contou que a namorada teria ficado furiosa, enciumada, após ver uma troca de mensagens entre ele e uma ex-namorada. Na versão do delegado, a modelo teria disparado seis tiros contra ele e depois se matado com um tiro no peito. 
Porém, a investigação continua correndo e nenhuma possibilidade é descartada: feminicídio, homicídio e legitima defesa. Os dois se conheceram em 2019, e desde abril estavam morando juntos. 

A bandeira ucraniana
Uma misteriosa bandeira vermelha e preta apareceu na manifestação na Avenida Paulista, em meio aos grupos bolsonaristas, no domingo. Falou-se primeiro que se tratava de uma bandeira neonazista, mas logo se descobriu que era apenas de um grupo extremista e ultranacionalista ucraniano chamado Pravyi Sektor, organização paramilitar convertida em partido político. O reconhecimento da bandeira, inclusive, teria sido o estopim do entrevero entre bolsonaristas e torcidas organizadas que houve naquele dia. Quem portava a bandeira era o brasileiro Alex Silva, 46, instrutor de segurança que mora na Ucrânia desde 2014. Ele trabalha em uma academia de tiro e táticas militares em Kiev, capital do país, e, diante do clima propício às armas e ao conflito, veio abrir uma filial no Brasil. Ficou impedido de voltar para casa por causa da pandemia. Enquanto isso passa seu tempo em manifestações pró-Bolsonaro e contra a democracia. “A gente sempre vai de uma maneira ordeira, pacífica, sem quebra-quebra, sem vandalismo. O máximo que a gente faz é vaiar os caras que nos chamam de gado”, disse Silva.Eles são terroristas, não são pró-democracia coisa nenhuma”. Sua polêmica bandeira, porém, causou revolta e teve um efeito provocativo. Os novos extremistas dão a sensação de que podem manejar qualquer símbolo autoritário impunemente. Para eles, o importante é lacrar e se preparar para a briga, que pode eclodir a qualquer momento.

Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA




terça-feira, 2 de junho de 2020

Inteligência? Que nada! - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo

Ao exigir relatórios, Bolsonaro não visa dados estratégicos, mas sim de aliados e adversários

O presidente Jair Bolsonaro recebeu um relatório do Exército e outro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mostrando com gráficos, curvas epidemiológicas e estudos científicos que o isolamento social era, como é, [??? - talvez... desde que saibam sair como sair.....] a forma mais eficaz de conter a disseminação e as mortes pela covid-19. O que ele fez? Deixou para lá, se é que não jogou no lixo, junto com as orientações da OMS e as pesquisas sérias sobre a cloroquina.

Isso confirma que, ao contrário do que disse na reunião de 22 de abril, o presidente não está preocupado com a qualidade dos relatórios de inteligência da Polícia Federal, dos órgãos de informações de Exército, Marinha e Aeronáutica e da própria Abin. Na verdade, ele não dá a menor bola para eles. O importante, para Bolsonaro, não é ter relatórios de inteligência, e de técnicos inteligentes, para refletir, tomar decisões e governar. Ele só quer informes que confirmem o que ele acha – como no caso do isolamento social – e que avisem direitinho se alguém está se metendo com sua família, amigos e aliados. Não é questão de inteligência, é de interesse.

Para que Bolsonaro precisaria da Abin (órgão de assessoramento direto da Presidência), se ele tem todas as certezas? Quando os relatórios da Abin e das Forças Armadas chegam, ele já foi emprenhado pelos ouvidos por filhos, gurus, empresários que financiam fake news contra instituições e por puxa-sacos variados que pululam à sua volta – como de qualquer presidente.

“Se os fatos não correspondem à versão, danem-se os fatos.” Se os dados não correspondem à vontade do presidente, danem-se também. E assim vai-se vivendo, e morrendo, com Bolsonaro jogando relatórios fora, indo a aglomerações golpistas, exibindo-se em helicópteros, jet skis e cavalos, com meio milhão de infectados, 30 mil mortos e uns malucos replicando a macabra Ku Klux Klan na porta do STF.

É chocante, mas não é novidade a guerra de Bolsonaro com ciência, estatística, pesquisas, estudos internacionais e racionalidade, para prestigiar achismos, teorias e maluquices em nome de uma ideologia que ninguém entende direito, mas em torno de 30% de brasileiros seguem obtusamente. O passado condena. E se repete o tempo todo. Desde a campanha, por exemplo, o presidente desconfiava de pesquisas e das urnas eletrônicas e depois até já acusou, sem mostrar qualquer prova, que a própria eleição foi fraudada. É inédito que seja o vencedor a denunciar fraude.

O cientista Ricardo Galvão foi demitido do Inpe porque os dados sobre desmatamento da Amazônia (como os da Abin sobre isolamento) diferiam do que o presidente exigia. Novos estudos confirmaram os de Galvão, o desmatamento em abril foi o maior em dez anos e a destruição da Mata Atlântica também só aumenta. Aliás, com o ministro Ricardo Salles aproveitando a “distração” com a pandemia para passar boiadas, as coisas podem piorar muito.

[é de causar piedade; primeiro, tentaram forçar um terceiro turno = perderam;
agora tentam o impeachment e já sabendo o resultado, perderão, já tentam manobrar junto ao TSE e uma PEC - também perderão.]

Assim, dados científicos de Saúde, Ambiente e Educação não valem. Bolsonaro não quer, nem tem paciência, para estudos sobre temas nacionais e estratégia. Ao acusá-lo de querer interferência política na PF e acesso direto aos relatórios de inteligência, o ex-ministro Sérgio Moro se refere a dados que possam ter uso político contra familiares e aliados, como “10 a 12 deputados do PSL”, ou de espionagem contra adversários. (Na mesma cesta, podem estar o Coaf e a Receita.)

Ah! Na segunda, o presidente criticou as posições de Moro contra o aumento de posse e porte de armas e a favor de medidas duras contra contaminados pela covid-19 que pusessem pessoas em risco deliberadamente. Nos dois casos, Moro se pautou em dados científicos e estatísticas. Mas errou. Não era inteligência que o chefe esperava dele, da PF, da Abin...

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo


segunda-feira, 1 de junho de 2020

Presidente usa símbolos militares e dinheiro público em campanha antecipada para 2022 - Míriam Leitão

O Globo

O fim de semana aumentou a intensidade da crise. Não parecia possível, mas os elementos das manifestações a favor do governo intensificaram a tensão e a crise política e institucional. O presidente Jair Bolsonaro novamente usou os símbolos militares em manifestação. Ele usou o helicóptero da Força Aérea, andou em um cavalo da PM. O presidente está fazendo campanha antecipada para 2022 usando dinheiro público. Ele nunca deixou o palanque. Todos os movimentos dele são filmados por servidores públicos para que sejam transmitidos nas redes sociais.   

[símbolos públicos possuem definição específica, não são o que queremos que sejam.
Helicóptero? simbolo militar? a FAB possui um símbolo que em nada lembra um helicóptero.
Cavalo da PM? simbolo militar? o símbolo da PM, do DF ou de qualquer outro estado, é bem diferente.
Dinheiro público? o presidente da República tem direito legal a utilizar meios próprios de transporte.
Não depende de carona e da boa vontade de nenhuma outra autoridade.

No mais, se ainda persiste dúvida sobre a conduta errada do presidente Bolsonaro, denunciem.
 Com certeza a denúncia será recebida e com alegria. nenhum ilícito será provado. 
Talvez o nosso presidente até tenha vontade de cometer algum, prevaricar, mas a marcação cerrada que sofre torna impossível o cometimento de algum crime.

Campanha eleitoral antecipada? para qual eleição? para 2022 ainda está muito cedo - no inicio do ano, ninguém, imaginava que o mundo estaria vivendo o que está sendo vivido.
E para prefeitos, ainda não se sabe se serão adiadas para 2022 - coincidindo os mandato e se economizado recursos públicos, sempre carente, mais agora que estamos vivendo uma pandemia.]

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, estava com o presidente no helicóptero. As Forças Armadas estão destruindo a imagem que construíram nos 30 anos desde a redemocratização. Nesse período, elas adotaram o profissionalismo, se dedicaram a cumprir suas funções dentro da sociedade e assim apagar a deterioração da imagem durante durante a ditadura que impuseram ao país. Os militares do atual governo passam mensagens dúbios a todo momento. É impossível não ver.  

Os oficiais com os quais converso tentam minimizar as falas e atos do presidente. “Ele é assim mesmo”, dizem. “Isso é só retórica”, como se fosse para não se levar a sério o presidente. Em entrevista ao “Valor”, o vice-presidente Hamilton Mourão tratou as falas do presidente e do seu colega general, Augusto Heleno do Gabinete de Segurança Institucional, como “retórica inflamada”. Bolsonaro “se irrita”, disse Mourão, o que seria “uma característica pessoal do presidente”. A fala e as ações de Bolsonaro são muito sérias.   

Um dos problemas é o uso dos recursos públicos por uma pessoa em campanha antecipada para 2022. Outro é que as Forças Armadas estão em simbiose com o governo Bolsonaro, e está sendo impossível separá-las dos recados de ruptura institucional num país que viveu uma ditadura militar por 21 anos. 

Nas manifestações de rua, pode-se tentar separar, dissuadir para que não haja conflito. Mas nas Forças Armadas essa separação não tem sido feita. As Polícias Militares também foram atraídas. Elas foram muito beneficiadas na reforma da Previdência de militares, que na realidade era um plano de carreira e salários para a categoria. [não pode ser esquecido que os militares não eram parte da Previdência a ser reformada.
A Constituição de 88, deixou os militares foram do RGPS e eles não são servidores públicos.
Constituição Federal:
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
.....
Seção III
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
.....
CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS]

O presidente as atraiu concedendo benesses que serão pagas com recursos públicos. Os policiais terão vantagens que não tinham antes. Foi parte da construção desse apoio das polícias ao governo. É para se prestar atenção a todos esses detalhes.   

FIM DE SEMANA  
O grupo que carregou tochas com máscaras brancas era pequeno mas cometeu crime de fazer apologia da Ku Klux Klan, o grupo de criminosos americanos que tinha como objetivo matar negros. Além disso com frequência usam símbolos nazistas.  [O KKK que gerou a infundada associação com a Ku Klux Klan, é apenas o símbolo usado na internet para indicar gargalhada - em tempos de redes sociais, blogs e outros isto é público e notório.]

O dia de ontem foi marcado pela ida de outras vozes para as ruas. [vozes insignificantes em número, qualidade e com motivação absurda - integrantes, alguns, de torcidas organizadas e que quase sempre são manchetes pela prática de crimes.] Desta vez houve também nas ruas atos em defesa da democracia. O ideal seria que ninguém se aglomerasse nesse momento. A sociedade deveria se concentrar no combate à pandemia. 

Se dois grupos se encontram nas ruas num país polarizado sempre há o risco de confronto, mas por isso é fundamental um comportamento neutro das polícias militares. E o risco, neste momento, é que elas não sejam neutras. 

Míriam Leitão, jornalista - O Globo