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domingo, 19 de maio de 2019

Pornografia foi o que Lula e o PT fizeram com o Brasil


Vice-líder do PSL, o deputado federal Alexandre Frota sempre esteve no epicentro de polêmicasele é excessivamente irreverente e, digamos, casca grossa. Frota vivenciou diversos momentos de fama e de fracasso em seus 55 anos de vida, mas assegura que agora encontrou na política “uma espécie de redenção frente a um passado marcado por inúmeras situações controversas”. O fato de falar o que pensa e a disciplina fora do comum que costuma manter foram essenciais para que se visse alçado à “tropa de choque” do PSL: todos os dias, às dez horas em ponto, reúne-se com correligionários e participa de workshops políticos para entender as matérias que estão sendo discutidas em plenário. Ele diz que o seu passado como ator o ajuda a brilhar “dentro do circo”, sendo que “circo”, no caso, é a sua definição para a Câmara. Voltar a atuar na televisão? Ele garante que sequer cogita essa hipótese, ressaltando, no entanto, que o fato de ser ator facilita falar no plenário.


Como estão as articulações do governo para a provação da Reforma da Previdência?
A articulação do governo está sendo feita pelos líderes: major Vitor Hugo, Delegado Waldir, pelo presidente da Comissão Especial, Felipe Francischini, além da líder no Congresso, Joice Hasselmann. Eu os agradeço pela oportunidade que estão me dando de ajudar nesse processo. Eles estão fazendo essa articulação muito bem, a gente conta com uma assessoria boa de plenário, de comissão. Em relação ao entrosamento político, isso é como um jogo. Quanto mais tempo estivermos juntos, mais nós vamos render ali dentro. Estamos estudando cada ponto da Reforma para reunir argumentos técnicos e não ficar no discurso vazio. A reforma é importante para 200 milhões de brasileiros.

O sr. ganhou espaço como articulador, mas o PT pretende fazer obstrução a essa matéria. Como pretende anular a ação do PT na Comissão?
O PT não é mais esse bicho de sete cabeças que as pessoas acham que é. É um partido que levou o País ao fundo do poço, um partido que deixou o Brasil no caos. Lula mentiu para o povo brasileiro quando falou sobre inclusão: ele fez a exclusão. É um partido problemático, corrupto, que se envolveu com tudo que tem de podre na política brasileira. Tanto que o líder está preso em Curitiba. E o Psol é o PT que não deu certo. Esse é o Psol. O Psol tem uma retórica quadrada de “resistência”, “somos a resistência”, “acreditamos em um Brasil diferenciado”. São dois partidos que não me assustam. Na verdade, isso me dá combustível.

Quando a reforma passou pela CCJ, muito se falou que o PSL não tinha uma tropa de choque. Agora, com o sr., isso vai mudar?
O meu trabalho é determinado, objetivo e sério. Trabalho até aos sábados e domingo e acho mesmo que parlamentar deveria trabalhar aos finais de semana. Se há colegas que me consideram da tropa de choque, eu sou da tropa de choque. Mas da tropa de choque do bem. A esquerda faz o seu trabalho sujo de sempre, mas até com ela eu tenho procurado dialogar.
E o Centrão?
Eu acho que a Câmara, nesse momento, está muito polarizada entre esquerda e direita. O Centrão existe e ele tem poder, isso não se pode negar. Não adianta só falar nessa história de nova e velha política. Nova política é você querer trabalhar na direção certa, buscando o melhor, trabalhando com honestidade, trabalhando pelo Brasil e fazendo uma política limpa e verdadeira sem o toma lá da cá. Mas existe a velha política, ela não acabou e ainda há o toma lá da cá. Mas hoje o povo brasileiro não é bobo, sabe exatamente quem é quem. O Centrão é gasolina que não pode ser jogada contra o fogo pois as consequências são imprevisíveis.

"O general Santos Cruz é íntegro e honesto, herói que esteve no Haiti e no Congo. Atuou quando o Brasil precisou de sua bravura"


É muito boa a sua relação com o general Santos Cruz, da Secretaria de Governo. Isso o ajudou a ganhar espaço?
Eu, particularmente, sou um fã do general Santos Cruz, um homem íntegro, honesto, determinado e que está ali cumprindo o seu papel. É general de carreira, um herói que esteve no Haiti, que esteve no Congo, atuou em frentes nas quais o Exército e o Brasil necessitaram de sua bravura como homem. Os ataques que ele recebe são extremamente covardes. É covardia o que faz aquele escritor, que eu acho o eremita da Virgínia, conhecido como Olavo de Carvalho, uma espécie de Jim Jones brasileiro, que não é astrólogo, não é escritor e não é professor.
Mas ele está dando as cartas no governo…
Eu não aceito o Olavo de Carvalho. Ele não fará esse governo paralelo que acha que faz. Ainda que ele tenha pessoas dentro do Palácio, como o Filipe Martins, não o aceito. O general Santos Cruz é um homem dedicado ao presidente e a todas as questões que envolvem o Brasil.
Partidos já o procuraram para sair do PSL?
O meu objetivo é me manter no PSL. Agora, se me perguntarem se estou totalmente realizado, é obvio que eu vou falar que não. O PSL, desde a campanha, me deu a legenda, mas é um partido que não me ajudou. Não tive um santinho, não tive fundo partidário, na tive nada. Priorizou outros deputados. Mas mesmo sem estrutura, fui eu um dos mais votados. Não me considero o homem forte do governo porque sou independente. Sou apenas um guerreiro. Na Câmara é guerra todos os dias. Mas eu converso com muitos partidos, tenho uma amizade muito grande com a Renata Abreu (presidente do Podemos), ela até já falou que o seu partido está de portas aberta para mim. O PSC, com o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), com o pastor Everaldo, o PRTB do Levy Fidelix, o próprio PR já conversou comigo.
Quais são os seus descontentamentos com o PSL?
Acho que o presidente poderia ter prestigiado o partido em diversos momentos, desde a transição. O PSL não é um partido privilegiado como o DEM, por exemplo. O DEM tem ministérios, tem secretarias. Acho que muitas vezes o governo Bolsonaro deixou de olhar para o PSL. O PSL é o partido que, na hora que começa o tiroteio, está lá embaixo para defender as ideias do governo. Eu passei uma temporada até discutindo, batendo boca com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, justamente por essa falta de articulação com aqueles que estão lado a lado com o governo.
O PSL vive em guerra interna…
O partido passa por um jogo de interesses. Tanto na executiva nacional, quanto nas estaduais. Principalmente na estadual de São Paulo. A estadual de São Paulo ficou muito tempo nas mãos do major Olímpio, hoje senador. Ele fez um trabalho muito bom. Mas abaixo dele foi formada uma milícia de ex-militares PMs, coronel, capitão, major, tenente, cabo, sargento, soldado. De repente, eles se apoderaram de diretórios. Aonde se anda tem um coronel, tem um tenente, tem um major que é dono do diretório de uma cidade. Isso é inaceitável. Aí o major Olímpio sai e assume o Eduardo Bolsonaro. E o Eduardo, que é um homem admirável, filho do nosso presidente, um deputado guerreiro, não tem tempo para ser o presidente do PSL estadual, já está terceirizando essa função para o reaça do deputado estadual Gil Diniz.
Diversos membros do partido dizem que alguns deputados só chegaram à Câmara pela “onda Bolsonaro”… ?
Eu estou com o Bolsonaro desde 2014 e muita gente entrou em 2017. Eu vi o Gustavo Bebianno chegar e sei o que ele construiu para o Bolsonaro. O que não podemos é ser injustos de não enaltecer o trabalho que o Bebianno e o deputado federal Julian Lemos fizeram pelo presidente.
O seu trabalho como ator, inclusive de filmes adultos, ajudou em sua eleição?
Eu amadureci, tenho 55 anos de idade. Hoje sou um pai dedicado, um marido apaixonado. Jamais vou poder apagar o meu passado. Eu não tenho uma borracha, então eu tenho de deixar o meu passado para trás, olhar para frente, viver o presente e prospectar esse futuro. O que o passado artístico na televisão me deu foi exatamente o fato de não ter medo de microfone, não ter medo de holofote. Eu não tenho medo de público e, quanto mais gente tiver, melhor para brilhar ali dentro daquele circo que se tornou a Câmara dos Deputados.
E o futuro do artista?
Eu realmente deixei para trás a carreira artística, não me vejo mais fazendo televisão. Trabalhei nas principais emissoras do País, fui do luxo ao lixo, conheci o sucesso e o fracasso, tive muitas vitórias e muitas derrotas. Isso me deu uma experiência de vida que talvez na Câmara ninguém tenha.
O sr. é bastante criticado por ter feito filmes pornográficos. Como responde a essas críticas?
Eu acho que toda crítica é justa. O importante é entender onde eu errei. Com o tempo, talvez eu tenha me tornado conservador. Eu andei muitos anos contra a correnteza. Mudei. Amadureci. Quando falam sobre os filmes pornô, eu não vejo nada demais. Não pratiquei nenhum crime. Qual foi o crime que eu cometi? Muito mais pornográfico é o que Lula, Dilma, Gleisi e tantas outras pessoas fizeram com o País. Levaram os Correios à falência, acabaram com a Caixa Econômica Federal, saquearam os cofres do BNDES, arrebentaram a Eletrobrás.

E sobre a Lei Rouanet, qual a sua posição?
A Lei Rouanet, que passou a se chamar Lei de Incentivo à Cultura, é importante. Foi criada em 1991 no governo de Fernando Collor para fomentar a cultura e para aqueles que não têm oportunidade de exercer o seu ofício sem apoio de empresas. De lá para cá, tivemos inúmeros problemas com prestação de contas, tráfico de influência, privilégios a determinados agentes culturais. Mas não podemos fazer com que uma classe inteira pague por alguns que foram beneficiados por essa farra cultural.

Como tem sido o trabalho na Ancine (Agência Nacional de Cinema)?
Minha articulação não é na Ancine, é com os produtores brasileiros para que a Agência Nacional possa voltar a fomentar o cinema no País. É sobre isso que eu tenho conversado com o ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social, que acumula a pasta da Cultura). Infelizmente, Osmar Terra entrou em rota de colisão comigo. Ele é um homem experiente, deputado de seis mandatos, conhecedor da causa do assistencialismo social, uma grande referência nas questões da dependência química. Mas de cultura ele não entende nada. Ele não pode ser o centroavante sem saber fazer gol.
Wilson Lima -  IstoÉ

sábado, 30 de março de 2019

Marighella, o assassino, herói da esquerda - Viva Marighella! Viva a morte!

  [Marighella se tornou um herói da esquerda - ele matava apenas para produzir um cadáver, isto lhe bastava como razão, motivação.]

Em seu manual, ele faz questão de explicar didaticamente como deve ser cometido um assassinato

Desde os anos 1980 consolidou-se como verdade absoluta que a luta armada conduziu o Brasil à redemocratização. Isto é reproduzido nos livros didáticos e repetido ad nauseam no debate político. Questionar esta versão falaciosa da História é tarefa fundamental no processo de construção da democracia no nosso país. E, em momento algum, deve representar qualquer tipo de elogio à bárbara repressão efetuada pelo regime militar, especialmente nos anos 1968-1976. Ou seja, o terrorista e o torturador são faces da mesma moeda. Com o agravante, no caso do torturador, de que sua ação foi realizada sob cobertura estatal. [o terrorista - que no caso do Brasil tinha a marca indelével do antipatriotismo, da traição à Pátria - agia de forma covarde, vil, repugnante.
Por isso tinha, tem e sempre terá que ser combatido com vigor e rigor.
Ao terrorista - a filosofia de Marighella, o 'ideólogo do terror',  exposta no famigerado Minimanual do Guerrilheiro, deixa bem claro tal interesse - importava o cadáver, não sua identidade, e sim seu impacto sobre o público.
Uma   forma das mais eficazes  de combater os terroristas, inclusive se antecipando aos seus atos traiçoeiros, era rapidez em obter informações e tal necessidade levava muitas vezes ao emprego do recurso 'interrogatórios enérgicos', o que muitos, por falta de conhecimento, má-fé, razões ideológicas, classificaram erroneamente como tortura.]

Num país sem tradição democrática, os cultores do extremismo ganharam espaço — inclusive na reconstrução do passado. Hoje, torturadores são elogiados em pleno Congresso Nacional, como vimos na sessão da Câmara dos Deputados que autorizou o encaminhamento para o Senado do pedido de impeachment de Dilma Rousseff; assim como, no dia a dia, terroristas são homenageados nas denominações dos logradouros e edifícios públicos.

Carlos Marighella é um caso exemplar. Militante comunista desde a juventude, stalinista, acabou rompendo com o Partidão após os acontecimentos de 1964. Fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), um grupo terrorista, fortemente influenciado pelas teorias revolucionárias de Fidel Castro e, especialmente, Che Guevara. Foi a Cuba e estabeleceu uma aliança com a ditadura castrista. A ALN se notabilizou pelos impiedosos ataques terroristas e pelo assassinato até de militantes que desejavam abandonar a organização, como no caso do jovem Márcio Leite de Toledo.

Mesmo assim, na canhestra metamorfose tupiniquim, virou um lutador da liberdade. Agora também no cinema. O ator Wagner Moura está produzindo um filme claro que com o apoio da Lei Rouanet — para glorificar, ainda mais, Marighella, apesar de a Constituição definir no artigo 5º, inciso XLIII, o terrorismo como crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Ou seja, o Estado brasileiro, através do Ministério da Cultura, está rasgando a Constituição ao conceder seu apoio financeiro a uma película que afronta um princípio tão caro da Carta Magna.

Carlos Marighella é autor do Manual do Guerrilheiro Urbano. O documento não pode ser considerado uma ode ao humanismo, muito pelo contrário. Logo no início, afirma que o terrorista “somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais.” E que deve se dedicar “ao extermínio físico dos agentes da repressão.” O herói de Wagner Moura exemplifica várias vezes como matar policiais: “a grande desvantagem do policial montado é que se apresenta ao guerrilheiro urbano como dois alvos excelentes: o cavalo e o cavaleiro.” E continua, páginas depois: “as greves e as breves interrupções de trânsito podem oferecer uma excelente oportunidade para a preparação de emboscadas ou armadilhas cujo fim é o de destruição física da cruel e sanguinária polícia.” Marighella faz questão de explicar didaticamente como deve ser cometido um assassinato: “a execução pode ser realizada por um franco-atirador, paciente, sozinho e desconhecido, e operando absolutamente secreto e a sangue-frio.”

O fundador da ALN não tem pejo em se proclamar um terrorista: “o terrorismo é uma ação usualmente envolvendo a colocação de uma bomba ou uma bomba de fogo de grande poder destrutivo, o qual é capaz de influir perdas irreparáveis ao inimigo.” O democrata Marighella, ídolo de Wagner Moura, quer ficar distante dos defensores da “luta sem violência.” Diz ele — delirando — que não passam de manobras pedir “eleições, ‘redemocratização’ (as aspas são do terrorista), reformas constitucionais e outras bobagens desenhadas para confundir as massas e fazê-las parar a rebelião revolucionária nas cidades e nas áreas rurais do país.” E, raivoso, conclui: “Atacando de coração essa falsa eleição e a chamada ‘solução política’ (aspas dele) tão apeladora aos oportunistas, o guerrilheiro urbano tem que se fazer mais agressivo e violento, girando em torno da sabotagem, do terrorismo, das expropriações, dos assaltos, dos sequestros, das execuções.”
O terrorista é infatigável na defesa da violação dos direitos humanos. Indica como tarefa fundamental os sequestros. Diz Marighella: “sequestrar é capturar e assegurar em um lugar secreto um agente policial, um espião norte-americano, uma personalidade política ou um notório e perigoso inimigo do movimento revolucionário.” Em todo manual não há, em momento algum, qualquer valorização de algum ideário democrático. Nada disso. A morte — e não o voto — é a companheira fiel do terrorista. Cabe a ele, matar, matar, matar.
O filme poderá captar R$ 10 milhões (!!) do Estado burguês, não é, Wagner Moura? Afinal, o Erário serve para isso. Até para subsidiar uma película reacionária, antidemocrática e stalinista. Que falsifica a história sem nenhum pudor. Chega até a transformar um pardo em um negro, pois, de acordo com as notícias, o terrorista será interpretado pelo cantor Seu Jorge. Inacreditável.

A resistência democrática não fez parte do programa de nenhum grupo terrorista.
Todos, sem exceção, defendiam religiosamente que o Brasil deveria caminhar para uma ditadura do proletariado. A divergência é se o nosso país seria uma Cuba, União Soviética ou uma China. A triste ironia é que os perdedores acabaram vencendo no discurso histórico. Aqueles que desqualificavam a democracia e agiam tão ditatorialmente como o regime militar, que diziam combater, foram alçados a mártires da liberdade.

Marco Antonio Villa, historiador- O Globo


[Pequenos ensinamentos do Manual do Guerrilheiro Urbano:


“... não matam com raiva ................... Tampouco matam por impulso................... Matam com naturalidade, pois esta é “a única razão de ser de um guerrilheiro urbano”


Leia mais trechos do Manual do 'herói' do Wagner Moura, clicando aqui]


sábado, 9 de março de 2019

Carnaval indecoroso

Bolsonaro responde a protestos com a publicação de um vídeo obsceno — uma reação despropositada que fere a compostura do cargo e joga o governo no ridículo

Aprovar a reforma da Previdência em um país com a economia ainda claudicante e mais de 12 milhões de desempregados é um processo político custoso. O governo tem de formar uma base de apoio coesa no Congresso e, ainda por cima, convencer a população da necessidade de certas medidas amargas. E a reforma é só um dos temas que deveriam ser prioritários na comunicação do presidente com a população brasileira. No entanto, em seu canal de preferência, o Twitter, Jair Bolsonaro fez só seis publicações sobre a Previdência. Suas obsessões ideológicas há muito ganham relevo desproporcional, acima dos temas cruciais da economia, da saúde, da educação e até da segurança. Na Terça-Feira de Carnaval, essa fixação na irrelevância militante chegou ao escândalo. No esforço de denunciar os excessos da maior festa popular brasileira, o presidente postou, no Twitter, um vídeo escatológico e obsceno: em um bloco de rua de São Paulo, um folião mexe no próprio ânus e depois outro urina na cabeça dele. [cenas deste tipo e piores são vistas em várias cidades brasileiras, no 'inocente' carnaval de rua; 
o abuso é tamanho que muitos pais já não saem com as crianças para ver os blocos de rua - que foram inocentes no século passado.
Hoje disfarçam, tentando esconder práticas que não são toleradas nos pontos de desfile das 'escolas de samba'.
É nos blocos de rua que a turma do amor LGBTQIA+ se solta.]
 

Ainda que, no dia seguinte, uma nota da Secretaria de Comunicação afirmasse que a postagem na “conta pessoal” de Bolsonaro não era um ataque genérico ao Carnaval, mas apenas a distorções do “espírito momesco”, a intenção clara era apresentar aquele episódio particular como representativo fiel da festa — uma evidente retaliação contra as críticas ao governo que tomaram as ruas em mais um Carnaval politizado. O saldo da ressaca veio na Quarta-Feira de Cinzas: no Brasil e no mundo, repercutiu mal o episódio do chefe do Executivo que enxovalhou a dignidade do cargo ao divulgar um vídeo pornô na conta que, na verdade, não é pessoal — é do presidente da República Federativa do Brasil.

A intolerável quebra do decoro resultou da longa fermentação dos rancores do presidente ao longo do fim de semana carnavalesco. Bolsonaro passou o feriado no Palácio da Alvorada, onde recebeu, de assessores, informes sobre as manifestações críticas — e xingamentos — que vários blocos país afora vinham fazendo contra seu governo. Decidiu revidar. Na terça-feira 5, depois de falar com auxiliares — e, por telefone, com o filho Carlos, desde sempre seu orientador nas redes sociais —, tuitou, às 9h19, o vídeo de uma marchinha defendendo restrições na Lei Rouanet, entre as quais o fim da renúncia fiscal para financiar o Carnaval. O cantor do vídeo, ao dedicar sua singela composição a Caetano Veloso e Daniela Mercury, diz aos artistas baianos: “chupa”. Em face do que viria adiante, o insulto aos dois músicos parece trivial. Pouco mais de duas horas depois, o presidente escreveu que “tão importante quanto a economia é o resgate de nossa cultura, que foi destruída após décadas de governos com viés socialista”. Àquela altura, Bolsonaro já recebera de amigos imagens que demonstrariam, segundo sua visão, a imoralidade que predomina no Carnaval. Na tarde do mesmo dia, chegou a seu WhatsApp o vídeo com a performance escatológica de São Paulo. O presidente hesitou em postá-­lo. Mas um auxiliar em seguida repassou a Bolsonaro outro vídeo desaforado, embora sem atividades excretórias explícitas: em coro, foliões do bloco carioca Boi Tolo entoavam.

Foi a gota d’água: Bolsonaro decidiu denunciar a indecência do Carnaval.

Às 20h08, foi publicado em seu perfil no Twitter um vídeo em que dois homens em roupas exíguas dançam em cima de um ponto de táxi no centro de São Paulo, no meio de um bloco carnavalesco. Um deles se vira para a multidão e introduz o dedo no próprio ânus. Em seguida, o outro rapaz entra em ação, regando a cabeleira do primeiro folião com urina. O texto que acompanhava o vídeo foi escrito pelo próprio presidente e aprovado, com entusiasmo, pelo filho Carlos. Diz o seguinte: “Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conclusões”.

Bolsonaro divulgou atos sexuais explícitos em seu canal oficial, que até crianças podem acessar. A repercussão negativa foi imediata, mas o presidente estava disposto a reiterar a quebra de compostura, em um post no qual simula ingenuidade sobre práticas sexuais mais extravagantes. Às 9h26 da quarta-feira 6, seu perfil fazia a seguinte pergunta: “O que é golden shower?”. A expressão em inglês designa um fetiche que envolve urina.

Aliados próximos, sobretudo da ala militar, ficaram pasmos com a desfaçatez com que o presidente sambou sobre o decoro. A maioria optou pelo silêncio. O vice-presidente Hamilton Mourão, acostumado a dar pitacos sobre tudo, recolheu-se durante o dia. “Sem comentários” foi a resposta que deu aos jornalistas. Como a insistência foi grande, ele resolveu invocar a efemeridade das notícias que viralizam em redes sociais: “Morre amanhã. Isso aí passa. Tudo passa”. Nos corredores do Planalto, porém, o clima era de incredulidade. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, era um dos mais revoltados com a situação, segundo assessores ouvidos por VEJA e que pediram para manter-se no anonimato. O general encontrou-se com o presidente para relatar o mal-estar que o vídeo criara. Entre deputados governistas, houve o mesmo espanto. “Como o presidente se presta a isso?”, perguntou um parlamentar do PSL a outro. Kim Kataguiri, do DEM, apoiador do governo, observou que isso não era atitude própria de um presidente de direita. Líder do PSL, o senador Major Olimpio disse a VEJA que o tuíte com golden shower é típico do estilo pessoal de Bolsonaro, embora “não seja a comunicação protocolar de um presidente da República”. “Ele usou, como em outras vezes, da ironia e da contundência que lhe são características”, avalia o senador.

(...)


Na história brasileira, há registro de dois presidentes que tentaram, sem sucesso, interferir no Carnaval. O marechal Hermes da Fonseca, em 1912, resolveu adiar as festividades de rua para impor luto ao país pela morte do Barão do Rio Branco. A população caiu na folia nas duas datas — os dias originais do Carnaval e aqueles para os quais ele havia sido remarcado. Fez sucesso uma marchinha atacando o presidente militar: “Com a morte do Barão, tivemos dois carnavá. Ai! Que bom! Ai! Que gostoso! Se morresse o marechá!”. Em 1939, na ditadura de Getúlio Vargas, um decreto-lei instituiu a censura para controlar apresentações de grupos musicais e de teatro, o que incluía os cordões carnavalescos. Estavam proibidas quaisquer improvisações em espetáculos públicos, mas a determinação não foi cumprida com rigor. No único Carnaval em que foi presidente, em 1961, o folclórico Jânio Quadros baniu apenas um item então popular nos bailes: o lança-perfume. Já Itamar Franco, bem ao contrário, caiu na folia e envolveu-­se inadvertidamente em um escândalo no Carnaval de 1994: foi fotografado em um camarote da Sapucaí ao lado da modelo Lilian Ramos, que estava sem calcinha — o que só ficou evidente na foto tirada de baixo para cima — e por quem se disse apaixonado.

Publicado em VEJA de 13 de março de 2019, edição nº 2625

MATÉRIA COMPLETA, na VEJA OnLine
 

segunda-feira, 4 de março de 2019

Viva Marighella! Viva a morte!

Em seu manual, ele faz questão de explicar didaticamente como deve ser cometido um assassinato

Desde os anos 1980 consolidou-se como verdade absoluta que a luta armada conduziu o Brasil à redemocratização. Isto é reproduzido nos livros didáticos e repetido ad nauseam no debate político. Questionar esta versão falaciosa da História é tarefa fundamental no processo de construção da democracia no nosso país. E, em momento algum, deve representar qualquer tipo de elogio à bárbara repressão efetuada pelo regime militar, especialmente nos anos 1968-1976. Ou seja, o terrorista e o torturador são faces da mesma moeda. Com o agravante, no caso do torturador, de que sua ação foi realizada sob cobertura estatal.

Num país sem tradição democrática, os cultores do extremismo ganharam espaço — inclusive na reconstrução do passado. Hoje, torturadores são elogiados em pleno Congresso Nacional, como vimos na sessão da Câmara dos Deputados que autorizou o encaminhamento para o Senado do pedido de impeachment de Dilma Rousseff; assim como, no dia a dia, terroristas são homenageados nas denominações dos logradouros e edifícios públicos.  Carlos Marighella é um caso exemplar. Militante comunista desde a juventude, stalinista, acabou rompendo com o Partidão após os acontecimentos de 1964. Fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), um grupo terrorista, fortemente influenciado pelas teorias revolucionárias de Fidel Castro e, especialmente, Che Guevara. Foi a Cuba e estabeleceu uma aliança com a ditadura castrista. A ALN se notabilizou pelos impiedosos ataques terroristas e pelo assassinato até de militantes que desejavam abandonar a organização, como no caso do jovem Márcio Leite de Toledo.

Mesmo assim, na canhestra metamorfose tupiniquim, virou um lutador da liberdade. Agora também no cinema. O ator Wagner Moura está produzindo um filmeclaro que com o apoio da Lei Rouanet — para glorificar, ainda mais, Marighella, apesar de a Constituição definir no artigo 5º, inciso XLIII, o terrorismo como crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Ou seja, o Estado brasileiro, através do Ministério da Cultura, está rasgando a Constituição ao conceder seu apoio financeiro a uma película que afronta um princípio tão caro da Carta Magna.

Carlos Marighella é autor do Manual do Guerrilheiro Urbano. O documento não pode ser considerado uma ode ao humanismo, muito pelo contrário. Logo no início, afirma que o terrorista “somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais.” E que deve se dedicar “ao extermínio físico dos agentes da repressão.” O herói de Wagner Moura exemplifica várias vezes como matar policiais: “a grande desvantagem do policial montado é que se apresenta ao guerrilheiro urbano como dois alvos excelentes: o cavalo e o cavaleiro.” E continua, páginas depois: “as greves e as breves interrupções de trânsito podem oferecer uma excelente oportunidade para a preparação de emboscadas ou armadilhas cujo fim é o de destruição física da cruel e sanguinária polícia.” Marighella faz questão de explicar didaticamente como deve ser cometido um assassinato: “a execução pode ser realizada por um franco-atirador, paciente, sozinho e desconhecido, e operando absolutamente secreto e a sangue-frio.”

O fundador da ALN não tem pejo em se proclamar um terrorista: “o terrorismo é uma ação usualmente envolvendo a colocação de uma bomba ou uma bomba de fogo de grande poder destrutivo, o qual é capaz de influir perdas irreparáveis ao inimigo.” O democrata Marighella, ídolo de Wagner Moura, quer ficar distante dos defensores da “luta sem violência.” Diz ele — delirando — que não passam de manobras pedir “eleições, ‘redemocratização (as aspas são do terrorista), reformas constitucionais e outras bobagens desenhadas para confundir as massas e fazê-las parar a rebelião revolucionária nas cidades e nas áreas rurais do país.” E, raivoso, conclui: “Atacando de coração essa falsa eleição e a chamada ‘solução política’ (aspas dele) tão apeladora aos oportunistas, o guerrilheiro urbano tem que se fazer mais agressivo e violento, girando em torno da sabotagem, do terrorismo, das expropriações, dos assaltos, dos sequestros, das execuções.”

O terrorista é infatigável na defesa da violação dos direitos humanos. Indica como tarefa fundamental os sequestros. Diz Marighella: “sequestrar é capturar e assegurar em um lugar secreto um agente policial, um espião norte-americano, uma personalidade política ou um notório e perigoso inimigo do movimento revolucionário.” Em todo manual não há, em momento algum, qualquer valorização de algum ideário democrático. Nada disso. A morte — e não o voto — é a companheira fiel do terrorista. Cabe a ele, matar, matar, matar.

O filme poderá captar R$ 10 milhões (!!) do Estado burguês, não é, Wagner Moura? Afinal, o Erário serve para isso. Até para subsidiar uma película reacionária, antidemocrática e stalinista. Que falsifica a história sem nenhum pudor. Chega até a transformar um pardo em um negro, pois, de acordo com as notícias, o terrorista será interpretado pelo cantor Seu Jorge. Inacreditável.

A resistência democrática não fez parte do programa de nenhum grupo terrorista. Todos, sem exceção, defendiam religiosamente que o Brasil deveria caminhar para uma ditadura do proletariado. A divergência é se o nosso país seria uma Cuba, União Soviética ou uma China. A triste ironia é que os perdedores acabaram vencendo no discurso histórico. Aqueles que desqualificavam a democracia e agiam tão ditatorialmente como o regime militar, que diziam combater, foram alçados a má
rtires da liberdade.


 

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Geddel agiu igual todo inquilino da Casa do Espanto = Zé Dirceu, Erenice Guerra, Gleisi Hoffmann... - Temer dá posse a Freire em cerimônia fechada e continua errando no caso Geddel

Ética é isso aí

Líder do PTB explica que Geddel fez o que todo inquilino da Casa do Espanto adora fazer

“Isso é um absurdo o que aconteceu. Precisa dar piti? Por que a palavra do ex-ministro tem mais força que a de Geddel? É uma conversa natural existente entre políticos. Em qualquer parte do país político é demandado. O assunto se encerra quando você diz ‘não'”. (Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara dos Deputados, sobre a colisão entre Geddel Vieira Lima e Marcelo Calero, revelando que, no dialeto falado na Casa do Espanto, “piti” significa pedido de demissão e “conversa natural” quer dizer pressão ilegítima, e garantindo que todo ministro tem o direito de dizer “não” desde que renuncie ao cargo em seguida)

Publicado na Coluna do Augusto Nunes

Temer dá posse a Freire em cerimônia fechada e continua errando no caso Geddel

Presidente evidencia irritação contida em cerimônia e foi, o que não é de seu feitio, grosseiro com o ex-ministro Marcelo Calero. Ocorre que este era o mocinho do filme...

O presidente Michel Temer parece ter ficado irritado mesmo com o quiproquó no Ministério da Cultura, envolvendo Geddel Vieira Lima (ministro da Secretaria de Governo) e Marcelo Calero, ex-ministro. A lamentar no particular: o alvo de sua irritação, que sempre é má conselheira, está errado. Infelizmente, fosse um filme, o presidente não estaria simpatizando com o mocinho. Logo…

Vamos ver. Temer deu posse nesta quarta ao novo titular da Cultura, Roberto Freire, uma pessoa, já disse aqui, de muitos méritos políticos. Nada sei que o desabone, concorde eu com ele ou não. Optou-se por uma cerimônia fechada, sem a presença da imprensa. O que isso indica? Que o governo está com problema. O normal seria fazer o contrário. Mas não se vive uma quadra normal.

Para lembrar: Calero pediu demissão acusando Geddel de pressioná-lo para que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) liberasse a construção de um edifício de mais de 30 andares, em Salvador. Segundo o órgão, que vetou a construção, a obra teria impacto negativo em áreas tombadas da cidade. O argumento mais forte empregado por Geddel foi o de que ele próprio havia feito uma oferta de compra. Descobriu-se depois que um primo e um sobrinho seus eram os representantes da empreiteira — com cujos donos o ministro mantém relações de amizade — no confronto com o Iphan.

Pois bem… No discurso de posse de Freire, Temer, normalmente um homem educado, elegante, beirou a grosseira ao se referir, sempre de forma indireta, a Calero, a quem não agradeceu, como reza o protocolo. O ex-ministro virou apenas o “outro companheiro”. Disse o presidente: “Nós temos hoje a absoluta certeza de que o governo federal está ganhando muito. E, se o governo federal foi bem até agora, a partir do Roberto Freire, vai ganhar céu azul, velocidade de cruzeiro e vai salvar o Brasil”.

Salvar o Brasil? Trata-se, obviamente, de um exagero. Mais do que isso: é um despropósito. Não se salva o Brasil a partir do Ministério da Cultura. Não se salva o Brasil a partir de ministério nenhum.  A passagem em que chamou Calero de “outro companheiro” saiu arrevesada. Falando com Freire, afirmou:  “Houve uma grita natural na área cultural à junção das pastas, e acho que nós, alertados, devemos verificar a procedência ou improcedência dessas contestações. Quando são legitimas, você revê o ato, e foi isso que fiz. Mas, a essa altura, não foi possível levá-lo, porque já havia outro companheiro na então Secretaria de Cultura”.

Não houve uma “grita”. Houve protestos, absolutamente previsíveis. O governo cometia, então, um erro, para o qual adverti aqui. Teve o mérito de recuar. Mas não é verdade que Freire só não foi o escolhido porque “já havia um outro companheiro”. Já então foi um dos nomes cogitados. Ditas as coisas desse modo, fica parecendo que Calero havia se imposto ao governo, o que teria impedido a tempestiva escolha de Freire.

Reitero: Freire é um bom homem e um político hábil. Depois da posse, disse que vai conversar com seu antecessor e garantiu que Kátia Bogea, a presidente do Iphan, permanece no cargo. Melhor assim. Defendeu ainda a Lei Rouanet e coisa e tal… Nada que tenha fugido de um discurso correto de quem chega à pasta.  A cerimônia de posse de Freire coroa a má condução dada ao caso pelo governo federal até aqui. A blindagem de Geddel, num caso em que lhe bastaria admitir o erro, foi despropositada. Ficou parecendo que estavam tentando mexer com o condestável da República ou que o ministro estava sendo alvo de alguma conspiração. E não estava.

É Geddel que foi flagrado fazendo o que não devia, como resta notório a qualquer pessoa razoável. Por mais que Temer tenha se sentido, sei lá, “traído” pela entrevista concedida por Calero, a reação foi e continua a ser destrambelhada. Um céu de brigadeiro não comporta nuvens onde interesses cinzentos como as de Geddel.

Começou errado. Terminou errado. E isso sempre tem consequências.

 Publicado no Blog do Reinaldo Azevedo

 

 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ator 'zé de abreu', além de cuspidor também desvia dinheiro público = roubo - pastor Silas Malafaia fez a primeira denúncia, ainda em junho/2016

Ator José de Abreu vai ter que devolver 300 000 reais captados na lei Rouanet

Saiu publicado no Diário Oficial uma portaria do Ministério da Cultura solicitando a devolução de recursos da lei Rouanet. 

De acordo com o texto, o ator José de Abreu terá de devolver 300 000 reais captados para a turnê do espetáculo Fala, Zé pelo Sudeste. A Orquestra Sinfônica Brasileira também está na lista. Terá de devolver 2 milhões de reais.

Malafaia aponta inadimplência de José de Abreu com Lei Rouanet

Ontem, ao comentar a operação Boca Livre da Polícia Federal e criticar a Lei Rouanet, o pastor Silas Malafaia teve um embate, via twitter, com o ator José de Abreu.  Ele reclamou que artistas reconhecidos, com capacidade para obter financiamentos próprios, representam a maioria dos que são beneficiados com altos incentivos da lei.

Citou como exemplo José de Abreu e, quem acompanha o ator nas redes sociais (ou em restaurantes), sabe que ele não dispensa uma briga (ou uma cusparada).  Malafaia acusou Abreu de estar inadimplente com a Rouanet e, mesmo assim, seguir obtendo incentivos com a legislação.  Com o barulho nas redes sociais, o pastor prometeu publicar nesta tarde provas da inadimplência.

Na prática, Malafaia se referiu à série de espetáculos “Fala Zé – Turnê sul e sudeste”, que teve projeto apresentado ao Ministério da Cultura há cerca de 10 anos. A proponente do projeto foi a hoje ex-mulher de Abreu Camila Paola Mosquella.  Quem entra na página do Minc e busca dados sobre o projeto é informado que a situação está “inadimplente – não respondeu a diligência da prestação de contas”. 

Tal andamento é de 2011. Além disso, ao checar os dados da proponente Mosquella, consta o email “josedeabreu@globo.com”.  O projeto recebeu um incentivo de 299 400 reais. A peça conseguiu captar todo o dinheiro. Quem bancou integralmente a turnê foi a Petrobras.

Fonte: Mauricio Lima - Radar On Line