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terça-feira, 28 de junho de 2022

LULA QUER DESENTERRAR A URSS, FAZER A URSAL, E SUBSTITUIR PUTIN ? Sérgio Alves de Oliveira

É claro  que Fidel Castro e Lula da Silva tinham em mente o modelo político,econômico e social  da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS, instalada após a Revolução Bolchevique, de  outubro de 1917, em 1922,liderada por Vladimir Lenin, quando em 1990 "inventaram" de criar o Foro de São Paulo (Foro San Pablo),abrangendo toda a América Latina,onde implantariam ao que ousaram chamar "socialismo do século XXI",numa "Pàtria Grande".

Mas por não ter  dado certo pelos aspectos econômicos, políticos e sociais, a URSS desintegrou-se  durante a gestão do Presidente Mikhail Gorbachev,nos anos 80,através da "Perestroika" (reconstrução), com suas antigas repúblicas integrantes (da "federação russa") adquirindo independência com autodeterminação..

Durante todo esse período da extinta URSS, todas as liberdades foram banidas e a pobreza do povo não melhorou muito em relação à época  dos "czares", exceção relativa aos membros do Partido Comunista e dos privilegiados da "Nomenklatura", funcionários dos altos escalões do governo,que podiam viver como se reis fossem. 
Só o que teve grande  desenvolvimento na antiga URSS foi a vitória que teve na corrida armamentista, praticamente "encostando " nos  Estados Unidos ,em relação ao  arsenal e à tecnologia dos armamentos nucleares. Os povos que compunham a URSS eram de "terceiro" mundo; mas o aparato bélico de "primeiro mundo". É hoje o que se repete na China.

Mas Lula e Fidel Castro "inventaram" de fazer uma URSS "independente", para a América Latina, a UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS DA AMÉRICA LATINA - URSAL, após o desmanche da "outra" URSS, por não ter dado certo. E por isso essas lideranças  terceiromundistas da América Latina  chegaram bem atrasadas no relógio da história,querendo implantar uma "união" de países comunistas que já havia sido experimentada no mundo,sem sucesso... [atualizando: segundo versões, a ideia original nascida de outras lideranças da América do Sul era criar a UNASUL - União de Nações Sul-Americanas, que chegou a ser constituída com vários países latino-americanos. Com a eleição do cocalero Morales para a presidência daquela União, deu m ..., alguns países caíram fora e Castro, o descondenado petista e outros resolveram recriar a URSS com sede na América Latina com a denominação de UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS DA AMÉRICA LATINA - URSAL, termo  que já existia de brincadeira e que mais uma vez m ...,]
 
Já ouvi versões esquerdistas circulando  por aí, que inclusive me deixaram estupefato, dando a entender que a atual insistência  de Vladimir Putin, em refazer a antiga União Soviética, reanexando as antigas repúblicas que compunham a URSS, inclusive a Ucrânia, poderia  estar atrelada à idéia de  Fidel Castro e Lula de fazer algo semelhante aqui pela América. Mas que na minha modesta não poderia ser chamada de  América "Latina",se fosse o caso, porém  de América "Latrina", que seria a melhor adjetivação relativa  aos países que caissem nessa armadilha comunista corrupta,  liderada por gente de muito baixo nível intelectual e moral, que jamais conseguiriam  fazer algo semelhante ou se equiparar a alguns dos grandes nomes que construiram, sustentaram, e depois "desmancharam" a União Soviética, e muito menos a Putin, que apesar da sua índole expansionista ilimitada  e radical, ou seja, colonialista, tem também inegavelmente inúmeres qualidades e virtudes de estadista, o que jamais poderia se dizer em relação às  atuais lideranças de "quinta categoria",que pretendem implantar a URSAL na América Latina.  [lembramos que apesar de presidir a Rússia, que sempre traz à memória a extinta e comunista URSS, Putin é mais da DIREITA verdadeira, do que muitos fantoches que se dizer de direita. 
Nos repetindo: abominamos, desprezamos, repudiamos o comunismo admiramos Putin e ele é um dos 'freios' as ideias esquerdistas, bizarras do tal Biden e outros que querem transformar o mundo em uma fossa esquerdista progressista. NÃO CONSEGUIRÃO.]                                                                                                                          
Por que a Rússia quer mais terras,se ela  já tem o maior território entre todos os países do mundo?

Os brasileiros devem  ficar muito atentos para a  armadilha  que os ladrões comunistas montaram para as eleições de outubro  próximo, e que tem todo o apoio e o patrocínio dos tribunais superiores, da grande mídia,  dos banqueiros inconsequentes espoliadores do povo. Se essa gente for vitoriosa no Brasil, após o comunismo já estar "acampado" em Cuba,Venezuela, Argentina,Chile,Colômbia e México,"eles" continuarão roubando e sacrificando como escravos as próximas gerações de brasileiros, com muita mentira e demagogia, como já fizeram de 1985 a 2018, quando assaltaram o erário em cerca de 10 trilhões de reais. 

Com a eventual "desgraça"de uma vitória comunista em outubro, [temos certeza, e a confiança em DEUS que nossas instituições - não as que estão a serviço dos inimigos do Brasil - não permitirão  que os comunistas voltem a governar o Brasil - nossa Bandeira jamais será vermelha.] pode-se ter absoluta certeza de que o Brasil assistirá não só a  uma política de implante do comunismo, mas também a instalação imediata de uma "Perestroika" própria, acomodando a vagabundagem corrupta nas posições privilegiadas das mais altas remunerações públicas, sempre às custas dos trabalhadores e empresários que efetivamente produzem as riquezas.e pagam extorsivos impostos.
 
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
 

quarta-feira, 22 de junho de 2022

URSAL e o “fantasma” do comunismo - Gazeta do Povo - VOZES

Rodrigo Constantino

Assim a Foice de SP começou sua "reportagem" sobre os memes que dispararam nas redes sociais esta segunda por conta da vitória do comunista Petro na Colômbia: "Talvez um dos maiores memes das eleições de 2018, a URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina) voltou às redes sociais após a vitória de Gustavo Petro nas eleições colombianas neste domingo (19) e a consequente reação do presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos e apoiadores".

O subtítulo da matéria diz: "Esquerda tira sarro do 'fantasma do comunismo'; bolsonaristas o levam a sério". Em seguida, o jornal esquerdista mostra diversas publicações de esquerdistas "ironizando" a ameaça comunista, com um ursinho carinhoso no lugar da temível foice com o martelo. Há, de fato, razão para temer o avanço comunista na região?

A resposta deveria ser bastante óbvia: basta olhar para a Venezuela!
O país, sob a ditadura chavista, é o melhor exemplo do sucesso, pela ótica do Foro de SP, do "socialismo do século XXI". É impressionante ainda ter gente - até "jornalista" - brincando com o risco real dessa ideologia nefasta! É como se Cuba sequer existisse!

Reinaldo Azevedo, que ninguém mais reconhece como o autor de O País dos Petralhas, tentou ridicularizar o temor, mas acabou listando justamente países que estão no ou caminham para o inferno socialista: "Os Paranoicos de um Brasil paralelo já começam a fantasiar: Maduro na Venezuela; Alberto Fernández na Argentina; Arce na Bolívia; Boric no Chile; Gustavo Petro na Colômbia, Obrador no México... Quem sabe Lula no Brasil! A Internacional Comunista tomando conta da América Latina!"

Então, pelo visto, o destino venezuelano não é um que deveria assustar? A Argentina está avançando a passos largos na mesma direção, e já é possível sentir o elevado custo disso em perdas de liberdades e também numa inflação de 70% ao ano! Mas vamos fazer piadinha com o "fantasma do comunismo", claro, pois essa é a tática usada... por comunistas!

O segredo do Diabo é andar sem chifres pelo mundo, alertou Schopenhauer. O truque dos comunas consiste em rir de quem fala em ameaça comunista, como se fossem "comedores de criancinhas" - e basta uma pesquisada básica nos casos da China ou Coreia do Norte para saber que, de fato, são.

Mas, no caso da América Latina, sequer dá para fingir que os chifres não estão lá, na cabeça do Belzebu, pois o caso venezuelano é muito recente! E, não custa lembrar, além de Dilma ter confessado que o objetivo é mesmo o socialismo, Dirceu já disse que pretende "estender a mão" para os "irmãos" cubanos, o que configura clara ameaça comunista:

Lula mesmo tem radicalizado seu discurso, gabando-se até de ter pedido ao "Fernando" para soltar os "meninos" que sequestraram Abílio Diniz. Todos eles falam em "integração regional" com os "irmãos", ou seja, a extrema esquerda defensora do comunismo, das narcoguerrilhas, de terroristas e sequestradores. Mas vamos fazer piadinha nas redes sociais com os "paranoicos", claro, pois assim podemos virar a próxima Venezuela em paz, na maior alegria...

A ameaça comunista é bastante real. URSAL é uma sigla inventada, mas o nome é o de menos: os comunistas latino-americanos estão unidos num projeto de poder absoluto, numa ideologia totalitária coletivista que, por onde finca suas patas, deixa um rastro de miséria e opressão. E Bolsonaro é a única barreira hoje a este projeto nefasto no continente.

[O Blog Prontidão Total, assegura que nos seus primórdios usou em várias postagens o termo URSAL, que era uma adaptação da sigla da extinta URSS para a América Latina = União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

A fusão foi consequência que Lula e outros comunistas, ateus, ladrões e coisas do tipo, pretendiam criar a UNASUL, como sucessor da URSS. A título de gozação criamos o termo URSAL.

Temos em 2015 e mesmo em data anterior matérias mencionando URSAL. Não pretendemos ser os criadores do termo, mas estamos entre os primeiros a usá-lo e não esqueçam que os comunistas não desistiram - tanto que mesmo no Brasil, onde tentaram várias vezes e foram vencidos, continuam tentando. Eles não desistem - tem a NOM, que o Biden pretendia impulsionar, só que o Putin com a operação militar na Ucrânia abortou os sonhos do presidente americano está com seu governo reprovado,  mesmo assim, entre um cochilo e outro,  espera ter chance para insistir no famigerado 'esquerdismo progressista'.] 

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 8 de março de 2020

O templário do bolsonarismo - O Globo


Bernardo Mello Franco

A cavalaria do bolsonarismo

Um cavaleiro se aproxima a galope, empunhando um escudo e a bandeira do Brasil. Vestido de templário da Casa Turuna, ele freia o tordilho e solta o brado retumbante: “Patriotas, venho de longe em sagrada missão!”. “Contra os comunistas e traidores da pátria!”, prossegue, antes de partir ao som de uma marcha militar.

O empresário Emílio Dalçoquio Neto e o presidente Jair Bolsonaro



O vídeo viralizou na sexta-feira, para orgulho do catarinense Emílio Dalçoquio Neto. Herdeiro de uma transportadora de cargas, ele se inspirou nas cruzadas para divulgar os atos governistas do dia 15. “A ideia é mostrar que estamos numa guerra santa contra o comunismo”,  explica o catarinense de 54 anos. Para ele, quem fez piada com a produção amadora não tem amor pelo país. “O vídeo incomodou, né? Comunista fica nervoso mesmo”, provoca.


O empresário está ansioso pelas manifestações do próximo domingo. O objetivo, ele diz, é acusar Legislativo e Judiciário de conspirarem contra o presidente. “O governo é ótimo, mas não deixam o Bolsonaro trabalhar. O Congresso e o STF estão contra os interesses do povo brasileiro”, esbraveja.

Dalçoquio afirma que o tribunal “vai ter problema” se barrar os projetos do presidente. Perguntei se o problema incluiria o uso das Forças Armadas, mas ele preferiu fazer mistério. “Não vou responder isso daí”, desconversou.  O bolsonarista cultiva uma visão particular da História. A exemplo do presidente, sustenta que o regime instaurado pelo golpe de 1964 não foi um ditadura militar. “Isso é mentira, pô! Que ditadura é essa que tem novela, Chacrinha, Sílvio Santos?”, questiona. Ele reprova a Constituição de 1988 e admira o ditador Augusto Pinochet, que comandou um regime sanguinário no Chile. “O Pinochet resolveu o problema. Ah, matou três mil? É verdade. A versão da barata sobre o Baygon é terrível”, ironiza.
Dalçoquio despontou do anonimato na greve dos caminhoneiros de 2018. Ele foi flagrado incentivando motoristas a queimarem veículos, e sua empresa foi investigada sob suspeita de promover um locaute.
“Quem estava coordenando a greve era o pessoal do MST. Era para ter uma intervenção militar e provocar o cancelamento da eleição”, despista.  Na época, ele já trocava mensagens com o atual presidente. “Fui o primeiro a receber o Bolsonaro em Santa Catarina, em outubro de 2015. Quase ninguém acreditava nele”, orgulha-se.

Na visão do empresário, a vitória do capitão salvou o país da ameaça vermelha. “Nós estávamos a um passo de entrar para a Ursal. O único que podia mudar isso era o Bolsonaro”, discursa.  Argumentei que a União das Repúblicas Socialistas da América Latina só existe no mundo da ficção, mas ele se mostrou convencido do contrário. “A Manuela Dávila, do PCdoB, disse que o Brasil estava indo para a Ursal. Até o papa está fomentando isso. O papa também é comunista”, sentenciou.

Dalçoquio diz ter tirado dinheiro do próprio bolso para incentivar a campanha do capitão. Quanto gastou? “Nem eu sei”, enrola. O empresário não aparece na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral. Depois da vitória, ele fundou o grupo de ultradireita Lux Brasil. Em janeiro, o presidente o recebeu para uma sessão de fotos no Planalto. [A manifestação pró Bolsonaro, de 15 de março, oferece a oportunidade de consolidar o movimento de recuperação da economia nacional e dos valores morais, religiosos, familiares. 
Já a da corja lulopetista, tem como objetivo uma impossível tomada do poder, restabelecer o assalto aos cofres públicos, concluir o desmonte da Petrobras, dos fundos de pensão, a motivação da vergonha nacional e tudo o que não presta.
A manifestação pró Presidente Bolsonaro é temida exatamente por ser uma manifestação pacífica, respeitando as leis e os valores da Pátria Amada.]

Bernardo M. Franco, jornalista - Coluna O Globo




terça-feira, 19 de março de 2019

Da esquerda, nem estátua sobra

Completa-se a demolição da Unasul; nasce Prosul

O governo equatoriano acaba de anunciar que vai retirar a estátua de Néstor Kirchner, presidente argentino entre 2003 e 2007, da frente do prédio da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
Aliás, Lenín Moreno, o presidente do Equador, também anunciou que o país vai se retirar do conglomerado. Aliás, Moreno também vai retomar para o Equador o prédio da Unasul, que seu antecessor, Rafael Correa, cedeu ao grupo então composto pelos 12 países sul-americanos.

[a destruição da Unasul = Ursal, criação do maldito Foro de S. Paulo - outro lixo que deve ir para o esgoto, praticamente, não é nem um acontecimento.
A Unasul = Ursal = tudo a mesma m ... - pretendiam substituir a extinta URSS = União Soviética - que não foi recriada formalmente, mas, a Rússia, sob Vladimir Putin,  age como legítima e única substituta e de forma mais flexível.
 
Para felicidade da América Latina, a esquerda está praticamente extinta nas Américas - o que resta tem a oferecer apenas miséria = vide Cuba, Venezuela e outros - e perdendo espaço em todo mundo.
 
A Prosul é uma organização que nasce mais para simbolizar o fim das excrescências expelidas pelo Foro de S. Paulo, do que por ser necessária.
A América do Sul e todo o continente americano tem um único destino: a DIREITA.]

Não é, pois, figura de linguagem dizer que não sobrou pedra sobre pedra da esquerda sul-americana hegemônica na primeira década do século. A Unasul, como se sabe, foi uma invenção de Hugo Chávez, inventor também do “socialismo do século 21” e do “bolivarianismo". Não por acaso, suas três invenções estão reduzidas a cacos.

O sinal político dos países que constituíram a Unasul em 2018 mudou da esquerda para a direita, desde então. Mudou tanto que, na sexta-feira (22), haverá uma reunião no Chile em que o anfitrião, Sebastián Piñera, o colombiano Iván Duque e o brasileiro Jair Bolsonaro lançarão uma nova organização, chamada Prosul. Era mais prático, acho eu, aproveitar as instalações atuais e os poucos funcionários remanescentes, trocar a placa de Unasul por Prosul, avisar que o estabelecimento está sob nova gerência e novo sinal ideológico e tocar a vida.

A demolição da Unasul, da qual seis países já haviam se afastado antes do anúncio do Equador, se torna mais significativa exatamente por essas iniciativas equatorianas. Nos outros países bolivarianos ou solidários com o socialismo do século 21, eleições derrubaram seus presidentes, mas, no Equador, não. Lenín Moreno foi vice de Rafael Correa e eleito com base no apoio deste.

Rompeu com ele e, no caso Unasul, sua avaliação vale como epitáfio: “A Unasul se transformou em uma plataforma política que destruiu o sonho de integração que nos venderam”. Prosul tende a também se transformar em plataforma política, com sinal trocado, o que não leva necessariamente a reconstruir o sonho de integração, que a América do Sul acalenta faz anos e nunca realiza. Temo que valha para Prosul a avaliação sobre integração que Bruno Binetti, pesquisador do Interamerican Dialogue, fez para a revista Americas Quarterly:

“Muitas iniciativas para promover a integração regional entre países latino-americanos e sul-americanos não foram bem sucedidas por um punhado de razões: falta de liderança por parte dos grandes países da região, a recusa dos governos de ceder soberania para entidades internacionais, diferença políticas entre os países-membros e falta de complementaridade econômica". Binetti acha que tais condições continuam presentes no enterro da Unasul e nascimento do Prosul. Logo, “Prosul tende a se tornar outra casca vazia no museu de instituições regionais fracassadas da América Latina".
 
Clóvis Rossi - Folha de S. Paulo
 
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Medo da Ursal

O assunto é sério: o misticismo está no poder

O Brasil já temeu a mula sem cabeça, o boitatá, a cuca, o corpo-seco, a iara e o curupira. Hoje, teme a Ursal. Os medos antigos assombravam o universo rural de caipiras e caboclos. O medo atual assombra o novo governo que, para dormir em paz, entregou dois ministérios estratégicos a apóstolos do Bruxo da Virgínia, um astrólogo repaginado como filósofo místico. Daqui em diante, a superstição norteará nossas políticas externa e educacional. Não adianta dizer que a Ursal não existe, pois ela existe na mente dos que nos governarão.

A Ursal, União das Repúblicas Socialistas da América Latina, ganhou popularidade pela voz do Cabo Daciolo. A evocação da sigla exprime a crença de que uma conspiração comunista internacional ameaça a pátria brasileira. O Bruxo da Virgínia e seus evangelistas compartilham o credo de Daciolo, mas o vestem em peças de estilistas. Na linguagem arcana que preferem, a conspiração é conduzida por uma liga constituída por “liberais globalistas” e “marxistas”. Armados com as teses de Antonio Gramsci, os maléficos conspiradores apropriam-se silenciosamente tanto das chaves do poder quanto das mentes dos indivíduos por meio de uma prolongada guerra cultural. É Ursal, em versão de butique. [A Ursal é bem mais antiga do que o Cabo Daciolo - na verdade foi criada pelo Foro de São Paulo, famigerada organização esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro e que pretendia transformar a América Latina em 'substituta' da extinta URSS;
o nome UNASUL foi escolhido para dar uma aparência 'inocente'  - o comunismo, a esquerda, são tão nojentas que sempre procuram camuflar seus planos de expansão com nomes inocentes, limpos.


De acordo com as superstições do Bruxo da Virgínia, a China lidera o tentáculo marxista da conspiração mundial. Ernesto Araújo, futuro ministro das Relações Exteriores, dá indícios de que submeterá as relações com a China ao “Deus de Trump”, engajando o Brasil na guerra comercial deflagrada pelos EUA. O medo da Ursal ameaça degradar uma de nossas principais parcerias econômicas, fonte de quase um terço do superávit brasileiro no comércio exterior e de vultosos investimentos externos diretos.

Segundo as crendices do Bruxo da Virgínia, a escola funciona como palco de uma doutrinação dos jovens destinada a destruir a família e a religião. Ricardo Vélez, futuro ministro da Educação, declara que enfrentará o perigo por meio do projeto de lei Escola Sem Partido — ou seja, pelo uso do poder público como polícia pedagógica destinada a perseguir professores “desviantes”. O medo da Ursal ameaça bloquear os caminhos para a reforma e qualificação da educação no Brasil. No lugar dessa tarefa inadiável, o Estado anuncia uma estratégia de “contrainsurgência cultural” nas escolas.

As teocracias medievais e os regimes totalitários do século passado imaginavam-se como representações de uma verdade suprema, oriunda de Deus, do Destino Nacional ou da História. A separação entre Estado e Igreja (isto é, a laicidade estatal) e a separação entre Estado e partido (isto é, o princípio do pluralismo político) formam dois pilares estruturais dos sistemas democráticos. [lembrem que  Churchill dizia que a 'democracia é o pior sistema de Governo', mas, não há nenhum melhor que ela'; 
sendo o pior sistema tem muitos defeitos, sendo um deles a separação entre Estado e Igreja, que abre caminho para a institucionalização do ateísmo como 'religião' do Estado, situação esta que abre caminho para a destruição de todos os valores, começando pela religião e família.] Nas democracias, o Estado administra as coisas, não as mentes. Os dois ministérios ocupados por acólitos do Bruxo da Virgínia ambicionam administrar as mentes, libertando-as das forças alienígenas da Ursal. Há fortes doses de ridículo nisso, mas o assunto é sério: o misticismo está no poder.

Um paralelo apropriado é com a Arábia Saudita. O reino nasceu de uma longa jihad (“guerra santa”) empreendida pela aliança do clã guerreiro dos Saud com a seita islâmica puritana Wahab. Na base da monarquia saudita, encontra-se o pacto original entre esses componentes, que se exprime pela entrega dos ministérios da Educação e das Comunicações à facção religiosa. A seita liderada pelo Bruxo da Virgínia ocupa, no governo Bolsonaro, um lugar semelhante ao dos wahabitas no reino dos Saud. A diferença é que sua doutrina não repousa sobre a leitura literal de um livro sagrado, mas sobre crendices cozidas no forno de uma espécie de ocultismo pós-moderno.

A “confluência entre História e Mito” alardeada por Ernesto Araújo, o combate sem trincheiras à “revolução cultural gramsciana” pregado por Ricardo Vélez são piadas que saltaram de túneis escuros das redes sociais para o aparelho de Estado. Uma festa estranha, com gente esquisita — nisso transformaram-se o Itamaraty e o Ministério da Educação. A Ursal passeia entre nós. Deus não é brasileiro.

Demétrio Magnoli - O Globo 

 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O Brasil precisa urgente de um novo IPES



O Brasil precisa de um novo IPES, congregando amplos setores da vida nacional em volta de um objetivo comum: a recuperação da sociedade brasileira, em todos seus aspectos, não só econômicos.

O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) foi fundado em 1961 no Rio de Janeiro pelo coronel Golbery do Couto e Silva e um grupo de empresários anticomunistas, dispostos a readequar e a reformular o Estado brasileiro. Tinha por objetivo criar barreiras intelectuais contra a propagação das ideias marxistas durante o governo João Goulart. Promovia Estudos de Problemas Brasileiros para os governos militares pós-1964.

“No setor privado, destaca-se o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), fundado em 1961. O Ipes é geralmente associado à conspiração para depor o presidente João Goulart, mas a sua contribuição foi relevante para as reformas. Na verdade, o Ipes apoiou uma série de estudos sobre problemas estruturais da economia de que participaram muitos especialistas, entre os quais Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen e Delfim Netto” (Maílson da Nóbrega, in “Há esperança”, Veja no. 2459, 6/1/2016).

O IPES, o IBAD (1), a CAMDE (2) e as Forças Armadas formaram a base quadrangular decisiva para o desencadeamento da Contrarrevolução de 31 de março de 1964, contra Jango e sua política de implantar a “República Sindicalista” no Brasil. O IPES passou a existir oficialmente no dia 29/11/1961 (Jânio Quadros havia renunciado em agosto do mesmo ano). O lançamento do IPES foi recebido favoravelmente por diversos órgãos da imprensa, como o Jornal do Brasil, O Globo, O Correio da Manhã e Última Hora. Contou com a aprovação do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jayme de Barros Câmara.

Além do Rio e de São Paulo, o IPES rapidamente se expandiu até Porto Alegre, Santos, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e outros centros menores. O IPES foi formado pelo trabalho do empresário de origem americana, Gilbert Huber Jr., do empresário multinacional Antônio Gallotti, dos empresários Glycon de Paiva, José Garrido Torres, Augusto Trajano Azevedo Antunes, além de serviços especiais de oficiais da reserva, como o general Golbery do Couto e Silva. Sandra Cavalcanti era uma das mais famosas conferencistas do IPES.

As sementes do IPES (assim como do IBAD e do CONCLAP) (3) foram lançadas no final do governo JK, cujos excessos inflacionários geraram descontentamento entre os membros das classes produtoras do país, e durante a presidência de Jânio Quadros, em cujo zelo moralista eles depositaram grandes esperanças. O IPES produziu em torno de oito filmes, para alertar os desmandos do Governo Goulart, como a ameaça comunista; os cineastas eram Jean Mazon e Carlos Niemeyer. Escritores de peso do IPES foram Nélida Piñon, Rachel de Queiroz e José Rubem Fonseca, autor de Feliz Ano Novo. Segundo Fonseca, o “IPES buscava mobilizar a opinião pública no sentido do fortalecimento dos valores democráticos” (AUGUSTO, 2001). (4)

“Somente nas ações contra o regime, despendeu o equivalente a 100 milhões de dólares, fortuna bancada com doações de centenas de grandes e megaempresários brasileiros e estrangeiros. O número de corporações americanas que apoiaram financeiramente a entidade chegou a 297” (FIGUEIREDO, 2005: 107-8). (5)


Futuros ministros dos governos militares também foram membros do IPES: Antonio Delfim Netto, Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen, Otávio Gouveia de Bulhões, Hélio Beltrão. O IPES teve o apoio também de Paulo Malta (Diário de Pernambuco), Pedro Dantas (pseudônimo de Prudente de Morais Neto), embaixador José Sette Câmara, embaixador e poeta Augusto Frederico Schmidt. Com apoio do IPES foi lançado o livro UNE - instrumento de subversão, em que “a estudante Sônia Seganfredo expunha a infiltração comunista no meio universitário” (ORVIL, pg. 158).

O IPES participou também de operações internacionais, que ajudaram a derrubada de Salvador Allende, no Chile, e do general Juan Torres, na Bolívia (em agosto de 1971, o general Hugo Banzer tomou o poder). Entidades congêneres do “Complexo IPES/IBAD”:

1) México: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos - CEMLA; Centro Nacional de Estudios Sociales - CNES; Instituto de Investigaciones Sociales y Económicas - IISE;

2) Guatemala: Centro de Estudios Económico-Sociales - CEES;

3) Colômbia: Centro de Estudios y Acción Social - CEAS;

4) Equador: Centro de Estudios y Reformas Económico-Sociales - CERES;

5) Chile: Instituto Privado de Investigaciones Económico-Sociales - IPIES;

6) Brasil: Sociedade de Estudos Interamericanos - SEI; Fundação Aliança para o Progresso;

7) Argentina: Foro de la Libre Empresa; Acción Coordinadora de las Instituciones Empresariales Libres.

“Em 64, quando Castelo Branco organizou o Governo, a maioria dos cargos foi entregue a quem tinha ensinado ou feito cursinho no IPES. A começar por Golbery e Roberto Campos” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 6/10/1995).

Hoje, é urgente que surja um novo IPES e entidades congêneres no Brasil. 
Depois de 13 anos de governo do PT, que arrasou completamente a economia brasileira, não se vê nenhum movimento semelhante ao IPES para tirar o Brasil dessa encalacrada. Os grandes empresários foram cooptados pelo governo, a exemplo dos “campeões nacionais”, como Eike Batista, o dono da Friboi e os grandes empreiteiros (muitos dos quais passam uma temporada no “Hotel Moro”, em Curitiba), às custas de endividamento público trilionário, via BNDES. As instituições estão aparelhadas pela esquerda, como a CNBB (“braço religioso” do PT ateu), a CUT (braço sindical do PT), a UNE (braço estudantil do PT), o MST (as falanges do PT, junto com MTST e black blocs de várias tendências radicais – além dos agentes cubanos fantasiados de médicos do programa Mais Médicos). A classe intelectual, jornalística e artística, em sua maioria, apoia incondicionalmente o PT, por mais escândalos que surjam todos os dias. Assim, com a cooptação desses setores em torno da ideologia esquerdista, como será possível surgir um novo IPES? 

Continuar lendo......................