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domingo, 7 de novembro de 2021

A comédia do treinamento militar bolivariano

Revista Oeste

Em um vídeo que circula nas redes sociais a estatal venezuelana é palco de um treinamento militar 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o tamanho da crise política que a Venezuela enfrenta, econômica e socialmente, com uma população empobrecida. A imagem ajuda a explicar o fracasso bolivariano.


O treinamento militar na ditadura de Nicolás Maduro  - Reprodução/Mídias Sociais 

O vídeo mostra sete pessoas — entre elas três mulheres — empunhando rifles, em um aparente treinamento militar, ao som de uma trilha digna de filme.

O que chama a atenção é que todos estão vestindo uniformes da estatal Petróleos da Venezuela S.A. (PDVSA). A comédia, ou melhor, a cena, foi gravada em um prédio em ruínas da própria estatal.


Pilar da economia venezuelana, a PDVSA chegou a ser uma das cinco maiores petroleiras do mundo. Depois de 20 anos de governos chavistas, está em colapso com a queda da produção, dívidas bilionárias e sanções dos Estados Unidos.

Quando Chávez chegou ao poder (1999-2013), o país colocava 3,1 milhões de barris ao dia no mercado. A cifra caiu a 1,1 milhão, segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Revista Oeste


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Bolsonaro e a Venezuela

Presidente envolveu País como não se via desde a 2.ª Guerra em assuntos de outra nação


Escrevo de Caracas, onde a disputa de poder entre oposição e o regime de Nicolás Maduro atinge o clímax desde a tentativa de golpe contra o então presidente Hugo Chávez em abril de 2002, que me trouxe à Venezuela pela primeira de incontáveis vezes. A rejeição do novo mandato de Maduro e o reconhecimento do governo interino do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, no mês passado, coincidiram com o início do governo de Jair Bolsonaro, que prometeu grandes mudanças na política externa brasileira.

O Brasil agora está envolvido como talvez nunca tenha estado nos assuntos de outro país desde o envio dos “pracinhas” à Itália na 2.ª Guerra. O governo brasileiro está apoiando a tentativa da oposição de forçar a entrada de produtos de primeira necessidade em território venezuelano, atropelando a recusa de Maduro. A montagem da estrutura de armazenamento da ajuda humanitária em Roraima é a materialização de uma nova postura do Brasil em relação aos dramas internos de outro país. Na prática, trata-se da participação em uma estratégia de mudança de regime.

Embora a nova política externa brasileira se alinhe, em quase tudo o que é relevante, à americana, o governo de Donald Trump parece descontente com o alcance do engajamento de seu novo parceiro. Segundo fontes em Washington ouvidas pela reportagem do Estado, o governo americano pressiona para que o Brasil garanta a entrada da ajuda pela sua fronteira.  Os militares brasileiros, no entanto, resistem a abrir caminho para um confronto direto com os venezuelanos — que seria desencadeado pela invasão do território vizinho para a derrubada do cerco erguido por ordem de Caracas. Entretanto, apesar de todos os ultimatos impostos pelas autoridades americanas, também não houve até aqui nenhuma movimentação por parte dos Estados Unidos nesse sentido.

O regime chavista, inaugurado em janeiro de 1999, é longevo o suficiente para ter atravessado o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, os dois de Luiz Inácio Lula da Silva, os oito anos somados de Dilma Rousseff e Michel Temer e mais esse início de governo Bolsonaro.  Nesse período, o Brasil experimentou todas as opções possíveis com a Venezuela — com exceção de uma intervenção militar.
Fernando Henrique atuava como conselheiro de Chávez, que apesar da verborragia ainda seguia uma linha relativamente moderada. No último mês de seu governo, em dezembro de 2002, FHC atendeu ao pedido do então presidente eleito Lula de enviar um carregamento de combustível para Chávez fazer frente à greve política da PDVSA, a estatal petrolífera venezuelana, contra o seu governo.

Lula apoiou Chávez de forma crescente e aberta, chegando a pedir voto para ele na inauguração de uma ponte ligando os dois países sobre o Rio Orinoco, em novembro de 2006, três semanas antes da eleição presidencial na Venezuela. Nesse período, que se estendeu pelos governos de Dilma, o Brasil era visto pela oposição venezuelana como um governo hostil a ela e dócil aos chavistas.  Quando Temer assumiu, voltou à política externa anterior, que seguia a linha tradicional do Brasil, de não ingerência unilateral em outros países. O que não o impediu de evocar os princípios democráticos do Mercosul para suspender a Venezuela, como FHC havia ameaçado fazer em 1996, para evitar um golpe no Paraguai.

Agora, o Brasil sai de novo do marco dos princípios e acordos, para exercer uma liderança e uma responsabilidade regionais conforme suas preferências e visões circunstanciais. Não está necessariamente errado. É apenas novo. E terá consequências. Parafraseando o Pequeno Príncipe, um país se torna eternamente responsável pelo regime que ele muda.



O Estado de S.Paulo

sábado, 2 de fevereiro de 2019

A agonia de uma ditadura

A asfixia financeira foi um incisivo golpe no regime chavista porque a renda do comércio de petróleo é usada por Maduro para comprar o apoio dos militares

A queda do ditador Nicolás Maduro na Venezuela parece estar cada vez mais próxima à medida que aumentam as pressões internas e externas sobre o regime chavista.  Há poucos dias, o presidente Donald Trump determinou o bloqueio de ativos da PDVSA nos Estados Unidos. Todo o dinheiro que a estatal venezuelana deveria receber pela venda de petróleo ao país será depositado em contas bloqueadas que só poderão ser movimentadas “quando um governo democraticamente eleito estiver no controle” da Venezuela, disse Steven Mnuchin, secretário do Tesouro americano.

A asfixia financeira foi um incisivo golpe no regime chavista porque a renda do comércio de petróleo é usada por Maduro para comprar, entre outras coisas, o apoio dos militares. São estes que controlam a PDVSA e a cúpula das Forças Armadas venezuelanas é um dos sustentáculos armados do regime, junto com a Guarda Nacional Bolivariana e a rede de milícias espalhadas pelo país. A queda de Nicolás Maduro passa, necessariamente, pela mudança dos humores de seus apoiadores armados. E sem o dinheiro farto que os comprou até agora ficará mais difícil manter o bom humor.

Ainda no plano internacional, na quinta-feira passada o Parlamento Europeu reconheceu o líder opositor Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional (AN), como “presidente legítimo interino” da Venezuela. A decisão foi tomada após o fim do prazo de oito dias dado pela União Europeia (UE) para que Nicolás Maduro convocasse novas eleições. Em entrevista à agência russa RIA Novosti, Maduro disse estar aberto a negociar somente a antecipação de eleições para o Legislativo, previstas para 2020, não para a Presidência.

No início de janeiro, Juan Guaidó já havia sido reconhecido como presidente de fato da Venezuela por 11 dos 14 países que compõem o Grupo de Lima, incluindo o Brasil. Além destes, também o fizeram os Estados Unidos, o Reino Unido, Israel e Austrália. A UE declarara Maduro “ilegítimo” após ele tomar posse para um segundo mandato no dia 10 de janeiro. O subsequente reconhecimento de Guaidó como presidente interino pelo Parlamento Europeu só amplia o isolamento do chavista.
É verdade que Maduro tem o apoio nada desprezível de duas potências econômicas e militares, a China e a Rússia. Não se trata de um apoio desinteressado: os dois países são os maiores credores da Venezuela e, previsivelmente, condenaram as sanções americanas sobre os ativos da PDVSA, classificadas como “ilegais”, pelos russos, e “muito prejudiciais ao povo”, pelos chineses.

Nada pode ser mais prejudicial ao povo da Venezuela do que a manutenção de um regime que foi capaz de destruir o país que detém as maiores reservas de petróleo do mundo, levando partes expressivas da população à miséria, à morte ou ao exílio.
China e Rússia, no entanto, são nações pragmáticas e leem os movimentos políticos à luz de seus interesses. A China tem sido mais comedida do que já foi em suas manifestações de apoio ao governo de Maduro. Já a Rússia, por razões que ainda não estão claras, mandou para Caracas um Boeing 777 da Nordwind Airlines, empresa russa que realiza voos charter. Suspeita-se que a aeronave possa servir para transportar Maduro e sua família para o exílio, levar um carregamento de 20 toneladas de ouro ─ 20% dos ativos venezuelanos neste metal ─ para local incerto ou, quem sabe, as duas coisas.

À parte teorias conspirativas, resta a realidade: o drama de um povo exaurido por um governo há muito esgotado.  Novas manifestações populares foram realizadas na quarta-feira passada e outras serão convocadas pela oposição liderada por Juan Guaidó, que teve suas contas bancárias bloqueadas e está proibido de deixar o país por ordem do procurador-geral de Justiça da Venezuela, Tarek Saab, um títere de Maduro.  A agonia do regime chavista na Venezuela poderá ser longa, mas certamente o povo sofrido daquele país voltará a sentir o bálsamo da liberdade.


Editorial - O Estado de S. Paulo



sábado, 24 de novembro de 2018

Duro golpe contra o chavismo

A terrível história do saque do país, praticado pelo chavismo, está prestes a ser revelada em detalhes por um dos mais graduados membros do regime

Não se arruína o país que detém as maiores reservas de petróleo do mundo sem despender imensa quantidade de energia para instalar e manter uma ditadura voltada, antes de tudo, para o enriquecimento de seus próceres. A Venezuela hoje é um país pobre, a ponto de a esmagadora maioria de seu povo amanhecer sem saber se conseguirá alimento para mais um dia.

Milhares de famílias venezuelanas têm sido separadas porque pais se sentem obrigados a entregar seus filhos para orfanatos por não terem mais condições de lhes prover o mínimo para sobrevivência. Muitos também o fazem para se lançarem aos riscos de buscar uma nova vida em outros países, inclusive no Brasil. Este drama humanitário, uma tragédia sem precedentes na história recente da América Latina, é obra do regime instalado por Hugo Chávez e mantido desde sua morte, em 2013, por seu pupilo, Nicolás Maduro, sob condições perversas para o povo.

A terrível história do saque do país, praticado pelo chavismo, está prestes a ser revelada em detalhes por um dos mais graduados membros do regime. Alejandro Andrade, ex-guarda-costas de Chávez, homem que por anos cuidou pessoalmente da segurança do ex-ditador, assinou um acordo de colaboração premiada com as autoridades americanas a fim de manter o regime de prisão domiciliar a que está submetido nos Estados Unidos desde o fim do ano passado.  Sobre Andrade paira a acusação de ter lavado cerca de US$ 1 bilhão por meio de um esquema ilegal de câmbio concebido para esconder as vultosas propinas recebidas por autoridades venezuelanas ligadas ao chavismo. Entre elas o próprio ex-guarda-costas, que, além das informações que tem prestado aos investigadores americanos, teve de entregar às autoridades judiciárias dos EUA um avião, cavalos de raça, relógios de luxo e propriedades.

Para dar conta da “missão” de lavar o dinheiro recebido a título de propina pela camarilha chavista, Alejandro Andrade foi alçado por Chávez de sua posição de guarda-costas à nada menos do que a de chefe do Tesouro Nacional. Estima-se que Andrade teve poder sobre a movimentação de contas bancárias que acumularam a estonteante quantia de US$ 14 bilhões. Não por outra razão, é considerado o “delator n.º 1” pelas autoridades dos EUA que buscam comprovar o enorme esquema de corrupção na Venezuela.

Estado teve acesso a documentos que constam do processo aberto contra Andrade pelas autoridades dos EUA, país onde fixou residência há cinco anos, após a morte do ex-chefe. O processo revela que milhões de dólares foram transferidos pelo banco HSBC, na Suíça, para os EUA com o objetivo de custear uma vida de luxo não só para Andrade, mas também para cerca de 20 diretores e ex-dirigentes da PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo.

Em agosto, a Justiça dos EUA já havia confiscado bens de luxo ─ incluindo imóveis, carros e iates ─ localizados na Flórida, pertencentes a uma casta de ex-funcionários públicos e empresários ligados ao governo de Hugo Chávez. O confisco se deu após a prisão do ex-banqueiro Matthias Krull, alemão que trabalhava no banco suíço Julius Baer. Ao Departamento de Justiça dos EUA, Krull “admitiu culpa em uma denúncia de conspiração para cometer lavagem de dinheiro”. De acordo com os termos de sua colaboração premiada, o ex-banqueiro foi responsável por um esquema que lavou US$ 1,2 bilhão para autoridades e empresários venezuelanos ligados ao chavismo.

O dinheiro movimentado pela quadrilha chavista, ao menos a quantia apurada até agora, é quatro vezes superior ao que a ONU pede para atender aos refugiados venezuelanos espalhados por oito países da América Latina. Isso apenas dá a dimensão do drama humanitário que desafia a compreensão de qualquer um dotado de boa-fé e compaixão.
O acordo de colaboração premiada assinado por um graduado membro do regime chavista, como Alejandro Andrade, representa um duro golpe contra a ditadura venezuelana.



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O PT conseguiu

O PT conseguiu: sem chance de reação, ações da Petrobras viram aposta de risco

"Analisando a companhia, não vemos nenhum motivo para o cliente se posicionar na ação", diz Ricardo Kim, analista-chefe da XP Investimentos. "É importante que o investidor entenda que não é porque o preço caiu muito que ele vai voltar a subir."

Por Giuliana Vallone e Toni Sciarretta, na Folha:
  As ações da Petrobras, que já foram as mais populares entre os pequenos investidores pessoa física, derretem desde o início de 2014, quando foi revelado o escândalo de corrupção pela Operação Lava Jato. No período, os papéis preferenciais (sem voto e os mais negociados) recuaram 69% -de R$ 16,75 para R$ 5,17 na sexta-feira (15).

Embora estejam baratas, as ações não são uma boa opção de investimento, segundo analistas do mercado. Isso porque não há perspectiva de recuperação no petróleo, a estatal reduziu brutalmente os investimentos, poderá ter produção e receitas menores e ainda corre risco de pagar indenização bilionária nos EUA.

“Analisando a companhia, não vemos nenhum motivo para o cliente se posicionar na ação”, diz Ricardo Kim, analista-chefe da XP Investimentos. “É importante que o investidor entenda que não é porque o preço caiu muito que ele vai voltar a subir.”


Segundo Roberto Indech, da Rico Corretora, a recomendação aos clientes que já tiverem papéis da companhia é manter o investimento neste momento. Para aqueles que não possuem as ações, o melhor é ficar longe delas.
  (…)
[o investidor precisa levar em conta que as ações da Petrobras estão em queda livre por vários motivos.
A queda do preço do barril de petróleo de pouco mais de US$ 100 para US$ 30 pode ser considerada a principal razão para queda das ações das petroleiras e há chances de reversão.
Mas, no caso especifico da Petrobras, além da queda do preço do petróleo, tem a falta de recursos da empresa para investir - o assalto decorrente do PETROLÃO deixou a empresa com o Caixa quase ZERADO -, a falta de credibilidade e crédito - muitas dívidas não estão sendo honradas pela estatal - e a quase certeza da empresa ser condenada a pagar indenizações bilionárias nos Estados Unidos.
Vamos manter distância das ações da Petrobras - o risco é praticamente o mesmo de investir na PDVSA.
Em tempo: o Irã está voltando ao mercado do petróleo com força total o que pode derrubar em mais uns 30% o preço do barril.]