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sábado, 25 de setembro de 2021

Ignorância atrevida - Carlos Alberto Sardenberg

Além de se manifestar contra a vacinação em geral, o presidente afirmou três vezes, somente nesta semana, que a Coronavac não tem eficácia científica comprovada. Por outro lado, o Ministério da Saúde informou que já distribuiu mais de 101 milhão de doses da Coronavac. Vai daí que: ou o presidente mente descaradamente ao declarar ineficaz uma vacina aprovada e distribuída por órgãos técnicos de seu governo; ou o Ministério da Saúde engana descaradamente a população brasileira ao oferecer um medicamento imprestável.

Em qualquer caso, temos aí um crime [?] grave, sempre de responsabilidade direta do presidente Bolsonaro. [já que tudo pode ser atribuído ao capitão, ainda que derivado de narrativa,  e ser apresentado como  crime grave, recomendamos; "Inimigos do Brasil vencerão? Michelle Bolsonaro será impedida por genocídio contra o PNI?"]

Ele costuma colocar a culpa nos outros, mas não tem como dizer, por exemplo, que o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é o único responsável pela aplicação da vacina do Instituto Butantan. De todo modo, como a eficácia da Coronavac tem farta comprovação científica, no Brasil e em outros países, como Chile, para não citar a China, produtora original da vacina, a conclusão é inevitável: Bolsonaro mente.  Mas isso se estivéssemos tratando de uma pessoa normal. Mentiroso é quem afirma algo sabendo tratar-se de mentira. Não é o caso. Pelo seu comportamento nesta e em outras situações, Bolsonaro demonstra que não acredita – isso mesmo, não acredita – nas informações científicas sobre a Covid e muito menos sobre a eficácia da Coronavac. [nossa posição pró vacinas é pública e notória; mas certas coisas não podem ser ignoradas ou esquecidas e uma delas é que a Coronavac não está entre as que desfrutam de maior credibilidade.
Até o 'joãozinho', - que governa os paulistas pensando em ser escolhido candidato à Presidência em 2022 - que chegou a ser caixeiro viajante da Coronavac (se Bolsonaro defendesse qualquer vacina com o empenho que o tucano defendeu a chinesa, seria acusado de prevaricação; Doria defendeu o imunizante chinês até que sentiu que o barco chinês estava afundando  e como todos os ... esqueceu a maravilha. 
O próprio Instituto Butantan que no passado gozou de grande credibilidade, começa a se enrolar quando tenta defender a Coronavac.  Agora mesmo, no episódio em que a Anvisa suspendeu parte do fármaco da Sinovac, o Butantan tentou avalizar a empresa que processo o envasamento do imunizante e seu opinião não foi considerada. A suspensão permanece.]

Diria, de novo, uma pessoa normal: ciência não é algo em que se acredita ou não. Ciência é experimento, prova, demonstração, testes. Diferente de senso comum praticado por pessoas ignorantes que se acham portadores da verdade para tudo. Sabe aquele cara que diante de uma informação científica, olha para você com ar superior e diz: e você acredita nisso? Muita gente entende que há uma estratégia por trás desse comportamento de Bolsonaro. Mas qual seria a estratégia de espalhar mentiras e confundir a população, junto à qual, aliás, perde confiança toda semana?

Não é estratégia. Na verdade, ao desclassificar a vacinação, a Coronavac, os números sobre a pandemia (acha que o número de mortos é bem menor do que o registrado pelo seu próprio governo) e a gravidade da doença (acha que os mortos por Covid iam morrer em poucas semanas, tendo o vírus apenas antecipado o desfecho fatal), Bolsonaro se comporta como o sabichão de mesa de bar.

Nossas avós diziam: a ignorância é atrevida. Tinham razão. Repetiam Sócrates, pelo avesso. Só sei que nada sei, dizia o verdadeiro sábio, criador do pensamento ocidental. Só que o sabichão de mesa de bar é apenas isso. Ignorante inofensivo. Sendo presidente, Bolsonaro causa enorme problema para o país e sua população. O que nos salva, parcialmente, é que a população é mais esperta que o presidente.

A maioria esmagadora dos brasileiros corre atrás da vacina, seja qual for e onde esteja sendo aplicada. A adesão dos brasileiros à vacina está bem acima da média mundial. Aqui não tem movimentos anti-vacina, demonstração cabal de que a maioria não cai na conversa maluca do presidente. Mas o estrago está feito. O negacionismo de Bolsonaro atrasou [por não ter comprado o que ainda não existia?] de fato a chegada das vacinas ao Brasil e, pois, contribuiu para um número maior de doentes e mortos.

O que evitou o pior – um país sem vacinas – foi a ação do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu o poder de governadores e prefeitos nos programas de combate à pandemia. [os exemplos funestos dos efeitos dos superpoderes dados a governadores e prefeitos são tantos, que o próprio STF tem tentado impor um releitura do que decidiu em abril 2020.] E esses lutaram pelas vacinas, assim como parte das lideranças políticas e civis, conseguindo forçar o governo federal a adquiri-las. A mídia independente e séria teve papel crucial ao mostrar os dados da ciência e os fatos observados.

Médicos e os profissionais da saúde pública e privada tiveram comportamento exemplar, tirante aqueles, agora apanhados pela CPI, que agiram contra a ciência que deveriam ter aprendido. Essa barreira continua de pé. Mas é preciso impedir que o presidente continue nessa cruzada do mal.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

CONTRA A INJUSTIÇA TOGADA, CORAGEM! - Valterlucio Bessa Campelo

A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras. (Aristóteles)

Existem determinadas qualidades humanas que desde a antiguidade temos no ocidente como virtudes. São atributos que movem a sociedade na busca da realização do bem, seja a partir do indivíduo ou de grupos. Para Sócrates, quatro virtudes são fundamentais – sabedoria, ou prudência; fortaleza, ou coragem; temperança e justiça. Embora sejam essencialmente qualidades humanas, ele os expandia à cidade. Seu último ato, antes de ser envenenado foi de coragem.

Resumidamente, pode-se dizer, a partir do próprio Sócrates e de Platão e Aristóteles, que Sabedoria, ou prudência, são para fazer boas escolhas, para decidir corretamente, o que leva à racionalidade, à reflexão. Fortaleza, ou coragem, para levar a efeito a decisão tomada, para seguir com retidão, para não sucumbir às dificuldades enfrentadas. Temperança tem a ver com moderação, com freio aos excessos e às paixões. Justiça é a virtude da medida certa, da equidade, das coisas em seus devidos lugares e funções.

Lembrei dos gregos enquanto refletia sobre a prisão recente de Roberto Jefferson, mas não apenas, posto que antes deles vários outros brasileiros tiveram sua liberdade cassada por “delitos de opinião”, no bojo do infame inquérito das “fakenews”, essa monstruosidade criada para perseguir desafetos e fazer a Justiça pender para um lado, o que propriamente dissolve a si mesma. Justiça que tem lado não é verdadeira justiça.

Não pretendo discutir o mérito de nenhuma prisão em si mesma, não tenho, é certo, condições técnicas para isto. Entretanto, como cidadão, percebo uma espécie de agigantamento desproporcional de um poder que o torna assustador. Toda prisão carrega um conteúdo pedagógico, é um exemplo, uma amostra para a sociedade de que determinado ato é punível pela lei de modo severo – o que seria mais severo do que a restrição da liberdade? – então, quando vejo no patamar superior da Justiça brasileira o vezo em calar vozes e opiniões pela força, sinto que de algum modo a minha própria liberdade de expressão está ameaçada.

Possivelmente os áulicos do esquerdismo e o isentismo de cuecas (ou calcinhas) vermelhas se sentem confortáveis com as prisões facilmente decretadas contra seus adversários políticos. A mim, porém, incomoda muitíssimo, porque a pretexto de punir em um ou outro o que filosoficamente se poderia chamar de vício da falta de temperança, ou de prudência, ou as duas juntas, o STF está deliberadamente inibindo na sociedade a virtude da coragem que, segundo Aristóteles, antecede todas as outras. A coragem para ser livre e livremente se expressar está, por certo, ameaçada, intimidada por tantos ataques a este direito inalienável do SER humano.

Lembremos o que disse um dos pais fundadores dos Estados Unidos da América e seu primeiro presidente entre 1789 e 1797, George Washington. À época, adiantou ele que “Quando a LIBERDADE de expressão nos é tirada, logo poderemos ser levados, como ovelhas, mudos e silenciosos, para o abate.” 
Agredidos, vilipendiados é como se sentem aqueles que amam a liberdade e são proibidos de reagir ao monstro togado. 
Satisfeitos é como se sentem aqueles que por covardia ou ignorância abraçam seus futuros algozes. Estes, deveriam estar aprendendo mandarim.
Como se não bastasse censurar, prender e, literalmente, arrebentar, como fizeram com o jornalista Oswaldo Eustáquio (segundo o próprio) através do famigerado inquérito das fakenews, vem ultimamente a mordaça do TSE determinar que as bigh techs desmonetizem canais nas mídias sociais que sejam críticos ao sistema de voto exclusivamente eletrônico, mesmo sendo ele inseguro, como restou provado. 
Não havendo razão ou condições para prender todos, querem asfixiar financeiramente os canais conservadores. 
Enquanto isso, os canais dedicados à propaganda comunista estão à vontade para toda ação deletéria em relação ao governo e à democracia, inclusive para se associarem a governos estrangeiros. 
Aliás, por que se alegra aquele embaixador?

Impressiona que qualquer brasileiro esteja liberado para estupidamente, sem provas, sem sequer indícios, atribuir crimes e insultar o presidente da república ou qualquer do governo, porém, esteja proibido de sequer duvidar, ou questionar a qualidade das urnas utilizadas nas eleições brasileiras, apesar de o TSE jamais haver provado a sua higidez. Pelo contrário, por lá, digo, dentro do sistema eleitoral, durante 6 meses um hacker estagiou impunemente.

Parece que tomar o poder sem ganhar eleições entrou na moda. De Zé Dirceu ao mais idiota útil perambulante nas redações, sindicatos ou universidades, todos vêem a possibilidade de expulsar  um governante mediante expedientes de força, ilegais e infames, como uma opção razoável. Caem no anti-bolsonarismo histérico sem um tostão de reflexão e, assim, ajudam a colocar o Brasil calmamente na antessala do domínio vermelho, à espera de uma venezuelização. Essa gente não mede ou não faz ideia das consequências de sua vileza.

Por seu turno, a velha imprensa, órfã das verbas milionárias que lhe sustentava a ineficiência, cala-se frente à censura e aos desmandos. Os antigos jornalões e as TV’s agacham-se perante a força togada, chegando ao cúmulo de atribuir culpa ao silenciado. Vejam só! A imprensa é incapaz de defender a liberdade de expressão e sedizentes jornalistas a seguem sem se envergonharem.

Como se pode ver nos últimos tempos, a liberdade de expressão de uma parcela da população, a parte conservadora, se transformou alvo do humor de ministros de qualquer tipo e tribunal. 
Querem impor uma narrativa embusteira, historicamente podre, passando por cima dos mais elementares princípios do direito. Pior. Fazem isso sob a complacência das nossas personalidades ditas democratas.
FHC saiu do buraco onde se esconde para passar pano pró autoritarismo. Sociólogos e os filósofos de auditório se calaram. Cadê os defensores dos direitos humanos? Onde se meteram as feministas de sovaco cabeludo? Os intelectuais, os artistas? Onde? Não precisam responder. 
Estão escondidos, achando que golpeando Bolsonaro, o Brasil dará um giro para trás de 20 anos e recuperarão seus prestígios e suas sinecuras. Como faz pra gargalhar numa hora dessas?

Até a velha Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, no passado sóbria e séria, hoje se transformou num puxadinho da esquerda e é incapaz de emitir sequer uma nota em defesa da liberdade de expressão. Pensam eles, talvez, que será suave se transformar em “Ordem dos Advogados Bolivarianos” para não perder a sigla.

Vivemos um momento gravíssimo da história brasileira. Talvez a cisão política levada a cabo pela esquerda odienta, aquela que não se livra do coletivismo mofado e nos últimos 30 anos vem dividindo o Brasil entre pobres e ricos, homens e mulheres, pretos e brancos, homossexuais e heterossexuais, ateus e religiosos, precipite outra ainda maior. Sinceramente, creio que há tempo ainda para a sabedoria e a temperança, do contrário, em busca da maior das virtudes - a justiça, precisaremos muito da primeira - a coragem.

Valterlucio Bessa Campelo escreve opiniões, contos e poemas eventualmente em seu BLOG. 

 

segunda-feira, 29 de março de 2021

A perseguição à Lava Jato conduz o Brasil a superar a Grécia “sofista” do século V a.C. - Sérgio Alves de Oliveira

Quem observar de perto o lamentável processo da decadência que abalou nos últimos anos os alicerces políticos, econômicos e sociais da Grécia, deveria também saber que essa sua trajetória tão “baixa” na marchada civilização ,nem sempre foi assim. Nos seus áureos tempos,os helênicos forneceram ao mundo alguns dos seus maiores pensadores, principalmente filósofos, que tiveram decisiva influência nas boas conquistas da humanidade. De fato,o Século V a.C, em particular, se constitui no período mais brilhante da civilização helênica. As guerras vitoriosas contra os persas,as riquezas e terras conquistadas,o intenso comércio,e o desenvolvimento das artes e das ciências,fizeram a Grécia atingir a plenitude da sua civilização.

Mas esse apogeu material e econômico provocou, especialmente em virtude de uma riqueza mal distribuída, a corrupção dos costumes,da política, da “Justiça”, das tradições religiosas e morais, bem como o surgimentos de muitos“ oportunistas”, tipos daqueles “caras” que, em grande quantidade, a partir de 1985, no Brasil, se adonaram dos cargos políticos eletivos, governamentais e legislativos e também judiciários nos tribunais,estes nomeados pelos respectivos governantes ,tudo “carimbado” pelo Poder Legislativo. O péssimo ambiente social, político e econômico, reinante na Grécia dessa época foi a principal causa do surgimento dos SOFISTAS, cuja postura cética e relativista conquistou as inteligências mais frágeis, diante do descrédito que as escolas de filosofia pré-socráticas haviam contaminado a filosofia.

Os sofistas, antigos professores de música, passaram a “ensinar ” filosofia para o povo . Eram homens venais,sem escrúpulos e convicções, sedentos de riquezas, poder e glória ,”trabalhando” justamente numa época de crise do pensamento grego. Ensinavam a juventude ateniense, atraída pelos encantos da eloquência,a arte de defender os “prós” e os “contras” de todas as questões,o segredo de tirar partido de qualquer situação. 
Serviam-se das armas da razão para destruir a própria razão,e sobre as ruínas da verdade,erigir o próprio interesse em norma suprema de ação. Os maiores expoentes sofistas foram Protágoras (481 a.C-411 a.C),que deixou imortalizada a frase, “o homem é a medida de todas as coisas,das coisas que são,enquanto são,e das coisas que não são,enquanto não são” (até parece frase de Dilma), e Górgias, o “niilista”, que escreveu ”Do não ser”.

Essas estratégias e táticas sofistas, especialmente do uso abusivo da “dialética”, foram desenvolvias bem mais tarde com maestria por Hegel e Karl Marx, no que chamaram de “estratégia das tesouras”, pela qual a esquerda passaria a mandar no mundo onde houvesse alguma “democracia” e “eleições”, sempre indicando dois candidatos fortes de esquerda, um “explícito”, ”radical”, outro “disfarçado”, ”moderado”, polarizando entre eles a eleição.

E a esquerda brasileira não perdeu tempo. Adotou à plenitude a “estratégia das tesouras” no chamado “Pacto de Princeton”, assinado por Lula, representando o então “Foro San Pablo”, e FHC,pelo “Diálogo Interamericano”, nos Estados Unidos, em 1993. A partir daí, FHC e Lula foram eleitos e se alternaram no poder durante alguns anos. Não há como questionar, portanto, o “parentesco” próximo entre a escola sofista e o socialismo/comunismo.

Mas o vírus sofista não se limitou a contaminar a juventude da Grécia Antiga, e o socialismo/comunismo,a partir do “Manifesto Comunista”” (1848), de Karl Marx. Foi bem mais longe.  Influenciou forte também o “nacional-socialismo”, o NAZISMO, de Adolf Hitler, a partir da sua “Mein Kampf” (Minha Luta), de 1925, escrito na sua juventude enquanto estava preso,cuja “dialética” se resumia em repetir uma mentira tantas vezes quantas necessárias, até ser aceita como verdade, estratégia desenvolvida com maestria pelo Ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels.

Sócrates (469 a.C-399 a.C) veio ao mundo com a principal missão de combater e destronar os sofistas, buscando livrar a juventude ateniense dessa perniciosa influência. Notabilizou-se pela firmeza de caráter, nobreza de coração e grande inteligência. Combateu e pulverizou a “dialética” (“estratégia das tesouras”), desenhada por Hegel e Marx,e usada por FHC /Lula, no tal (“Pacto de Princeton”), vazia,superficial e interesseira dos sofistas,impugnando os deuses humanizados da mitologia homérica.

Devido ao “aparelhamento” sofista do Estado e das leis gregas, onde o mais grave dos crimes era falar a verdade, mais que matar,estuprar e roubar, Sócrates foi acusado pelos seus inimigos sofistas de corromper a mocidade,pelas verdades que ensinava,e por isso condenado à morte e executado bebendo o veneno “cicuta”. ”Conhece-te a ti mesmo”, para o Filósofo,seria a introdução a todo o conhecimento. Frente a um adversário, fazia-lhe uma série de perguntas até forçá-lo a cair em contradição e reconhecer a sua ignorância.

Foi grande a influência filosófica e pedagógica de Sócrates. Seus discípulos prosseguiram e aperfeiçoaram a sua obra,dentre os quais Antístenes, Aristipo,Euclides, Platão e Xenofonte. É claro que não vai ser preciso falar ou escrever sobre todas as “coisas” absurdas que se passam no Brasil de hoje para fazer-se uma analogia de quase absoluta “identidade” com o que acontecia “ontem” na Grécia sofista.

A total inversão dos valores preconizada pelos “canalhas” sofistas da Grécia Antiga repete-se com extrema fidelidade na arena política e judicial brasileira de hoje. Tanto quanto na Grécia sofista, no Brasil as últimas instâncias dos Poderes Legislativo e Judiciário federais, contaminando” de cima para baixo todos os demais poderes públicos hierarquicamente inferiores, estão sob direção deles, dos novos sofistas, dos sofistas/comunistas brasileiros, que provocaram uma espécie de “renascimento” nocivo da Escola Sofista da Antiga Grécia.

Tanto quanto os canalhas da Grécia sofista perseguiram e mataram Sócrates, por ele não abdicar da verdade, aqui e agora os novos sofistas/esquerdistas “tupiniquins”, responsáveis diretos pelo “renascimento” sofista, ”travestido” de socialismo/comunismo, absurdamente passaram a perseguir sem qualquer limite alguns juízes de direito e desembargadores federais, promotores de justiça e procuradores, diretamente envolvidos na chamada “Operação Lava Jato”, que se dedicaram de corpo e alma a acabar com uma corrupção sistêmica que teria desviado dos cofres públicos a quantia estimada em 10 trilhões de reais,enquanto o Brasil foi comandado pela esquerda,especialmente depois de FHC,de 1995 em diante,e mais ostensivamente durante a “Era PT”,de 2003 a 2016.  
E está sendo justamente esse “aparelhamento” que a esquerda deixou no Brasil, inclusive nos tribunais, ”capitaneado”,em última instância, pelo próprio Supremo Tribunal Federal, com maioria nomeada pela esquerda, transformado agora em “capitão-do-mato” da “vingança” da esquerda contra as condenações de muitos dos seus componentes,o grande responsável por essa surpreendente “virada” ,que está surpreendendo e deixando o mundo perplexo, com total cobertura e apoio de uma grande mídia “venal”,comprada com parte dos 10 trilhões de reais roubados.

Termino o meu artigo recomendando a indispensável irretocável leitura do texto hoje publicado “STF funciona como um escritório de advocacia para ladrões milionários”, de autoria do jornalista J.R.Guzzo.   Aí dá para se compreender como pode um famoso advogado , “soltador” de corruptos, junto ao Supremo, adentrar nesse tribunal e nos gabinetes dos seus Ministros, vestido a “rigor”, de “bermudas”, deixando-se fotografar, com muito orgulho na expressão facial, num verdadeiro acinte contra a Justiça brasileira (verdadeira).

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 

sábado, 18 de abril de 2020

A nova ordem mundial - IstoÉ

A pandemia de coronavírus marca uma guinada definitiva na história da civilização. 

Ela pode ser o acontecimento inaugural de um ciclo catastrófico ou o ponto de inflexão para uma mudança profunda. Rendidos pelas forças da natureza, como diante de um dilúvio ou de um terremoto, nunca fomos tão frágeis. Tememos a morte, não sabemos para onde vamos e as previsões de longo prazo que tentávamos traçar ruíram, tanto na vida pessoal, como nos planos estratégicos de governos e empresas.

Alguns estudiosos chegam a dizer que se trata do colapso do capitalismo industrial. Outros falam que o modelo de Estado-Nacional, construído no final do século 18, está sofrendo um golpe fatal. Seja como for, o que se verifica, neste momento, é o fortalecimento do Estado como força protetora dos cidadãos. E em meio ao caos ­— confinados no aconchego do lar — temos a oportunidade de aproveitar o tempo para colocar em prática a máxima do filósofo grego Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”, estampada, há 2,5 mil anos, no oráculo de Delfos, um dos epicentros espirituais da Antiguidade.

A tendência mais imediata, necessária e óbvia relacionada à pandemia de Covid-19 é a redução da mobilidade. De uma hora para outra, o direito de ir e vir tornou-se relativo. A determinação da autoridade de saúde passou a prevalecer sobre qualquer vontade pessoal. O transporte público ficou ameaçador, um lugar de contágio. Há restrições para caminhar pelas ruas. As barreiras sanitárias entre cidades, estados e países aumentaram e continuarão elevadas por meses ou anos. Será difícil cruzar qualquer fronteira no mundo sem um teste negativo de coronavírus.

A tendência mais imediata, necessária e óbvia relacionada à pandemia de Covid-19 é a redução da mobilidade. De uma hora para outro o direito de ir e vir tornou-se relativo

Isolamento até 2022
Ficará dessa crise uma inibição da livre circulação de pessoas, seja no meio urbano, dentro dos países ou entre as Nações. Um estudo da Universidade de Harvard, publicado na revista Science, mostra que o isolamento, ainda que intermitente, deve se perpetuar até 2022 em várias partes do mundo, se não surgir uma vacina. “O vírus nos colocou em casa e nos obrigou a se virtualizar. E quando esse ciclo acabar, a gente vai ter muita vontade de abraçar, beijar e fazer carinho”, diz a filósofa Viviane Mosé. “Mas o importante agora é a boa convivência. Vamos falar em nome do amor, ele que deve reinar”.

(.....)

Valorização da ciência
[será que a ciência vai solucionar os problemas humanos?
o teste de fogo está sendo controlar, extingui, a PANDEMIA em curso. E a ciência não está se saindo bem. 
Infelizmente, tudo indica que o vírus vai se extinguir por si.]

De um modo geral, haverá uma maior valorização da ciência para a solução dos problemas humanos e um abandono crescente de ideias obscurantistas e negacionistas que tentam se impor nesse momento trevoso. “Quem vai tirar a gente dessa crise é a ciência”, diz a especialista em educação Tatiana Filgueiras, vice-presidente do Instituto Ayrton Senna. “Mas para formarmos os cientistas do futuro precisaremos de educação”. Ainda que no Brasil, um país confuso que enfrenta a dupla tragédia da pandemia e do comando delirante do presidente Jair Bolsonaro, isso não esteja tão claro no resto do mundo é o pensamento científico que vai dar as cartas. Espera-se, por exemplo, que bolsas de estudos para pesquisadores nunca mais sejam cortadas de maneira arbitrária. A politização da doença é um desvio de caráter.

Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA




segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

GUEDES TAMBÉM É PARASITA - Sergio Alves de Oliveira



Infelizmente, os brasileiros se acostumaram  a  cair como “patinhos” na conversa, nas promessas, e nos discursos inverídicos dos políticos, que mais falam ou escrevem o que o povo gosta ou  quer  ouvir, e que de modo geral passa muito distante da verdade, mas que, por outro lado, “rendem” muitos votos nas urnas.

Essa verdadeira armadilha “eleitoral” forçou uma espécie de “seleção” natural, conseguindo  reunir  na política, majoritariamente,  a pior escória da sociedade,  cujo perfil de caráter,  altamente comprometido com  valores pervertidos, se ajusta perfeitamente  às preferências  dos eleitores, cujo padrão de “consumo” de políticos deixa muito a desejar, devido, principalmente, à má  formação política, à ingenuidade, ou  mesmo o interesse individual acima dos coletivos.

Essa  lamentável realidade pode ser observada  através dos  maiores protagonistas políticos do Senado e da Câmara Federal, ou seja, dos seus respectivos Presidentes, o senador Davi Alcolumbre, e o  deputado Rodrigo Maia, que inclusive servem de “amostragem” dessa triste realidade,e  que na democracia “interna” dessas duas Casas Legislativas, são os seus mais  legítimos representantes, inclusive  no aspecto de “caráter”.        
                                 
Voltando um “ouquinho” no tempo. Na  Antiga Grécia (Século V a.C),se viu algo muito parecido com o que  se passa na política brasileira de hoje. Os “sofistas” surgiram na Grécia, no período “pressocrático”, durante a plenitude da civilização helênica, estabelecida principalmente  através das guerras vitoriosas contra os persas, o desenvolvimento do comércio, das arte, das ciências, e a grandeza  econômica. Eram antigos professores de música e  fil osofiahomens venais e  sem convicções, ambiciosos de riqueza, fama e  glória. Mais retóricos que filósofos, ensinavam à juventude ateniense, atraída pelos encantos da eloquência,a arte de defender o “pró”e o “contra” em todas as questões, o segredo de aproveitar qualquer situação, galgando  sempre  as melhores posições sociais numa democracia volúvel e irrequieta. Em síntese,os sofistas serviam-se das armas da razão para destruir a própria razão. 

Sobre as ruínas  da verdade ,erigiam o próprio interesse  como valor supremo. Dentre eles, os maiores destaques foram Protágoras (480 a.C-411 a.C), para quem “o homem é a medida de todas as coisas”, e Górgias (480 a.C-375 a.C),autor de “Do não-ser”. Sócrates ( 469 a.C-399 a.C) reagiu aos sofistas,e a partir dele a filosofia  construiu alicerces mais sólidos e condizentes com a realidade. O maior objetivo da sua vida passou a ser  livrar a juventude da nefasta  influência dos sofistas. Mas acabou sendo acusado pelos inimigos a quem combatia de “corromper a mocidade”. Por isso foi condenado  e executado. Teve que beber o veneno   “cicuta”. 

Importante é sublinhar que Sócrates foi  condenado à morte porque na sociedade predominantemente sofista em que ele vivia ,  buscar e falar  a verdade era o maios grave  dos crimes.  Pior que matar pessoas, estuprar e roubar. Mas não seria exatamente isso o que estaria acontecendo no Brasil de hoje,onde a opinião pública dominante  “pensa” exatamente como  a juventude ateniense corrompida pelos sofistas? Porventura a grande maioria dos políticos brasileiros não estaria procedendo exatamente como faziam os sofistas da Grécia? Permanentemente ,”enganando” o povo?  E conquistado os seus votos?

O Ministro da Economia do Governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, que não tem absolutamente nada de político, caiu na “asneira” e  “cometeu o crime” de afirmar publicamente uma grande verdade, que qualquer um pode enxergar a olho nu, no sentido de que grande parte dos servidores  públicos, não todos, é claro, seriam “parasitas”,certamente no sentido de que estariam sendo remunerados acima do  que valeria o  seu trabalho. A “gritaria” contra as palavras de Guedes foi ensurdecedora. E só por aí já deu para ver a enorme população de “parasitas” que estão “encastelados” no Estado. Os não-“parasitas” certamente não reclamaram, e nem poderiam sentir-se  ofendidos.

Ora,a verdade contida na “sentença” de Guedes pode ser constatada na simples comparação entre a produtividade dos trabalhadores da iniciativa privada, e da pública. No setor privado não há lugar para “parasitas”, que só arranjam lugar,” cômodamente”, no setor público, onde possuem uma “estabilidade” que lhes garante o direito de trabalhar, ou não  trabalhar. Exemplo típico dessa situação se enxerga no dia-a-dia. Quando se vê servidores públicos municipais fazendo reparos nas ruas das cidades,por exemplo,enquanto um deles trabalha e faz força, outros 4 (quatro) ficam olhando e fiscalizando. Esse quadro se inverte quando os trabalhadores são de empreiteiras da iniciativa privada. Um fiscaliza, e quatro fazem força. 

Mas Guedes falou só “meia verdade”. No  serviço público os maiores parasitas não são propriamente os servidores públicos  que passaram em concursos públicos e são regidos pelo respectivo “estatuto”. Os maiores parasitas estão entre os chamados “cargos de confiança”, de livre nomeação dos políticos, que são “milhões”, e entre os chamados “agentes políticos”, constituídos pelos parlamentares das três esferas da Federação (União,Estados,e Municípios),magistrados, procuradores, e  diversas  outras categorias funcionais. [atualizando: cumpre lembrar que os magistrados, procuradores - em síntese: MEMBROS do MP e do Poder Judiciário - fazem concurso público para ingresso na instituição.
A única função que não exige concurso público, que não exige que o indicado, nomeado, tenha formação na área para a qual foi indicado (no caso, bacharel em direito) é o de ministro do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Por uma suprema ironia se exige do indicado o notório saber jurídico - que é aferido em uma sabatina realizada pelo Senado Federal, com grande componente político -  e reputação ilibada.
Tanto que um cidadão que passe na sabatina e tenha reputação ilibada, pode ser nomeado ministro do STF, mesmo que tenha sido reprovado em concurso público para juiz de primeira instância.] 
 
Porém Guedes também omitiu que ele próprio deve  ser  considerado um grande parasita, incluído entre  os donos  dos meios de produção, entre os  “capitalistas”, ”patrões”,já que a sua origem liga-se aos banqueiros ,aos rentistas, aos usurários,que vivem da exploração da  usura,do dinheiro.  Guedes,portanto,tem a sua origem lá  no “capital financeiro”,que também pode ser considerado,dentre os “capitais”,o  “capital parasita”, se comparado ao capital industrial,ou fundiário (exploração da terra),dentre outros, e que efetivamente produzem riquezas  e bens diversos para a sociedade. Guedes, portanto, não tem nenhuma moral para chamar quem quer que seja de “parasita”.


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo