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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Não existe vírus grátis - Nas Entrelinhas

A fatura chegou primeiro para os desempregados e trabalhadores “por conta própria”, que dependem do auxílio emergencial do governo; mas virá para todos, à prestação

Desculpe-me o trocadilho, mas tem tudo a ver com a velha frase dos bares norte-americanos que nas décadas de 1930 e 1940 ofereciam a refeição para quem pagasse a bebida. Ficou mundialmente famosa porque intitulou um dos livros do economista liberal Milton Friedman, guru do ministro da Economia, Paulo Guedes. A lembrança não tem nenhuma relação direta com suas frases de efeito, até porque, ele tem evitado declarações polêmicas, mas, com o artigo publicado, ontem, pela economista Mônica de Bolle no jornal O Estado de S. Paulo, a propósito dos custos econômicos do negacionismo de Donald Trump em relação à pandemia. Os custos políticos podem inviabilizar a reeleição dele.

Segundo os economistas norte-americanos David Cutler e Lady Summers, citados no artigo, a queda do PIB norte-americano deve chegar a US$ 16 trilhões até outubro do próximo ano, ou seja, 90% do PIB, se a pandemia for controlada até lá. Nos cálculos dos dois economistas, foram incluídos os indicadores econômicos, como o aumento dos pedidos de seguro desemprego, mas, também, estimativas relativas aos prejuízos causados pela liquidação de vidas humanas, ou seja, de força de trabalho geradora de riqueza. [a realidade mostrada nesse parágrafo, isenta o governo Bolsonaro por qualquer responsabilidade de eventual desastre econômico no ano 2020 = incluindo, sem limitar a esperada queda do PIB.]

O Brasil não tem indicadores que possibilitem esse tipo de cálculo, mas tem estatísticas que podem servir de referência para um razoável balanço de perdas e danos. Pesquisadora do Peterson Institute for International Economics e professora da Sais/Johns Hopkins University, Mônica De Bolle destaca que o nosso Sistema Único de Saúde (SUS), posto à prova pela pandemia, pode nos dar uma noção, por exemplo, de quanto será preciso investir na Saúde em razão das sequelas da covid-19 nas pessoas que se recuperaram da doença. Como a população está envelhecendo, a pandemia também agrava, por falta de tratamento, as doenças associadas à idade — diabetes, câncer, cardiopatias —, que se somam àquelas que são consideradas endêmicas, como tuberculose, dengue, hanseníase, malária e Aids, que já pressionavam o sistema de saúde.

Crediário
O número de casos graves com longas internações é sete vezes maior do que o de óbitos; 30% dos que sobreviveram apresentam sequelas. Projetam-se 350 mil pessoas nessa situação, a grande maioria dependente do SUS. Com mais de 150 mil mortos, Mônica de Bolle estima que o custo econômico da pandemia no Brasil, por baixo, pode chegar a R$ 9 bilhões, sem considerar as mortes prematuras, ou seja, dos jovens que não faziam parte da população de risco. Coincidentemente, ontem, num evento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente Jair Bolsonaro disse que a pandemia da covid-19 no Brasil foi superestimada. Bolsonaro insiste que o vírus e o desemprego devem ser tratados de igual maneira, simultaneamente. [Bolsonaro é presidente do Brasil e de todos os brasileiros, o que torna imperativo que sempre considere o Brasil no todo e tenha sempre presente evitar a frase: sobreviveu à covid-19,mar morreu de fome.] 

O Brasil é o 2º país com mais mortes por covid-19. Só os Estados Unidos têm mais vítimas: 220.694. Até o final da tarde de ontem, eram 150.998 óbitos de brasileiros causados pela doença. Segundo o Ministério da Saúde, 5.113.628 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no país, 10.220 a mais nas últimas 24 horas. O número de mortes, felizmente, está caindo: foram 309.

Aproximadamente 4,5 milhões de pessoas se recuperaram da doença até o momento. Outras 436 mil estão em acompanhamento. São 713 vítimas a cada milhão de habitantes, o que coloca o Brasil na 3ª posição de letalidade da pandemia no ranking mundial. O Peru é o país onde a covid-19 mais mata em relação ao número de habitantes (1.008 pessoas para cada milhão), o segundo é a Bélgica (880 pessoas). [percebe-se que a letalidade da pandemia ignora a capacidade econômica dos países: Peru x Bélgica ?

Falando sobre letalidade da covid-19 no Brasil, surge a necessidade de destacar uma informação:

Se consultarmos o site do Registro Civil, que tem fé pública, constatamos que, no ano passado, no Brasil, no mesmo período, morreram de pneumonia 139.906 pessoas e, neste ano, 140.957 da covid-19. Não houve histeria por causa da pneumonia no ano passado. Seria medo de uma doença desconhecida? ]

As advertências de Mônica de Bolle são importantes porque as pesquisas de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, com a recuperação de seu prestígio, reforçam o discurso negacionista oficial, robustecido pelo fato de que o pior já passou e a redução das taxas de contaminação permite que a política de isolamento social seja flexibilizada, como está sendo, na maioria das cidades. A fatura do vírus chegou primeiro para os desempregados e trabalhadores “por conta própria”, que perderam sua fonte de renda e dependem do auxílio emergencial do governo. A ideia de uma recuperação econômica rápida, acalentada pelo ministro Paulo Guedes, porém, não tem sustentação técnica. A conta está chegando para os demais à prestação.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense


quinta-feira, 23 de abril de 2020

A sofisticação de Bolsonaro - William Waack

O Estado de S.Paulo

Presidente está negociando cargos em troca de apoio aos que, no sistema brasileiro, são por definição os representantes do povo: os deputados

Jair Bolsonaro bradou que o “povo está no poder” ao discursar numa manifestação abertamente golpista em frente do QG do Exército, e se empenha em provar o que disse. Está negociando cargos em troca de apoio aos que, no sistema brasileiro, são por definição os representantes do povo: os deputados.  Para seus padrões, é a mais sofisticada jogada política desde que assumiu. Tentar arrebanhar uns 200 deputados da confusa e amorfa massa de parlamentares identificada como “Centrão”. Em busca do que até agora dizia não ser necessário para governar, ou seja, uma base razoavelmente ampla e coordenada na Câmara dos Deputados. [o presidente Bolsonaro comanda um partido político em processo de formação e, por óbvio, necessita de políticos eleitos,  o que torna justificável eventual negociação.]

Os motivos para proceder de forma que prometeu jamais empregar – trocar cargos por apoio político – são dos mais diversos, inclusive a vontade pessoal de “punir” quem considera chantagista, conspirador e traidor, o atual presidente da Câmara, de quem Bolsonaro pretende tomar parte efetiva do controle do “Centrão”. Um dos mais relevantes motivos para a ação do presidente, porém, é o reconhecimento tácito de que o poder do chefe do Executivo diminuiu desde que ele assumiu.

Outro motivo é o efetivo cerco que esferas políticas e institucionais impuseram ao presidente via STF. Bolsonaro tem razão em apontar para o outro lado da Praça dos Três Poderes ao se dirigir por redes sociais a apoiadores e dizer que “eles” (ministros do STF) o impedem de fazer o que quer. Reconhece que, sem o Supremo e o Legislativo, nada vai. [O Supremo e Legislativo são necessário, o pior, que não é possível, é quando mais atrapalham do que ajudam - caso presente.]  

A outra operação política sofisticada (para padrões bolsonaristas) encabeçada pelo Planalto lembra fortemente o que se fez nos tempos da tal “velha política”, que, teoricamente, teria deixado de existir. É sacar praticamente a fundo perdido dos cofres públicos, investir em grandes obras e ver no que dá.  A possibilidade surgiu com a tal ajuda de emergência a governadores e prefeitos que o próprio ministro da Economia chamou de “farra fiscal aproveitando-se de uma crise de saúde pública”. As modalidades desse socorro estão em negociação, mas já abriram uma avenida que permitiria ao Executivo utilizar um “orçamento de guerra” praticamente sem limites e sem restrições do tipo Lei de Responsabilidade Fiscal.

Claro, enquanto for tudo “temporário”, isto é, enquanto durar o estado de calamidade. Sabe-se que, no Brasil, “temporário” em questões fiscais é termo elástico – desonerações “temporárias” de folhas de pagamento, por exemplo, já duram uns 10 anos. E a julgar pelo que se ouve falar no Planalto, o “temporário” entraria pelo próximo ano (para provável desespero do secretário do Tesouro) e abriria a janela para execução de um plano de recuperação baseado em investimentos públicos com foco central em infraestrutura.

É um tipo de intervenção estatal que requer centralização e coordenação e a tarefa foi atribuída a um oficial de Estado-Maior, general Braga Netto, ministro da Casa Civil. Talvez uma pitada de oportunismo político (quem não tem?) tenha levado o ministro Paulo Guedes, um dedicado aluno de Milton Friedman, a cooperar estreitamente nessa empreitada e abraçar-se a John Maynard Keynes. Famoso pela frase, entre outras, de que “se mudam os fatos, eu mudo de opinião” (Guedes, tal como os clássicos Friedman e Keynes, gostaria que os políticos o ouvissem mais).

Os fatos que mudaram são de enorme magnitude. A crise do coronavírus tornou imprevisível o tamanho da tragédia de saúde pública e econômica no mundo e no Brasil. Ela escancarou a falta de liderança no topo do Executivo, a profunda disfuncionalidade do sistema de governo brasileiro e agravou a situação de um país já prisioneiro da armadilha da renda média, com produtividade estagnada – e sem ter conseguido levar adiante o essencial das reformas estruturantes.[os políticos sabotaram, com destaque para Maia e seu fiel escudeiro Alcolumbre.]  Sim, não há manuais prontos para lidar com uma crise dessas. Que já é uma lição prática do esqueçam o que eu disse antes.

William Waack, jornalista - O Estado de S. Paulo


domingo, 2 de fevereiro de 2020

Petrobras dá vexame ao cancelar palestra - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

O vexame da patrulha contra McCloskey 

Não se pode saber como vai acabar a lambança do Enem, mas exemplos mostraram que as redes sociais são uma das boas coisas deste século 

Dizer que a terra é plana ou que o nazismo foi de esquerda fazem parte de um bestiário incontrolável, mas entra-se no caminho do vexame quando uma empresa como a Petrobras cancela uma palestra da economista Dreirdre McCloskey porque ela disse que os governos de Donald Trump e de Jair Bolsonaro são “qualquer coisa, menos liberais”. [se a contratante não concorda com a capacidade de quem vai proferir a palestra e as opiniões a serem emitidas, não são interessantes nem adequadas, o mais conveniente  é cancelar.

Sem esquecer, que palestras, que em sua maioria são úteis aos assistentes  - há algumas exceções - se tornaram durante o governo que destruiu o Brasil, 2003 a 2016, meio de lavagem de dinheiro, o que torna imperativo mais cautela sobre quem, e o que, se contrata.]
Trata-se de um vexame pela falta de educação, pela truculência e pelo obscurantismo. Falta de educação porque os áulicos da Petrobras cancelaram a palestra sem dizer uma só palavra à professora. Pela truculência, porque o ex-Robert McCloskey teve coragem para mudar de sexo e com isso já enfrentou paradas bem mais duras do que pitis de burocratas amedrontados. É dela a mais sólida resposta às patrulhas que associam Milton Friedman à ditadura chilena do general Pinochet. (O texto da palestra está na rede com o título “Ethics, Friedman, Buchanan, and the Good Old Chicago School”.) Pelo obscurantismo, porque a professora é uma economista respeitada internacionalmente.

McCloskey veio da cepa da universidade de Chicago e trabalhou com Friedman. Seus três livros sobre as virtudes, a igualdade e a dignidade dos burgueses são aulas de História para quem quer conhecer as raízes do mundo moderno. Em poucas palavras (dela), nada a ver com a luta de classes de Marx, com os protestantes de Max Weber, com instituições ou com as teorias matemáticas da acumulação de riquezas. Foi tudo coisa das ideias: “Comércio e investimentos sempre foram rotinas, mas uma nova dignidade e a liberdade das pessoas comuns foram únicas dessa época”. O construtor do mundo moderno foi o burguês.

Bolsonaro não é liberal, finge mal e, se quiser sê-lo, terá muito chão pela frente. Cancelar uma palestra de McCloskey porque ela criticou o capitão foi atitude de quem passa por qualquer vexame para ficar bem na nominata das cerimônias.
Se esse triste episódio levar alguma editora a publicar a trilogia burguesa de McCloskey, a patrulha terraplanista terá prestado um serviço ao país.

O MEC está deseducando uma geração
(.....)

O ruinoso do Enem de Weintraub junta-se a outro desastre, com o qual ele nada teve a ver e, pelo contrário, já denunciou. É o caso dos inadimplentes do Fundo de Financiamento Estudantil. Invenção dos ministros da Educação petistas, para gosto dos donos de faculdades privadas, o Fies transferiu para a Viúva o risco de inadimplência dos estudantes da rede privada.

Hoje, o rombo está em R$ 32 bilhões. Isso aconteceu porque os financiamentos eram dados sem um fiador verificado e os educatecas não analisavam os empréstimos que o Fies concedia.
Weintraub apontou o pior lado dessa desgraça, o moral:
“São 500 mil jovens começando a vida com o nome sujo”.

Com o nome sujo e estimulados a não pagar o que devem, porque foram induzidos a isso pelos espertíssimos donos de faculdades. É sempre bom lembrar que um estudante da faculdade de Direito de Harvard formou-se em 1991 e só quitou sua dívida depois de 1996, com o que ganhou publicando seu primeiro livro. Chamava-se Barack Obama.

(....)

FiespDe um empresário abatido pelo desembaraço político de Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo.
“Do jeito que estão as coisas aquele prédio da avenida Paulista podia passar por um retrofit. O térreo e o espaço do rés-do-chão poderiam ser entregues às moças que vendem milho e aos rapazes do yakissoba. Nos andares superiores ficaria o museu da indústria e o auditório seria entregue aos músicos e malabares”. [o que ocorre na Fiesp é apenas um tênue reflexo do que a 'nova cultura', que a esquerda tenta manter no Brasil, é capaz de fazer.
Se espera que Regina Duarte resgate a Cultura que merece ser valorizada na mesma proporção que valoriza antigos valores, que o maldito 'politicamente correto' tenta impor.
Caindo no lugar comum: se é político, jamais pode ser correto.]



Na Folha de S. Paulo e no O Globo, leia MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari, jornalista

 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O irreversível e crescente avanço da direita na política

Mídia nacional comenta o avanço da “direita” na política: cuidado com as armadilhas!

O PT foi o grande derrotado nas eleições municipais. Com ele, a esquerda em geral sofreu um duro baque. Mas será que dá mesmo para já celebrar o avanço da direita? Qual direita? Até que ponto o voto antipetista não foi um protesto mais contra a situação econômica do que contra as ideias esquerdistas?

Tanto a Veja como o GLOBO resolveram falar desse crescimento da “direita”. Mas ambos escorregaram feio em conceitos, demonstrando como o esquerdismo ainda é dominante em nossa grande imprensa. No caso da Veja, que cita até Mises, há um deslize imperdoável, apontado pelo deputado Marcel van Hattem, ele sim, alguém que efetivamente representa a direita liberal na política:
PARA DEFINIR A DIREITA BRASILEIRA, REVISTA VEJA ENTREVISTA CIENTISTA POLÍTICO MARXISTA E INIMIGO DA LAVA-JATO
Sim, exatamente isso – e em letras garrafais. Li a matéria de capa deste fim de semana da Veja (A FORÇA DA DIREITA) e, como cientista político, fiquei abismado com o conteúdo. Raso, distorcido e cientificamente errado.

Em resumo, pois poderia escrever a noite toda sobre o assunto: a matéria classificou o PSDB – um partido social-democrata – como direita e fez uma caricatura de cinco supostos “tipos da direita” (como a revista se referiu, literalmente, a Caiado, Feliciano, Meirelles, Bolsonaro e Holiday). Não mencionou o partido NOVO e a proeza de eleger quatro vereadores em quatro capitais brasileiras (BH, SP, RJ e Porto Alegre) – e não estou aqui dizendo que o NOVO é de “direita” por ser “liberal”, mas é sem dúvida um partido que merecia menção nesta edição. Podia ter tratado sobre o número incrível de jovens que foram às ruas e que agora se elegeram vereadores municipais.

Mas, não.
A matéria de capa de Veja achincalhou o “conservadorismo” como termo pejorativo sempre que pôde e deu status científico ao termo “neoliberal”, que nada mais é do que um monstrengo ideológico em forma de palavrão criado pela esquerda para xingar um liberal clássico, mais ou menos no mesmo patamar de outro palavrão de ocasião da mortadelada: “fascista”.

Com TANTOS cientistas políticos no Brasil, uma única fonte foi consultada para a matéria para fazer a classificação partidária no Brasil. UMA ÚNICA FONTE! E, ainda por cima, para uma matéria de capa! Foi consultado o cientista político Adriano Codato, da Universidade Federal do Paraná. Basta uma pequena visita ao Google para ver que é um acadêmico marxista. Exemplos de artigos publicados: “O marxismo e o elitismo”; “Marx e seu legado para a teoria contemporânea do Estado capitalista”; “Marxismo como ciência social”. Para coroar: Codato é signatário de uma “carta contra arbítrios da Lava Jato”, ao lado de “intelectuais” do quilate de Marilena Chauí, aquela que ODEIA a Classe Média 
(não acredita? Dá uma olhada aqui:  http://www.valor.com.br/politica/4725697/intelectuais-divulgam-carta-contra-arbitrios-da-lava-jato

Sim, um sectário inimigo da Lava Jato foi o “especialista” entrevistado como fonte de Veja para uma matéria que tinha tudo para ser ótima na esteira da derrocada da esquerda petista nas eleições do último domingo.

Quem te viu, quem te Veja! Que decadência, que matéria mais pobre e manipuladora. A matéria de capa intencionava mostrar ao leitor a “força da direita”. O que ela realmente demonstrou ao leitor atento é a “força da esquerda” nas redações brasileiras. Inclusive de Veja.

A decadência da Veja parece visível mesmo, e falo isso com tristeza, por ter tido tanto orgulho de ter sido colunista e blogueiro da revista. Mas se a Veja errou feio desse jeito, o que dizer do GLOBO? Também fui colunista do jornal carioca, por seis anos, mas não posso deixar de apontar seus erros grosseiros, caso contrário estaria sendo cúmplice da desinformação. 

No editorial de hoje, reparem só na pérola que podemos encontrar:
“O bolivarianismo chavista é de esquerda? Depende. Não, se for considerado de direita todo ato autoritário, ditatorial, violento. E sim pelos que consideram qualquer meio válido para se atingir o fim da melhoria das condições de vida do pobre.”

Uau! Que baboseira! Os autores se mantêm prisioneiros de uma mentalidade claramente esquerdista, que associa o autoritarismo, a ditadura, a violência à direita. Então todos os líderes comunistas e socialistas foram de direita, por acaso? É tanta besteira, tanto absurdo, que cansa só de pensar em rebater ponto a ponto.

Mas eis o relevante aqui: a grande imprensa não pode mais esconder do seu leitor o avanço da direita, só que tenta confundir mais do que esclarecer, tenta associar tal direita aos pastores evangélicos e deixar de lado todo o arcabouço liberal e/ou conservador (de boa estirpe) que tem pavimentado essa estrada, seduzido os jovens, apresentado a eles pensadores como Mises, Hayek, Milton Friedman, e também Roger Scruton, Russell Kirk, Theodore Dalrymple.

Mesmo quando esses veículos de comunicação pretendem elogiar a conquista de espaço político pela direita o tiro sai pela culatra, pois eles ajudam a confundir o leigo. PSDB de direita, por exemplo, é algo que só um petista diria. Há, sim, tucanos com viés mais liberal, mas é evidente que o partido não é de direita, e sim social-democrata, de centro-esquerda. Por que esconder isso do leitor e fazer o jogo da própria esquerda?

A esquerda “progressista” está em decadência no país. Se a grande imprensa não tomar juízo, vai para o buraco junto…

Fonte: Blog Rodrigo Constantino
http://rodrigoconstantino.com/artigos/midia-nacional-comenta-o-avanco-da-direita-na-politica-cuidado-com-as-armadilhas/
 

segunda-feira, 9 de março de 2015

Conluio espúrio e pizza assando! (A vigência do Pacto de Princeton)



Alguém ainda duvida do Pacto de Princeton ocorrido em 1993 entre os
dois maiores pulhas do Brasil – FHC e Lula?

Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, diz que Dilma Rousseff, encorajada por setores empresariais e financeiros, cogita a possibilidade de propor um pacto político ao PSDB, a fim de evitar o agravamento da crise econômica. O assunto foi discutido com dirigentes do PT, e Geraldo Alckmin, José Serra e Fernando Henrique Cardoso são vistos como interlocutores de um diálogo emergencial. Diz Diogo Mainardi: “A rigor, o PSDB já está no comando da economia, com Joaquim Levy. E, claro, não adianta nada. A única maneira de evitar o agravamento da crise econômica é cassar o mandato de Dilma Rousseff. Espera-se que seus "interlocutores" no PSDB saibam disso”.

A mesma Folha ainda diz o seguinte: "Assediado por governistas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem admitido a aliados a hipótese de uma aproximação com a presidente Dilma Rousseff em busca de uma saída para a crise política e econômica. Segundo a Folha apurou, FHC tem se reunido com petistas e interlocutores do Planalto e discutido os efeitos da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. A movimentação é acompanhada e avalizada por Dilma e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".

O acordo depende, porém, da reação popular: "FHC já avisou, no entanto, que só se manifestará após o dia 15, quando estão programados protestos pelo impeachment da presidente".
A costura deste conluio espúrio já tinha pistas tão evidentes que dava para desconfiar.
1. A atitude, ou falta de, Aécio Neves e Aluízio Ferreira Nunes, antes tão agressivos, sumiram! Cheguei várias vezes em meu programa na Rádio Vox, 'O Outro Lado da Notícia', a perguntar: “cadê Aécio?”, “cadê Aluízio?”. Sumiram, por quê? Agora está explicado: conluio se faz nas sombras, diferentemente de acordos ou coalizões legítimas. Lamento ter feito propaganda de Aécio e mesmo de ter votado nele, acreditando que estava livre dos tucanos paulistas. Não estava e só posso pedir desculpas aos meus leitores e ouvintes – e a mim mesmo por ter sido tão burro!

2. Os leitores do famoso “Tio Rei”, um canastrão tucano travestido de jornalista, já vinham percebendo sua mudança – inicialmente lenta e gradual e depois súbita: após defender o impeachment de Dilma, passou a atacar o juiz Sérgio Moro, dizendo que não fazia sentido manter os empresários em cana, pois isto prejudicava a economia do país. Não o leio por considera-lo um canalha, um biltre a serviço (a soldo???) de FHC. Nas duas vezes anteriores em que o acusei ele foi de beicinho tremelicando se queixar ao papai: “Buaaá, aquele menino me bateu outra vez”! Embora para o público externo – seus acólitos fiéis que devem ler suas crônicas (?) verborreicas ajoelhados como se fossem novas encíclicas papais – se mostre arrogante, altivo e onipotente afirmando que quem o ataca o faz por inveja de ser ele “o cronista mais lido do Brasil”. Não surpreende que o seja realmente, basta ver o estado de ignorância neste país. Dilma é eleita, Reinaldo é o mais lido! Procede. Agora seu biltre, não adianta se queixar nem ao Papa: são seus próprios fiéis que finalmente percebem sua canalhice!

3. Outro canalha, Demétrio Magnoli, um descarado antissemita disfarçado de antissionista (ler A Esquerda Contemporânea e os Diretos Humanos) - nunca me enganou. E também, segundo me dizem e consta no site O Antagonista, de Diogo Mainardi este sim um jornalista sério de oposição, tanto que teve que se auto exilar pela enorme perseguição sofrida ao invés de conseguir confortáveis empreguinhos na Veja ou n’o Globo – vem defendendo a “governabilidade” e a salvação da economia. Salvação com o PT? Só se for dos bandidos, arruaceiros e narcotraficantes do “exército do Stédile”!

4. A estranha nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. Com fama de “Chicago Boy”, liberal ortodoxo, não passa de um Soros/Armínio/Tucano Boy. Os verdadeiros “Chicago Boys”, alunos de Milton Friedman (aos que não conhecem sua obra recomendo enfaticamente Free to Choose, escrito em parceria com sua mulher Rose), foram aqueles que, chamados por Pinochet, salvaram a economia do Chile depois da devastação e estraçalhamento feito por Salvador Allende que fazia uso das mesmas políticas econômicas de Jango, Lula e Dilma. Levy começou mal e mostrou a que veio: aumento de impostos, necas de secar os gastos do governo – só aqueles à custa do povo trabalhadornenhuma privatizaçãometa básica dos alunos de Friedman empregada por Pinochet e também por Reagan e Thatcheraumento exponencial dos “preços administrados” (eufemismo para não dizer controlados) como combustíveis, luz, etc.

5. O fato de os tucanos também terem o rabo preso. FHC ainda não explicou como conseguiu a Emenda da reeleição que lhe permitiu um segundo mandato. Desconfio que tinha grana do George Soros, pois tão logo reeleito trocou o presidente do Banco Central pelo Armínio Fraga, retirado do escritório de Soros para vir para cá. Além do que FHC é um grande defensor da liberação das drogas, tema no qual a Open Society tem se empenhado com afinco.

Alguém ainda duvida do Pacto de Princeton ocorrido em 1993 entre os dois maiores pulhas do Brasil – FHC e Lula? Desculpe Lula, você é apenas o segundo, FHC é o maior de todos os canalhas já nascidos por aqui. Este Pacto foi denunciado pelo Professor Graça Wagner e publicado em meu livro O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial e amplamente divulgado no Mídia Sem Máscara.

http://radiovox.org/

Por: Heitor de Paula – Mídia Sem Máscara

http://heitordepaola.com/