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quarta-feira, 21 de junho de 2023

Alexandre quer limitar capitalismo: e quem vai limitar seu poder? - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O ministro Alexandre de Moraes disse não ser um comunista, mas alegou que não se pode deixar o capitalismo livre, pois sem impor limites na busca do lucro, as empresas jamais terão um limite próprio, voluntário.

Durante palestra no Fórum Internacional Justiça e Inovação, promovido pelo Supremo em parceria com o Tribunal Superior do Trabalho e o Conselho Nacional de Justiça, o relator do inquérito das milícias digitais pregou que as redes sociais precisam de mais transparência critérios, além de 'respeitar os direitos fundamentais'.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral disse repetir, com frequência, a máxima de que as redes sociais 'não são terra de ninguém' por entender que houve 'manipulação de parcela da sociedade de entender que regulamentação e responsabilização dentro das redes é censura'. "Você pergunta: 'o que se faz lá, pode se fazer fora?' Não. Então porque lá seria censura?", indagou.

Na avaliação do ministro, as pessoas 'passaram a querer despejar traumas e o pior do ser humano nas redes, contra os outros, achando que tudo pode'. "Isso é muito grave, porque há uma manipulação dos algoritmos. Em tese, ela pode ser para o bem, mas também tem fins comerciais e vem sendo utilizada para atacar pilares básicos da democracia. Vem sendo usado para atacar liberdade de imprensa, as eleições, e o Judiciário".

Alexandre de Moraes ponderou que não se pode partir da 'presunção de que as bigtechs só querem o bem da humanidade'. "Dentro do sistema capitalista - e eu não sou comunista - o que se visa é o lucro, sem qualquer limitação. Se alguém não limitar não será autolimitado", afirmou, voltando a defender a regulamentação das redes sociais.

Alexandre não demonstra muito apreço pela liberdade de expressão. Na verdade, o que se diz nas praças públicas da era moderna também pode render processos por crimes contra a honra, como calúnia, injúria e difamação
Tudo isso está previsto em nossas leis. 
O que o ministro supremo não gosta de outra coisa...

O que ele chama de "ataque" ao STF são, na verdade, críticas. 

E em vez de seguir o devido processo legal quando achar que houve crime contra a honra, o que ele faz é incluir gente sem foro privilegiado em um inquérito ilegal chamado de "fim de mundo" por um colega supremo, além de censurar jornalistas, congelar contas bancárias ou cancelar passaporte, tudo isso sem a aprovação do Ministério Público.

Alexandre afirma que as Big Techs não necessariamente desejam o bem da humanidade. 
Ainda bem que ele, ao contrário, só pensa no bem do povo, da democracia, do planeta! 
Esse tipo de arrogância é justamente o que leva ao autoritarismo de quem não compreende que o mercado não depende dessa boa vontade, como já sabia Adam Smith.
 
O grande insight de Adam Smith foi perceber que seria tolice esperar aquilo que se necessita dos outros através de sua benevolência apenas.  
Será mais bem sucedido aquele que despertar o interesse próprio do outro, mostrar que é por sua própria vantagem que ele deve oferecer aquilo que o outro demanda. 
“Não é da benevolência do açougueiro que esperamos nosso jantar, mas de sua preocupação com seu próprio interesse”, é a famosa mensagem de Smith que resume bem isso. 
Não esperamos seu esforço em nos atender pelos aspectos humanitários, mas sim pelo seu amor próprio, e não devemos falar com ele sobre nossas necessidades, mas sim sobre suas próprias vantagens.
 
O realismo em relação a esta tendência individualista dos homens já está presente na outra obra famosa de Adam Smith, Teoria dos Sentimentos Morais, que foi publicada em 1759. 
Nela, Smith supõe um terremoto que devasta a longínqua China, e imagina como um humanitário europeu, sem qualquer ligação com aquela parte do mundo, seria afetado ao receber a notícia dessa terrível calamidade. 
Antes de tudo, ele iria expressar intensamente sua tristeza pela desgraça de todos esses infelizes. Faria “reflexões melancólicas sobre a precariedade da vida humana e a vacuidade de todos os labores humanos, que num instante puderam ser aniquilados”.
 
Mas quando toda essa bela filosofia tivesse acabado, “continuaria seus negócios ou seu prazer, teria seu repouso ou sua diversão, com o mesmo relaxamento e tranquilidade que teria se tal acidente não tivesse ocorrido”. Em contrapartida, o mais frívolo desastre que se abatesse sobre ele causaria uma perturbação mais real
Uma simples dor de dente poderia lhe incomodar de verdade mais que a ruína de centenas de milhares de pessoas distantes. 
Não adianta sonhar com um homem diferente, mas irreal.

A premissa de que o estado, formado por seres humanos igualmente imperfeitos - ou até piores, pela ambição desmedida muitas vezes - vai cuidar do indivíduo, proteger a democracia e evitar abusos não passa de uma perigosa falácia. "Quanto mais o estado intervém na vida espontânea da sociedade, mais risco há, se não positivamente mais certeza, de a estar prejudicando", disse Fernando Pessoa.

O ministro Alexandre de Moraes afirma que o capitalismo não vai se autolimitar. Logo, precisa de limites externos. 
E estes, claro, virão do guardião da democracia, da Constituição, apesar de muitas vezes rasgá-la para atingir seus "nobres" objetivos
Diante de tamanha megalomania, cabe perguntar, com toda a humildade e respeito: e quem vai impor limites ao poder alexandrino, que também pode não desejar sempre o bem da humanidade?


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 18 de junho de 2023

Invasão do bem: comunistas ligados ao MST condenam “invasão” de assentamento - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Nossos comunistas são uns brincalhões. Se a coisa toda não fosse tão trágica, até porque eles estão no poder, seria extremamente hilária. 
Os deputados Salles e Zucco, da CPI do MST, foram visitar um "assentamento" e entraram numa "casa".  
A reação da esquerda radical mostra que hipocrisia já não é uma palavra forte o suficiente para definir a situação. Vejamos o caso do comunista Orlando Silva, relator da PL da Censura:
ABSURDO!!! Os deputados Salles e Zucco, membros do circo de horrores da CPI do MST, invadiram ilegalmente assentamentos. 
Cadê a autorização judicial para entrar na casa de alguém? 
Quem acham que são? 
Já está em tempo de parar de lacração e respeitar a Constituição!  
Toda solidariedade ao MST! A denúncia partiu da amiga Manuela D'Avila e do Metropoles. Vamos lutar contra essa arbitrariedade.

Como o projeto relatado pelo comunista não foi ainda aprovado na Câmara, podemos ver a reação dos leitores nas redes sociais. 
É quase unânime em apontar o grau ridículo de cinismo do petista
Afinal, o MST vive justamente de invasões ilegais. Esse é seu modus operandi, sua razão de ser, sua missão marxista, seu instrumento de "trabalho" criminoso.
 
Salles e Zucco não tomaram nada de ninguém, não se estabeleceram no local, não fizeram exigências para sair, não tentaram extorquir os "proprietários", como costuma fazer o MST. 
Eles simplesmente foram, na figura de parlamentares que comandam uma CPI sobre o MST, investigar a situação.
 
A esquerda radical não dá a mínima para a coerência e acha graça de quem fala em lógica.  
Esse é justamente o intuito dos comunistas: levar tudo ao ridículo para avacalhar geral, e criar a narrativa de que a esquerda radical possui um salvo-conduto para tudo, enquanto a direita será sempre demonizada. Comunistas acusam os outros do que são e do que fazem, sempre diante de um espelho.

Já existe faz tempo o "ódio do bem", esse rancor destilado por petistas todos os dias, jornalistas desejando a morte de Bolsonaro, o ressentimento como alimento matinal das milícias digitais da esquerda, tudo em nome do "amor". Agora descobrimos que há também a "invasão do bem".

Quando o MST invade propriedades, mata o gado e destrói laboratórios, isso é "justiça social". 
Quando o deputado vai verificar in loco a coisa, isso é "invasão inaceitável"
Quem rasga a Constituição pede respeito a ela por puro sarcasmo. 
Ladrão que grita pega ladrão não passa de um malandro safado...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Democracia inabalada - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

Em nome do combate à desinformação, criou-se no Brasil uma espécie de Ministério da Verdade  

Ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado  
 
Começou a nova legislatura. A presidente do Supremo Tribunal Federal fez um discurso firme em defesa da democracia, condenando os atos golpistas do dia 8 de janeiro, e lembrou que não existe democracia sem liberdade de imprensa. Enquanto isso, um colega seu tuitava apenas “democracia inabalada”, e recebia de parte do público as congratulações por sua implacável defesa da democracia. Já o presidente do Congresso Nacional descreveu sua gestão como basicamente impecável. Tudo muito lindo. Se ao menos fosse verdade…
 
Liberdade de imprensa? Será que isso inclui a perseguição contra o único veículo de comunicação com penetração nas rádios e na televisão, que culminou na demissão de vários comentaristas com viés mais à direita por insuportável pressão do sistema? 
Temos jornalistas com redes sociais censuradas, com contas bancárias congeladas e até passaportes cancelados, tudo isso pelo “crime de opinião” criado pelo STF. 
 Isso faz parte de uma democracia saudável, por acaso?
 
Em nome do combate à desinformação, criou-se no Brasil uma espécie de Ministério da Verdade
Em seu discurso como candidato à reeleição, Pacheco disse que as famílias brasileiras não podem ficar sujeitas a mentiras. 
Ou seja, o presidente do Congresso resolveu o que é verdade ou mentira e defendeu a censura a quem discorda dele logo depois?

Pacheco comemorou sua vitória com figuras como Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e companhia. É esse o Brasil democrata, da pacificação, da lei, da honestidade e do bom senso?

Pacheco, aliás, foi reeleito como presidente do Senado. Houve denúncias de muitas torneiras abertas e prometidas pelo PT aos senadores indecisos, assim como ligações que ministros teriam feito a alguns senadores.  
Se isso for verdade é um escândalo! Por lei, um juiz deve ser apartidário. Um ministro supremo não pode ter um candidato preferido, muito menos externar isso ou fazer campanha. Muito menos quando se sabe que é o STF que julga tais senadores por conta do foro privilegiado.
 
Cenoura e bastão: as formas mais eficazes de “persuadir” alguém são o incentivo de prêmios ou a ameaça de punição. 
Foi isso que aconteceu na eleição para o comando do Senado? 
Se sim, então não podemos mais falar em democracia. A esperança do brasileiro decente vai se esvaindo a cada dia. 
O discurso do vitorioso Pacheco mencionou independência entre os Poderes, mas todos já perceberam que o Senado, sob seu controle, virou uma espécie de puxadinho supremo, subserviente aos mandos e desmandos monocráticos dos ministros.
 
Tanto o senador Rogério Marinho como o senador Eduardo Girão fizeram discursos muito sóbrios e firmes sobre a necessidade de restabelecer no país o Estado de Direito, mas pelo visto os interesses particulares dos senadores indecisos falaram mais alto. 
Pacheco comemorou sua vitória com figuras como Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e companhia. 
É esse o Brasil democrata, da pacificação, da lei, da honestidade e do bom senso? 
Não dá para culpar quem vai jogando a toalha e desistindo do país. O mistério é como o Brasil ainda não afundou de vez com essa turma!
Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Na Câmara vimos a bancada de oposição assumir com gritos e placas de Fora Lula, mas a verdade é que a margem de manobra da oposição fica cada vez menor. O instrumento de freio e contrapeso falhou. 
O fatídico 8 de janeiro deu o pretexto para que o sistema avance ainda mais contra as liberdades. 
E o sistema é poderoso demais, como ficou claro. 
Agora é se reagrupar para mitigar os estragos, para tentar salvar o que for possível de nossa democracia cambaleante. Mas não será tarefa trivial.
 
Afinal, os ícones desse sistema alegam que, graças a eles, a democracia está “inabalada”.  
Com um pouco mais de esforço e empenho dessa turma, quem sabe o Brasil não chega a um patamar venezuelano de democracia? 
Lá, não custa lembrar, Lula dizia que há excesso de democracia
Adoraria ser mais otimista, mas minha consciência me obriga a fazer uma análise sincera para meu leitor. 
E a realidade é que o prognóstico não é nada animador. Apertem os cintos!

Leia também “O Brasil afunda ou não?” 

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


domingo, 30 de outubro de 2022

Fraude das rádios: servidora que recebeu informação é casada com ex-chefe de gabinete de Moraes

Revista Oeste

Servidor exonerado avisou sobre as irregularidades à chefe de gabinete da secretária-geral do TSE, Ludmila Boldo Maluf
Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Foto: TSE
Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Foto: TSE

A servidora que teria recebido um e-mail com informações a respeito de fraudes das rádios, ocorrida em inserções de propagandas eleitorais em rádios da Região Norte e Nordeste, é casada com o ex-chefe de gabinete do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Em depoimento prestado à Polícia Federal, Alexandre Machado, agora ex-assessor da Secretaria Judiciária do TSE, informou que avisou sobre as irregularidades à chefe de gabinete da secretária-geral do TSE, Ludmila Boldo Maluf.

Ludmila é servidora concursada do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e foi cedida para o TSE em agosto deste ano. Ela é casada com Paulo José Leonesi Maluf, que tem uma longa relação com o presidente do TSE. Maluf foi assessor especial de Moraes, no Ministério da Justiça, em 2017. Quando Moraes assumiu como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Maluf atuou como assessor, entre 2017 e 2019, e depois chefe de gabinete de Moraes, de 2019 a 2020.

No depoimento prestado à polícia, Alexandre Machado alega que foi exonerado pelo TSE na manhã desta terça-feira, 25, depois de enviar um e-mail emitido pela rádio JM On Line. No e-mail, a emissora teria admitido que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação cem inserções do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. “Especificamente na data de hoje, o declarante, na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line no qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação cem inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro; que o declarante comunicou o fato para Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da presidência do TSE, por meio de e-mail; que cerca de 30 minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado”, informa Machado, no depoimento.

Fraude das rádios: TSE diz que assessor não era coordenador
A exoneração do assessor ocorreu um dia depois de a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) ter apresentado detalhes da fraude da rádios, em que faz acusação de que foi prejudicada nas inserções da propaganda de rádio. Cerca de 150 mil inserções, segundo a petição apresentada ao TSE na noite de terça-feira 25, não teriam sido veiculadas, especialmente em rádios da Região Nordeste. O número consta de uma auditoria feita pela Audiency Brasil Tecnologia Ltda., empresa contratada pela campanha.

**** " O servidor afastado tinha como sua superior Ludmila dos Santos Boldo Maluf, do Quadro de Pessoal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, cedida para este Tribunal para exercer o cargo em comissão de Assessor-Chefe, Nível CJ-3, do Gabinete da Secretaria-Geral da Presidência. 

Essa Ludmila não é a pessoa direta de Alexandre de Moraes no TSE, casada com Paulo José Maluf, um Procurador da Fazenda que foi assessor de Alexandre no Ministério da Justiça e no STF? 
Seria o mesmo que teve também Alexandre em sua banca de doutorado?**** [o trecho entre asteriscos é transcrição parcial do matéria do colunista Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, intitulada: TSE deve muitas explicações - Gazeta do Povo ]

Nesta quarta-feira, 26, Oeste apurou com fontes do TSE que o ministro Alexandre de Moraes determinou que uma equipe começasse imediatamente os trabalhos para localizar os e-mail que teriam sido enviados para Ludmila. O ministro também determinou que sejam encontradas as denúncias que, segundo o servidor exonerado, foram feitas desde 2018 apontando falhas na fiscalização e na divulgação das inserções das propagandas eleitorais. O TSE informou a Oeste que o servidor exonerado não possui o cargo de coordenador do pool de emissoras responsáveis pela veiculação das inserções, mas era “um dos assessores” que atuavam no local.

 Redação - Revista Oeste

 

domingo, 26 de junho de 2022

A escolinha do professor Xande - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O juiz Renato Borelli, que mandou prender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, informou nesta quinta-feira (23) que não deu à defesa acesso imediato à decisão com base numa outra decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No início da tarde, ao derrubar a ordem de prisão e determinar a soltura de Ribeiro e outros quatro presos, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), fez duras críticas a Borelli. “Num Estado Democrático de Direito ninguém é preso sem o devido acesso à decisão que lhe conduz ao cárcere, pelo motivo óbvio de que é impossível se defender daquilo que não se sabe o que é”, advertiu o magistrado da segunda instância.

Após a reversão da prisão, Borelli enviou ofício a Bello para tentar justificar a ordem de prisão. Sem fazer referências a fatos concretos, escreveu que havia “fortes indícios”, “suspeitas substanciais”, “indicativos cabais” de ocorrência de crimes no MEC. Depois, ele disse que não concedeu acesso imediato da decisão aos advogados do ex-ministro pelo risco de tornar a prisão ineficaz, caso fosse dado conhecimento prévio do ato.

Borelli citou, então, decisão de Alexandre de Moraes que impediu a defesa de acessar documentos relativos a “diligências ainda em andamento”, porque o acesso às informações “poderia causar prejuízo às investigações”. A decisão do ministro do STF era de outro caso, ocorrido em 2017, em Santa Catarina, sem qualquer relação com a investigação sobre o MEC.

Ficamos assim, então: quem precisa de Constituição quando se tem o Xerife? Alexandre de Moraes, aquele que mais tem abusado de seu poder de forma totalmente arbitrária e ilegal, virou a referência para o sistema judiciário.

Nesse ambiente insano, muitos jornalistas comemoram a conversa reservada de cerca de 20 minutos que Bolsonaro teve com Alexandre na casa do presidente Lira. 
Alegam que é preciso buscar uma pacificação, um diálogo político. 
Tratar com normalidade um encontro entre Alexandre e Bolsonaro, como se fosse um diálogo político, não é normal, já que somente um ali é, de fato, político.
A banalização que a imprensa faz da politização do STF é extremamente perigosa. Vide a jornalista Malu Gaspar ao tratar três ministros do STF como "os mais políticos", ao comentar seu esforço para barrar uma PEC no Legislativo para conter abusos supremos. 
É tudo muito bizarro! O STF precisa de uma Constituição, ponto.

Para quem acredita numa solução amigável, vale acompanhar mais de perto a realidade. O ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, tem travado de maneira habitual os julgamentos sobre o encaminhamento das indicações de nomes para os Tribunais Regionais Eleitorais ao Executivo. Na sessão plenária de quinta-feira (23) o ministro pediu vista de mais um processo com indicações da lista tríplice para o TRE do Distrito Federal.

Logo após o relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, votar de forma favorável pelo encaminhamento da lista tríplice ao Executivo, o presidente do TSE, Edson Fachin, antecipou a decisão de Moraes. “Creio que haverá, da parte do ministro Alexandre, pedido de vista antecipada”, o que acabou se confirmando. “Eu já havia pedido vista de outras listas tríplices e peço vista dessa também. Antecipo a vista”, respondeu Moraes. O ministro já havia tomado a mesma decisão nas indicações para o TRE do Espírito Santo e do Mato Grosso.

A ação é vista como uma forma de pressionar o presidente Jair Bolsonaro para indicar o novo ministro do TSE. Em maio Bolsonaro recebeu do tribunal a lista com os nomes de três advogados eleitorais para assumir a vaga de ministro-substituto aberta com a renúncia do ministro Carlos Mário da Silva Velloso, mas a relação desagradou o chefe do Executivo.

O STF virou um partido de oposição, eis o lamentável fato. E boa parte da imprensa passa pano pois a oposição se dá contra Bolsonaro.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 16 de outubro de 2021

“Agro é morte” - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Terroristas do MST e da Vila Campesina atacaram a sede da Aprosoja, depredando tudo e levando ao pânico o funcionário presente. Não é de hoje que os braços rurais do PT espalham caos e medo pelo país, destruindo a ciência que garante a produtividade do nosso agronegócio.

Por conta de nossas vantagens comparativas, como solo e clima, além da evolução tecnológica, o Brasil conseguiu se tornar o gigante do mundo na produção agropecuária, exportando bilhões de dólares em produtos que alimentam cerca de um bilhão de bocas no planeta, enquanto trazem divisas e geram empregos pelo país.

Mas a esquerda radical, obsoleta e reacionária, ainda imbuída de uma visão marxista tosca, insiste em demonizar tudo isso. Cospe na locomotiva do nosso progresso, deixando claro para todos como amam o atraso e a miséria. Nesse novo ataque, chegaram a pichar a frase "agro é morte". Veganos? Nada disso. Basta ver como o MST trata os animais nas fazendas que "ocupa", ou seja, invade de forma criminosa.

Agronegócio, evangélicos, armamentistas, a bancada BBB enfim:  eis a nova força que se dá conta de que a esquerda é um vírus maligno que precisa ser extirpado da política numa democracia séria e avançada.  
Não há espaço para marxistas comunistas numa democracia, como não há para nazistas e fascistas. Com o crescimento desses setores temos a chance de finalmente endireitar o Brasil.
 
A esquerda radical sobrevive como um ranço do passado, com recursos públicos e remessas de bilionários que sustentam ONGs de vagabundos
Mas o povo mesmo já acordou faz tempo para o mal que grupos criminosos como o MST produzem. 
O Brasil que trabalha tem orgulho de seu agronegócio pujante, moderno. Ninguém deseja transformar nosso campo em favelas rurais bancadas pelo estado para sustentar parasitas oportunistas.

Fora, MST! Fora, PT! E não podemos esquecer dos braços petistas ainda espalhados pelo establishment. O jornalista Alexandre Garcia, aliás, tocou na ferida ao expor o duplo padrão do STF: "O ministro Alexandre de Moraes escreveu agora, na decisão que o mandou de volta para cadeia, que a prisão é imprescindível e necessária para 'garantir a ordem pública'. Aí eu fico pensando: será que foi [Roberto] Jefferson que chefiou esse ataque à Aprosoja ontem de manhã?"

Para nossa "justiça", os criminosos da esquerda podem tudo, enquanto se cria crime de opinião para prender gente de direita
Mas esse arbítrio de poder será eventualmente enfrentado, quero crer, por uma população que despertou e que exige respeito ao império das leis, lembrando que todos são iguais perante a Justiça. 
À medida que nosso agronegócio substitui a indústria como ramo mais destacado da economia, isso vai ter de se refletir em poder político também. E aí será o fim da extrema esquerda. Amém!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 15 de novembro de 2020

Milícia digital - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Voltamos aos tempos em que fanáticos cassavam o direito de quem entrava em sua mira

Uma organização de vigilantes digitais que tem origem nos Estados Unidos e age no Brasil de forma anônima, usando como marca as palavras inglesas que significam “Gigantes Adormecidos”, está em guerra aberta contra a liberdade de imprensa. O grupo, cujos responsáveis não se identificam, e com isso não respondem por seus atos perante a Justiça brasileira, pressiona através de sua conta no Twitter empresas privadas que anunciam seus produtos ou serviços em veículos considerados “de direita” - ou, mais exatamente, veículos de cujo conteúdo não gostam.

Querem que elas não anunciem mais nos órgãos de comunicação presentes em sua “lista negra”. A intenção é tirar deles o máximo possível das receitas que faturam com a publicação de anúncios - ou “desmonetizar” os condenados, como diz a organização.

O alvo, no momento, é o centenário jornal Gazeta do Povo, diário com sede em Curitiba, fundado em 1919 e hoje publicado em formato eletrônico. Nem o jornal, nem seus funcionários ou colaboradores praticaram qualquer dos crimes “de imprensa” previstos no Código Penal Brasileiro - calúnia, injúria ou difamação. Não causaram nenhum dano passível de punição. Não fizeram, em suma, nada de errado - a não ser publicar as notícias, opiniões ou comentários que houveram por bem publicar, exatamente como garante o artigo 5 da Constituição Federal para todos os cidadãos. Mas o seu conteúdo não é aprovado pelos vigilantes digitais em ação nas redes - e os anunciantes do jornal foram pressionados a cortar as mensagens comerciais que fazem nele. “Não é bom promover seu anúncio na Gazeta do Povo”, avisam os “gigantes adormecidos”.

Até o fim da semana passada, cerca de 20 anunciantes tinham suprimido seus anúncios, ou prometido suprimir, com medo de começarem a receber ataques da organização no Twitter. Nem sabem a quem estão obedecendo - mas, segundo imaginam, passariam a correr o risco de ver a sua imagem prejudicada junto aos consumidores. Um deles, a Petz, que opera no ramo de produtos para animais de estimação, até agradeceu em público a pressão que acabara de receber. “Agradecida pela sinalização”, disse a empresa em sua conta no Twitter, depois de prometer que vai boicotar o jornal. No caso, porém, a milícia digital não parece contente só com a “desmonetização”. Seus operadores exigem abertamente, também, que a Gazeta demita um dos seus colaboradores, o jornalista Rodrigo Constantino. A resposta que receberam foi: “Não”. 

Os “gigantes”, como se vê, querem não apenas legislar sobre o que o diário curitibano pode ou não publicar; querem também escolher quem trabalha lá. Seu lema oficial nessa campanha é#DemitaConstantinoGazeta”. O jornalista é acusado de ter considerado “normal, num de seus artigos, um episódio de estupro”; a acusação é comprovadamente falsa, mas o veneno não está apenas nisso. Pior ainda é a convicção dessa Polícia da Mídia - apoiada em peso por um grupo de empresas que inclui nomes como Credicard, Renner, Heinz, O Boticário etc. - de que tem o direito de exigir publicamente a demissão de um jornalista que não desobedeceu a nenhuma lei, e cujo julgamento cabe unicamente ao veículo onde escreve e aos seus leitores.

Estamos de volta aos tempos em que bandos de fanáticos anticomunistas cassavam o direito ao trabalho de quem entrava em sua mira repressiva, no mundo cultural dos Estados Unidos dos anos 50. Ou, então, às ditaduras brasileiras de todas as épocas, de Getúlio Vargas ao regime do AI-5 - e das quais O Estado de S. Paulo tem longa experiência, como alvo da violência política, policial e econômica dos “gigantes” da ocasião. Eles estão aí outra vez. 

J.R. Guzzo,  jornalista - O Estado de S. Paulo - 15 novembro 2020

 

sábado, 21 de outubro de 2017

"Ah, se Temer fosse petista…"

Bastou tirar o PT e abandonar o nacional-desenvolvimentismo para ter uma significativa melhora do quadro econômico

Eis a narrativa de um típico petista: um líder popular chegou ao poder depois de 500 anos de exploração do povo pelas elites, e finalmente o pobre podia andar de avião. Revoltada com esse ultraje, a elite orquestrou, com a ajuda da CIA, um golpe para tirar do poder esse governo popular voltado para os mais pobres.

Agora eis os fatos: uma quadrilha disfarçada de partido político finalmente conquistou o poder, graças a um estelionato eleitoral. Uma vez lá, aliou-se ao que há de pior em termos de “elites”, como caciques políticos e empreiteiras, para roubar como nunca antes na história desse País. No processo, destruiu nossa economia e jogou milhões no desemprego, com seu populismo corrupto.  Uma vez retirada do poder por um instrumento constitucional de impeachment, a quadrilha enfrentou inúmeros processos na Justiça, e o chefe já tem ao menos uma condenação. Enquanto isso, o governo transitório adotou políticas mais sóbrias e ortodoxas, nomeou economistas sérios e bons executivos para as estatais, e bastou essa mudança para estancar a sangria desatada de antes.


Em números, eis o que temos: a inflação veio de mais de 9% do último mês de “gestão” do PT para 2,5%; 

a taxa de juros caiu de 14,25% para 8,25%;  
a produção industrial saiu de uma queda de quase 10% para um ligeiro crescimento de 0,8%;  
o Ibovespa bateu recorde histórico
o PIB saiu de uma assustadora queda de 5% para a estagnação.
 
Não é milagre, e não é suficiente para desfazer o estrago causado. Mas é espantoso pensar que bastou tirar o PT de lá e abandonar o nacional-desenvolvimentismo para ter uma significativa melhora do quadro econômico. Temer continua rejeitado pela imensa maioria, por questões éticas acima de tudo. Mas é inegável que seus números demonstram acertos na área econômica, lembrando que ainda falta muito para o Brasil engrenar num crescimento sustentável.


O que fazem os “intelectuais” diante disso? Ora, o de sempre: ignoram os fatos para salvar a ideologia. A narrativa precisa sobreviver, então as mentiras vêm socorrer o PT. A crise antes era mundial, repetem, ignorando que em 2015, de 114 países com mais de cinco milhões de habitantes, apenas 7 cresceram menos do que o Brasil. São eles: Iémen, Serra Leoa, Ucrânia, Líbia, Venezuela, Burundi e Belarus. Crise internacional?


No discurso esquerdista, um povo fascista — pois a maioria defendeu o impeachment — deu um golpe no governo popular, o que já soa contraditório. Na realidade, os socialistas quase destruíram o Brasil, e foram enxotados do poder, pelas vias legais e com amplo apoio popular, antes de nos transformar na Venezuela, que até hoje é tida por eles como exemplo a ser seguido. Agora imaginem como estariam esses “intelectuais” se Temer fosse petista, com esses números…


Fonte: Rodrigo Constantino
 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

CAPITÃO MESÓCLISE ATACA SENHOR GRAMPEADOR: “ILAÇÕES!” - RODRIGO CONSTANTINO

O presidente Michel Temer, mas que pode ser chamado também de Capitão Mesóclise, fez um duro pronunciamento  se defendendo das acusações “sem provas” de que tem sido alvo. Temer subiu o tom, repetiu diversas vezes a palavra “ilação”, e fez ele mesmo algumas ilações sobre o procurador que virou advogado de delator e ganhou milhões em poucos meses.

Temer usa a mesma tática de Lula, o que poderia dar um nó na cabeça dos petistas, se eles tivessem alguma consciência: onde estão as provas?! De fato, seu assessor receber uma mala de dinheiro numa armadilha não parece exatamente a marca do batom, ao menos nada parecido com o tríplex que “não é do Lula”, ou o sítio que “não é do Lula”. Eis alguns trechos da fala do presidente, destacados pelos antagonistas (que têm feito o jogo da grande mídia e da extrema-esquerda ao pedir diariamente a cabeça de Temer, deixando de lado até a prisão de Lula, que seria “amanhã”:

“Estamos colocando o país nos trilhos e somos vítima dessa infâmia de natureza política.”

“Onde estão as provas concretas de recebimento desses valores? Inexistem.”

“Quem deveria estar na cadeia está solto para voar a Nova York ou a Pequim e voltar para inventar uma nova história.”

“Querem parar o Brasil e o Congresso.”

“O que há, na verdade, é um atentado contra o nosso país.”

“Minha disposição é continuar a trabalhar pelo Brasil para gerar crescimento e emprego, para continuar com as reformas fundamentais.”

“Não fugirei das batalhas nem da guerra que temos pela frente.”

“Minha disposição não diminuirá com ataques irresponsáveis.”

É a primeira vez na história da República que o Ministério Público Federal acusa um presidente no exercício do cargo pela prática de crime comum. Ineditismo espantoso, ainda mais quando lembramos que Lula e Dilma passaram recentemente pelo mesmo cargo. Por que tanta celeridade na hora de produzir denúncias – três! – contra Temer, se nada parecido se viu quando petistas ocupavam a presidência?

Essa pergunta precisa ser feita, repetida de forma incansável, pois sua resposta é fundamental para entender a política nacional. Por que o espírito republicano e a grande produtividade de Janot só apareceram após o impeachment de Dilma? Temer é um santo? Não, mas quem diz o contrário? As provas contra ele são tão demolidoras assim quanto Janot dá a entender em suas denúncias apressadas? Também não. Ao menos não se comparado ao que se tem contra alguns petistas ainda soltos.

O viés está escancarado. E as suspeitas saltam aos olhos. Justo no momento das reformas necessárias, que incomodam o “deep state”, surge uma gravação de Joesley, cria de Lula, num encontro claramente armado para esse intuito, enquanto o acordo concede total liberdade ao delator, que sequer será denunciado? E Temer se transforma em chefe de quadrilha, enquanto Lula segue solto por aí? E o procurador-geral, na véspera de sua saída do cargo, produz diversas denúncias em tempo tão curto assim?

Não é necessário achar que Temer é honesto para estranhar isso tudo, e para manter, no mínimo, a cautela, para não bancar o idiota útil de forças poderosas com interesses muito obscuros. Acho que o Capitão Mesóclise fez bem de ir para cima da turma, e tudo indica que os planos mirabolantes de derrubá-lo serão frustrados. Os antagonistas terão de experimentar ares marinhos para afogar as mágoas. Não foi dessa vez que os jacobinos conseguiram impor sua agenda, mesmo com todo o poder da grande mídia…

Eu quero ver Temer, eleito pelos petistas, fora do poder também, mas faltam poucos meses para isso, dentro da normalidade institucional e com eleições previstas para o ano que vem. Mas ANTES disso, eu quero mesmo é ver Lula preso. E Joesley Batista também, mas esse já experimentou o gostinho da impunidade brasileira, graças a Rodrigo Janot, não é mesmo?
Fonte: Rodrigo Constantino - Gazeta do Povo - PR

quarta-feira, 21 de junho de 2017

JANOT, O HOMEM MAIS PODEROSO E PERIGOSO DO BRASIL - RODRIGO CONSTANTINO

Uma ala da direita preferiu fingir que Rodrigo Janot não dava todos os sinais de parcialidade em sua cruzada contra a corrupção só para poder atacar “todos que estão aí”, o sistema como um todo, sem distinções. E a bola da vez era Temer com seu PMDB e o apoio do PSDB.  É compreensível a revolta contra todos os principais partidos, todos eles de esquerda, diga-se, ainda que seja cegueira ou burrice não perceber que o PT é mil vezes pior, por não ser “apenas” corrupto, e sim totalitário e bolchevique. Saber quem atacar primeiro não é ter bandido preferido; é questão de prioridade.

Mas, no afã de posar de purista jacobino contra todas as forças do mal, eis que uma turma à direita fechou os olhos e “casou” com Janot. Com Janot! O mesmo que hibernou em cima dos processos contra os petistas graúdos. Fazer pacto com o diabo pensando no curto prazo é sempre muito perigoso. Carlos Andreazza, em corajoso artigo, mostra como esse apoio a Janot serve apenas aos interesses dos próprios petistas. Não dá para ser inocente útil da extrema-esquerda, que já deu todas as provas de jogar sujo, de não medir esforços e não ter escrúpulo algum em sua busca pelo poder. Diz Andreazza, expondo o duplo padrão do procurador-geral da República:

Note o leitor que, na investida de Janot, muito mais que um movimento contra Aécio Neves, vai explícita a criminalização da atividade política. É da ordem da barbárie difundir uma reunião entre políticos como conspiração contra a democracia. Mas essa generalização que a todos iguala por baixo — serve a um projeto. A reabilitação do PT, especificamente a de Lula, só está em curso porque se enterrou a política na lama.

Escolhido por Dilma Rousseff e reconduzido ao cargo por ela, Janot é hoje — mérito consequente de muita determinação — o homem mais poderoso do Brasil, trabalhador incansável por fazer justiça, guerreiro cujo entusiasmo por acusar poderosos é outro desde que o PT saiu do Planalto.
Está aí um patriota a quem o impeachment liberou.

Senhor da agenda que pauta — e paralisa — a vida pública no país, há semanas tem o presidente sob a ameaça de uma denúncia ao Supremo, com cujo ritmo brinca como se fosse João Gilberto com o tempo de uma canção. Nesse período, diariamente, vaza-se à imprensa que talvez a coisa seja formalizada amanhã, mas que, bem, pode ser na semana que vem. Depende. Depende — digo eu — do momento. Do momento político. De um em que Michel Temer se encontre vulnerável.


Andreazza chama a atenção para o arbítrio do procurador-geral, do uso seletivo de seus poderes, do uso abusivo de seus poderes, resumindo ser ele hoje “a única autoridade que faz o que quer neste país”. E como a alvo é Temer ou Aécio, que ninguém quer defender, que não contarão jamais com um exército paralelo para gritar nas ruas “heróis do povo brasileiro”, como fazem os petistas com seus bandidos, então a turma faz vista grossa aos abusos.

Mas isso é extremamente perigoso. Afinal, se o arbítrio é tolerado hoje, ele poderá ser usado amanhã também. “Até o dia em que esses métodos se voltarem contra um dos nossos. Aí, será o quê? Estado policial?”, pergunta o autor. Andreazza conclui lembrando das possíveis intenções políticas de Janot:
Não sem aviso, chegamos ao momento em que um tipo como Joesley Batista diz que Temer é líder da “maior e mais perigosa organização criminosa deste país” — e fica tudo por isso mesmo. Ai, ai…

Os desconfiados — teóricos da conspiração — atrapalham o Brasil. Essa é a verdade.  Dificilmente, contudo, atrapalharão o movimento orgânico dos que militam para que Janot se candidate a senador em 2018, pelo Estado de Minas Gerais, na vaga a ser aberta por Aécio Neves. Mas pode ser a governador. Será pelo PT? Ou disfarçaremos numa linha auxiliar? Rede?


Ninguém, repito, quer defender Temer, até porque sua figura inspira poucas paixões e nenhuma credibilidade. Mas as reformas que ele liderava são fundamentais, e afetam diretamente o establishment político, o “deep state”, aquele que gosta de casar com o PT, defensor das mamatas e privilégios. E as reformas subiram no telhado. A quem isso interessa?

E a narrativa também misturou tudo e todos, como se o PT fosse igual ao PMDB e ao PSDB, e não uma máfia socialista disfarçada de partido, que defende ditaduras e criminosos abertamente. Novamente: a quem isso interessa?

Não podemos ser tão ingênuos assim. O Brasil não é para amadores. A “direita” que se vestiu de janotista está dando bobeira. Confiar na dupla Joesley Batista e Rodrigo Janot para executar a limpeza ética na política nacional é piada de mau gosto. E, enquanto isso, por onde anda Lula, de quem ninguém mais fala na imprensa?

Por: Rodrigo Constantino -
Gazeta do Povo 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O irreversível e crescente avanço da direita na política

Mídia nacional comenta o avanço da “direita” na política: cuidado com as armadilhas!

O PT foi o grande derrotado nas eleições municipais. Com ele, a esquerda em geral sofreu um duro baque. Mas será que dá mesmo para já celebrar o avanço da direita? Qual direita? Até que ponto o voto antipetista não foi um protesto mais contra a situação econômica do que contra as ideias esquerdistas?

Tanto a Veja como o GLOBO resolveram falar desse crescimento da “direita”. Mas ambos escorregaram feio em conceitos, demonstrando como o esquerdismo ainda é dominante em nossa grande imprensa. No caso da Veja, que cita até Mises, há um deslize imperdoável, apontado pelo deputado Marcel van Hattem, ele sim, alguém que efetivamente representa a direita liberal na política:
PARA DEFINIR A DIREITA BRASILEIRA, REVISTA VEJA ENTREVISTA CIENTISTA POLÍTICO MARXISTA E INIMIGO DA LAVA-JATO
Sim, exatamente isso – e em letras garrafais. Li a matéria de capa deste fim de semana da Veja (A FORÇA DA DIREITA) e, como cientista político, fiquei abismado com o conteúdo. Raso, distorcido e cientificamente errado.

Em resumo, pois poderia escrever a noite toda sobre o assunto: a matéria classificou o PSDB – um partido social-democrata – como direita e fez uma caricatura de cinco supostos “tipos da direita” (como a revista se referiu, literalmente, a Caiado, Feliciano, Meirelles, Bolsonaro e Holiday). Não mencionou o partido NOVO e a proeza de eleger quatro vereadores em quatro capitais brasileiras (BH, SP, RJ e Porto Alegre) – e não estou aqui dizendo que o NOVO é de “direita” por ser “liberal”, mas é sem dúvida um partido que merecia menção nesta edição. Podia ter tratado sobre o número incrível de jovens que foram às ruas e que agora se elegeram vereadores municipais.

Mas, não.
A matéria de capa de Veja achincalhou o “conservadorismo” como termo pejorativo sempre que pôde e deu status científico ao termo “neoliberal”, que nada mais é do que um monstrengo ideológico em forma de palavrão criado pela esquerda para xingar um liberal clássico, mais ou menos no mesmo patamar de outro palavrão de ocasião da mortadelada: “fascista”.

Com TANTOS cientistas políticos no Brasil, uma única fonte foi consultada para a matéria para fazer a classificação partidária no Brasil. UMA ÚNICA FONTE! E, ainda por cima, para uma matéria de capa! Foi consultado o cientista político Adriano Codato, da Universidade Federal do Paraná. Basta uma pequena visita ao Google para ver que é um acadêmico marxista. Exemplos de artigos publicados: “O marxismo e o elitismo”; “Marx e seu legado para a teoria contemporânea do Estado capitalista”; “Marxismo como ciência social”. Para coroar: Codato é signatário de uma “carta contra arbítrios da Lava Jato”, ao lado de “intelectuais” do quilate de Marilena Chauí, aquela que ODEIA a Classe Média 
(não acredita? Dá uma olhada aqui:  http://www.valor.com.br/politica/4725697/intelectuais-divulgam-carta-contra-arbitrios-da-lava-jato

Sim, um sectário inimigo da Lava Jato foi o “especialista” entrevistado como fonte de Veja para uma matéria que tinha tudo para ser ótima na esteira da derrocada da esquerda petista nas eleições do último domingo.

Quem te viu, quem te Veja! Que decadência, que matéria mais pobre e manipuladora. A matéria de capa intencionava mostrar ao leitor a “força da direita”. O que ela realmente demonstrou ao leitor atento é a “força da esquerda” nas redações brasileiras. Inclusive de Veja.

A decadência da Veja parece visível mesmo, e falo isso com tristeza, por ter tido tanto orgulho de ter sido colunista e blogueiro da revista. Mas se a Veja errou feio desse jeito, o que dizer do GLOBO? Também fui colunista do jornal carioca, por seis anos, mas não posso deixar de apontar seus erros grosseiros, caso contrário estaria sendo cúmplice da desinformação. 

No editorial de hoje, reparem só na pérola que podemos encontrar:
“O bolivarianismo chavista é de esquerda? Depende. Não, se for considerado de direita todo ato autoritário, ditatorial, violento. E sim pelos que consideram qualquer meio válido para se atingir o fim da melhoria das condições de vida do pobre.”

Uau! Que baboseira! Os autores se mantêm prisioneiros de uma mentalidade claramente esquerdista, que associa o autoritarismo, a ditadura, a violência à direita. Então todos os líderes comunistas e socialistas foram de direita, por acaso? É tanta besteira, tanto absurdo, que cansa só de pensar em rebater ponto a ponto.

Mas eis o relevante aqui: a grande imprensa não pode mais esconder do seu leitor o avanço da direita, só que tenta confundir mais do que esclarecer, tenta associar tal direita aos pastores evangélicos e deixar de lado todo o arcabouço liberal e/ou conservador (de boa estirpe) que tem pavimentado essa estrada, seduzido os jovens, apresentado a eles pensadores como Mises, Hayek, Milton Friedman, e também Roger Scruton, Russell Kirk, Theodore Dalrymple.

Mesmo quando esses veículos de comunicação pretendem elogiar a conquista de espaço político pela direita o tiro sai pela culatra, pois eles ajudam a confundir o leigo. PSDB de direita, por exemplo, é algo que só um petista diria. Há, sim, tucanos com viés mais liberal, mas é evidente que o partido não é de direita, e sim social-democrata, de centro-esquerda. Por que esconder isso do leitor e fazer o jogo da própria esquerda?

A esquerda “progressista” está em decadência no país. Se a grande imprensa não tomar juízo, vai para o buraco junto…

Fonte: Blog Rodrigo Constantino
http://rodrigoconstantino.com/artigos/midia-nacional-comenta-o-avanco-da-direita-na-politica-cuidado-com-as-armadilhas/
 

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A pauta certa

A julgar pela esquerda, as coisas mais relevantes do mundo são a legalização do aborto e das drogas, o clima e o casamento gay ou o “poliamor”, e não as mazelas da população pobre

Andava por uma livraria outro dia quando vi um grupo de adolescentes “debatendo” política. Uns diziam que votariam no candidato do PSol, outros na candidata do PCdoB. Um, solitário, preferia o Partido da Causa Operária. Eram alunos de uma escola particular, num shopping carioca de luxo.  É verdade que a juventude é meio utópica e costuma ter uma queda pelo socialismo. Mas não é apenas isso que explica o fenômeno. Nos Estados Unidos, por exemplo, a garotada votaria em peso no socialista Bernie Sanders. Há algo mais por trás dessa “coincidência”.

Uma das notícias mais importantes da década passou despercebida por nossa imprensa nos últimos dias. Falo do vazamento de dados da fundação de George Soros, o especulador bilionário que financia boa parte da esquerda mundial.  A esquerda sempre foi contra a globalização dos mercados, mas se tornou “globalista” no campo das ideias. Descobriu que é mais fácil fazer uma revolução mundial na cultura, e com isso avançar no controle de nossas vidas, com um Estado cada vez mais intervencionista.

Por isso Soros dá dinheiro para Hillary Clinton, para Fernando Henrique Cardoso e para o Mídia Ninja, de Pablo Capilé. São muitos milhares de dólares por ano para cada um. E qual a contrapartida? O mundo politicamente correto “debate” mais e mais as mesmas pautas, todas com um só denominador comum: o enfraquecimento da família, do cristianismo, o homem branco como vilão da humanidade e a “marcha das minorias oprimidas” como o caminho da redenção.

A solução para tudo aquecimento global, preconceitos, desigualdades, violência é sempre mais Estado; para todo problema há de se pregar a mão visível do Estado como resposta. É por isso que vemos tanta convergência na pauta da grande imprensa, dominada por essa esquerda. A julgar por essa gente, as coisas mais relevantes do mundo são a legalização do aborto e das drogas, o clima e o casamento gay ou o “poliamor”, além do desarmamento dos civis inocentes. Esses “formadores de opinião”, bancados por ricaços como Soros e sua trupe, vivem numa bolha, e alguns passam mesmo a crer que essas são as bandeiras mais importantes do momento.

Esqueça as verdadeiras mazelas da população do andar de baixo, o transporte caótico, a falta de saneamento, a comunidade dominada pela bandidagem, a péssima qualidade da educação pública e uma saúde cada vez mais cara. As prioridades da mídia são outras, definidas por uma elite culpada ou interessada em ampliar os tentáculos estatais para benefício próprio. 

Voltemos aos garotos da livraria: eles acham que pensam por conta própria, mas nem percebem que são papagaios desses formadores de opinião, sustentados pelo “sistema”. Repetem sem muita crítica aquilo que as “autoridades” e os “especialistas” dizem sobre cada coisa, e ainda se sentem os rebeldes!

Fumar sua maconha em paz, abortar o bebê quando o sexo é descuidado e participar de orgias com novo nome passam a ser suas grandes metas “revolucionárias”, enquanto o pobre luta para sobreviver pagando impostos cada vez maiores e tentando manter sua filha longe do traficante, que o jovem mimado vê como herói, para poder odiar a polícia “fascista”.

Mais de 60% dos partos no Rio, capital nacional dessa “esquerda caviar”, são de mães solteiras, e muitas são adolescentes e sem estudo. É o quadro da destruição real dessas ideias “bonitinhas” que seduzem os filhos da elite, no conforto de seu condomínio.  Precisamos deixar de pautar nossos debates com base nas bandeiras “progressistas” enfiadas goela abaixo pelos globalistas. Há outras prioridades. No curto prazo, recuperar a economia com as reformas estruturais. No longo prazo, resgatar valores morais e impedir essa doutrinação ideológica em nossas escolas. Eis a pauta certa.


Por: Rodrigo Constantino, economista e jornalista, é presidente do Conselho do Instituto Liberal.
 
 

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Os médicos não são nossos escravos



A medida proposta pelo governo que obrigaria o formando de medicina a trabalhar por mais dois anos no SUS para obter o diploma é da maior gravidade. O precedente aberto, caso ela seja aprovada, é assustador. Trata-se do “caminho para a servidão”, de que nos alertava o Prêmio Nobel de Economia, Hayek. [Saúde e Educação precisam ser valorizados; e a valorização começa valorizando os médicos e professores – o que inclui demais profissionais da área de saúde e da educação.
Em tempo, quando defendo o funcionário público me xingam com a acusação que sou funcionário público.

NÃO SOU nem funcionário público, nem médico nem professor. Apenas entendo que a SAÚDE e EDUCAÇÃO formam a base de qualquer nação desenvolvida e que valorize seus cidadãos.

Não é protegendo gay, tentando extinguir a Família, criando cotas, realizando plebiscito, estimulando o aborto e outras práticas criminosas  que se conduz uma Nação ao progresso.
Educação e Saúde formam base e precisam andar juntas.]

A liberdade de escolha do profissional desaparece, dando lugar ao pretexto de, em nome do “interesse nacional”, o estado escravizar as pessoas para suprir suas carências. Esqueça fazendeiros que não conseguem preencher 252 itens das leis trabalhistas; o verdadeiro trabalho escravo é esse: ser obrigado a trabalhar por dois anos para o governo!

>>Leia também: Eliane Brum: Ser doutor é mais fácil do que se tornar médico

A premissa por trás disso deve ser questionada: ela é coletivista e autoritária. Ela parte da idéia de que as demandas “sociais” são mais importantes do que as escolhas individuais. Sim, é verdade que precisamos de mais médicos no interior do país. Mas isso não pode ser resolvido obrigando-se estudantes a prolongar seu já custoso e longo investimento na carreira de medicina. Isso seria tratá-los como meios sacrificáveis por um “bem-geral”. Abre-se uma brecha perigosa.

Hoje são os médicos, mas e amanhã? O que vai impedir o governo de decretar que todo professor tem de ficar dois anos dando aulas em escolas públicas do interior para conseguir seu diploma? Ou forçar engenheiros a atuarem por dois anos nas obras do PACo Brasil adentro, para só depois terem acesso ao certificado de conclusão de curso? Ou obrigar dentistas a atenderem na selva amazônica antes de finalizarem a faculdade?

 Percebem o risco?

Isso não é somente um problema dos médicos, e sim de todos nós. Quem ainda tem um mínimo apreço por um valor chamado liberdade individual tem que se posicionar contra esse autoritarismo sem paralelo no país. Relembro o alerta sempre válido do protestante Martin Niemoller, vítima do nazismo:  Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar.

Todos nós desejamos mais médicos atuando no país. Mas isso não se obtém por decreto estatal. O governo fracassou em oferecer um sistema universal de saúde decente. O SUS não é nem universal, muito menos gratuito. Ele custa caro, e tem atendimento precário. Desviar o foco da raiz do problema e tratar os médicos como bodes expiatórios não resolve nada; é apenas medida eleitoreira para acalmar as vozes das ruas.  O governo escolheu mal suas prioridades na alocação de recursos escassos. Investiu bilhões na construção de arenas esportivas que são verdadeiros “elefantes brancos”, e jamais darão retorno para os “contribuintes”. Todos sabem que faltam recursos básicos nos hospitais públicos do país, que clamam por mais investimentos. Em vez de priorizar isso, o governo optou por fornecer mais espetáculo, o velho “Pão & Circo”, e agora quer obrigar os médicos a assumirem o fardo por seus próprios erros. Injusto, e ineficiente.

A escolha pela medicina sem dúvida exige elevado grau de vocação, é quase um “chamado”, pelo sacrifício envolvido na profissão. Mas quem faz essa escolha merece não só um retorno digno, como manter sua liberdade de escolha. Não é porque o indivíduo é médico que ele deve estar sujeito aos nossos anseios e necessidades. Ele oferece um importante serviço, sem dúvida, mas deve ser remunerado de acordo com as leis de mercado, e trabalhar onde quiser.

Quem vende alimentos também atende a uma necessidade básica para nossa sobrevivência, e nem por isso temos o direito de obrigá-los a trabalhar para o governo. A comida chega ao Acre ou no interior do nordeste porque o mercado funciona, não porque o governo determina que mercados devam atuar nessas localidades. O mercado livre costuma funcionar; o intervencionismo estatal não. Isso vale para alimentos, para remédios, para bebidas, para vestimentas, e sim, para médicos.

Se o governo não criasse tantas barreiras, tantos encargos, impostos e burocracia, provavelmente haveria mais médicos no interior. E se for o caso de atender, via o sistema público, certos locais mais afastados e carentes, que isso seja feito por meio de trocas voluntárias, ou seja, oferecendo-se aos candidatos em potencial um plano de carreira vantajoso, que faça com que eles aceitem o desafio por livre e espontânea vontade. Sem dúvida haveria recursos para isso se o governo não gastasse tanto com besteiras. Somente assim poderemos manter a liberdade individual. Afinal, os médicos não são nossos escravos. 

Por: *Rodrigo Constantino é economista. Tem MBA de finanças pelo Ibmec e trabalha no setor financeiro desde 1997